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CAPÍTULO 07 - O PODER EXECUTIVO

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Fonte: CRETELLA JUNIOR, J. e CRETELLA NETO, J. - 1.000 Perguntas e Respostas de Direito Constitucional – Editora Forense Jurídica (Grupo GEN).
CAPÍTULO VII - O PODER EXECUTIVO
VII.1 ATRIBUIÇÕES. ESTRUTURAÇÃO DO GOVERNO. MISSÃO DO PODER EXECUTIVO
438) Em que consiste o Poder Executivo?
R.: Poder Executivo é órgão constitucional dotado de poderes, faculdades e prerrogativas, que lhe permitem desempenhar a chefia do Estado, do Governo e da Administração, segundo a orientação do Poder Legislativo, dada por meio de leis.
439) Quais as missões do Poder Executivo, de acordo com a doutrina clássica? 
R.: A doutrina aponta as seguintes missões do Poder Executivo, dentro da concepção de Estado-gendarme (État-gendarme): a) defesa externa do Estado; e b) manutenção da ordem interna.
440) Qual a mudança provocada pela transformação do Estado-Gendarme em Estado do Bem-Estar Social (Welfare State)?
R.: O Welfare State ampliou as tarefas originais do Estado e acresceu-lhe outras, tais como a direção da vida econômica e financeira do país, criação e administração de serviços sociais (assistência médica, educação, previdência social); além disso, o incremento das relações internacionais dos Estados reforçou a importância do Poder Executivo na vida política interna dos países.
441) É ainda adequada a denominação "Poder Executivo", após a instauração do Welfare State? 
R.: A expressão não é mais inteiramente adequada; a ampliação das atribuições e os novos e variados campos em que tem efetiva atuação, sugerem que, por ter-se tornado o poder que realmente governa, mais apropriada seria a denominação "Poder Governamental", já utilizada pelas Constituições da Itália e da França.
442) Em que consiste a chefia do Estado?
R.: A chefia do Estado consiste em representá-lo internamente, perante o povo, e externamente, perante a comunidade internacional, como símbolo da unidade nacional, dos valores e das tradições; no primeiro caso, desempenha, também, função moderadora, destinada a apaziguar conflitos entre os outros poderes.
443) Em que consiste a chefia do Governo?
R.: A chefia do Governo consiste no exercício do comando da política nacional, orientando as decisões gerais e dirigindo a máquina administrativa do Estado; para tal, deve o Chefe de Governo elaborar uma política de ação governamental, estabelecer os meios para efetivá-la, e dotar os órgãos da Administração de mecanismos que fiscalizem sua execução, sempre com apoio popular.
444) De que formas pode ser exercido o Poder Executivo?
R.: O Poder Executivo pode ser exercido pelas seguintes formas: a) monocrática, em que uma única pessoa, Rei, Ditador ou Presidente, exercem o poder; b) dualista, em que o poder é exercido em conjunto pelo Parlamento e pelo Chefe de Estado (Presidente ou Primeiro-Ministro); c) colegial, em que o poder é exercido por dois indivíduos, aos quais são concedidos os mesmos poderes; e d) diretorial, exercido por um Comitê, como na Suíça.
445) Que espécie de Poder Executivo existe no Brasil?
R.: A doutrina considera que, desde a Proclamação da Independência, sempre foi o Poder Executivo exercido de forma monocrática, sendo o Presidente da República, ao mesmo tempo, Chefe de Estado e Chefe do Governo.
446) Quais as atribuições do Presidente da República, no Brasil, como Chefe de Estado?
R.: Como Chefe de Estado, cabem ao Presidente da República, dentre outras, as seguintes atribuições (CF, art. 84, VII, VIII, XIX, XX, XXI, XXII): a) manter relações com Estados Estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; b) celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; c) declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado ou referendado pelo Congresso Nacional; d) celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; e) conferir condecorações e distinções honoríficas; e f) permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.
447) Quais as principais atribuições do Presidente da República, no Brasil, como Chefe de Governo?
R.: O maior número de atribuições do Presidente da República lhe foram conferidas devido à sua posição como Chefe de Governo; a CF enumera, como privativas, por exemplo (art. 84, incisos, I, IV e X): a) nomear e exonerar os Ministros de Estado; b) sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; e c) decretar e executar a intervenção federal; como passíveis de delegação (art. 84, incisos VI, XII e XXV): I) dispor sobre a organização e o funcionamento da administração, na forma da lei; II) conceder indulto e comutar penas ; e III) promover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.
448) A quem poderá o Presidente da República delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV do art. 84?
R.: Conforme o art. 84, parágrafo único, poderá o Presidente da República delegá-las aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que deverão observar os limites traçados nas respectivas delegações.
449) Como poderá o Presidente da República elaborar lei delegada? 
R.: O Presidente da República poderá elaborar lei delegada mediante delegação do Congresso Nacional, em resposta à sua solicitação para tal, nos termos do art. 68 da CF.
450) Poderá o Presidente da República elaborar mais de uma lei, sobre a mesma matéria, durante o prazo de vigência da delegação? 
R.: Sim. A delegação fixa o prazo e a matéria que deve ser objeto da delegação, para permitir elaboração de lei, pelo Presidente da República, mas não limita o número de leis que o Presidente pode editar, sobre a mesma matéria.
451) Quais as espécies existentes de lei delegada presidencial?
R.: A lei delegada presidencial pode ser típica, que consiste em ato complexo, mediante o qual o Presidente da República estabelece regras jurídicas, promulgando-as, ato que também as aperfeiçoa; e atípica, que consiste, também, em ato complexo, mediante o qual, após a elaboração do projeto de lei pelo Presidente da República, que para tal recebeu delegação do Parlamento, passa o Congresso Nacional a apreciá-lo, devendo fazê-lo em votação única, vedada qualquer emenda, nos termos do art. 68, § 3.º.
452) Em que consiste a atuação dos Ministros de Estado?
R.: Aos Ministros de Estado, auxiliares graduados do Chefe do Governo da União, por ele escolhidos com base na confiança existente, e que o assessoram diretamente, compete basicamente (além de atribuições adicionais, outorgadas por outras leis), segundo o art. 87 da CF: a) exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República; b) expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; c) apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério; e d) praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.
453) Estará a escolha de Ministros pelo Presidente da República sujeita à aprovação do Parlamento?
R.: No Brasil, não se exige que o Congresso Nacional aprove a escolha feita pelo Presidente da República; nos regimes parlamentaristas, geralmente é exigida a ratificação pelo Parlamento; nos EUA, deve o Senado ratificar a escolha dos Secretários de Estado.
454) Que requisitos devem preencher aqueles a quem o Presidente da República deseja nomear Ministros?
R.: Os requisitos para que alguém possa ser nomeado Ministro, segundo o art. 87 da CF, são: a) ser brasileiro nato ou naturalizado; b) ter mais de 21 anos; e c) estar no exercício dos direitos políticos.
455) Como são criados os Ministérios e qual a sua estrutura?
R.: Conforme o art. 88 da CF, os Ministérios são criados por lei, que também disporá sobre suas atribuições e estruturação; cada Ministério é dividido em Secretarias, segundo suas peculiares atribuições.456) Em que consiste o referendo ministerial?
R.: Referendo ministerial é o ato do Ministro de Estado, que consiste em subscrever leis, medidas provisórias e decretos do Presidente da República, relativos a assuntos de sua pasta.
457) Qual a importância do referendo ministerial?
R.: O referendo ministerial não é requisito de validade da norma subscrita, tendo importância somente quanto à responsabilidade do Ministro que, ao subscrever o ato presidencial, torna-se co-responsável, em conjunto com o Presidente.
458) Quais são os crimes de responsabilidade dos Ministros de Estado?
R.: São crimes de responsabilidade dos Ministros de Estado: a) falta, sem justificação adequada, à convocação da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ou de suas Comissões, para prestar depoimento pessoal sobre informações referentes a assunto previamente determinado (art. 50, caput); b) recusa a atender, não-atendimento no prazo de 30 dias, ou prestação de informações falsas, quando de pedido escrito de informação, encaminhado pela Mesa da Câmara dos Deputados ou pela Mesa do Senado Federal (art. 52, § 2.º); e c) prática de crimes conexos com os crimes de responsabilidade do Presidente da República (arts. 52 e 85).
459) Quantos são os Ministérios atualmente existentes no Brasil e em que espécies costumam ser agrupados?
R.: Existem, atualmente, 20 Ministérios no Brasil, agrupados em 4 setores: econômico, político, social e militar.
460) Quais os Ministérios do setor econômico? 
R.: O setor econômico compreende 10 Ministérios: a) Administração Federal e Reforma do Estado; b) Agricultura, Abastecimento e Reforma Agrária; c) Ciência e Tecnologia; d) Comunicações, e) Fazenda; f) Indústria, Comércio e Turismo; g) Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Amazônia Legal; h) Minas e Energia; i) Planejamento e Orçamento; e j) Transportes.
461) Quais os Ministérios do setor político?
R.: O setor político compreende dois Ministérios: a) Justiça e b) Relações Exteriores.
462) Quais os Ministérios do setor social?
R.: O setor social compreende 5 Ministérios: a) Cultura; b) Educação e Desporto; c) Previdência e Assistência Social; d) Saúde; e e) Trabalho.
463) Quais os Ministérios do setor militar?
R.: O setor militar compreende três Ministérios: a) Aeronáutica; b) Exército; e c) Marinha.
464) Como é feita a eleição para a Presidência da República, no Brasil?
R.: De 1964 até 1989, as eleições foram indiretas. Desde 1989, a eleição para Presidente e Vice-Presidente da República é realizada por sufrágio universal, e o voto, direto e secreto, simultaneamente para os dois cargos, 90 dias antes do término do mandato vigente (art. 77), e a cada 4 anos, sendo considerado eleito o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos; não alcançando nenhum candidato maioria absoluta, haverá segundo turno, dentro de 20 dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados, sendo considerado eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. A Emenda Constitucional n.º 16, de 04.06.1997 inovou, permitindo a reeleição dos ocupantes de cargos do Poder Executivo.
465) Como se dará a substituição presidencial, no Brasil, no caso de impedimento ou vacância do cargo?
R.: Havendo impedimento, ou ficando vago o cargo de Presidente da República, suceder-lhe-á, de forma definitiva, o Vice-Presidente; por impedimento deste, ou vacância do cargo, suceder-lhe-ão, no exercício da Presidência, de forma provisória, nesta ordem: Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal e Presidente do STF. O exercício da Presidência provisória perdurará até a realização de eleição direta, 90 dias após aberta a última vaga, no caso de impedimento ou vacância ocorridos nos primeiros 2 anos de mandato; ou 30 dias, se ocorrer nos últimos 2 anos, sendo, neste caso, eleição indireta, pelo Congresso Nacional.
466) Em que casos pode haver impedimento do Presidente da República para o exercício do cargo?
R.: Pode ocorrer impedimento do Presidente da República por licença, doença grave, férias, suspensão do cargo em razão de processo, seqüestro, aprisionamento por inimigo, ou desaparecimento.
467) Em que casos pode ocorrer vacância do cargo de Presidente da República?
R.: Pode ocorrer vacância do cargo de Presidente da República por incapacidade absoluta, morte, renúncia, impeachment, não assunção do cargo por mais de 10 dias após a data da posse, condenação em crimes comuns ou de responsabilidade, ou por viagem ao exterior por mais de 15 dias, sem autorização do Congresso; se se verificar, após a posse que, à época da eleição, o candidato era absolutamente incapaz, ou que ocorreu fato que implica nulidade absoluta das eleições, ficará, também, vago o cargo.
468) Como é fixada a remuneração do Presidente e do Vice-Presidente da República?
R.: Conforme a CF, art. 49, VIII, compete exclusivamente ao Congresso Nacional a fixação da remuneração do Presidente, do Vice-Presidente e dos Ministros de Estado, o que deve ser feito a cada exercício financeiro.
469) Qual a estrutura da Presidência da República?
R.: A Presidência da República é constituída pela Casa Civil, pela Casa Militar, pela Secretaria de Assuntos Estratégicos - SAE (que substituiu, em suas funções, o antigo Serviço Nacional de Informações - SNI) e pela Secretaria-Geral.
470) Como poderá o Presidente da República perder o cargo? 
R.: O cargo de Presidente da República poderá ser perdido por cassação, extinção, declaração de vacância do cargo pelo Congresso Nacional, ou por ausência do País por mais de 15 dias, sem autorização do Congresso Nacional.
471) Em que consiste a cassação?
R.: Cassação é a perda de mandato imposta por pena acessória, aplicada ao Presidente da República, nos crimes de responsabilidade, ou em decisão judicial condenatória no caso de crimes comuns.
472) Em que consiste a extinção?
R.: Extinção é a perda de mandato que ocorre pela morte do Presidente da República durante o exercício do mandato, por sua renúncia, ou pela suspensão dos direitos políticos, ou ainda, pela perda da nacionalidade brasileira.
473) Em que consiste a declaração de vacância do cargo pelo Congresso Nacional?
R.: Declaração de vacância do cargo pelo Congresso Nacional é o ato do Parlamento que deve ser editado quando o candidato eleito à Presidência da República deixa, injustificadamente, de comparecer à cerimônia de posse, dentro de 10 dias da data fixada; equivale à renúncia, extinguindo-se o mandato.
474) Em que consiste a ausência por mais de 15 dias, do País, sem autorização do Congresso Nacional?
R.: Ausência por mais de 15 dias do País, sem autorização do Congresso Nacional é ato do Presidente da República que equivale à renúncia; a CF dispõe que a autorização para a ausência compete ao Congresso Nacional (art. 49, III) e prevê que a ausência injustificada do País, sem licença do Congresso, por período superior a 15 dias, implica perda do cargo (art. 83) mediante extinção do mandato.
475) Que são crimes de responsabilidade do Presidente da República?
R.: A CF (art. 85) dispõe que são crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos de sua autoria, com natureza de infração política, que atentem contra a Constituição Federal, especialmente contra: a) a existência da União; b) o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; c) o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; d) a segurança interna do País; e) a probidade na administração; f) a lei orçamentária; e g) o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
476) Em que diploma legal são tipificados os crimes de responsabilidade?
R.: O art. 85, parágrafo único, da CF dispõe que esses crimes serão definidos em lei especial; com efeito, a Lei n.º 1.079, de 10.04.1950 os define, nos arts. 4.º a 13, 39, 40 estabelecendo, também, as normas de processo e julgamento.
477) Quem tem legitimidade para propor ação por crime do Presidenteda República?
R.: Qualquer cidadão poderá apresentar denúncia perante a Câmara dos Deputados, que procederá a um juízo de admissibilidade: se não admitir a denúncia, será arquivada, mas, se admitida, passará para o exame do mérito da acusação. Julgada improcedente a denúncia, será arquivada; se julgada procedente, por dois terços dos membros da Câmara dos Deputados, esta autorizará a instauração do processo (CF, art. 51, I): a) perante o STF, no caso de infrações penais comuns (arts. 86 e 102, I, b); ou b) perante o Senado Federal, no caso de crimes de responsabilidade (arts. 52, I e 86).
478) Em que casos ficará o Presidente da República suspenso de suas funções?
R.: O Presidente da República ficará suspenso de suas funções (art. 86, § 1.º): a) se recebida a denúncia de queixa-crime pelo STF, nas infrações penais comuns; ou b) após a instauração do processo pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
479) Qual o tempo máximo de suspensão do Presidente da República de suas funções?
R.: De acordo com a CF, art. 86, § 2.º, o tempo máximo de suspensão do Presidente da República, de suas funções, é de 180 dias; se o julgamento não estiver concluído, voltará à sua função, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
VII.2. O IMPEACHMENT
480) O que é impeachment?
R.: Impeachment é o processo aplicado à autoridade pública, por crime de responsabilidade, que pode ter como desfecho a decretação da perda do cargo, com inabilitação para o exercício de função pública por 8 anos.
481) Qual a etimologia do vocábulo impeachment?
R.: Em inglês, to impeach significa o ato de incriminar ou acusar, especialmente um alto funcionário, de traição ou de má conduta; deriva do latim impedimentum (em francês: empêchement; em italiano: impedimento). Não deve ser utilizado, em português, no entanto, na acepção de "impedimento"; em princípio, nada há contra a utilização do vocábulo em sua forma inglesa, como tantas outras palavras daquele idioma, que vêm sendo incorporadas ao uso diário, casos de marketing, software, hardware, chip, mouse, e delivery. Se se desejar usar um termo em português, pode-se empregar "imputação", "destituição", "desvestimento", "descida do pedestal".
482) Tem o impeachment características predominantemente políticas ou jurídicas?
R.: Tem o impeachment, atualmente, características predominantemente políticas, pois objetiva resultados políticos, é instaurado sob considerações de ordem política e é, também, julgado segundo critérios políticos, embora adstrito a procedimento jurídico, no qual o acusado tem a mais ampla defesa, com base no contraditório; não deve ser esquecida, no entanto, uma faceta administrativa do instituto, já que funciona como defesa da pessoa jurídica de Direito Público político contra o improbus administrator.
483) Qual a origem histórica do impeachment?
R.: O impeachment foi criado na Inglaterra no século XIII, tendo natureza judicial, e consistia na decretação da perda do cargo de autoridade condenada em processo criminal, cumulada com pena de castigo corporal; a partir do século XVIII, passou a ser cada vez menos utilizado, em virtude do desenvolvimento e consolidação do sistema parlamentarista; o instituto foi retomado pelo sistema constitucional norte-americano, que alterou suas características originais, podendo ser aplicado pelo Senado ao Presidente, em caso de violação grave da lei, ao final de um processo com características judiciais, como uma pena de natureza política.
484) Qual o diploma legal que regula o impeachment, no Brasil?
R.: A CF de 1824 já previa o instituto (aplicável somente aos Ministros de Estado), e todas as Constituições Republicanas também prevêem o impeachment; o diploma legal específico que o regula é a Lei n.º 1.079, de 10.04.1950.
485) Que espécie de lei é a Lei n.º 1.079/50?
R.: A Lei n.º 1.079/50 é lei singular federal, pois aplicável a uma só pessoa ou a um grupo restrito de pessoas.
486) Por que não podem os crimes de responsabilidade do Presidente da República ser incluídos no Código Penal ou em lei sobre crimes de responsabilidade de funcionários públicos?
R.: Não podem os crimes de responsabilidade do Presidente da República ser incluídos no CP, porque o Código Penal é lei geral; e não podem ser enquadrados em lei sobre crimes de responsabilidade de funcionários públicos porque esta seria uma lei especial, e os crimes de responsabilidade do Presidente da República são relativos a uma única pessoa, o que é matéria para lei singular, que somente pode ser promulgada pelo Congresso Nacional.
487) Qual o fundamento jurídico do impeachment?
R.: O impeachment tem por fundamento jurídico um crime em sentido formal (isto é, deve ocorrer conduta tipificada na Lei n.º 1.079/50) e não conduta antijurídica, no sentido do Código Penal; sua natureza é mista, judiciária (o Código de Processo Penal é legislação subsidiária ao processo político, e o STF atua como juiz), política (há uma apreciação política do processo) e administrativa.
488) O impeachment é instituto freqüentemente aplicado?
R.: Não. Por suas implicações, e o desgaste político que causa o processo do impeachment, não tem sido o instituto freqüentemente aplicado, nem mesmo nos países de origem, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos; no primeiro, o último caso ocorreu em 1848, contra Lord Palmerston, e nos EUA, até hoje, não mais do que 7 casos foram julgados. No Brasil, tem sido utilizado contra Prefeitos e, mais raramente, contra Governadores de Estado. Contra Presidentes da República, instaurou-se processo contra José Sarney, logo arquivado, e contra Fernando Collor de Mello, a final, afastado do Governo, em 1992.
489) A quem pode ser aplicado o impeachment, no Direito brasileiro? 
R.: No Brasil, o impeachment pode ser aplicado, no caso de crimes de responsabilidade: a) ao Presidente da República; b) ao Vice-Presidente da República; c) aos Ministros de Estado; d) aos Ministros do STF; d) ao Procurador-Geral da República; e) ao Advogado-Geral da União; f) a Governadores; e g) a Prefeitos.
490) A aplicação do impeachment veda a que seja aplicada outra, pelo Poder Judiciário?
R.: Não. Se quaisquer dos atos praticados pela autoridade, que levaram à aplicação do impeachment, pelo Senado, estiverem tipificados no Código Penal ou qualquer lei penal, poderá ser-lhe, também, imposta pena criminal, pelo Poder Judiciário.
491) Quais as fases do processo de impeachment?
R.: O processo de impeachment desenvolve-se em duas fases: a) a de pronúncia; e b) a de julgamento.
492) Em que consiste a fase de pronúncia?
R.: A fase de pronúncia inicia-se pela denúncia, que pode ser oferecida por qualquer cidadão: a) perante a Câmara dos Deputados, nos casos de crimes de responsabilidade do Presidente e do Vice-Presidente da República e de crimes de Ministros de Estado conexos com os daqueles; b) perante o Senado, nos crimes de responsabilidade imputados aos demais legitimados passivamente; a denúncia é apreciada na Casa onde foi oferecida, até que se decida: I) pelo arquivamento; ou II) pela decisão de pronúncia, que, para ser tomada, necessita de um mínimo de dois terços da Câmara e maioria simples no Senado.
493) Quem terá competência para julgar crimes de responsabilidade de Ministros de Estado não conexos com os do Presidente da República? 
R.: De acordo com a CF, art. 102, I, b, caberá ao STF processar e julgar, originariamente, os Ministros de Estado acusados de crimes de responsabilidade não conexos com os crimes de responsabilidade do Presidente da República.
494) Em que consiste a fase de julgamento?
R.: A fase de julgamento, que ocorre no Senado Federal, se inicia após a decisão de pronúncia, sendo presidida pelo Presidente do STF, nos termos da CF, art. 52, parágrafo único; o julgamento terminará com a protalação de sentença. Para que ocorra condenação, no mínimo dois terços dos Senadores deverão decidir nesse sentido; não atingido esse quorum, será o acusado absolvido.
VII.3 A ADMINISTRAÇÃO CIVIL
495) Em que consiste a administração civil? 
R.: Administração civil é o setordo Poder Executivo que prepara textos normativos, acompanha a execução de leis ou tem a seu encargo a execução de leis e outras resoluções políticas preparadas por outros órgãos.
496) Quais as características da administração civil?
R.: A administração civil apresenta as seguintes características: a) é subordinada ao governo, isto é, o governo decide, no plano político, cabendo à administração executar os trabalhos segundo os fins e os meios preestabelecidos; b) é hierarquizada, isto é, é organizada segundo uma estrutura em forma de pirâmide, situando-se o Ministro em seu topo; e c) é não militarizada, isto é, embora sujeita a rigorosa disciplina, e estruturada em carreiras, não pode ser comparada ao setor militar.
497) Em que consiste o "spoil's system"?
R.: Spoil's system é a denominação que se dá ao sistema pelo qual, com a subida ao poder de um grupo antagônico ao anterior, ocorre a substituição dos servidores por pessoas protegidas do novo governo.
498) Quais os inconvenientes do "spoil's system"? 
R.: O spoil's system apresenta diversos inconvenientes ao bom desempenho dos trabalhos da Administração, pois a freqüente troca de funcionários provoca instabilidade nos quadros, perda de qualidade, e descontinuidade nos serviços, razão pela qual vem sendo abandonado; procura-se utilizar critérios objetivos para ingresso e promoção de pessoal, baseados no nível de qualificação dos profissionais.
499) Como é legalmente estabelecido o regime jurídico dos servidores públicos civis?
R.: A CF (arts. 39, caput) dispõe que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão instituir, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da Administração Pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Assim, cada pessoa jurídica de Direito Público político interno deverá estabelecer um Estatuto dos Servidores Públicos específico.
500) Quais as formas de garantias do cargo, asseguradas aos servidores públicos civis?
R.: A CF assegura duas garantias básicas aos servidores públicos civis, admitidos por concurso: a) estabilidade, após 2 anos de efetivo exercício, que consiste em não poder ser demitido o servidor público, exceto em virtude de condenação judicial transitada em julgado, ou mediante processo administrativo, durante o qual lhe foi garantido o direito à ampla defesa (art. 41); e b) vitaliciedade, garantia assegurada somente aos magistrados (art. 95, II), aos membros dos Tribunais de Contas (art. 73, § 3.º) e aos membros do Ministério Público (art. 128, § 5.º, I, a).
501) Qual a diferença entre estabilidade e vitaliciedade?
R.: Ambas as garantias asseguram a permanência no cargo, contra decisão imotivada de demissão. O servidor que goza de estabilidade, no entanto, poderá perder o cargo em virtude de condenação em processo administrativo, no qual se lhe assegurou ampla defesa, decisão que poderá ser revertida pelo Poder Judiciário, que poderá reintegrá-lo no cargo; durante o processo judicial, o servidor demitido não receberá proventos. Já o servidor que goza de vitaliciedade, somente poderá ser demitido por motivo de condenação definitiva em processo criminal. Logo, a diferença reside no órgão que aprecia a falta cometida: Administração, no primeiro caso; Poder Judiciário, no segundo.
502) Em que consiste a isonomia de vencimentos?
R.: Isonomia de vencimentos é a garantia assegurada aos servidores públicos, de que ocupantes de cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, auferirão os mesmos proventos, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho (art. 39, § 1.º).
503) Que outras garantias sociais são asseguradas aos servidores públicos civis?
R.: Aos servidores públicos civis são asseguradas muitas das garantias concedidas aos trabalhadores urbanos e rurais (art. 39, § 2.º), visando à melhoria de sua condição social, constantes do art. 7.º, da CF, e que são, por exemplo: a) salário mínimo fixado em lei (inciso IV do referido art. 7.º); b) irredutibilidade de salário (inciso VI); c) décimo terceiro salário (inciso VIII); d) repouso semanal remunerado (inciso XV); e e) licença-paternidade (inciso XIX).
504) De que forma é a responsabilidade do Estado por danos causados por servidor público ao patrimônio do particular?
R.: O Estado é responsabilizado de forma objetiva pelo dano causado por servidor público ao patrimônio de terceiros, no exercício de sua atividade, isto é, deverá o Estado indenizar aquele que teve dano, sem indagar sobre culpa ou dolo do agente. Se o servidor público agiu com dolo ou culpa, terá o Estado direito de regresso contra ele.
505) Quais os princípios fundamentais da Administração Pública?
R.: Os princípios fundamentais da Administração Pública, campo de estudo específico do Direito Administrativo, são: a) da legalidade; b) da impessoalidade; c) da moralidade administrativa; e d) da publicidade dos atos.
VII.4. AS FORÇAS ARMADAS
506) O que são as Forças Armadas?
R.: De acordo com a CF, art. 142, as Forças Armadas são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, que atuam sob a autoridade suprema do Presidente da República.
507) Qual o papel reservado às Forças Armadas?
R.: O papel reservado às Forças Armadas é o de entrar em ação quando se tratar da defesa da pátria, por meios militares (defesa externa), da garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer dos Poderes, da lei e da ordem internas (defesa interna).
508) As Forças Armadas são os únicos órgãos do Estado cujos componentes estão autorizados a portar armas?
R.: Não. Embora existam armas de uso exclusivo das Forças Armadas, as polícias também estão autorizadas a portá-las.
509) Qual a divisão das Forças Armadas?
R.: As Forças Armadas dividem-se em Exército (tropas que atuam em terra), Marinha (atuação preponderante no mar), e Aeronáutica (atuação no ar).
510) Qual a hierarquia das Forças Armadas?
R.: No topo da rígida hierarquia militar, cuja estrutura é uma pirâmide, situa-se o Presidente da República, que é seu Comandante-em-Chefe, ao qual se subordina o supremo comandante militar; os demais militares ocupam os postos subalternos.
511) Em que consiste o "princípio da nação em armas"?
R.: O princípio da nação em armas é a possibilidade de que todo nacional possa ser chamado para ser incorporado às Forças Armadas, em tempo de paz, para receber treinamento básico, passando, a seguir, para a reserva; em tempo de guerra, podem os reservistas ser convocados.
512) É obrigatório o serviço militar, no Brasil?
R.: Sim. Segundo o art. 143, § 2.º, será obrigatório o serviço militar, com exceção das mulheres e dos eclesiásticos, em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
513) Que garantias são asseguradas aos militares?
R.: Aos militares são asseguradas garantias similares às dos servidores civis; aos oficiais, concede-se estabilidade, somente podendo perder o posto em virtude de sentença penal transitada em julgado, em que sejam condenados à pena restritiva de liberdade superior a dois anos, ou por decisão da Justiça Militar que os considere indignos ou incompatíveis com o cargo que ocupam.
514) Quem é considerado servidor público militar federal?
R.: A CF (art. 42, caput) considera servidor público militar federal o integrante das Forças Armadas e servidor militar dos Estados e Distrito Federal, o integrante de suas Polícias Militares e de seus Corpos de Bombeiros militares.
515) Por quem são concedidas as patentes aos oficiais?
R.: Aos oficiais das Forças Armadas, pelo Presidente da República; aos dos oficiais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, pelos Governadores dos respectivos Estados (CF, art. 42, § 2.º).
516) Qual a conseqüência da aceitação de cargo público civil permanente, pelo militar da ativa?
R.: Aceitando cargo público civil permanente, será o militar da ativa imediatamentetransferido para a reserva (art. 42, § 3.º).
517) Qual a conseqüência da aceitação de cargo, emprego ou função pública temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, pelo militar da ativa?
R.: Aceitando cargo, emprego ou função pública temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ficará o militar da ativa agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antigüidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva; depois de 2 anos de afastamento, contínuos ou não, será transferido para a inatividade (art. 42, § 4.º).
518) De que forma poderá o oficial das Forças Armadas perder o posto e a patente?
R.: O oficial condenado na Justiça Militar ou Comum à pena privativa de liberdade superior a 2 anos, por sentença transitada em julgado, será submetido a julgamento por Tribunal Militar permanente, em tempo de paz, ou a Tribunal Especial, em tempo de guerra; nesse novo processo, haverá apreciação de sua dignidade e, caso julgado indigno do oficialato, ou com ele incompatível, perderá o militar o posto e a patente (art. 42, §§ 7.º e 8.º).
519) Quais as restrições especificamente impostas aos militares, relativamente à cidadania?
R.: Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve e, àquele em efetivo serviço, é vedada a filiação a partidos políticos (art. 42, §§ 5.º e 6.º).
520) Os Estados da Federação podem ter Exército, Marinha ou Aeronáutica próprios?
R.: Não. As Forças Armadas são instituições de caráter nacional, da União, o que impede que Estados da Federação mantenham Exército, Marinha ou Aeronáutica estaduais (art. 142); poderão, no entanto, manter polícias militarizadas para a manutenção da segurança e da ordem em seus territórios (art. 144, § 5.º), que são consideradas reserva das Forças Armadas, sujeitas à mobilização, em casos de guerra externa ou civil.
VII.5. A SEGURANÇA PÚBLICA
521) Quais os órgãos da segurança pública?
R.: A segurança pública é garantida pelos seguintes órgãos (CF, art. 144): a) polícia federal; b) polícia rodoviária federal; c) polícia ferroviária federal; d) polícias civis; e) polícias militares; e f) corpos de bombeiros militares.
522) Quais as atribuições desses órgãos, relativamente à segurança pública em geral?
R.: Os órgãos do Estado responsáveis pela segurança pública têm por atribuições, preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas.
523) Quais as atribuições específicas da Polícia Federal?
R.: A Polícia Federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em carreira, tem por atribuições específicas: a) apurar infrações contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; b) prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; c) exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras; e d) exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União (art. 144, § 1.º).
524) Quais as atribuições específicas da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Ferroviária Federal?
R.: A Polícia Rodoviária Federal e a Policia Ferroviária Federal têm por atribuições específicas o patrulhamento ostensivo, respectivamente, das rodovias federais, e das ferrovias federais, na forma da lei (art. 144, §§ 2.º e 3.º); ambas são órgãos permanentes, estruturados em carreira.
525) Quais as atribuições específicas das polícias civis?
R.: As polícias civis, dirigidas por Delegados de Polícia de carreira, atuam como polícia judiciária, e na apuração de infrações penais, exceto as militares, ressalvados os casos de competência da União (art. 144, § 4.º).
526) Quais as atribuições específicas das polícias militares?
R.: As polícias militares têm por atribuição específica o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública (art. 144, § 5.º).
527) Quais as atribuições específicas dos corpos de bombeiros militares?
R.: Os corpos de bombeiros militares são responsáveis pela execução de atividades de defesa civil, além de outras atribuições, definidas em lei local (art. 144, § 6.º).
528) Que espécie de órgãos de segurança podem ser constituídos pelos Municípios?
R.: Aos Municípios atribui a CF (art. 144, § 8.º) competência para criar, facultativamente, guardas municipais, destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

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