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Vírus da raiva

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Vírus da raiva
· A raiva é uma doença aguda do SNC que acomete todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. É uma encefalomielite fatal causada por vírus do gênero Lyssavirus, os vírus do gênero Lyssavirus estão compreendidos em sete genótipos. 
· Apresentam morfologia em forma de bala de revólver, diâmetro de 75 nm e comprimento de 100 a 300 nm. 
· O vírion é composto por um envoltório de dupla membrana fosfolipídica, que envolve o nucleocapsídeo de conformação helicoidal, composto de um filamento único de RNA negativo e não segmentado. 
· O vírus da raiva de transmissão pelo contato direto, é pouco resistente aos agentes químicos e aos agentes físicos e às condições ambientais. 
No caso da desinfecção química de instrumentais cirúrgicos, vestuários ou do ambiente onde foi realizada a necropsia de um animal raivoso, são indicados o hipoclorito a 2%, formol a 10%, ácido sulfúrico a 2%, fenol e ácido clorídrico a 5%, creolina a 1%, entre outros. 
Para desinfecção de ambientes, as soluções de formalina entre 0,25% e 0,90% e de bicarbonato de sódio a 1% e 2% inativam os vírus de forma rápida e eficiente. 
· Caracterização das variantes: No Brasil, desde 1996, puderam ser identificados seis perfis antigênicos preestabelecidos: 
variante 2 – cão, também isolada de humanos e animais silvestres terrestres; 
variante 3 – morcegos, animais de companhia, domésticos, silvestres e humanos; 
variante 4 – espécies não hematófogas e animais de companhia; 
variante 5 – morcegos hematófagos e animais de companhia; 
variante 6 – morcego insetívoro, morcego não hematófago, cão e humano.
· Transmissores 
Onde não existem morcegos hematófagos, os principais transmissores são os animais silvestres terrestres (raposas, coiotes, lobos, raccoon-dogs, guaxinins, entre outros). 
No Brasil, a principal espécie animal transmissora da raiva é o cão; os morcegos estão cada vez mais aumentando a sua participação, transmitindo o vírus no ambiente silvestre. 
· Ciclos da raiva: ciclo silvestre, ciclo aéreo, ciclo rural e ciclo urbano -> todos os ciclos têm caráter zoonótico. 
· Patogenia: 
Porta de entrada: ocorre por lesões da pele provocadas pela mordedura de um animal infectado, que esteja eliminando vírus na saliva, por feridas ou soluções de continuidade da pele, quando em contato com saliva e órgãos de animais infectados. 
Período de incubação: Em cães, o período médio de incubação é de 3 a 8 semanas, com extremos variando de 10 dias a 6 meses. 
Disseminação: A migração de vírus da raiva é "via nervo". Após período de incubação, seguido de replicação viral no tecido conjuntivo e muscular circunvizinhos no ponto de inoculação, a infecção se dissemina alcançando o SNC. 
Eliminação do vírus: Alcançando o SNC e após replicação, os vírus seguem para o SNP e autônomo, alcançando órgãos (pulmão, coração, rins, bexiga, útero, testículos, folículo piloso e as glândulas salivares), sendo eliminados pela saliva. 
· Sinais clínicos da raiva: 
Passado o período de incubação, podem surgir diferentes sinais da doença: paralisia, pode ocorrer a forma furiosa, levando o animal a atacar outros animais ou humanos. 
A raiva, quando transmitida por morcegos, não apresenta diferenças entre as manifestações clínicas dos animais. 
O sinal inicial é o isolamento do animal, se afasta do rebanho, apresentando apatia e perda do apetite, de cabeça baixa, aumento da sensibilidade e prurido na região da mordedura, mugido constante, tenesmo, hiperexcitabilidade, aumento da libido, salivação abundante e viscosa e dificuldade para engolir. Com a evolução da doença, apresenta movimentos desordenados da cabeça, tremores musculares e ranger de dentes, midríase com ausência de reflexo pupilar, incoordenação motora, andar cambaleante e contrações musculares involuntárias. Após entrar em decúbito, ocorre dificuldades respiratórias, asfixia e a morte. 
· Período de transmissibilidade 
Cães e gatos: excreção do vírus na saliva pode ser detectada de 2 a 4 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença, que leva ao óbito, que ocorre entre 5 à 7 dias após a apresentação dos sinais. Por isso, cães e gatos suspeitos devem ser observados por 10 dias, a partir da data da agressão. A infecciosidade da raiva em carnívoros domésticos começa 15 dias antes do aparecimento dos primeiros sinais clínicos e termina na morte do animal.
· Resistência a agentes físicos e químicos: O vírus da raiva é facilmente destruído pelo contato com sabão e outros desinfetantes, por dessecação e pela luz solar. É inativado por aquecimento a 56°C, durante 30 minutos. Depois de seca no ambiente ou na pele íntegra, a saliva de um animal raivoso não é mais considerada infectante. 
· Diagnóstico: Mordidas, comportamento e resultados do exame, devem ser comunicados a profissionais do departamento de saúde pública apropriado, que irão decidir: isolar e observar o animal que teve contato com outros ou de submetê-lo à eutanásia. 
Clínico: A observação clínica permite levar somente à suspeição da raiva, pois os sinais da doença não são característicos e podem variar de um animal a outro. Não se deve concluir o diagnóstico de raiva somente com observação clínica. 
Diagnóstico laboratorial: Ainda não existe um teste diagnóstico laboratorial conclusivo antes da morte do animal doente. No entanto, existem procedimentos laboratoriais padronizados internacionalmente, para amostras obtidas post mortem de animais ou humanos suspeitos de raiva. As técnicas laboratoriais são aplicadas nos tecidos removidos do SNC. Fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblongata são tidos tradicionalmente como materiais de escolha. 
Técnicas diagnósticas laboratoriais pode ser realizado utilizando dois tipos de procedimentos de rotina:
Identificação imunoquímica do antígeno viral: Teste de imunofluorescência direta (IFD); Isolamento viral; 
· Tratamento: 
Uma vez iniciados os sinais clínicos da raiva, nada mais resta a fazer, a não ser isolar o animal e esperar sua morte, ou sacrificá-lo, portanto, não há tratamento e a doença é fatal. Não há protocolo de tratamento para animais que já manifestam sinais clínicos. 
· Prevenção e controle
Vacinação de caninos e felinos - O controle de focos com a aplicação de vacinação em massa, nas áreas focal e perifocal, com vacinas inativadas, são as medidas recomendadas. 
A raiva dos herbívoros é controlada pela vacinação de animais em áreas endêmicas e pelo controle das populações de morcegos hematófagos; em animais de produção, a vacina da raiva não é obrigatória, apenas quando houver ocorrência de algum caso na propriedade, é feita uma dose e após 30 dias, o reforço; 
A vacinação preventiva para humanos já existe, porém ela não é obrigatória.
· Notificação: obrigatória, pois é uma zoonose fatal; 
o
 
A raiva é uma doença aguda do SNC que acomete todos os 
mamíferos, 
inclusive os seres humanos. É uma encefalomielite 
fatal causada por vírus do gênero Lyssavirus, os vírus do 
gênero Lyssavirus estão compreendidos em sete genótipos. 
 
o
 
Apresentam morfologia em forma de bala de revólver, 
diâmetro de 75 nm e comprimento de 100 a 300 nm. 
 
o
 
O vírion
 
é composto por um envoltório de dupla membrana 
fosfolipídica, que envolve o nucleocapsídeo de conformação helicoidal, composto de um 
filamento único de RNA negativo e não segmentado. 
 
o
 
O vírus da raiva de transmissão pelo contato direto, é pouco resistente
 
aos agentes 
químicos e aos agentes físicos e às condições ambientais. 
 
No caso da desinfecção química de instrumentais cirúrgicos, vestuários ou do 
ambiente onde foi realizada a necropsia de um animal raivoso, são indicados o 
hipoclorito a 2%, formol a 10
%, ácido sulfúrico a 2%, fenol e ácido clorídrico a 5%, 
creolina a 1%, entre outros. 
 
P
ara
 
desinfecção de ambientes, as soluções de formalina entre 0,25% e 0,90% e de 
bicarbonato de sódio a 1% e 2% inativam os vírus de forma rápida e eficiente. 
 
o
 
Caracteriz
ação das variantes: 
No Brasil, desde 1996, puderam ser identificados seis 
perfis antigênicos preestabelecidos: 
 
variante 2 
–
 
cão, também isolada de humanos e animais silvestres terrestres; 
 
variante 3 
–
 
morcegos, animais de companhia, domésticos, silvestre
s e humanos; 
 
variante 4 
–
 
espécies não hematófogas e animais de companhia; 
 
variante 5 
–
 
morcegos hematófago
s
 
e animais de companhia; 
 
variante 6 
–
 
morcego insetívoro, morcego não hematófago, cão e humano.
 
o
 
Transmissores 
 
Onde não 
existem morcegos hematófa
gos, os principais transmissores são os animais 
silvestres terrestres
 
(
raposas, coiotes, lobos, raccoon
-
dogs, guaxinins, entre outros
)
. 
 
No Brasil, a principal espécie animal transmissora da raiva é o cão; os morcegos 
estão cada vez mais aumentando a sua 
participação, transmitindo o vírus no ambiente 
silvestre
. 
 
o
 
Ciclos da raiva: ciclo silvestre, ciclo 
aéreo, ciclo rural e ciclo urbano 
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todos 
os ciclos t
ê
m caráter 
zoonótico
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o A raiva é uma doença aguda do SNC que acomete todos os 
mamíferos, inclusive os seres humanos. É uma encefalomielite 
fatal causada por vírus do gênero Lyssavirus, os vírus do 
gênero Lyssavirus estão compreendidos em sete genótipos. 
o Apresentam morfologia em forma de bala de revólver, 
diâmetro de 75 nm e comprimento de 100 a 300 nm. 
o O vírion é composto por um envoltório de dupla membrana 
fosfolipídica, que envolve o nucleocapsídeo de conformação helicoidal, composto de um 
filamento único de RNA negativo e não segmentado. 
o O vírus da raiva de transmissão pelo contato direto, é pouco resistente aos agentes 
químicos e aos agentes físicos e às condições ambientais. 
No caso da desinfecção química de instrumentais cirúrgicos, vestuários ou do 
ambiente onde foi realizada a necropsia de um animal raivoso, são indicados o 
hipoclorito a 2%, formol a 10%, ácido sulfúrico a 2%, fenol e ácido clorídrico a 5%, 
creolina a 1%, entre outros. 
Para desinfecção de ambientes, as soluções de formalina entre 0,25% e 0,90% e de 
bicarbonato de sódio a 1% e 2% inativam os vírus de forma rápida e eficiente. 
o Caracterização das variantes: No Brasil, desde 1996, puderam ser identificados seis 
perfis antigênicos preestabelecidos: 
variante 2 – cão, também isolada de humanos e animais silvestres terrestres; 
variante 3 – morcegos, animais de companhia, domésticos, silvestres e humanos; 
variante 4 – espécies não hematófogas e animais de companhia; 
variante 5 – morcegos hematófagos e animais de companhia; 
variante 6 – morcego insetívoro, morcego não hematófago, cão e humano. 
o Transmissores 
Onde não existem morcegos hematófagos, os principais transmissores são os animais 
silvestres terrestres (raposas, coiotes, lobos, raccoon-dogs, guaxinins, entre outros). 
No Brasil, a principal espécie animal transmissora da raiva é o cão; os morcegos 
estão cada vez mais aumentando a sua participação, transmitindo o vírus no ambiente 
silvestre. 
o Ciclos da raiva: ciclo silvestre, ciclo 
aéreo, ciclo rural e ciclo urbano -> 
todos os ciclos têm caráter 
zoonótico.

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