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E-book Violência Doméstica na Pandemia

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IMPACTOS DA PANDEMIA
NA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA:
Ineficácia das medidas protetivas e o aumento
dos casos.
USE
MÁSCARA. 
MAS NÃO
 SE CALE! 
ANIMUS ADJUVANDI
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ligue 180
IMPACTOS DA PANDEMIA NA
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA:
Ineficácia das medidas protetivas e o
aumento dos casos.
ANIMUS ADJUVANDI
ANIMUS ADJUVANDI
A Equipe Animus Adjuvandi foi criada para abordar o tema
Violência contra mulher durante a Pandemia de Covid-19,
buscando trazer informações sobre o aumento do número de
casos, ineficácia das medidas protetivas, além de incentivar e
estimular as mulheres a não se calarem diante dessa situação. 
Um trabalho que oportuniza o crescimento, aprendizado,
conhecimento geral e principalmente jurídico da equipe.
Trabalho este direcionado pela Professora Stephanie Riccio
Simões, da matéria Projeto Integrador II, do curso de Direito,
da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Itabuna-Ba.
Esperamos que esse e-book sirva para difundir conhecimento
entre nossos colegas e toda a população interessada, de forma
a contribuir para a solução desse problema, que afinal só
cresce a cada dia.
SUMÁRIO
LINHA HISTÓRICA DA LEI MARIA DA PENHA......................................2
CONCEITO E TIPOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA..................................5
CICLO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA......................................................7
PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELAS MULHERES VÍTIMAS
DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DURANTE A PANDEMIA...........................9
AUMENTO DE CASOS.........................................................................10 
MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DURANTE
A PANDEMIA.....................................................................................13
INEFICÁCIA DAS MEDIDAS PROTETIVAS...........................................20
APLICATIVOS E ÓRGÃOS DE ATENDIMENTO/DENÚNCIA..................23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................25
LINHA HISTÓRICA DA LEI MARIA DA PENHA
Aprovada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Luís Inácio
Lula da Silva, completando 14 anos de anos de sanção em 2020,
a Lei Maria da Penha - lei 11.340/06 -, é uma legislação federal
brasileira que tem como finalidade punir e coibir a violência
contra mulher nas suas mais diversas esferas.
O nome da lei advém da história de luta vivida pela
farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu
graves agressões iniciadas no ano de 1983 partidas do seu
próprio marido, Marco Antonio Heredia Viveros. Maria da
Penha sofreu ataques de tiro de espingardas, que resultaram
na sua paraplegia, seguida de outra tentativa de homicídio –
seu então marido a atentou por meio de eletrocussão e
afogamentos durante seu banho – assim que Maria da Penha
recebeu alta hospitalar. 
Após essas tentativas de homicídio, Maria da Penha denunciou
seu agressor e iniciou uma batalha para que ele fosse
devidamente condenado pelos seus crimes. Devido às brechas
jurídicas, o processo continuou em aberto por muitos anos e,
consequentemente, o agressor continuou em liberdade.
Diante disso, o Centro pela Justiça pelo Direito Internacional
(CEJIL) e o Comitê Latino - Americano de Defesa dos Direitos
da Mulher (CLADEM), com o apoio da própria Maria da Penha
decidiram denunciar formalmente à Comissão Interamericana
de Direitos Humanos da OEA, ocasião em que o país foi
condenado por não ter meios aceitáveis e eficientes para coibir
atos de violência doméstica contra a mulher, sendo indiciado
por negligência, omissão e tolerância. Ademais, a Comissão
Interamericana de Direitos Humanos recomendou que, enfim,
se encerrasse o processo do agressor de Maria da Penha, a
consumação das investigações sobre as demoras
recorrentes no processo, a reparação simbólica e material à 
2
Maria da Penha pela falha do Estado em se abster de recursos
adequados para a vítima e, não menos importante, a adoção de
políticas públicas voltadas à prevenção, punição e repreensão
da violência contra a mulher no Brasil.
Dessa forma, o legislativo brasileiro foi obrigado a construir e
aprovar um meio legal que fosse de fato eficaz na prevenção e
punição da violência doméstica no Brasil. 
A lei alterou o Código Penal vigente no país, com a introdução
do parágrafo 9, do Artigo 129, permitindo que agressores de
mulheres em meio doméstico ou familiar sejam presos em
flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. Estes
agressores não poderão mais ser punidos com penas
alternativas e a legislação majora o tempo máximo de pena
previsto de um para três anos; e a lei prevê, ainda, medidas
que possam assegurar mais a vítima, desde a remoção do
agressor do lar até ao impedimento de sua aproximação da
vítima.
Foto: Instituto Maria da Penha / Divulgação
14 anos
DA L E I MAR IA
DA PENHA
3
Vale ressaltar que a história de Maria da Penha foi a gota
d’água para que se criasse um mecanismo ideal que coibisse de
fato a violência doméstica sofrida pelas brasileiras. 
Antes da existência dessa legislação, esses tipos de delitos
eram julgados em juizados especiais criminais – julgam crimes
de menor potencial ofensivo – os quais levavam a uma lenta e
não tão eficaz resolução desses delitos.
PRÉ E PÓS EXISTÊNCIA DA LEI Nº 11.340 
4
CONCEITO E TIPOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Segundo o artigo 5° da lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006,
conhecida Lei Maria da Penha, a violência doméstica e
familiar, é toda "ação ou omissão baseada no gênero que lhe
cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e
dano moral ou patrimonial."
Observa-se então, cinco tipos de violência doméstica e familiar
contra a mulher na Lei Maria da Penha: física, psicológica,
moral, sexual e patrimonial − Capítulo II, art. 7º, incisos I, II,
III, IV e V.
VIOLÊNCIA FÍSICA 
Considera-se violência física toda ação que cause danos físicos
a mulher, como: espancamento, estrangulamento, lesões
causadas por objetos perfurantes, queimaduras e torturas.
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
Toda conduta que cause baixa autoestima na vítima, controle
das decisões pessoais e comportamentos, como: vigilância das
redes sociais, controle de com quem a vítima se relaciona,
humilhação em público, insultos, ameaças e ridicularização.
VIOLÊNCIA MORAL
Toda conduta que configure em calúnia, difamação ou injúria,
como por exemplo, expor a vida íntima, acusar mulher de
traição, rebaixar a mulher ou desvalorizá-la pela forma com
que se veste ou se comporta.
VIOLÊNCIA SEXUAL
Toda ação que cause constrangimento e obrigue a mulher
participar ou realizar atos sexuais indesejados mediante uso da
força ou intimidação, como: estupro e forçar a mulher se
relacionar com outros homens.
5
VIOLENCIA PATRIMONIAL
Conduta que subtraia, detenha ou controle bens materiais e
econômicos da mulher, como: deixar de pagar a pensão
alimentícia, controlar o dinheiro e privar bens ou recursos
econômicos.
Dessa forma, é possível mudar a visão equivocada que muitas
pessoas têm ao acreditarem que a violência doméstica começa
com a agressão física, quando na realidade, outras violências
que para alguns podem parecer imperceptíveis ou ações
normais, já aconteceram antes, sendo elas, a violência
psicológica, moral, patrimonial ou sexual. Tornando então, a
violência física o último estágio. 
Todas essas formas de agressão são complexas, cruéis,
perversas, dificilmente ocorre de forma isolada umas das
outras e as consequências na vida da mulher são tão graves
que as vezes se tornam irreversíveis.
6
De acordo com a psicóloga norte-americana Lenore Walker, as
agressões cometidas em um contexto conjugal ocorrem dentro
de um ciclo que é constantemente repetido.
CICLO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
1. AUMENTO DA TENSÃO: Nessa primeira fase, coisas
insignificantes irritam o agressor profundamente, os acessos
de raivas são constantes, ocorre as injúrias, ameaças e
humilhações. Essa situação cria na vítima uma sensação de
perigo eminente,fazendo-a evitar todo tipo de conduta que
possa despertar a fúria em seu parceiro. 
 
2. ATAQUE VIOLENTO: O que antes era apenas acessos de
raivas da primeira fase, agora se transforma em algo maior. A
violência se materializa ainda mais e o agressor maltrata física
e psicologicamente a vítima; estes maus-tratos tendem a
escalar na sua frequência e intensidade.
7
3. LUA DE MEL: O agressor envolve agora a vítima de
carinho e atenções, desculpando-se pelas agressões e
prometendo nunca mais voltar a exercer violência. Seu
objetivo é conseguir a reconciliação. Após conseguir, a tensão
volta e com ela as agressões da fase 1.
Este ciclo é caracterizado por sua repetição sucessiva ao longo
do tempo, podendo ser cada vez menores a primeira e última
fase e cada vez mais intensa a fase do ataque violento. Em
situações limite, o fim destes episódios será o homicídio.
8
PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELAS MULHERES VÍTIMAS DE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DURANTE A PANDEMIA
É fato que a mulher do século XXI ainda carrega consigo alguns
dilemas vividos apenas por pertencerem ao gênero feminino, dentre
eles lidarem a rotina dupla de trabalho doméstico X trabalho formal,
violência familiar e insegurança em meio ao mercado de
trabalho/econômico. Em meio a tempos de pandemia e isolamento
social, essa problemática não se faz diferente, muito pelo contrário,
acentua-se ainda mais no que se refere à violência contra a mulher.
A preocupação com as mulheres vítimas de violência doméstica não
se limita apenas ao território brasileiro, tomando-se então proporções
globais. A Organização Mundial da Saúde – OMS – pode estipular que
1/3 das mulheres em todo o mundo são vítimas de violência nas suas
mais diversas formas, seja física, seja psicológica, seja sexual, muitas
vezes cometida por seus próprios companheiros de relacionamento.
Ficar em casa para impedir que se contaminem com o novo
coronavírus que se disseminou mundialmente aumenta as chances de
estarem trancafiadas por mais tempo em casa com seus próprios
agressores, acarretando em um maior medo/tensão e,
consequentemente, elevando os índices de violência cometida para
com elas.
Para muitas mulheres, o receio em contrair Covid-19 se tornou mais
um fator que as impede de buscar assistência médica ou legal após
episódios de violência. Há ainda uma preocupação de que, com o
aumento dos esforços para conter a pandemia, serviços de
atendimento a essas mulheres fiquem sem recursos.
Diante disso, ainda que a pandemia deixe a sociedade um tanto
quanto fragilizada, não anula o fato de que o conceito de crime não foi
mudado e, bem como, continuem acontecendo as denúncias
principalmente dos crimes relativos à violência contra a mulher. 
Dessa forma, pode-se perceber que a problemática da violência
contra a mulher é algo complexo e o momento atual no qual a
sociedade está inserida torna essa situação mais grave e delicada
ainda.
9
A violência contra a mulher não é um problema que surgiu
durante a pandemia, muito pelo contrario, é um problema
enfrentado há muito tempo, não somente no Brasil como no
mundo. Entretanto, como já dito antes, é impossível negar que
com a necessidade da adoção das medidas de distanciamento
social no Brasil decorrente da pandemia de COVID-19,
inúmeras vítimas de agressão doméstica estão sendo mantidas
no “cativeiro” de suas casas a fim de evitarem uma
contaminação, enquanto são obrigadas a conviverem com seus
agressores 24 horas por dia, durante toda a semana. Dessa
maneira, há um aumento do tempo de exposição da mulher
com seu agressor, o que gera um aumento de casos de
violência doméstica.
AUMENTO DE CASOS 
Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos (MMDH), o número de casos de violência
doméstica durante a pandemia cresceu cerca de 40% em
relação ao ano de 2019. O motivo do elevado crescimento dos
casos durante a pandemia, se formou pelo aumento de tensão
e estresse.
10
De acordo com os estudos da UFRJ, os casos de estresse
subiram cerca de 80% no decorrer da pandemia, com isso, a
violência doméstica passa a ser algo frequente, principalmente
por brasileiros e demais cidadãos de outros países estarem
sofrendo os impactos econômicos que o COVID-19 trouxe ao
mundo. 
Dos tipos de violência que tiveram um aumento significativo,
o feminicídio de acordo com a FBSP, cresceu cerca de 22, 2%
durante o isolamento social, destaca- se ainda, que os estados
com maior índice de casos, foram o Acre (aumento de 300%),
Maranhão (166,7%) e Mato Grosso (150%). Vale ressaltar que
não houve apenas casos negativos, em outros estados como
Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas gerais, o número de
crimes por feminicídio tiveram uma queda significativa.
É importante compreender que a violência doméstica é um
problema atual, que causa traumas difíceis de serem
superados, isso quando não é irreversível, que abrange desde o
físico ao psicológico.
A fim de reduzir esses índices, é necessário a divulgação ainda
maior dos canais de denúncia, de suporte e contato de
parentes, amigos e pessoas próximas para que sirvam de apoio
para as mulheres em situações de risco. Por isso, o governo,
organizações da sociedade civil e empresas privadas se
mobilizaram a auxiliar as vítimas a denunciarem a violência
sofrida durante a pandemia. 
Algumas medidas foram tomadas, o Disque 180 – Central de
Atendimento à Mulher, para denúncias, ou Disque 190 –
Polícia Militar, para atuação emergencial continuam
atendendo às queixas provenientes das mulheres. 
Atualmente, lançada pelo CNJ, a campanha Sinal Vermelho
auxilia as vítimas de violência doméstica e familiar a 
11
Exposição a risco de saúde
60.3%
Exposição
13.6%
Constrangimento
8%
Maus Tratos
4.8%Tortura Psíquica
3.5%
Ameaça/Coação
3.2%
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ida
20.000 
15.000 
10.000 
5.000 
0 0 2.500 5.000 7.500
+90 
70-79 
60-64 
50-54 
35-39 
25-29 
denunciarem a agressão: ao se deslocar a uma farmácia com
um “X” vermelho na palma da mão, qualquer atendente
instruído identificará o sinal e acionará a Polícia para tomar as
medidas cabíveis, além disso, nos aplicativos de empresas
privadas, como por exemplo, a Magazine Luiza, foi
disponibilizado a opção de denúncia à violência doméstica.
ALGUNS DADOS DIÁRIOS:
PRINCIPAIS GRUPOS DE VIOLAÇÕES
TIPO DE VIOLAÇÃO
FAIXA ETÁRIA DA VÍTIMA
DISTRIBUIÇÃO DAS DENÚNCIAS POR UF
12
MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DURANTE A
PANDEMIA - LEI 14.022/2020
Após verificar-se que o confinamento social, decorrente da
pandemia de Covid-19, gerou um aumento no número de casos
de violência doméstica e familiar contra as mulheres, crianças,
adolescentes, idosos e pessoas com deficiência, foi editada a
Lei nº 14.022/2020, que prevê medidas para enfrentamento da
violência doméstica e familiar contra essas pessoas durante a
pandemia da Covid-19.
Veja abaixo um resumo feito por Márcio André Lopes
Calvacante a respeito das mudanças efetuadas.
1) Serviços de atendimento a essas pessoas são considerados
essenciais 
O art. 3º da Lei nº 13.979/2020 prevê, em seus incisos, nove
medidas para enfrentamento do coronavírus. 
Ex: isolamento, quarentena, restrição excepcional e
temporária da locomoção interestadual ou intermunicipal,
requisição de bens e serviços, entre outros.
 O § 8º do art. 3º faz, contudo, uma ressalva e afirma que essas
medidas previstas nos incisos, quando adotadas, deverão
resguardar o exercício e o funcionamento de serviços públicos
e atividades essenciais. 
Os serviços públicos e atividades essenciais foram listados pelo
Decreto nº 10.282/2020.
A Lei nº 14.022/2020 acrescenta um novo parágrafo ao art. 3º da
Lei nº 13.979/2020 afirmando que são essenciais os serviços e
atividades voltados ao atendimento de:
• mulheres em situação de violência doméstica e familiar;
• crianças e adolescentes vítimas de crimesprevistos no ECA
ou no CP;
13
• pessoas idosas vítimas de crimes previstos no Estatuto do
Idoso ou no CP;
• pessoas com deficiência vítimas de crimes previstos no
Estatuto da Pessoa com Deficiência ou no CP.
Veja o dispositivo inserido:
Art. 3º (...)
§ 7º-C Os serviços públicos e atividades essenciais, cujo funcionamento deverá
ser resguardado quando adotadas as medidas previstas neste artigo, incluem
os relacionados ao atendimento a mulheres em situação de violência
doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, a
crianças, a adolescentes, a pessoas idosas e a pessoas com deficiência vítimas
de crimes tipificados na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente), na Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003
(Estatuto do Idoso), na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da
Pessoa com Deficiência), e no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal).
Para garantir que esse serviço essencial seja mantido, foi
acrescentado o art. 5º-A à Lei nº 13.979/2020 prevendo que:
• os prazos processuais, a apreciação de matérias, o
atendimento às partes e a concessão de medidas protetivas
devem continuar normalmente;
• o registro de ocorrências relacionadas com essas infrações
penais poderá ser feito por telefone ou meio eletrônico.
Art. 5º-A Enquanto perdurar o estado de emergência de saúde internacional
decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019:
I - os prazos processuais, a apreciação de matérias, o atendimento às partes e
a concessão de medidas protetivas que tenham relação com atos de violência
doméstica e familiar cometidos contra mulheres, crianças, adolescentes,
pessoas idosas e pessoas com deficiência serão mantidos, sem suspensão;
II - o registro da ocorrência de violência doméstica e familiar contra a mulher e
de crimes cometidos contra criança, adolescente, pessoa idosa ou pessoa
com deficiência poderá ser realizado por meio eletrônico ou por meio de
número de telefone de emergência designado para tal fim pelos órgãos de
segurança pública;
Parágrafo único. Os processos de que trata o inciso I do caput deste artigo
serão considerados de natureza urgente.
14
2) Poder público deverá adotar medidas para garantir o
atendimento presencial
A Lei nº 14.022/2020 prevê que o poder público deverá adotar
as medidas necessárias para que, mesmo durante a pandemia,
seja mantido o atendimento presencial de mulheres, idosos,
crianças ou adolescentes em situação de violência.
Se for necessário, poderá haver a adaptação dos
procedimentos estabelecidos na Lei Maria da Penha (Lei nº
11.340/2006) às circunstâncias emergenciais do período de
pandemia. 
A adaptação dos procedimentos deverá assegurar a
continuidade do funcionamento habitual dos órgãos do poder
público descritos na Lei nº 11.340/2006, no âmbito de sua
competência, com o objetivo de garantir a manutenção dos
mecanismos de prevenção e repressão à violência doméstica e
familiar contra a mulher e à violência contra idosos, crianças
ou adolescentes.
Se, por razões de segurança sanitária, não for possível manter
o atendimento presencial a todas as demandas relacionadas à
violência doméstica e familiar contra a mulher e à violência
contra idosos, crianças ou adolescentes, o poder público
deverá, obrigatoriamente, garantir o atendimento presencial
para situações que possam envolver, efetiva ou
potencialmente, os ilícitos previstos:
I - no Código Penal, na modalidade consumada ou tentada:
a) feminicídio (art. 121, § 2º, VI);
b) lesão corporal de natureza grave (art. 129, § 1º);
c) lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º);
d) lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º);
e) ameaça praticada com uso de arma de fogo (art. 147);
f) estupro (art. 213);
g) estupro de vulnerável (art. 217-A);
h) corrupção de menores (art. 218);
15
i) satisfação de lascívia mediante presença de criança ou
adolescente (art. 218-A);
II - na Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha): o crime de
descumprimento de medidas protetivas de urgência (art. 24-A);
III - no ECA;
IV - no Estatuto do Idoso.
3) Realização prioritária do exame de corpo de delito
Mesmo durante a vigência da Lei nº 13.979/2020, ou mesmo
durante o estado de emergência de caráter humanitário e
sanitário em território nacional, deverá ser garantida a
realização prioritária do exame de corpo de delito quando se
tratar de crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra a mulher;
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com
deficiência.
Nos casos de crimes de natureza sexual, se houver a adoção de
medidas pelo poder público que restrinjam a circulação de
pessoas, os órgãos de segurança deverão estabelecer equipes
móveis para realização do exame de corpo de delito no local
em que se encontrar a vítima.
4) Disponibilização de canais de comunicação
Os órgãos de segurança pública deverão disponibilizar canais
de comunicação que garantam interação simultânea, inclusive
com possibilidade de compartilhamento de documentos,
desde que gratuitos e passíveis de utilização em dispositivos
eletrônicos, como celulares e computadores, para
atendimento virtual de situações que envolvam violência
contra a mulher, o idoso, a criança ou o adolescente, facultado
aos órgãos integrantes do Sistema de Justiça - Poder Judiciário,
Ministério Público e Defensoria Pública, e aos demais órgãos
do Poder Executivo, a adoção dessa medida.
16
Vale ressaltar que a disponibilização de canais de atendimento
virtuais não exclui a obrigação do poder público de manter o
atendimento presencial de mulheres em situação de violência
doméstica e familiar e de casos de suspeita ou confirmação de
violência praticada contra idosos, crianças ou adolescentes.
Nos casos de violência doméstica e familiar, a ofendida poderá
solicitar quaisquer medidas protetivas de urgência à
autoridade competente por meio dos dispositivos de
comunicação de atendimento on-line.
5) Concessão das medidas protetivas de urgência de forma
eletrônica
A Lei prevê que, se as circunstâncias do fato justificarem, a
autoridade competente poderá conceder qualquer uma das
medidas protetivas de urgência previstas Lei Maria da Penha,
de forma eletrônica. 
A autoridade poderá considerar provas coletadas
eletronicamente ou por audiovisual, em momento anterior à
lavratura do boletim de ocorrência e a colheita de provas que
exija a presença física da ofendida.
É possível ainda que o Poder Judiciário faça a intimação da
ofendida e do ofensor da decisão judicial por meio eletrônico.
Após a concessão da medida de urgência de forma eletrônica,
a autoridade competente, independentemente da autorização
da ofendida, deverá:
I - se for autoridade judicial, comunicar à unidade de polícia
judiciária competente para que proceda à abertura de
investigação criminal para apuração dos fatos;
II - se for delegado de polícia, comunicar imediatamente ao
Ministério Público e ao Poder Judiciário da medida concedida
e instaurar imediatamente inquérito policial, determinando
todas as diligências cabíveis para a averiguação dos fatos;
17
III - se for policial, comunicar imediatamente ao Ministério
Público, ao Poder Judiciário e à unidade de polícia judiciária
competente da medida concedida, realizar o registro de
boletim de ocorrência e encaminhar os autos imediatamente à
autoridade policial competente para a adoção das medidas
cabíveis.
6) Prorrogação automática das medidas protetivas
As medidas protetivas deferidas em favor da mulher serão
automaticamente prorrogadas e vigorarão durante a vigência
da Lei nº 13.979/2020, ou durante a declaração de estado de
emergência.
O juiz competente providenciará a intimação do ofensor, que
poderá ser realizada por meios eletrônicos, cientificando-o da
prorrogação da medida protetiva.
Obviamente, essas medidas poderão ser revistas ou cessadas
pelo Poder Judiciário caso se entenda necessário.
7) Denúncia recebidas deverão ser repassadas para os
órgãos competentes
As denúncias de violência recebidas na esfera federalpela
Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 e pelo serviço de
proteção de crianças e adolescentes com foco em violência
sexual - Disque 100 devem ser repassadas, com as informações
de urgência, para os órgãos competentes. 
O prazo máximo para o envio dessas informações é de 48
horas, salvo impedimento técnico.
8) Autoridade de segurança pública deverá assegurar
atendimento ágil
Em todos os casos, a autoridade de segurança pública deve
assegurar o atendimento ágil a todas as demandas
apresentadas e que signifiquem risco de vida e a integridade da
mulher, do idoso, da criança e do adolescente, com atuação
focada na proteção integral.
18
9) Realização de campanhas informativas
O poder público promoverá campanha informativa sobre
prevenção à violência e acesso a mecanismos de denúncia
durante a vigência da Lei nº 13.979/2020, ou durante a vigência
do estado de emergência decorrente da Covid-19.
Vigência
A Lei nº 14.022/2020 entrou em vigor na data de sua publicação (08/07/2020).
19
INEFICÁCIA DAS MEDIDAS PROTETIVAS
A Lei nº 11.340/2006 conta com a introdução das medidas
protetivas de urgência, onde visa não apenas proteger a
mulher, mas também garantir uma vida livre da violência
doméstica.
 Quais são essas medidas?
A Lei Maria da Penha prevê dois tipos de medidas protetivas de
urgência: as que obrigam o agressor a não praticar
determinadas condutas e as medidas que são direcionadas à
mulher e seus filhos, visando protegê-los.
As medidas protetivas de urgência que obrigam o agressor estão
previstas no art. 22 da referida Lei:
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a
mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao
agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas
de urgência, entre outras:
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação
ao órgão competente, nos termos da Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de
2003;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando
o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer
meio de comunicação;
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade
física e psicológica da ofendida;
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a
equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
20
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras
previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou
as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao
Ministério Público.
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas
condições mencionadas no caput e incisos do art. 6o da Lei no 10.826, de
22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão,
corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e
determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do
agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob
pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência,
conforme o caso.
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá
o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial.
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto
no caput e nos §§ 5o e 6º do art. 461 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de
1973 (Código de Processo Civil).
Já as medidas para auxiliar e amparar a vítima de violência estão
reguladas no art. 23 e 24, da Lei Maria da Penha.
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou
comunitário de proteção ou de atendimento;
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao
respectivo domicílio, após afastamento do agressor;
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos
relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;
IV - determinar a separação de corpos.
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou
daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar,
liminarmente, as seguintes medidas, entre outras:
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;
II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra,
venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização
judicial;
21
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; 
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas
e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar
contra a ofendida.
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins
previstos nos incisos II e III deste artigo.
A ineficácia das medidas protetivas nos casos de violência
doméstica é constantemente discutida no âmbito jurídico, haja
vista que muitas são as vítimas desta negligência.
Esse problema se dá pelo baixo número de agentes, servidores,
juízes e promotores em exercício que por sua vez, não
conseguem suportar a grande demanda de processos. Dessa
forma, a falta de mecanismos e a estrutura ineficiente do
Estado faz com que aumente ainda mais a possibilidade das
medidas protetivas serem descumpridas, gerando um
sentimento de impunidade, que faz a vítima sentir medo,
enquanto o agressor não se preocupa mais com as
consequências dos seus atos. 
O artigo 22 da lei 11.340/06 é taxativo quanto às possibilidades
de proteger a vítima de seu agressor, outrora é nítido que as
aplicabilidades fáticas das mesmas não são eficazes, situações
esta que se tornam cada dia mais frequente, deixando danos
irreparáveis, e demonstrando uma deficiência constante e
viciosa no sistema jurídico brasileiro, objeto que deveria
fornecer proteção a vítima, porém suas vidas são ceifadas na
maioria dos casos de violência sofrida no âmbito doméstico
familiar.
Diante disso, não se pode negar que as medidas protetivas de
urgência são de fato imprescindíveis para a vítima, pois a
preservação da sua integridade física e mental e a garantia dos
seus direitos dependem sim, da eficácia dessas medidas. 
22
Aplicativos e órgãos de atendimento/denúncia
Para combater a violência familiar e doméstica durante a
pandemia do Covid-19, o Ministério da Mulher, da Família e
dos Direitos Humanos tomou algumas medidas emergenciais
para ampliar a rede de acolhimento e proteção dos direitos
humanos para garantir a efetividade das políticas públicas.
Aplicativo 
Batizado de Direitos Humanos BR, o aplicativo está disponível
para os sistemas Android e IOS e apresenta um passo a passo
completo para que o denunciante registre a reclamação de
maneira prática e segura.
Após fazer um breve cadastro, o denunciante pode registrar
violências contra mulheres, crianças ou adolescentes, pessoas
idosas, pessoas com deficiência e outros grupos sociais. Há a
opção de anexar arquivos, como fotos e vídeos.
Site 
O site ouvidoria.mdh.gov.br – que também poderá ser
acessado dos endereços disque100.mdh.gov.br e
ligue180.mdh.gov.br –, além de ofertar os serviços usuais,
disponibiliza áreas com indicadores sobre violências com base
em levantamentos feitos pela ONDH, notícias relacionadas
com o tema e perguntas frequentes.
Brasileiros no exterior 
Outra inovação importante para brasileiros que se encontram
fora do país foi a ampliação do Disque 100 para o exterior. O
serviço já está disponível para outros 50 países.
Antes, o serviço era restrito ao Ligue 180, para atendimento de
mulheres brasileiras em situação de violência doméstica. Além
de receber denúncias, o canal de atendimento também
fornece informações sobre eventuais pedidos de ajuda.
23
Existem também outras formas de denunciar.- Ligue 180: serviço telefônico exclusivo para denúncias de
violência doméstica e familiar e orientação das vítimas. As
ligações são gratuitas e confidenciais. A Central funciona 24
horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e
feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil
através de telefone fixo ou celular;
- Virtualmente: quase todos os estados adotaram o Boletim
Eletrônico de Ocorrência, com campo específico para a
violência doméstica. Para acessá-lo, busque por Boletim
Eletrônico de Ocorrência + o nome do seu estado em um
buscador on-line; 
- Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos: Acesse
www.humanizaredes.gov.br e faça a sua denúncia
virtualmente. Ela pode ser feita de forma anônima;
- Presencialmente em uma delegacia da mulher, nas cidades
onde existem, ou em qualquer delegacia de polícia;
- Ligue 190: disponível de forma gratuita em todo o território
nacional para acionar emergência policial;
24
LIGUE 180
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MATOSINHOS, Isabella; ARAÚJO, Isabela. Por que a violência contra a
mulher cresce durante a pandemia da COVID-19? Justificando - Mentes
inquietas pensam Direito. Por elas: Pandemia e Segurança. 2 de julho de
2020. Disponível em: <https://www.justificando.com/2020/07/02/por-que-
a-violencia-contra-a-mulher-cresce-durante-a-pandemia-da-covid-19/>.
Último acesso em: 28 de outubro de 2020.
BRASIL. Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2006/Lei/L11340.htm. Acesso em: 28 de outubro de 2020.
Amazônia Real. Mulheres enfrentam em casa a violência doméstica e a
COVID-19. Dom Total. 19 de junho de 2020. Disponível em:
https://domtotal.com/noticia/1454194/2020/06/mulheres-enfrentam-em-
casa-a-violencia-domestica-e-a-covid-19/. Acesso em: 28 de outubro de
2020.
DESCONHECIDO. Lei Maria da Penha. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/lei-maria-da-
penha. Acesso em: 23 out. 2020.
PARÁ, Voz do. LEI MARIA DA PENHA COMPLETA 13 ANOS: PRINCIPAL
INSTRUMENTO DE DEFESA DA MULHER. Disponível em:
https://vozdopara.com.br/lei-maria-da-penha-completa-13-anos-
principal-instrumento-de-defesa-da-mulher/. Acesso em: 23 out. 2020.
JORNALISMO, Ponte. Um vírus e duas guerras: Mulheres enfrentam
em casa a violência doméstica e a pandemia da Covid-19. Disponível
em: Disponível em: https://ponte.org/mulheres-enfrentam-em-casa-a-
violencia-domestica-e-a-pandemia-da-covid-19/. Acesso em: 24 out. 2020
HUMANOS, Ministério Mulher, da Família e dos Direitos. Indicadores.
Disponível em: https://ouvidoria.mdh.gov.br/portal/indicadores. Acesso
em: 29 out. 2020.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Anuário de atualidades jurídicas.
[S. L.]: Editora Juspodivm, 2020.
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