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Trabalho Dermatofuncional

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Trabalho Dermatofuncional 
 
1- Explique o papel do ultrassom nas fases de cicatrização, citando a 
dose para cada fase. Quando a cicatriz evoluiu para fibrose e/ou 
aderência explique qual o papel do ultrassom com respectiva dose e 
modo de aplicação (contínuo ou pulsado). Explique detalhadamente a 
fisiopatologia do processo de cicatrização e o efeito do ultrassom em 
cada uma delas, coloque as diferenças de frequência, modo (contínuo e 
pulsado) e intensidade, citar estes parâmetros em cada fase. 
Em relação à cicatrização envolve vários processos até a volta normal de 
estruturas e de função. O ultrassom influencia que ocorram mudanças 
fisiológicas como ativação de fibroblasto, colágeno, diminuição de células 
inflamatórias por aceleração do metabolismo celular, ele causa aumento do 
cálcio iônico que funcionam como um sinal intracelular para resposta 
metabólica apropriada. Mas tudo depende dos parâmetros usados, já que cada 
modo promove um tipo de efeito, assim como a intensidade, tempo de 
aplicação e frequência. 
O ultrassom contínuo tem predomínio o efeito térmico, promovendo aumento 
do fluxo sanguíneo, aumento da atividade celular e metabólica, aumento da 
extensibilidade do colágeno, redução da rigidez articular, diminuição dos 
espasmos musculares e alívio da dor. De formas gerais, é estabelecido que se 
use o modo contínuo para reparo tecidual o com dosimetria de 0,1 a 0,5 w/cm² 
, para dor e edema 0,5 a 1,2 w/cm² e no caso de neuromas, entorses, esporão 
e fibroses 1,2 a 2,0 w/cm². 
Já o ultrassom pulsado o predomínio é do efeito mecânico (não térmico) 
alterando a permeabilidade celular, alterando a difusão de íons de membrana, 
promove a síntese de colágeno, promove secreção dos agentes quimiotáteis 
(aumento da captação de fibroblastos, aumento da atividade celular, aumento 
da fagocitose por macrófagos e aumento da fibrinólise.), promove a 
cicatrização e reparo de tecido conjuntivo. É indicado na fase aguda até 
0,2w/cm² e na fase sub aguda 0,5 a0,8w/cm² 
Na fase inflamatória, ocorre a remoção do tecido necrosado e secreções 
provocadas pela lesão tecidual (exsudato) e prepara a lesão para a fase 
proliferativa ao gerar fatores de crescimento. O ultrassom acelera a resolução 
normal da inflamação devido à suave agitação do líquido dos tecidos que pode 
aumentar a taxa de fagocitose e o movimento das partículas e células, além de 
promover liberação fatores inflamatórias dos macrófagos que também acelera 
esse processo. Nessa fase mais aguda o pode ser usado o ultrassom pulsado 
a 10% até 0,2 w/cm² ou o contínuo entre 0,1 a 0,5 w/cm² 
Na fase proliferativa há a formação do tecido de granulação, grande 
angiogênese e proliferação de fibroblastos para formar a nova matriz de tecido 
conjuntivo, nova epitelização e contração da ferida. Nesse caso o ultrassom 
atua estimulando a liberação de fatores quimiotáteis pelos macrófagos que 
estimulam a proliferação dos fibroblastos, também estimula a angiogênese ser 
maior/mais rápida e com o ultrassom pulsado também pode beneficiar para que 
a cicatriz seja menor porque acelera a contração da ferida. Os parâmetros a 
ser seguidos são: ultrassom pulsado a 20% de 0,5 w/cm² 
Na fase de remodelagem o tecido de granulação é gradualmente substituído 
por uma cicatriz composta por tecido relativamente acelular e avascular, é uma 
fase que pode durar meses ou anos. Se usado no momento correto após a 
lesão, o ultrassom pode melhorar tanto a aparência estética como as 
propriedades mecânicas do tecido cicatricial resultante, o quanto antes 
começar o tratamento com ultrassom melhor será o resultado de uma cicatriz 
mais uniforme e sem fibrose. O tratamento com ultrassom durante essa fase 
não somente aumenta a quantidade de colágeno depositado na ferida como 
também encoraja a deposição daquele colágeno em um padrão cuja 
arquitetura tridimensional se assemelha mais ao da pele não lesada. Nesse 
caso a dosimetria indicada é a de 0,5 W/cm2 pulsado a 50% em casos de 
tratamento precoce, e de 1,2 a 2,0 w/cm² em casos mais crônicos e 
tratamentos tardios. 
Quando a cicatriz já evoluiu pra fibrose ai é um caso já tardio e se faz 
necessário a aplicação do ultrassom contínuo, que aumenta a extensibilidade 
do colágeno quando usado a 1,5 W/cm², 3 MHz. (Pivetta et al, 2011 e 
Kitchen, 2003 ) 
 
 
2- Na hanseníase quando o nervo tibial está afetado quais as 
consequências e possíveis sequelas? Qual a conduta fisioterapêutica 
para um paciente com lesão deste nervo? E as orientações? 
A lesão do nervo tibial tem como consequência um déficit motor, sensitivo e 
autonômico. Podendo resultar em uma necrose neuropática com quadro de 
formação de ulceração plantar. Sem tratamento adequado as úlceras podem se 
tornar infectadas e se tornar uma osteomielite, progredindo até mesmo para 
uma amputação. 
O fisioterapeuta deve primeiramente fazer uma avaliação detalhada da 
situação do paciente e como a principal preocupação é quanto à sensibilidade 
para evitar lesões teciduais e complicações maiores decorrente disso, é 
importante utilizar os monofilamentos para testar a sensibilidade local. Assim é 
possível ter um acompanhamento do quadro atual e sua evolução e orientar os 
cuidados q o paciente deve ter. 
O fisioterapeuta deve orientar para que o paciente sempre busque proteger 
esse membro em caso de déficit sensitivo, para evitar ferimentos, também 
orientar quanto a posicionamento e pressão buscando evitar surgimento das 
ulceras plantares e sempre um monitoramento e higiene do membro. No caso 
das úlceras plantares já instaladas as principais técnicas encontradas no 
tratamento para estabilidade e melhora do quadro são a radiação 
infravermelha, a massagem manual superficial, radiação ultravioleta, ultrassom, 
laser de baixa intensidade e eletroestimulação pulsada de baixa e alta 
voltagem. (Leite et al, 2010 e Tavares et al, 2013) 
3- Crie um caso clínico para um paciente com linfedema, onde conste 
alteração de perímetro do membro afetado com mais de 4 cm em relação 
ao contralateral, alteração postural e de bombas impulso aspirativas. Cite 
essas bombas e trace objetivo e tratamento para este paciente. 
Senhora O.R. de 51 anos, dona de casa, em menopausa, sem filhos. Começou 
a apresentar dor pélvica, aumento do volume abdominal e urgência urinária, 
em visita ao ginecologista e após exames foi diagnosticada com câncer de 
ovário. Por ser um aso bem agressivo, junto com a retirada do tumor foi 
realizada a radiação nos linfonodos inguinais o que levou a desenvolver o 
linfedema no membro inferior esquerdo. O linfedema apresentava diferença de 
4,7 cm de diferença com o contra lateral, sem presença de fibrose, causando 
alteração postural e provável alteração das bombas impulso aspirativas, que 
são responsáveis pelo retorno venoso. Isso causava uma marcha claudicante 
e constantes quedas pelas mudanças posturais. Foi encaminha para a 
fisioterapia para o tratamento do linfedema. 
No tratamento do linfedema é recomendada a associação de terapias como 
drenagem linfática manual e mecânica, exercícios miolinfocinéticos, 
mecanismos de contenção, cuidados higiênicos, nutricionais e psicológicos 
Objetivos: 
 
1. Curto prazo: diminuir o edema e manter ativa a bomba impulso aspirativa. 
 
2. Médio prazo: manter a diminuição do edema e desenvolver consciência 
corporal 
3. Longo prazo: manter diminuição do edema, reeducação postural e sensório 
motora, treino de marcha. 
Tratamento: 
 
1. Curto prazo: pratica de drenagem linfática levando em direção ao linfonodo 
inguinal, uso de faixas compressivas e meias de compressão, exercícios de 
plante e dorsiflexão para estimular os músculos da panturrilha. 
2. Médio prazo: manter com as condutas anteriores e fazer uso de espelho e 
alguns exercícios básicos de chão instável para começar a desenvolver a 
consciência corporal da nova situação q ela se encontra 
3. Longo prazo: manter as condutasanteriores em relação a diminuição do 
edema e ensinar a prática da auto-massagem e auto-enfaixamento; manter 
exercícios em frente ao espelho, desenvolvendo mais o uso de aparelhos 
proprioceptivos como a prancha e manter solos instáveis com mais 
instabilidades e treinar marcha com a barra paralela. 
(De Godoy, 2015 e Marchon et al, 2007) 
 
 
 
Referencias: 
 
DE GODOY, José Maria Pereira et al. Estudo-piloto no tratamento do linfedema 
de membros inferiores com meia de gorgurão. Rev Med Minas Gerais, v. 25, 
n. 2, p. 169-172, 2015. Disponível em: < http://www.rmmg.org/exportar- 
pdf/1770/v25n2a05.pdf> Acesso em 25 ago. 2020. 
KITCHEN, Sheila; BAZIN, Sarah (Org.). Eletroterapia: prática baseada em 
evidências. 11. ed. Barueri (SP): Manole, 2003. 348 p 
LEITE, Saulo Nani et al. Avaliação sensitiva de hansenianos pelos 
monofilamentos semmes-weinstein em serviço terciário de fisioterapia. 
Hansenologia Internationalis (Online), v. 35, n. 2, p. 9-15, 2010. Disponível em: 
< http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982- 
51612010000200002&lng=pt&tlng=pt> Acesso em 24 ago. 2020 
MARCHON, R. et al. Rotina da Fisioterapia no Linfedema Secundário ao 
Câncer Ginecológico–HCII/INCA. Cancer, v. 109, p. 2607-14, 2007. 
Disponível em: < 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/Fatimafim.pdf> Acesso em 25 
ago. 2020 
PIVETTA, Hedioneia Maria Foletto. Avaliação clínica e por subtração digital 
fotográfica dos efeitos do ultrassom e massoterapia em fibrose tecidual tardia 
pós-operatória à lipoaspiração. Fisioterapia Brasil, v. 12, n. 2, p. 100-106, 
2017. Disponível em: 
<http://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/807/ 
1694#> Acesso em: 24 ago. 2020 
Tavares JP, Barros JS, Silva KCC, Barbosa E, Reis GR, Silveira JM. 
Fisioterapia no atendimento de pacientes com hanseníase: um estudo de 
revisão. Revista Amazônia. 2013; 1(2):37-43. Disponível em 
:<http://ojs.unirg.edu.br/index.php/2/article/view/414/172>. Acesso em: 24 de 
agosto de 2020.

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