Buscar

PCC Desigualdade Socioeconômica e Diferenças Sociais

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
 
ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA 
EDUCAÇÃO - CEL0466 
 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA (EAD) 
 
 
 
 
 
LEISA BRAND RIOS 
202003428329 
 
 
 
 
 
DESIGUALDADE SOCIOECONÔMICA E DIFERENÇAS SOCIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juiz de Fora 
2021
 
 
Uma coisa certa é que todo ser humano vive em sociedade. Com isso, 
podemos afirmar que o homem é um ser social. O homem não é apenas um 
conjunto de componentes físicos e orgânico, ele é também um ser que pensa, 
sente, relacioná-se com outros homens, modifica a natureza à sua volta e cria 
coisas novas. Para viver em sociedade o homem precisa aprender a se 
comportar de forma adequada à convivência com outros seres iguais a ele. O 
homem criado longe do convívio social não se humaniza, age por instinto assim 
como os animais. 
A socialização é o que traz o caráter humano ao homem, quando 
socializado o homem age de forma que seus pensamentos e convicções 
influenciem sua convivência com os outros, convivência essa que pode ser boa 
ou ruim. É através da socialização que o ser humano aprende a cultura de sua 
época, de seu lugar. 
A atitude das pessoas e a forma como elas se relacionam com o meio 
ambiente, a cultura e a sociedade em si sofreu muitas mudanças ao longo do 
tempo e está, permanentemente em mutação. Por esse motivo resolvi analisar 
e relatar um pouco do modo de vida das pessoas que moram no bairro em que 
eu resido. 
Moro em Juiz de Fora, em um bairro da Zona Norte chamado Jóquei 
Clube. É um bairro periférico, mas podemos observar diferenças entre a parte 
baixa e a parte alta do bairro. Essas diferenças estão presentes no tamanho e 
no acabamento das casas e até mesmo no calçamento das ruas. O bairro possui 
um posto de saúde localizado na entrada do bairro e uma escola frequantada, 
em sua maioria, por moradores da parte alta do mesmo. As ruas da parte baixa 
possuem menos buracos, boa iluminação e a parte comercial do bairro, já na 
parte alta as ruas são esburacadas, com pouca iluminação e serviços como 
transporte público mais precário, apenas uma linha de ônibus atente a parte alta 
do bairro. 
Com isso, percebemos o reflexo da desigualdade social que predomina, 
bem como a falta de interesse das políticas públicas de incentivas melhorias e 
igualdade aos cidadãos. Frequentemente observamos sentimentos de revolta e 
indignação dos moradores, principalmente dos que moram na parte alta do 
bairro, por perceberem essas diferenças sociais e perceberem que o poder 
 
 
público nada faz para minimizar essa desigualdade. Outra fato observado e que 
não posso deixar de emencionar é o quanto a pandemia por qual estamos 
passando refletiu e acentuou essas desigualdades. Infelizmente muitas pessoas 
ficaram desempregadas e dependentes das ações sociais e das ajudas de outros 
para sobreviverem e até mesmo se alimentar. Muitas crianças que se 
alimentavam na escola, com o fechamento da mesma se viram sem essa 
alimentação e passando por dificuldades. Isso foi observado, pois uma 
alimentação, uma espécie de cesta básica foi fornecida pela escola e nos dias 
de entrega mães vão para a porta da escola com seus filhos pequenos na 
esperança de receber doações de pais que não precisam dessa cesta para 
alimentarem seus filhos. Em síntese podemos observar diferenças dentro um 
único bairro, diferênças causadas pela desigualdade social, que passa pela 
desigualdade econômica, cultural e educacional. Essas diferenças observadas 
dentro de um único bairro podem ser abrangentes por todas as classes e atingir 
esferas muito maiores quando observamos uma cidade inteira ou um estado, por 
exemplo. É triste perceber que a sociedade e o governo trabalham lentamente 
em relação a incentivar intervenções ágeis e eficazes em relação aos conflitos 
gerados, que não só geram protestos, como também, renegam nossos direitos 
por omissão. 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BALIEIRO, F de Figueiredo. Aspéctos Antropológicos e Sociológicos da 
Educação. 1ª edicão. Rio de Janeiro: SESES, 2014.

Continue navegando