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ATIVIDADE - PRODUÇÃO DE NOTÍCIA - Ciberativismo será tema de oficina durante Intercom Centro-Oeste 2016: O ativismo digital desencadeia uma ação local, regional, nacional e até em escala global - Do Z

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Ciberativismo será tema de oficina durante Intercom Centro-Oeste 2016: “O ativismo digital desencadeia uma ação local, regional, nacional e até em escala global”
Do Zapatismo mexicano de 1994 às manifestações do Brasil de 2013, oficina tratará das lutas por democracia e cidadania, que são a base desse novo neoliberalismo
 
Por Gabriela Moreira Lopes - 18 de maio de 2016 às 09:10
A oficina “Internet e a rua: ciberativismo e mobilização nas redes sociais” será uma das atrações da primeira noite do Intercom Centro-Oeste 2016. Ministrada pela professora do curso de jornalismo da PUC Goiás Eliani Covem, a oficina explanará a temática do ativismo digital. Para ela, ele “surge de uma intersecção entre movimentos sociais políticos com a comunicação mediada pela internet e pelas redes sociais”. Sendo assim, movimentos como Vem pra rua, Vai ter shortinho sim! e Eu não mereço ser estuprada não são casos de ciberativismo propriamente dito. “O ciberativismo está mais ligado a questões políticas e de conquista de democracia e cidadania, bem como as dinâmicas de lutas e teorias sobre elas, como o Zapatismo no México (1994), a Batalha de Seattle nos EUA (1999), a queda do presidente das Filipinas (2001) e as revoltas que emergiram no mundo desde as manifestações na Tunísia (2010), até chegar ao Brasil em 2013”.
 	
Emiliano Zapata, líder do movimento Zapatista, de 1994, no México, que lutava contra a corrupção, o fim da marginalização dos indígenas locais, descendentes dos maias e a extinção do NAFTA, tratado de livre comércio entre México, EUA e Canadá
A professora também abordará questões sobre como a comunicação autônoma se tornou a essência da contemporaneidade, com o uso das mídias sociais para o agendamento e transmissão em tempo real de protestos e manifestações. “Os ativistas desenvolvem narrativas independentes das mídias tradicionais e publicam nas redes sociais uma versão diferente dada pela imprensa oficialmente constituída”. Além disso, o movimento do novo neoliberalismo também será um dos temas discutidos. “Há uma nova configuração dos movimentos sociais frente à insatisfação popular em relação às demandas não atendidas pelo poder público, aos reflexos da globalização e à atual face do neoliberalismo”.
	No entanto, esse neoliberalismo também alerta sobre o fato de que manifestações precisam ocorrer nas ruas e não apenas nas redes sociais, a fim de evitar o preguiçoso ativismo de sofá. “Penso como David Harvey e Slavoj Zizek. Zizek fez um discurso para os ativistas do Occupy Wall Street em 2011, onde dizia que ‘não se apaixonem por si mesmos, nem pelo movimento agradável que estamos tendo aqui. (...) O verdadeiro teste de seu valor é o que permanece no dia seguinte. (...) Apaixone-se pelo trabalho duro e paciente – somos o início, não o fim. Há um longo caminho pela frente, e em pouco tempo teremos de enfrentar questões realmente difíceis – questões não sobre aquilo que não queremos, mas sobre aquilo que queremos”.
Doutoranda em Sociologia na UFG, Eliani também divulgará parte de sua pesquisa sobre a atuação do movimento social de Goiânia, Frente de Luta pelo Transporte. A oficina ocorrerá no dia 19 de maio, das 19h às 21h30 no mini auditório 207-B. “Qualquer estudante pode participar, sobretudo estudantes de comunicação interessados em saber sobre como o ativismo digital acontece, teorias e fundamentos dessa prática.

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