Toxicodinâmica: Estudo da Interação de Agentes Tóxicos

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ToxicologiaToxicologia Toxicodinâmica
Estudo de interação das moléculas do agente tóxico 
com os sítios de ação específicos (mecanismos de ação 
tóxica). 
Conhecimento de toxicodinâmica permite entender o 
processo complexo de intoxicação, facilitar o diagnóstico, 
tratar o paciente intoxicado (escolha e uso de antídotos), 
desenvolver produtos com menor toxicidade. 
A farmacocinética por vezes influencia na farmacodi-
nâmica por causa da disponibilidade do xenobiótico. 
Toxicodinâmica
Absorção
Distribuição para o 
tecido alvo
Reabsorção 
Ativação da 
biotransformação 
Eliminação pré-sistêmica
Distribuição para tecidos 
não alvos 
Excreção 
Inativação da 
biotransformação
Sítio de ação ou alvo molecular 
(Proteínas, lipídeos, ácidos nucleicos, fatores de 
transcrição, enzimas, canais iônicos, etc). 
Reações adversas são reações não desejadas, pro-
vocadas com doses terapêuticas do medicamento e ocor-
rem por falta de seletividade do fármaco para um único 
alvo molecular.
Intoxicações decorrem de dose excessiva seja aci-
dental ou intencional
Reações Adversas x Intoxicações
Intoxicações Agudas: decorrentes de uma única ex-
posição ou exposições múltiplas ao toxicante num curto 
período ( <24h). Efeitos surgem imediatamente, ou no 
máximo em alguns dias. 
Intoxicações crônicas: exposições repetidas ao toxi-
cantes, por período de tempo prolongado (meses ou anos). 
Intoxicações Agudas e Crônicas
Exposição 
(dérmica, oral, respiratória, parental)
Fatores a favor do 
efeito
Fatores contra o
efeito
Seletividade de Ação
Os efeitos tóxicos são produzidos alterando as 
condições fisiológicas e bioquímicas das células. 
Baixa seletividade = ácidos ou bases - atuam em 
qualquer tecido causando irritação e corroção no local de 
contato. 
Toxicantes mais seletivos = causam danos em órgãos 
ou estrutura específica (estrutura-alvo) sem lesar outros. 
Existem diferenças de homeostase e regeneração 
dos diferentes órgãos e tecidos. Sendo que: 
- Fígado e tecidos epiteliais: maior capacidade de 
regeneração;
- Neurônios: menor capacidade regenerativa;
- Rins, pulmões, hemoglobina: organismo se adapta 
para suprir a falta ou deficiência destes. 
Mecanismos da Ação Tóxica
O xenobiótico vai se ligar com a sua molécula alvo 
(proteínas, receptores, enzimas, etc), e então vai acon-
tecer os danos e destruição das células. 
Diferentes substâncias vão ter diferentes afinidades 
pelos receptores. 
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Às
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Mecanismos de ação:
- ligação com os receptores neuronais, causando 
alterações nos níveis de substâncias químicas como por 
exemplo a seretonina, fazendo com que o cérebro acredite 
que não precisa mais produzir essa substância (lembrando 
que diferentes substâncias tem diferença de afinidade por 
receptores); 
- interferências nas funções de membranas excitáveis 
que são essenciais para a fisiologia normal dos tecidos, 
como por exemplo a alteração da permeabilidade dos ca-
nais de sódio e potássio;
- inibição do transporte de O2 e fosforilação oxidati-
va, causando a anóxia celular;
- complexação com biomoléculas, que pode causar a 
síndrome colinérgica (sudorese, salivação, secreção 
brônquica excessiva, fasciculações, vômito, diarréia), 
formação de neo-antígenos (desencadeando até doenças 
auto-imunes); 
- interferência nas reações gerais da célula, como por 
exemplo a neurotransmissão;
- peroxidação lipídica, principal mecanismo de morte 
celular (deteriorização oxidativa de ácidos graxos poli 
insaturados com lise celular); 
 - interferência no funcionamento do DNA e RNA, 
xenobióticos eletrofílicos interagem com sítios 
nucleofílicos de DNA e RNA (causando interferência na 
síntese de proteínas e consequentemente alterações 
funcionais, morte celular e câncer) e oxidação das bases 
por radicais livres
Exposição Simultânea
A exposição simultânea a mais de um xenobiótico 
pode ter vários tipos de efeito como: 
Efeito Aditivo (2+3=5) : as substâncias somadas, 
dão ambos efeitos que dariam sozinhos. 
Efeito Sinérgico (2+2=20) : as substâncias ao 
estarem juntas, causam um efeito muito maior do que 
quando sozinhas. 
Potencialização (0+2=10) : uma substância não 
teria efeito ao estar sozinha no organismo, mas na 
presença de outra substância, causa efeitos no organismo.