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Resumo da Malu – 2020.1 Fármacos Adrenérgicos Agonistas Adrenérgicos • Fazem um papel análogo da adrenalina → mimetizam ela • Aminas simpaticomiméticas ou simpatomiméticas: - São moléculas conhecidas como catecolaminas - Adrenalina, noradrenalina e dopamina - Possuem um anel benzênico (anel catecol) com uma porção estrutural química de aminas → Características Funcionais do SN • Avaliando o Sistema Nervoso Visceral Eferente Simpático • Possui diferenças: - Anatômicas - De neurotransmissores - No local de surgimento do corpo celular dos neurônios que saem da medula espinhal • Possui uma cadeia de gânglios paravertebrais – paralelo à medula espinhal, presente bilateralmente e exclusivo da subdivisão simpática autônoma • O neurônio pré-ganglionar vai emergir da medula, saindo pela raiz ventral, onde vai cruzar e adentrar em um dos gânglios paravertebrais, nele vai ocorrer a sinapse do neurônio pré-ganglionar com o neurônio pós-ganglionar simpático, que vai em direção as vísceras para liberar o neurotransmissor provocando as devidas modulações fisiológicas naquele órgão • O neurônio pré-ganglionar é colinérgico – por isso, faz sentido não se fazer uso de fármacos bloqueadores ganglionares na pratica clínica, pois ele bloquearia tanto a porção simpática, quanto a porção parassimpática • Existem 3 gânglios fora da cadeia paravertebral que compõe os gânglios pré-vertebrais: - Gânglio celíaco - Gânglio mesentérico superior - Gânglio mesentérico inferior • Os gânglios vão enervar porções abdominais → o neurônio pré-ganglionar vai passar pelo ramo comunicante branco, vai cruzar a cadeia paravertebral, chegando à cadeia de gânglios pré-vertebrais onde vai ocorre a sinapse pré- ganglionar com o neurônio pós-ganglionar → Medula Adrenal ou Glândula Adrenal: • Não é um gânglio apesar de ter a mesma origem embrionária • Estimulada por neurônios originados na região intermédio-lateral da medula, que vão liberar o neurotransmissor ACh • Uma vez estimulada, vai produzir catecolaminas • Produz até 90% da adrenalina do corpo – pode agir como hormônio ou neurotransmissor • Há uma comunicação córtex-medula que há um feedback positivo do cortisol em relação a produção de adrenalina • Em situações de estresse, onde se tem um pico de cortisol, esse cortisol vai fazer um feedback positivo com a medula, havendo produção de adrenalina • Seu papel como neurotransmissor se dá através de respostas fisiológicas importantes • Substâncias análogas a adrenalina e a própria adrenalina sintética será útil para tratar determinadas situações onde há um comprometimento circulatório cardiovascular ou pulmonar • Produz pequena parte da noradrenalina presente no corpo • Produz pouca quantidade de dopamina pois sua maior parte é produzida nos rins • Há produção de moléculas coadjuvantes: ♥ Beta-endorfinas – relacionada com a via da dor, analgesia e hipotermia ♥ Adrenomedulina – importante vasodilatador, promove a hipotensão arterial ♥ Adenosina Trifosfato (ATP) – relacionado ao processo metabólico energético, liberando de energia → Resumo da neurotransmissão: • Há receptores alfa e beta que são exclusivamente acoplados a proteína G → existe particularidades em cada substância • A tirosina é captada por um carreador, que vai transferir a tirosina do ambiente externo para o ambiente interno • No citoplasma do axônio, a tirosina sofre ação da enzima tirosina hidroxilase sendo convertida em dopa (precursora da dopamina) • No Parkinson se tem níveis de reduzidos de transmissão dopaminérgica em regiões extrapiramidais, o que provoca o quadro sintomático característico da doença • L-DOPA – Substancia sintética precursora da dopamina usada para aumentar seus níveis na tentativa de amenizar os danos provocados pela doença • A dopa sofre uma descarboxilação originando a dopamina, que será carreada para o interior de uma vesícula, pelo carreador VMAT 2 • Dentro dessa vesícula há a síntese e presença de moléculas coadjuvantes Resumo da Malu – 2020.1 • Em neurônios dopaminérgicos, há o acumulo da dopamina no interior da vesícula, e uma vez que se tem um estimulo por um potencial de ação, ocorre a fusão da vesícula dopaminérgica com a membrana do axônio e a liberação da dopamina • Isso ocorre em regiões do cérebro que estão relacionadas com a emoção, humor, prazer e até mesmo com regiões motoras • Em grande parte das vias adrenérgicas, dentro da vesícula há presença da enzima dopamina beta-hidroxilase, que promove uma hidroxilação da dopamina, para ter a síntese da noradrenalina (NE) → principal neurotransmissor da maioria dos neurônios adrenérgicos • Na medula da suprarrenal, há a presença da enzima feniletanolamina N-metiltransferase que é a responsável pela conversão da noradrenalina em adrenalina • Todas essas moléculas possuem em comum uma estrutura beta duplamente hidroxilada denominada catecol, e na porção terminal uma amina (–NH2) • Toda vez que há um potencial de ação, há a entrada de cálcio na célula, como consequência ocorre a fusão dessas proteínas das vesículas com proteínas da membrana do axônio, tendo a fusão dessas membranas e liberação na sinapse do conteúdo pré-sináptico para atuar na região pós-sináptica • Uma vez liberada, a noradrenalina pode interagir com receptores pós-sinápticos adrenérgicos (alfa ou beta) e os subtipos • Aqui não existe nenhuma enzima para controlar os níveis de noradrenalina na fenda sináptica, então a regulação é feita por 3 principais mecanismos: » Recaptador – é um transportador por transporte ativo com a função de transferir o neurotransmissor presente na sinapse para o citoplasma do axônio → existem substâncias, que podem alterar ou inibir as funções do recaptador, consequentemente alterando os níveis de neurotransmissor na fenda sináptica, e interferindo nas funções fisiológicas normais do corpo, como a cocaína que inibe o NET - Recaptador NET – carreia noradrenalina - Recaptador DAT – carreia dopamina - Recaptador SERT – carreia serotonina » Autorreceptor Adrenérgico – receptores localizados na membrana do neurônio pré-sináptico, responsáveis por promover uma autorregulação → regulam a liberação de neurotransmissores por um mecanismo de feedback - Autorreceptor alfa-2 – se liga à noradrenalina e envia um sinal negativo à liberação de mais noradrenalina, para o interior do axônio pré-sináptico - Autorreceptor beta-2 – se liga à adrenalina, fazendo feedback positivo para aumentar a liberação de mais neurotransmissores, como a noradrenalina, dopamina, e a própria adrenalina Obs: Heterorreceptor Adrenérgico – Se estimulado, podem facilitar ou inibir a liberação de neurotransmissores pelo neurônio pré-sináptico por regular a absorção de Ca2+ » Enzimas – responsáveis por hidrolisar catecolaminas. Existem inibidores de MAO e COMTE que são importantes no tratamento de patologias, como a depressão - Monoaminoxidase A (MAOA) – presentes no citoplasma de diversos tecidos do corpo - Monoaminoxidase B (MAOB) – presentes no citoplasma de diversos tecidos do corpo, sendo responsáveis por degradar catecolaminas - Catecol-O-metiltransferase (COMT) – localizadas nos enterócitos, responsáveis por degradar catecolaminas • Caso tenha excesso de noradrenalina na sinapse, vai ocorrer a estimulação exacerbada dos receptores, e consequentemente uma tolerância à estimulação daquele neurotransmissor, podendo gerar alteração nos processos fisiológicos • O neurotransmissor liberado na região pós-sináptica, vai encontrar com receptores pós-sinápticos presentes no neurônio ou no tecido • Especificidade/seletividade – quanto mais especifica uma substancia é em relação à sua ligação ao receptor, e consequentemente ao seu sítio de ação, melhor será a resposta terapêuticae menor a chance de efeito adverso • Nenhuma substância será 100% específica • Quanto maior a dose da substância, menos seletiva ela fica Resumo da Malu – 2020.1 → Ação Direta: • Se ligam aos receptores adrenérgicos α e β diretamente • Naturais – adrenalina, noradrenalina e dopamina • Sintéticos – dobutamina e isoproterenol • Pode ser seletivo – tem uma afinidade maior por algum tipo de receptor, mas não necessariamente vai se ligar apenas a ele - Fenilefrina – preferência por receptor 𝛼1 - Metoxamina – preferência por receptor 𝛼1 - Clonidina – preferência por receptor 𝛼2 - Dobutamina – preferência por receptor 𝛽1 - Terbutalina – preferência por receptor 𝛽2 - Ritodrina – preferência por receptor 𝛽2 - Salbutamol (albuterol) – preferência por receptor 𝛽2 - Metaproterenol – preferência por receptor 𝛽2 • Pode ser não-seletivo – se ligam a quase todos receptores - Adrenalina – se ligam a todos os receptores e possui mais afinidade a receptores 𝛼 e 𝛽 que a noradrenalina - Noradrenalina – preferência por receptores 𝛼1, 𝛼2, 𝛽1 e possui mais afinidade a receptores 𝛼 que o isoproterenol - Isoproterenol – preferência por receptores 𝛽 e possui mais afinidade por ele que a adrenalina e noradrenalina - Oximetazolina – preferência por receptores 𝛼 - Dopamina - - Fenoldopam (análogo da dopamina) - • A resposta desses fármacos não é reduzida mediante o tratamento prévio com reserpina ou guanetidina → pode ser potencializada pela cocaína, reserpina e guanetidina → Ação Indireta: • Drogas que potencializam o efeito da subdivisão simpática • Não se ligam diretamente ao receptor → de alguma forma vão promover aumento da descarga simpática sem se ligar ao receptor • Pode fazer através de 3 mecanismos: - Recaptador - Autorreceptor - Enzimas (MAO e COMT) • Provocam alterações nos mecanismos contra-regulatórios • Inibidores da MAO: - Selegilina – inibe a enzima que degrada catecolaminas, usado no tratamento de depressão • Inibidor da recaptação: - Cocaína – primeiro anestésico local descoberto, sendo um estimulante, logo, podendo ser usada como droga de abuso. Inibe o NET (recaptador de noradrenalina) no cérebro aumentando a descarga simpática, modulando funções fisiológicas dessa exacerbação simpática. Co uso contínuo, o corpo entende que essa estimulação não e adequada, e começa a desenvolver uma tolerância, pois ele começa a e dessensibilizar as vias de estimulação e endocitar receptores da membrana pós-sináptica. Então quanto mais agonistas for liberado pelo efeito da cocaína, maior será a tolerância à aquela dose, tendo que se aumentar a dose para obter o mesmo efeito. Essa readaptação do SN promove alteração nas sinapses, a cocaína usada por pouco tempo é possível reaver a homeostase inicial ou próximo da inicial, se for utilizada por um longo tempo não será possível reaver a homeostase, e por isso eles têm recaídas, e não tem como controlar isso, o risco da recaída sempre vai existir. Esse rearranjo cerebral chama plasticidade sináptica, que é a capacidade do cérebro de se adaptar. Fatores genéticos influenciam na dependência - Antidepressivos tricíclicos – Um dos tratamentos mais antigos para a depressão, juntamente com inibidores de MAO. Eles inibem a recaptação de neurotransmissores (inibem NET, SERT, DAT) dentre eles a noradrenalina, em locais centrais que desencadeiam o quadro clinico dos transtornos depressivos • Agentes de Liberação de catecolaminas armazenadas na terminação nervosa: - Tiramina (aminoácido) – possui capacidade de aumentar a liberação de neurotransmissor - Anfetaminas (anfepramona, ecstasy, ritalina) – invertem o sentido da ligação do recaptador, e começa a jogar de dentro para fora os neurotransmissores - Usados para tratar obesidade, transtornos de déficits de atenção e hiperatividade, ou usado de forma ilícita para euforia e ampliação de recursos cognitivos - Suas respostas são extintas pelo tratamento prévio com reserpina ou guanetidina • Inibidores de COMT: - Entacapona – utilizado pra tratar Parkinson, inibe uma enzima que degrada noradrenalina, adrenalina e dopamina, exacerbando de forma indireta a liberação desses neurotransmissores → Agonista Misto: • Pode se comportar como agonista indireto (agindo como agentes de liberação) ou direto (ligando-se a receptores) • Efedrina e seus análogos (pseudoefedrina): - Efeito de estimulantes centrais análogos à anfetamina - Administrados juntamente com anti-histamínicos Resumo da Malu – 2020.1 - A partir dele pode-se sintetizar metanfetamina → se estiver presente na formulação do fármaco, sua venda será controlada com prescrição médica - Sua resposta é reduzida mediante o tratamento prévio com reserpina ou guanetidina → Agonista Dopamínico: • Dopamina – preferência por receptores dopaminérgicos 1 e 2 de forma igual em doses baixas, aumentando sua dose ela consegue fazer efeito em beta devido sua baixa preferência e com doses ainda mais alta faz efeito em receptores alfa devido sua baixíssima preferência • Fenoldopam (análogo da dopamina) – possui preferência por receptores dopaminérgicos 1 e preferência um pouco mais fraca por receptores dopaminérgicos 2, mas ainda sim forte Receptores Adrenérgicos → Receptores α-adrenérgicos: 1. Receptor α1: • Receptor acoplado à proteína G estimulatória (Gq) • Enzima amplificadora – Fosfolipase C • 2º mensageiros – DAG e IP3 • Aumento da liberação de Ca++ armazenado na célula muscular lisa, tendo vasoconstrição e aumento da PA • Muito presentes no musculo liso vascular • Agonistas: - Adrenalina – principal agonista não-seletivo - Noradrenalina – agonista não-seletivo - Isoprotenerol – efeito quase nulo em alfa - Fenilefrina – agonista seletivo • Antagonistas: - Análogos da Prasozina (como a tonsulasina prasozin, terasozina, alfuzocina, doxazocina) • Localizados no: - Músculo liso vascular – promove contração - Músculo liso genitourinário – promove contração - Fígado – promove o aumento da glicogenólise e da gliconeogênese - Músculo liso intestinal – em um tônus aumentando ocorre hiperpolarização e relaxamento, em um tônus diminuído ocorre despolarização e contração - Coração – presente em pouca quantidade. Auxilia no aumento da força contrátil e arritmias 2. Receptor α2: • Localizado como autorreceptor na fenda sináptica • Receptor acoplado à proteína G • Quando se ligam a adrenalina ou noradrenalina, vão fazer feedback negativo, inibindo a liberação dos neurotransmissores • Via inibitória → inibe a adenilato ciclase e AMPc • Agonistas: - Adrenalina - Noradrenalina - Isoprotenerol - Cloridina e seus análogos – agonista seletivo • Antagonistas: - Lombina • Localizados nas: - Ilhotas pancreáticas (células beta) – está em grande quantidade. Reduz a secreção de insulina - Plaquetas – atua como proteína G estimulatória provocando agregação - Terminações nervosas – ocorre feedback negativo com redução da liberação de neurotransmissor - Músculo liso vascular – promove contração - Músculo – atua por via estimulatória (Gs) provocando vasoconstrição → Receptores β-adrenérgicos: 1. Receptor β1: • Distribuídos de forma difusa pelo corpo • Acoplado à proteína G estimulatória (Gs) – aumenta a ativação de adenilato ciclase, aumentando a produção de AMPc, aumentando a atividade da fosfolipase A, promovendo ativação dos canais de cálcio do tipo L • Enzima amplificadora – adenilato ciclase • 2º mensageiro – AMPc • Agonistas: - Adrenalina - Noradrenalina - Isoprotenerol • Antagonistas: - Motoprolol e CGP 20712ª • Localizados no: - Coração – ocorre a estimulação da função cardíaca pelo aumento da força e frequência de contração, aumenta a velocidade da condução pelo nódulo AV e estimulao aumento da PA agonistas não-seletivo agonistas não-seletivo Resumo da Malu – 2020.1 - Células justaglomerulares (rins) – atua aumentando a produção de renina tendo concentração do fluxo urinário • Principal receptor na produção de efeitos inotrópicos e cronotrópicos positivos no coração • Localizado no cromossomo 10q240q26 2. Receptor β2: • Distribuídos de forma difusa pelo corpo • Acoplado à proteína G estimulatória (Gs) – promove aumento da ativação de adenilato ciclase, aumento de AMPc, aumentando a atividade de fosfolipase A (FLA), promovendo a ativação de canais de cálcio tipo L • Enzima amplificadora – adenilato ciclase • 2º mensageiro – AMPc • Quando pré-sináptico, se liga a adrenalina fazendo feedback positivo, e consequentemente aumentando a liberação do neurotransmissor • A noradrenalina se liga pouco a ele • Agonistas: - Adrenalina - Noradrenalina - Isoprotenerol - Salbutamol - Terbutalina - Ritodrina - Salmeterol – agonista seletivo de longa duração (trata crises crônicas de asma junto com corticoide) - Indacaterol – agonista seletivo de duração muito longa (trata doença pulmonar obstrutiva crônica) • Antagonistas: - ICI 118551 • Localizados no: - Músculo liso vascular, gastrointestinal, genitourinário brônquico e uterino – promove relaxamento - Coronárias – promove vasodilatação - Fígado – promove glicogenólise e gliconeogênese, o que potencializa a liberação de reservas energéticas - Pulmões – promove broncodilatação - Coração – aumenta o AMPc e a fosfoquinase A (PKA), aumentando entrada de cálcio na célula → promove aumento da frequência (cronotropismo), do disparo elétrico (dromotropismo) e da força de contração (inotropismo) - Músculo esquelético – causa hipertrofia através da promoção de glicogenólise e aumento da captação do K+ • Localizado no cromossomo 351-q32 • Divididos em 3 classes: » Curta duração: - São os SABA - Usado para casos agudos de asma - Seu efeito passa em torno de 6 hrs - Salbutamol (chamado albuterol no EUA) - Aerolin - Fenoterol ou Berotec (utilizados para nebulização para processos agudos de asma) » Longa duração: - Duram mais de 12 hrs - Indicados para casos crônicos de asma onde estão associados a corticóides normalmente → é preciso de um broncodilatador para se ampliar o canal de passagem de ar e se associa ao corticoide por ser um processo inflamatório é preciso diminuir a inflamação para ampliar mais ainda a capacidade respiratória do indivíduo que está acometido pela asma ´- São mais seletivos - Salmeterol – Serevent - Formoterol – Foradil » Muito longa duração: - O efeito dura mais de 24 hrs - Dacaterol • Trato Respiratório: - É rico em receptores beta-2 - Os agonistas beta-2 irão provocar broncodilatação e relaxamento desse músculo liso - Via inibitória da entrada de cálcio no musculo liso • Tratamento do perto prematuro: - Citocina – é um hormônio endógeno que aumenta a contração do musculo liso e consequentemente aumenta o trabalho de parto - Drogas que são ocitócitos são análogas à citocina - Paralelo a isso, há um mecanismo de relaxamento do musculo liso uterino para situações onde se precisa inibir um trabalho de parto prematuro - Realiza-se tocólise – promove o retardo da contração do musculo liso uterino, atrasando o parto - Os tocolíticos fazem o efeito oposto (antagônico) ao efeito dos ocitócitos que fazem papel de estimulação - Os principais ocitócitos são do grupo beta-2: ▪ Terbutalina ▪ Ritodrina - Pois no musculo liso uterino se tem grande presença de receptores beta-2 adrenérgicos e lá ocorre o relaxamento decorrente da via de inibição da entrada de cálcio - Logo, os beta-2 no musculo liso uterino atuam como tocolíticos inibindo a contração do musculo liso e como consequência 3. Receptor β3: • Distribuídos de forma difusa pelo corpo • Está na vesícula biliar, bexiga, tecido adiposo marrom • Receptor acoplado à proteína G estimulatória (Gs) • Enzima amplificadora – adenilato ciclase • 2º mensageiro – AMPc • Agonistas: - Adrenalina - Noradrenalina - Isoprotenerol agonistas não-seletivo agonista seletivo de curta duração (tratam crises agudas de asma) agonistas não-seletivo Resumo da Malu – 2020.1 - Mirabegrona – agonista seletivo → usado pra tratar incontinência urinaria • Antagonistas: - CGP 2071A • Presente em: - Tecido adiposo marrom – promove lipólise - Bexiga – promove relaxamento do musculo detrusor, aumenta o aporte urinário, e diminui a frequência de micção - Coração Obs: Inibidores de fosfodiesterase (PDE) – fosfodiesterases são enzimas que hidrolisam o AMPc transformando-o em AMP, e sua inibição impede a conversão de AMPc em AMP. São os análogos do viagra, atuam nas vias estimulatórias do musculo cardíaco provocando inibição da via → Receptor de Dopamina: • Receptores dopaminérgicos centrais e periféricos: - D1, D2, D3, D4 e D5 • Presente em diversos tecidos, principalmente no cérebro (região de prazer) e na vasculatura esplâncnica, renal e pouco na vasculatura coronária • Receptores D1 e D5 – ativam a adenilato ciclase, provocam relaxamento do músculo liso vascular • Receptores D2, D3 e D4 – inibem a adenilato ciclase, provocando abertura dos canais de potássio e diminuindo o influxo de cálcio Efeitos Farmacológicos → Ações das Catecolaminas e Simpaticomiméticos: • Excitatória muscular: - Constrição do músculo liso de vasos sanguíneos da pele, rim, mucosas, glândulas salivares e sudoríparas • Inibitória periférica: - O efeito depende do tônus gastrointestinal – se o tônus de atividade GI está aumentado a adrenalina diminui, e se o tônus está diminuído, a adrenalina vai aumentar - Árvore brônquica, vasos da musculatura esquelética • Excitatória cardíaca: - Aumento da frequência e força de contração • Metabolismo: - Aumento da glicogenólise no fígado e musculo - Liberação de ácidos graxos • Endócrino: - Modulação de insulina - Aumento do metabolismo da renina e dos hormônios hipofisários • SNC: - Aumento da vigília - Redução do apetite - Atividade psicomotora aumentada • Pré-juncional: - Facilitam a liberação de neurotransmissores (alfa-2) Drogas Adrenérgicas • São amplamente distribuídas com aplicação clínica • Antigripais: - Coristina D - O processo gripal desencadeia o aumento de citocinas pró- inflamatórias, gerando uma cascata inflamatória e isso leva a diversos sintomas, como: dor, febre, alteração de produção de secreções (principalmente do trato respiratório) e no apetite, prostração, entre outras - Formulação dos antigripais: Composto por anti-inflamatórios (não-esteroides), ácido acetilsalicílico (princípio ativo da aspirina), anti-histamínico, alfa agonista adrenérgico e cafeína (estimulante revigorante) • Catapresan: - Utilizado no tratamento de hipertensão arterial - Seu princípio ativo é a clonidina (agonista 𝛼2 adrenérgico e atua em receptores imidazolínicos) - Receptor 𝛼2 – presente na junção do neurônio pré-sináptico - A clonidina e seus análogos podem ser usados também para tratar transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, alguns quadros de dor, entre outras - Terbutalina, ritodrina, metaproterenol, salbutamol, fenoterol, salmeterol – agonistas seletivos 𝛽2 adrenérgicos - Atuam no tratamento de doenças inflamatórias oclusivas respiratórias e no tratamento de asma aguda e crônica (associado a corticóides – anti-inflamatórios esteroides análogos do cortisol) - A terbutalina também pode atuar como tocolítico – promove relaxamento do musculo liso uterino • Anfetaminas: - Possuem importante efeito no SNC - Seus derivados podem ser usados para tratar obesidade, são anorexígenos, atuam no controle do apetite → femproporex, mazindol, anfepramona • Dobutamina:- É um agonista 𝛽1 adrenérgico - Atua na alteração de processos cardíacos, como no choque cardiogênico • Polivitamínicos: - Presença do ECA – suplemento que atua como termogênico - O ECA contém efedrina (agonista misto adrenérgico), cafeína e ácido acetilsalicílico Resumo da Malu – 2020.1 Adrenalina • Principal droga da classe • Uma das catecolaminas endógenas • 90% é produzida na glândula suprarrenal • Possui papel de neurotransmissor e hormonal • É essencial para situações crônicas de crise • Usada para o tratamento de sepse severa – é um processo inflamatório severo que ocorre em decorrência de infecção por microorganismos desencadeando uma desorganização conhecida como tempestade de citocinas (cytokine storm) onde há a ativação de uma cascata de coagulação onde se tem ativação de moléculas pró-inflamatórias que vão de forma desorganizada levar a processos de lesões pró- trombóticas desencadeando processos de coagulação intravascular disseminada, choque séptico, danos centrais neurológicos, encefalopatia séptica, tendo um percentual de mortalidade alto nos indivíduos acometidos pela sepse • Principal droga usada para reverter o processo de choque anafilático • Nessas situações, a adrenalina vai favorecer broncodilatação por ação em beta-2 (não sendo seletivo apesar de ter uma afinidade por ele), aumenta a resistência vascular e o fluxo sanguíneo por ação em alfa-1, aumenta a frequência e força de contração do coração por ação em beta-1, e nos rins aumenta a concentração de renina - Ou seja, é chave para promover vasoconstrição em alfa-1, promover inotropismo, dromotropismo e cronotropismo por ação em beta-1, e promover vasodilatação principalmente nos brônquios por ação em beta-2 → Absorção: • A adrenalina, noradrenalina, dopamina e seus análogos não podem ser administradas via oral pois são degradadas rapidamente pela MAO e COMT • Deve ser administrada por via parenteral - Via subcutânea – absorção lenta - Via intravenosa, intramuscular e inalatória (nebulização ou inalação) – absorção é rápida • Rápida após as vias intramuscular, nebulização e inalação → Metabolismo: • Sofre degradação no fígado através da ação da COMT e MAO → Vias de Administração: • Subcutânea: - Padrão de administração é de 1:1000 em adultos - Em crianças 0.01 ml/kg • Suspensão: - Padrão de administração é de 0.2 ml/kg em adultos - Em crianças 0.005 ml/kg • Inalação: - 1% - Adrenalina racêmica – 2.25% • Intravenosa: - Padrão de administração é de 1:10.000 em adultos - Doses pequenas: 0.05-0.1 𝜇g/kg/min → efeito em 𝛽 - Doses médias: 0.2-0.5 𝜇g/kg/min → efeito em 𝛼 e 𝛽 - Doses altas: > 1 𝜇g/kg/min → efeito em 𝛼 → Efeitos: • Sistema Cardiovascular: - Ocorre aumento da força de contração do miocárdio, e consequentemente inotropismo positivo através da sua atuação em receptores 𝛽1 no coração - Ocorre aumento da frequência cardíaca e cronotropismo positivo, pela atuação da adrenalina em receptores 𝛽1 no coração - Ocorre aumento do potencial elétrico, visto que no nó sinusal tem a aceleração da fase 4, na qual o coração se recupera mais rápido e dispara mais vezes - Ocorre aumento do débito cardíaco - Maior demanda de oxigênio pelo miocárdio • Vasculatura: - Provoca intensa vasoconstrição nos vasos das mucosas, pele, vísceras e rins, por ligação à receptores alfa-1 (podendo ter uma diminuição do fluxo sanguíneo renal) - Provoca vasodilatação na vasculatura do fígado e da musculatura esquelético, quando ligados a beta-2 - Promove inotropismo e cronotropismo positivo quando ligados a receptores beta-1, promovendo aumento do débito cardíaco e aumentando a demanda de oxigênio do miocárdio - Sua ação em receptores beta-1 promove aumento da PA sistólica e uma pequena diminuição da PA diastólica - Dentre os motivos da diminuição da PA diastólica tem-se a produção de adenosina pelos miócitos, sendo uma molécula relaxante ela faz o efeito oposto da adrenalina e a ação em receptores beta-2 fazendo vasodilatação - Em doses baixas – efeito beta sobressai (vasodilatação) - Em doses altas – efeito alfa sobressai (vasoconstrição) - Em baixas doses a adrenalina promove um leve aumento da PA e possui um maior efeito de resistência vascular periférica e possui preferência de ligação por receptor beta-2, maior que por receptor alfa-1, resultando em uma vasodilatação periférica e consequentemente, há uma queda da resistência vascular periférica → mas aumentou-se o débito cardíaco, PA sistólica, frequência Resumo da Malu – 2020.1 cardíaca e a força de contração e esse aumento é compensado pelo efeito beta-2 e por isso esse aumento da PA diastólica é discreta - Em baixas doses não se observa um aumento gritante no uso da adrenalina na PA, pois em baixa dose ela possui um efeito mais presente na vasculatura em beta-2, e como consequência, a resultante de resistência vascular periférica é diminuída (ocorre mais vasodilatação que vasoconstrição), dessa forma cai a resistência vascular, só que compensa pelo aumento do débito cardíaco atuando em receptores beta-1 no coração (aumenta a força de contração, frequência e disparo elétrico) e é o debito que promove esse aumento discreto da PA no gráfico pulse rate - O isoproterenol é um agonista não-seletivo beta, logo a frequência de pulso dele aumenta bastante, pois ele faz efeito em beta-1, porém a pressão sanguínea cai pois a resistência vascular periférica (gráfico 3) diminui muito, isso ocorre pela ausência do efeito de alfa-1 visto que ele tem preferência por receptores beta e quase não se liga a alfa, logo, a resultante final da resistência vascular periférica é negativa, ocorrendo muita vasodilatação (mais que com a adrenalina) → então mesmo que se aumente o débito, não vai compensar a resistência vascular periférica negativa, então a PA cai - A noradrenalina é uma catecolamina que possui baixa afinidade por receptores beta-2 adrenérgicos, e como ela se liga pouquíssimo a ele, e como a resultante de resistência vascular periférica é exclusiva de alfa-1, nota-se um aumento exacerbado da resistência, fazendo vasoconstrição, logo, a PA vai subir muito, provocando um reflexo barorreceptor no corpo, que compensa o aumento da PA, então quando ocorre uma violenta resistência vascular periférica aumentada, e aumenta a PA por debito cardíaco e frequência aumentados, se faz um reflexo vagal (desliga os barorreceptores, deligando o reflexo simpático central) provocando uma queda vagal na frequência (pulse rate) – aciona-se o parassimpático, M2 no coração provocando essa queda na frequência • Aparelho Respiratório: - A adrenalina é um agonista de receptores 𝛽2 - Promove broncodilatação através da ação direta sobre a musculatura lisa brônquica - Adrenalina e seus análogos seletivos 𝛽2 → trata crise asmática aguda, aliviando a dispnéia e aumentando o volume corrente - Atua revertendo a broncoconstrição e o broncoespasmo em decorrência do processo alérgico da liberação de histamina • Efeito metabólico – hiperglicemia: - Nas células 𝛽 pancreáticas há presença de: ♥ Receptores 𝛼2 – inibem a secreção de insulina ♥ Receptores 𝛽2 – aumentam a liberação de insulina - Receptores 𝛽2 estão presentes no musculo esquelético - Efeito dos receptores 𝛽2: ▪ ↑ glucagon = ↑ glicogenólise no fígado = aumenta a liberação das reservas energéticas, liberando glicose na corrente sanguínea - Efeito dos receptores 𝛼2: ▪ ↓ liberação de insulina - A combinação do efeito desses receptores promove um efeito hiperglicêmico, e esses efeitos são mediados via do AMPc → Farmacocinética: • Via oral – sofre os efeitos da MAO e da COMT gerando metabólitos (principalmente ácido vanilil-mandélico) • Pode ser usado via intravenosa • Via subcutâneaou intramuscular – há um depósito, e a absorção é mais lenta • Pode ser por aplicação oftálmica – promove midríase • Via respiratória – por inalação ou nebulização para efeitos locais • A excreção desses metabólicos é feita pelos rins → Usos Terapêuticos: • Asma brônquica – provoca broncodilatação atuando em receptores beta-2 • Broncoespasmo • Choque anafilático – a adrenalina é a principal droga usada em emergências de choque anafilático • Parada cardíaca – reverte esse quadro • Junto com anestésicos (diluição de 1:100.000) – análogos da adrenalina (principalmente agonistas alfa-1) fazem vasoconstrição através da diminuição do fluxo sanguíneo, potencializando o efeito anestésico - Associado à lidocaína, bupivacaína, mepivacaína, etc • Glaucoma de ângulo aberto (solução 2%) – os análogos também são uteis → Efeitos Adversos: se repetem nas outras substâncias • Essas são as particularidades • Distúrbios do SNC – promove ansiedade, tensão, síndrome do pânico, cefaléia, tremores • Hemorragia – elevação acentuada da PA principalmente intracraniana • Arritmias cardíacas – por ser um estimulatório liberando descarga elétrica • Edema pulmonar agudo – aumento da pressão sanguínea pulmonar → Interações: • Hipertireoidismo – há presença aumentada de receptores adrenérgicos na vasculatura e o uso de adrenalina pode ter um efeito maior do que teria em um indivíduo que não tem hipertireoidismo • Cocaína – promove efeitos cardiovasculares aumentados, principalmente em situações de estresse pelo efeito da adrenalina e da cocaína combinados. O usuário de cocaína Resumo da Malu – 2020.1 tem um efeito cardiovasculares potencializado, levando a uma degradação mais rápida da sua função cardíaca. A cocaína dificulta a captação de catecolaminas pelo neurônio adrenérgico Noradrenalina • Pertence ao grupo das catecolaminas • Primeira opção para uso de controle de pressão no choque cardiogênico em decorrência da sepse, ou mesmo no choque séptico, no choque neurogênico • Voltada a situações de comprometimento cardiovascular pois ela não faz efeito em beta-2 como a adrenalina (faz um efeito muito pequeno quase irrisório) • Esse pequeno efeito pode ser suficiente para proteger a isquemia de órgãos fazendo a vasodilatação, mas não necessariamente é visto em todos os indivíduos, além de que depende da dose • Possui efeito em alfa-1 e beta-1 → promove principalmente vasoconstrição, inotropismo e cronotropismo positivo → Efeitos da Noradrenalina: • No geral seus efeitos são parecidos com a adrenalina, aqui será relatado suas particularidades • Sistema Cardiovascular: - A noradrenalina se liga a receptores 𝛼 e 𝛽1 - Provoca intensa vasoconstrição na maioria dos leitos vasculares, incluindo o rim (𝛼1) - Provoca intenso ↑ resistência vascular periférica - Promove aumento da pressão sistólica e diastólica por não fazer efeito em 𝛽2 - Ocorre o Reflexo Barorreceptor pelo aumento grande da resistência vascular periférica e das pressões sistólica e diastólica → promovendo bradicardia por estímulo vagal → Efeitos Adversos: • Assemelham-se aos da adrenalina Isoproterenol ou Isoprenalina → Efeitos: • Específico para receptores 𝛽 • Predomina o efeito 𝛽2 – promove vasodilatação periférica provocando queda da resistência vascular periférica no músculo esquelético e promove broncodilatação • Atua em 𝛽1 no coração – aumenta a força e frequência de contração, aumentando o débito cardíaco, mas pouco influencia na função sistólica e diminui muito a diastólica pois o efeito 𝛽2 prevalece → Farmacocinética: • Via oral – não é confiável • Possui rápida absorção via parenteral ou aerossol → Usos Terapêuticos: • Broncodilatador – porém as substancias agonistas 𝛽2 são muito mais utilizadas • Estimulante cardíaco → Efeitos Adversos: • Assemelham-se aos da adrenalina Dopamina • Pertence ao grupo das catecolaminas • Em baixas doses – não é a primeira linha de uso, mas diminui a mortalidade no choque cardiogênico pois em baixas doses possui afinidade pelos receptores D1 e D2, principalmente renais (mesentéricos) causando vasodilatação, melhorando o fluxo sanguíneo mantendo a filtração glomerular • Em doses intermediárias – com aumento da dose há um efeito maior em receptores beta-1 no coração, aumentando a frequência cardíaca • Em altas doses – atua para controle pressórico fazendo um grande efeito em alfa-1 aumentando a resistência vascular periférica → Efeitos: • Não atua em receptores 𝛼 ou 𝛽 em doses baixas • Doses baixas: se liga a receptores dopaminérgicos D1 e D2 • Principalmente em leitos vasculares periféricos renais e mesentéricos • Promove vasodilatação • Receptores D2 – estão espalhados pelo corpo, sendo encontrados em neurônios adrenérgicos, especificamente em regiões de axônio pré-sinápticas → atuam como heterorreceptores e sua ativação interfere na liberação de noradrenalina • Em doses baixas: - Efeitos dopaminérgicos - 0,5 a 2 𝜇g/kg/min - Promove dilatação dos leitos vasculares mesentéricos, renais, coronários e intracerebrais (vasodilatação) • Em doses médias: - Efeitos 𝛽2 - 2 a 10 𝜇g/kg/min (dose cardíaca) - Melhora a contratilidade miocárdica, aumenta a frequência de disparo sinusal, aumentando a condução do impulso elétrico no coração • Em doses altas: - Efeitos 𝛼 - 10 a 20 𝜇g/kg/min (dose pressórica) - Aumento da PA e da resistência vascular - Aumenta a FC e a demanda de O2 a níveis indesejáveis - Pode ser deletéria em relação a demanda de oxigênio no coração Resumo da Malu – 2020.1 → Usos Terapêuticos: • Choque cardiogênico e séptico • Insuficiência cardíaca congestiva refratária crônica → Efeitos Adversos: • A superdosagem pode ter atividade simpaticomimética excessiva • Dor anginosa, arritmias, náusea e hipertensão (efeito de curta duração) Dobutamina • Usada quando se há uma falha no coração • É um análogo sintético beta-1 seletivo • Substância que auxilia principalmente na eficiência cardíaca ou no choque cardiogênico por possui efeito em beta-1 • Promove efeitos sobre a contratilidade, frequência cardíaca • Possui muito pouco efeito em beta-2 → mas esse pouco efeito pode ser favorável em situações de vasodilatação renal e cerebral → Efeitos: • É um agonista β1 • Possui efeito inotrópico e cronotrópico • Atuando no coração • Se liga pouco a receptores α1 → Usos Terapêuticos: • Insuficiência cardíaca congestiva – provoca alterações mínimas na frequência cardíaca e pressão sistólica • Arritmias → Efeitos Adversos: • Aumenta a condução atrioventricular → deve ser usada com cautela na fibrilação atrial • Outros efeitos assemelham-se aos observados com outras catecolaminas Catecolaminas → Fenoldopam (Corlopam ®): • Análogo da dopamina sintético • Muito seletivo para receptor D1 • Não possui ação em receptores α e β adrenérgicos • Promove uma vasodilatação periférica seletiva • Indicação: tratamento de hipertensão grave por infusão intravenosa (IV) → Epinina: • Análogo da dopamina • Faz efeitos semelhantes aos da dopamina • Administrado por via oral Não-catecolaminas → Fenilefrina: • Principal delas • É um agonista α1 adrenérgico seletivo • Atuando exclusivamente em alfa-1 ela vai aumentar a resistência vascular periférica e com isso é usada como descongestionante nasal • A região nasal é muito vascularizada e rica em receptores alfa-1, e processos inflamatórios no geral, desencadeados por infecção viral (gripe) ou por processos não infecciosos (rinite alérgica) manifestados por conta de algum fator externo ambiental, tendem a provocar vasodilatação periférica e consequentemente um extravasamento de líquidos, provocando obstrução do fluxo de ar e também dificuldaderespiratória → a fenilefrina e seus análogos atuam nesses receptores alfa-1 e provoca vasoconstrição desobstruindo o fluxo de ar e diminuindo o exsudato provocado pelo processo inflamatório • Por isso, antigripais possuem muitos agonistas alfa-1 • Possui uma causa reflexa de bradicardia com o uso muito grande dessa substância → se dá devido barorreceptores, pois se faz muita vasoconstrição e isso ativa o sistema barorreceptor produzindo uma descarga vagal • Não é inativada pela COMT por não ter um anel catecol • Indicações: - Potente midriático - Descongestionante nasal - Pode ser utilizado para elevar a pressão arterial pois faz vasoconstrição periférica → Efedrina: • Droga mista • Promove liberação de catecolaminas armazenadas • Possui ação direta sobre os receptores adrenérgicos • Indicações: - Descongestionante nasal - Agente pressor - ECA termogênico (efedrina, cafeína e ác. acetilsalicílico) • Atua em regiões do hipotálamo que vão estar relacionadas a fome/apetite dando sensação de saciedade • Atua em receptores β adrenérgicos localizados no tecido adiposo, onde estão localizados receptores β3 • A efedrina quando se liga a esses receptores β3 ativam a via de lipólise, que vai liberar ácidos graxos livres que vão ser utilizados na oxidação do musculo • A cafeína e o ácido acetilsalicílico potencializam a via de lipólise da efedrina, potencializando seu efeito → queima a gordura mais rápido e libera mais ácido graxo que vai ser consumido pelo tecido muscular (termogênico) Resumo da Malu – 2020.1 → Anfetaminas: • Agonista adrenérgico indireto • São estimulantes centrais • Potencializam a neurotransmissão noradrenérgica e gera alterações de comportamento, atitude e resposta ao ambiente • Devido a plasticidade sináptica do cérebro, toda a informação inconsciente ou consciente aprendida, o cérebro vai remodular e esse adequar, e com o passar do tempo essa capacidade vai diminuindo • Substâncias lícitas ou ilícitas que possuem esse efeito central e mexem com esse equilíbrio neurotransmissor e sináptico, vão provocar efeitos comportamentais e efeitos fisiológicos periféricos que podem levar a complicações para o estado de vida social do indivíduo com o meio em que ele habita e com ele mesmo • Atuam revertendo o sentido dos receptadores (NET) e com isso há uma descarga muito maior de neurotransmissores na fenda sináptica • Quando há uma descarga de neurotransmissores a mais ou a menos em regiões cerebrais, vai ter mudanças no todo do organismo - Como na depressão, ansiedade, esquizofrenia, doença de Alzheimer, entre outras • Essas substancias mexem com o equilíbrio fino anatômico do cérebro, principalmente bioquímico fisiológico gerando alterações comportamentais e cognitivas no indivíduo • Estimulam a liberação de neurotransmissor adrenérgico que vão alterar o estado de humor (externalização das emoções internas em resposta ao meio) e o estado de vigília (o hipotálamo sendo uma estrutura marcante presente no sistema límbico, que vai ter participação em processos cognitivos de emoção, aprendizado, memória, tendo ligação com o córtex pré-frontal que vai filtrar todas as interações que temos todos os dias) • Atuam no núcleo supraquiasmático do hipotálamo que vai estar associado com o apetite reduzindo-o (anorexígeno) • Derivados: » Metanfetamina (cristal ou speed): - Droga ilícita » Fenmetrazina: » Metilfenidato (ritalina ® ou concerta ®): - Liberação imediata, sustentada ou prolongada - Doses de 5 a 10 mg (dada em intervalos de 3 ou 4 hrs) - Dose máxima de até 20mg 4x por dia - Demora para ser completamente eliminado do corpo - Metabolismo hepático – 48 a 96 horas - Usado em transtornos de déficit de aprendizado, atenção e hiperatividade, pois atuam no cérebro na região do prazer e emoções associados a processos cognitivos de atenção que é uma descarga exacerbada de catecolaminas, principalmente dopamina e a descarga de dopamina em regiões límbicas cerebrais leva a potencialização de uma dependência química » Pemolina: » Adderall: - São 4 anfetaminas juntas Sacarato de dextroanfetamina (d-anfetamina) Sulfato de D-anfetamina Sulfato de levoanfetamina (l-anfetamina) Aspartato de L-anfetamina - Aumenta a atenção - Usado em transtornos de déficit de aprendizado, atenção e hiperatividade, pois atuam no cérebro na região do prazer e emoções associados a processos cognitivos de atenção que é uma descarga exacerbada de catecolaminas, principalmente dopamina e a descarga de dopamina em regiões límbicas cerebrais leva a potencialização de uma dependência química - Neurotransmissão: O NET (recaptador) é uma das formas de regulação dos níveis de neurotransmissor na fenda sináptica, e ele recapta esse neurotransmissor para dentro onde ele pode ser metabolizado, resintetizado, rearmazenado e liberado novamente em um período posterior e na fenda sináptica há presença dos receptores pós-sinápticos na célula efetora → quando se faz uso de anfetaminas elas invertem o sentido do NET e dentro do neurônio pós-sináptico será carreado pelo receptor VMAT2 da vesícula, podendo se acumular na vesícula favorecendo ainda mais a liberação da noradrenalina da vesícula, forçando através do transporte invertido a saída de mais neurotransmissor para a fenda. Algumas dessas substancias podem agir como agonistas mistos atuando no receptor pós-sináptico Resumo da Malu – 2020.1 » Fenilpropanolamina: - Possui efeitos fracos sobre o humor • Possui efeito imediato por via inalatória sendo por fumo ou inalação • Histórico: - Fim do século XIX – primeiros estimulantes - Gordon Alles 1929 – tratamento da asma - Anos 30 – tratamento da congestão nasal - II Guerra Mundial – reforçar a autoconfiança e eliminar a fadiga - Décadas 50 e 60 – uso para suspender o apetite como um anorexígeno (tratamento de obesidade) • Indicações clínicas dos psicoestimulantes: - Narcolepsia – é a exacerbação do sono - Depressão secundária (ex. AIDS) - Esclerose múltipla - Depressão após AVE - Demência - Depressões resistentes a tratamentos - Obesidade – muito risco de efeito adverso - TDAH • Atuação no TDAH: - O córtex dorsolateral é o responsável pela memória de trabalho, que é uma memória passageira que serve para nos manter na dinâmica do dia a dia - O córtex ventromedial é o responsável pela tomada de decisão e o planejamento estratégico e está relacionada com a memória de trabalho - O córtex parietal é o responsável pela orientação de atenção, e executa essa função associado aos córtex dorsolateral e ventromedial - Essas funções também estão associadas a outras regiões como o sistema límbico, gânglios da base, e outras - O cingulado anterior ventral e dorsal é responsável pelos controles afetivos e cognitivos do controle executivo por estar ligado à amigdala basolateral que é o centro das emoções, e quanto mais carga emocional tem uma situação, maior será o tempo que se registra aquela situação → a memoria esta totalmente associada a carga emocional - Os gânglios da base formam o circuito frontostriatal – acúmen e putâmen - Essas regiões citadas são ricas em neurotransmissões catecolaminérgicas (noradrenalina e dopamina) - Dopamina – papel importante no planejamento e no inicio de respostas motoras, reação à novidade e no processamento da recompensa - Noradrenalina – papel importante na modulação da excitação, relações sinal-ruído em áreas corticais, processos cognitivos dependentes do estado e da preparação cognitiva de estímulos urgentes - Controle executivo e as redes cortico-cerebelares – vão coordenar o planejamento, comportamento direcionado a objetivos, inibição, memoria operacional e adaptação flexível ao contexto externo (resposta ao meio externo)- No TDAH muitas dessas vias de transmissão estarão alteradas, especificamente as comunicações dopamina X noradrenalina - O indivíduo não tem concentração, não conseguindo manter o foco em algo específico, caracterizando a patologia - Há a presença marcante de receptores dopaminérgicos do tipo 1, e esse complexo de comunicação abaixo é uma representação doa área de prazer, sempre levando a um estimulo de recompensa - Uma vez ativado o córtex frontal vai estimular uma descarga dopaminérgica no núcleo accumbens, que vai se comunicar com a substância negra e com o pallidum para ter alterações a níveis conscientes e inconscientes periféricos e centrais, e ocorrer uma exacerbação e se sentir prazer fazendo aquilo → cleptomaníacos, compras, apostas, vício em drogas, ato sexual, ato de comer - Ocorre uma plasticidade forçada gerada pela substancia gerando então a dependência, e quanto mais tempo fizer uso disso, mais essa plasticidade será fixada e mais difícil será a reversão desse processo - O dopping acadêmico é feito por uso de substancias que atuam em áreas de atenção, cognição e planejamento de ação e de funções executivas - Consiste no uso não clínico dessas substancias: ▪ Recreativo – aumento do tempo de vigília, ficando menos cansado e mais disposto ▪ Estético – auxiliar no emagrecimento ▪ Aprimoramento cognitivo – melhorar a capacidade mnemônica profissional e acadêmica Resumo da Malu – 2020.1 • Efeitos: - Liberação de dopamina (DA) nas áreas do hipotálamo lateral, que regula de forma dose dependente a sensação de apetite (anorexígeno) - Inibição da recaptação de serotonina e sua liberação em diversas regiões, principalmente no sistema límbico provocando reações euforizantes - Estímulo de receptores glutamatérgicos NMDA corticais e liberação de glutamato (principal neurotransmissor estimulante do cérebro) em regiões corticais, que levam a mudanças de comportamento (hiperatividade) • Substâncias supressoras do apetite: - Anfepramona - Femproporex - Mazindol - Fentermina - Benzfetamina - Fendimetrazina • As aminas catecolaminérgicas estimulam a liberação das catecolaminas, promovendo o aumento do estado de ansiedade, retarda o aparecimento da fome, aumento da atividade física, inibição da lipogênese, aumento da lipólise • Efeitos colaterais dessas substâncias: - Insônia, agitação, irritabilidade, ansiedade, boca seca, constipação, euforia, hipertensão, taquicardia, arritmia, tolerância, dependência medicamentosa • Importante – a administração deve durar no máximo 12 semanas, e caso exceda esse período há diversas consequências deletérias desse uso → Cocaína: • Agonista adrenérgico indireto • Bloqueia os canais de sódio (efeito anestésico local) • Bloqueia a recaptação de catecolaminas (noradrenalina, dopamina e serotonina) e como consequência exacerba a neurotransmissão catecolaminérgica central e periférica de dopamina, noradrenalina e adrenalina • Tem efeito semelhante as anfetaminas • É um estimulante central provocando euforia • É utilizada associada a heroína em viciados • A cocaína gerar um prazer apetitivo na zona do prazer, tendo liberação exacerbada de dopamina, tendo uma atividade insaciável que incentiva o uso de mais cocaína, incentiva também atividades de busca, como em contatos sociais, encontros sociais, dança, etc • A heroína gera um prazer saciativo e quando usado junto com a cocaína gera um certo equilíbrio • Efeitos adversos: - Por ser um potente estimulador adrenérgico, ela vai aumentar a demanda de oxigênio do miocárdio através do aumento do dromotropismo, do cronotropismo e do inotropismo e caso tenha um processo aterosclerótico esse suplemento de oxigênio será limitado → aumenta FC, PA e a força de contratilidade do miocárdio - A vasoconstrição desse musculo liso vascular quando há aterosclerose, será prejudicial aumentando ainda mais a produção de óxido nítrico e de endotelina, e estimulação alfa adrenérgica - Acelera a aterosclerose, acelerando a lesão e a potencialização da cascata de coagulação, promovendo trombose. É um inibidor do ativador plaminogênico, promove atividade e agregação plaquetária e promove permeabilidade endotelial • A cocaína diminui a recaptação de noradrenalina, aumenta a produção de endotelina (vasoconstritor), diminui a produção de NO, aumentando mais ainda a vasoconstrição • Aumento da vasoconstrição com o aumento de endotelina e o aumento da atividade adrenérgica, leva a uma isquemia com o passar do tempo • A isquemia desencadeia o processo de angina de peito e arritmia, e isso é associado a um processo de infarto agudo do miocárdio • Associado a todo esse processo, com o passar do tempo a cocaína aumenta a atividade do inibidor de ativador de plasminogênio, aumentando a ativação e agregação plaquetária, e a permeabilidade endotelial, com isso leva a trombose coronária • A trombose coronária associada a isquemia desencadeia o infarto agudo, que associado a atividade adrenérgica aumentada, faz hipertrofia com fibrose e o remodelamento cardíaco, que vai entrar em um quadro de insuficiência cardíaca Bloqueadores Adrenérgicos • São antagonistas adrenérgicos • Podem ser bloqueadores de: » Receptores alfa: - Não-seletivos – bloqueiam alfa 1 e 2 - Seletivos alfa-1 – bloqueiam alfa-1 - Seletivos alfa-2 – bloqueiam alfa-2 » Receptores beta: - Não-seletivos - Seletivos beta-1 • O primeiro bloqueador adrenérgico foi descoberto por Dale em 1906 ao estudar alcalóides produzidos pelo fungo Claviceps purpúrea (alcalóides do ergot) que contaminava o centeio Resumo da Malu – 2020.1 → Alcalóides de Ergot: • Possui a capacidade de produzir metabólitos secundários que são diversos alcalóides denominados alcalóides de ergot • Vão encerram vários compostos ativos que são responsáveis pela intoxicação conhecida como ergotismo ou síndrome de Santo Antônio que ocorria na idade média com a ingesta de pães confeccionados com centeio contaminado com os alcaloides de ergot • O ergotismo é caracterizado por efeitos no SNC e na pele, como vasoconstrição, efeitos alucinógenos, lesões com bolhas e aborto em mulheres grávidas • Atuam como antagonistas e agonistas parciais de receptores alfa dependendo da substância, se ligam a receptores 5-HT (receptores de serotonina) e dopamina • Sua estrutura tem em comum o núcleo do ácido lisérgico que está presente no LSD e por isso causa alucinações • Principais derivados do ergot: - Ergotamina - Ergotoxina - Ergonovina - Sintético – bromoergococriptina • Indicações Terapêuticas: - Enxaqueca - Contração uterina pós-parto – utilizadas quando se pode ter hemorragias pós-parto, e por serem antagonistas parciais não vão promover uma vasoconstrição tão exacerbada quanto um agonista pleno por exemplo → Ações fisiológicas dos Receptores Alfa: 1. Receptores alfa-1: • Estimulam a contração do musculo liso venoso, arterial e visceral → estimula a vasoconstrição 2. Receptores alfa-2: • Possui a capacidade de inibir noradrenalina (NE) nas terminações nervosas • Fazendo com que aumente o tônus vagal tendo mais efeito da acetilcolina já que a noradrenalina não está sendo liberada • Favorece a agregação plaquetária já que as plaquetas possuem receptores alfa-2, e quando eles são ativados isso estimula a agregação • São responsáveis por alguns efeitos metabólicos: - Inibe a secreção de insulina - Inibe a lipólise → Bloqueadores alfa: A. Não-seletivos: • Bloqueiam receptores alfa-1 e alfa-2 • O efeito colateral principal dessas substancias é a taquicardia pois se aumenta muito a FC ao aumentar a liberação de noradrenalina • Bloqueio de alfa-1 – diminui a RVP → lembrando que ativação de alfa-1 promove vasoconstrição e se há um bloqueio desse receptor,há perda da vasoconstrição e diminuição da resistência vascular periférica • Bloqueio de alfa-2 – aumenta a liberação de NOR → lembrando que a ativação de alfa-2 inibe a liberação de noradrenalina pois ele é um receptor pré-sináptico e atua regulando a liberação de noradrenalina e o bloqueio desse receptor promove a sua livre liberação pois não há mais uma regulação dele - Visto que alfa-1 e alfa-2 estão bloqueados essa NOR estará livre para ativar receptores beta • NOR em beta-1 – se presente no coração, promove aumento da FC, e quando presente nos rins promove o aumento da liberação de renina → faz com que haja como efeito final o aumento da PA • Principais substâncias: - Fenoxibenzamina - Fentolamina - Tolazolina • Tolazolina X Fenoxibenzamina: - Tolazolina – se liga de forma competitiva ao receptor alfa-1 e 2 - Fenoxibenzamina – se liga de forma não-competitiva - O gráfico abaixo avalia a concentração de NOR comparada à tensão máxima - Gráfico 1 (tolazolina): ♥ Curva 1 – controle (apenas a norepinefrina) ♥ Curva 2 – NOR com 10𝜇 de tolazolina ♥ Curva 3 – NOR com 20𝜇 de tolazolina Se existe uma substância que é um antagonista competitivo, a curva será deslocada para a direita, pois está ocorrendo uma mudança na quantidade de receptores que a tolazolina consegue atingir, e nessa situação, precisa-se de doses maiores da substancia para chegar no mesmo efeito - Gráfico 2 (Fenoxibenzamina): ♥ Curva 1 – controle (apenas a norepinefrina) ♥ Curva 2 – NOR com 0,4𝜇 de fenoxibenzamina ♥ Curva 3 – NOR com 0,8𝜇 de fenoxibenzamina Por ser uma substância que se liga de maneira irreversível ao receptor, ainda que se aumenta a concentração de NOR, quando se aumente a concentração de antagonista não se consegue chegar ao efeito máximo pois os receptores estão ocupados, e mesmo que se aumente a concentração de NOR, ela não consegue deslocar a o antagonista do receptor e se ela não se desliga do receptor, a NOR não consegue se ligar a ele para ter efeito, impossibilitando que se tenha um efeito máximo Resumo da Malu – 2020.1 • Reversão da Adrenalina: - Esse é um registro de contração muscular - HR – frequência cardíaca (heart rate) - BP – pressão arterial (blood pressure) - Gráfico 1 – o musculo está contraindo normalmente e quando se adiciona a fentolamina (antagonista competitivo) ela irá bloquear os receptores alfa-1 e como resultado há um aumento FC pois o bloqueio de alfa-1 promove aumento da liberação de adrenalina e consequentemente da FC - Gráfico 2 – Quando se adiciona a adrenalina antes da fentolamina, a adrenalina promove ativação de todos os receptores alfa e beta, e com a posterior administração de fentolamina observa-se uma queda da PA pois quando se bloqueia os receptores alfa, apenas terá efeito dos receptores beta, então beta- 1 no coração aumenta a FC e beta-2 promove uma vasodilatação, então ocorre uma diminuição da PA e aumento d FC - Gráfico 3 – Se há administração da epinefrina depois da fentolamina, ao administrar a fentolamina ocorre bloqueio dos receptores alfa, e consequentemente ocorre a diminuição da RVP, e quando se administra a adrenalina, ela só consegue promover efeito em receptores beta-1 e 2, e se observa um aumento da FC pois a fentolamina já fez esse aumento junto com a epinefrina ao bloquear alfa-2 e ativar beta-1, e uma diminuição da pressão por ativação de beta-2 B. Seletivas alfa-1: • Promove diminuição da resistência vascular periférica • Principais substâncias: - Prazosina - Terazosina - Doxazosina - Tansulosina (seletivo alfa-1A) • Essas substancias não bloqueiam alfa-2, logo, não se observa aumento de liberação da NOR e o efeito de aumento da FC e PA não vai ocorrer • Ocorre diminuição da RVP, sem ação no coração • Efeitos fisiológicos principais: - Diminuição da PA e DC - Pouca ou nenhuma taquicardia reflexa - Diminuição dos níveis de LDL e triglicerídeos - Aumento dos níveis de HDL - Algumas são antagonistas específicos de alfa-1A podendo ser usada para o tratamento de hiperplasia prostática benigna (HPB) – caracterizado por uma diminuição do tônus muscular da próstata e bexiga, facilitando o fluxo urinário, e duas substancias como a terasozina e doxazosina (não são especificas alfa- 1) possuem a capacidade de induzir a apoptose das células da próstata diminuindo a hiperplasia • Farmacocinética: - Em termos de efeito essas substâncias são muito similares, o que muda é a farmacocinética delas C. Seletivas alfa-2: • O bloqueio de alfa-2 promove a liberação de NOR • A noradrenalina em alfa-1 e beta-1 promove aumento da PC, FC e liberação de renina • Principal substância: - Ioimbina – quase não tem uso clínico, são usos muito pontuais, mas é bastante usada em pesquisas farmacológicas • Usos clínicos: - Não possui usos clínicos estabelecidos - Achada em alguns termogênicos → não é seguro pois pode levar ao aumento de alguns hormônios como a prolactina - Se estudam usos na disfunção sexual masculina, na neuropatia diabética e na hipotensão postural • Indicações terapêuticas: - Tratar feocromocitoma – tumor onde se tem aumento da produção de catecolaminas, podendo se utilizar também para o tratamento antagonistas não- seletivos (fenoxibenzamina e fentolamina) - Tratar hiperplasia prostática benigna – a tansulosina é um antagonista específico de alfa-1A e alfa-1AD mas também pode-se usar a doxazosina - Tratar hipertensão associada à suspensão abrupta de clonidina (agonista alfa-2) ou alimentos com tiramina e inibidores da MAO – que também irão aumentar o efeito das catecolaminas e por isso se faz uso de um antagonista (fentolamina) - Tratar distúrbios vasoespásticos – só pode se usar antagonistas seletivos alfa-1 para agir diretamente na RVP, visto que não é o objetivo uma substância que aumente a liberação de noradrenalina - Tratar hipertensão – usa-se antagonistas seletivos alfa-1 (prasozina e doxazosina são muito utilizados) - Se há excesso de vasoconstritor local – tendo uma vasoconstrição exacerbada se usa a fentolamina para reverter o efeito Resumo da Malu – 2020.1 • Efeitos adversos: - Principalmente o fenômeno de 1ª dose – geralmente a primeira dose deve ser administrada nos pacientes ao deitar, pois quando se diminui muito a RVP a pessoa tende a diminuir a PA, tendo uma sensação de tontura e com o tempo o organismo da pessoa vai se adaptando e esse fenômeno passa - Hipotensão postural – sensação de tontura ao se levantar - Taquicardia e arritmias - Congestão nasal – se usa agonistas alfa-1 para tratar (pseudoefedrina, fenilefrina) e ao bloquear esses receptores alfa-1 há a vasodilatação dos vasos da mucosa - Cefaleia – pelo mesmo motivo de vasodilatação - Dificuldade de ejaculação - Retenção de Na+ e H2O - Tolerância → Bloqueadores beta: • São divididos em 3 gerações • O protótipo da classe é o propranolol – é o primeiro beta bloqueador desenvolvido sendo não-seletivo A. Primeira Geração: ♥ Todos são não-seletivos ♥ Dentre eles: nadolol, penbutolol, pindolol, propranolol, timolol, satalol, levobunolol, metipranolol B. Segunda Geração: ♥ Todos são seletivos beta-1 ♥ Dentre eles: bisoprolol, atenolol, esmolol, metoprolol acebutol (seletivo beta-1) C. Terceira Geração: ♥ Podem ser seletivos ou não ♥ Alguns possuem propriedades específicas ♥ Podem ter outros efeitos além de se ligar em receptores beta » Não-seletivos: - Bloqueia receptores beta e alfa-1 - Carteolol, carvedilol, bucindolol, labetalol » Seletivos beta-1: - Betaxolol, celiprolol (agonista beta-2), nebivolol • Agonista parcial beta – pindolol e acebutol (seletivo 𝛽1) • Receptores beta-1: - Estão acoplados a uma proteína G estimulatória, e quando há sua ativação ocorrea ativação da adenilato ciclase (AC), aumento da concentração de AMPc, e de PKA, abrindo o canal de cálcio entrando íons cálcio na célula levando à contração - Se há o bloqueio desse receptor, não ocorre a entrada de cálcio na célula, e consequentemente não ocorre a contração cardíaca • Bloqueadores beta não-seletivos: - As substancias por meio desse bloqueio, principalmente as não-seletivas vão bloquear beta-1 no coração e rins - Bloqueio de beta-1 no coração – ocorre diminuição da contração cardíaca - Bloqueio de beta-1 nos rins – ocorre diminuição da liberação de renina - É um efeito anti-hipertensivo dessas substâncias - O propranolol é amplamente utilizado como um anti- hipertensivo, sendo um dos fármacos mais conhecidos, ele inicialmente diminui o DC a partir do bloqueio de beta-1, mas o organismo é capaz de se adaptar e recompensar isso, então a longo prazo o efeito anti- hipertensivo não possui efeito com a ação direta no coração e sim com a diminuição da liberação de renina (lembrando que o eixo renina-angiotensina-aldosterona é uma alça de regulação longa para o aumento da PA), pois quando se inibe a liberação de renina a longo prazo, não se tem aumento da PA, devido à ausência de renina para regular esse aumento - Não são observados efeitos hipotensores em indivíduos normotensos, pois o propranolol não é um hipotensor e sim é um anti-hipertensivo → logo, ele só age em quem tem a PA aumentada, então uma pessoa com PA normal não vai sofrer efeito e sua pressão não vai mudar - Por serem não-seletivas, bloqueiam beta-2 que está presente em grande quantidade no pulmão, quando se ativa beta-2 há broncodilatação, e quando inibe beta-2 há perda dessa broncodilatação e promoção de broncoconstrição, sendo prejudicial para pessoas com asma caso façam uso dessa substancia - Receptores adrenérgicos estão associados a regulação de insulina, regulação de lipólise, e isso pode mascarar os sintomas da hipoglicemia, assim como intensificar a hipoglicemia causada pela insulina pois o bloqueio de receptor beta-2 retarda as respostas à hipoglicemia causada pela insulina, além de que sua ativação tem a ver com respostas de tremor e sudorese que são efeitos característicos de hipoglicemia, e eles não vão aparecer - Propranolol: ♥ É um fármaco muito lipossolúvel, visto que seu Log P é muito maior que das outras substâncias, sendo bem absorvido ♥ Sofre muito efeito de primeira passagem, tendo uma biodisponibilidade de apenas 25% Resumo da Malu – 2020.1 ♥ Possui metabolismo hepático, logo, se o paciente tem insuficiência hepática, o fármaco pode se acumular no organismo desse indivíduo ♥ Possui uma meia-vida curta de 3-5 horas - Nadolol: ♥ É um fármaco bastante hidrossolúvel, visto que seu Log P é baixíssimo ♥ Sofre um efeito de primeira passagem relativamente extenso, apesar doe boa parte dele ser eliminado sem alteração, no formato da sua molécula original ♥ Tende a se acumular em indivíduos com problemas renais ♥ Possui meia-vida de 10-20 horas tendo um tempo maior de ação - Timolol: ♥ É relativamente lipossolúvel ♥ Sofre uma metabolização de 50% ♥ Sofre metabolismo hepático podendo se acumular em indivíduos com problemas de insuficiência hepática ♥ Possui meia-vida de 3-5 horas - Abaixo se tem todos os bloqueadores beta, relacionados com o tipo de bloqueio que fazem, se ele tem atividade intrínseca (ASI) sendo simpatomimético ou estabilizador de membrana, tem os valores de Log P (L/A) e quanto maior for esse valor, maior será a lipossolubilidade, e quanto menor for o valor, maior será a hidrossolubilidade e tem-se também a biodisponibilidade por via oral (VO) e o tempo de ação de cada fármaco (T ½) - Força cardíaca, pressão cardíaca e frequência cardíaca: ♥ Quando se administra a epinefrina, ela tem capacidade de aumentar a força, frequência e a pressão arterial por ser uma substancia domotrópica, cronotrópica e inotrópica positiva ♥ Quando se administra o propranolol, que vai bloquear beta-1 e beta-2, se perde esse efeito na força de contração, pois o beta-1 do coração está bloqueado ♥ Se tem um aumento da pressão arterial, pois continua se tendo efeito alfa-1, logo, se aumenta a RVP, porém a pressão diastólica será um pouco diminuída por ter efeito dos receptores beta (ex: bloqueio de beta-2 inibe a vasodilatação) ♥ A frequência cardíaca aumenta quando se tem a utilização da epinefrina, mas com o uso de propranolol não é possível observar esse aumento pois houve o bloqueio de beta-1 que age diretamente no coração • Bloqueadores não-seletivos beta e alfa-1: - Labetolol e carvedilol - Agem em receptor beta promove a diminuição da PA e o bloqueio beta-1 impede a taquicardia reflexa - O bloqueio alfa-1 diminui a RVP - Carvedilol: ♥ É uma substância de terceira geração ♥ Possui efeitos antioxidantes e antiproliferativos ♥ É cardioprotetor sendo indicado para pessoas com insuficiência cardíaca pois possui função de renovar o tecido e proteger esse tecido presente » Bloqueadores beta-1 seletivos: - Esmolol: ♥ Substancia de uso intravenoso ♥ Não possui atividade estabilizadora de membrana ♥ Não possui Log P e disponibilidade por via oral pois ela não é administrada por via oral ♥ Possui meia-vida de cerca de 8 minutos ♥ Rapidamente metabolizada por esterases plasmáticas por isso é apenas utilizada na emergência - Metoprolol: ♥ Possui atividade estabilizadora de membrana ♥ É lipossolúvel por ter um alto valor de Log P ♥ Possui biodisponibilidade de cerca de 40% ♥ Sofre metabolismo hepático ♥ Possui meia-vida de 3 a 4 horas ♥ É um dos bloqueadores beta seletivos mais usados - Atenolol: ♥ Substância hidrofílica pelo baixo valor de Log P ♥ Excretado em sua maioria sem alteração da estrutura ♥ Seu excesso é excretado na urina, e pode causar insuficiência urinaria em indivíduos que tem problemas urinários ♥ Possui biodisponibilidade de cerca de 50% ♥ Sua meia-vida é em torno de 5 a 8 horas - Esses fármacos beta-1 seletivos são muito mais seguros para pacientes asmáticos por não bloquear beta-2 - Deve ser usado com cautela, pois ainda que a substancia não seja agonista beta-2 pode se ter um efeito por excesso de dose ou por perda de seletividade - São substâncias preferíveis em pacientes diabéticos Resumo da Malu – 2020.1 - A melhor utilização para asmáticos e diabéticos é o celiprolol – é um fármaco antagonista beta-1 e agonista beta-2 • Indicações Terapêuticas: - Hipertensão – por bloqueio de beta-1 vai diminuir a PA - Angina – para insuficiência cardíaca se usa apenas o seletivo beta-1 - Insuficiência cardíaca – se usa apenas o seletivo beta-1 - Arritmias - Infarto agudo do miocárdio - Hipertireoidismo – pois se diminui a chance de causar arritmias ou alterações no coração desse individuo - Profilaxia da enxaqueca – se usa o propranolol, timolol ou metroprolol, que são fármacos que atravessam a barreira hematocefálica - Ansiedade – geralmente se usa o propranolol pois ele diminui os efeitos ansiosos (vermelhidão, taquicardia, tremor, sudorese) - Aneurisma aórtico dissecante agudo - Glaucoma – se melhora a drenagem do humor aquoso • Efeitos Adversos: - Apesar de ser usado para o tratamento de insuficiência cardíaca, infarto agudo, entre outras, essa substancia pode induzir insuficiência em pacientes suscetíveis ou exacerbar em pacientes que tenham a insuficiência ou infarto agudo do miocárdio - Pode gerar bradiarritmias em pacientes com defeitos de condução atrioventricular - Pode gerar broncoespasmo pelo bloqueio beta-2 - Fadiga, distúrbio do sono e depressão por substancias lipossolúveis → pode-se usar nadolol e atenolol que são substâncias mais hidrofílicas - Ao contrário de antagonistas alfa, aumentam o VLDL e diminuemo HDL (colesterol bom) piorando o perfil lipídico do paciente - Possuem a capacidade de intensificar a hipoglicemia e retardar a sua recuperação - Mascaram a taquicardia observada na hipoglicemia
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