Buscar

Princípios da intervenção fisioterapêutica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Afinal, o que é intervenção? 
Segundo o Guide of Physical Therapist Practice, Intervenção é a “interação deliberada e profissional entre 
fisioterapeutas e pacientes e, quando aplicável, a interação com outros indivíduos envolvidos nos 
tratamentos, mediante vários procedimentos e técnicas fisioterapêuticas para produzir alterações nas 
condições, consistentes com os diagnósticos e os prognósticos”. 
As intervenções fisioterapêuticas são mais eficazes se estiverem apoiadas nas abordagens orientadas para 
problemas e necessidades funcionais dos pacientes. 
É composta tipicamente de objetivos de curto e de longo prazo, que são de natureza dinâmica. Eles são 
alterados sempre que a condição do paciente muda. 
As intervenções fisioterapêuticas devem seguir alguns princípios para que sejam efetivas. São eles: 
1) Controle da dor e da inflamação 
2) Promover o progresso da cicatrização 
3) Fortalecimento e aumento da flexibilidade 
4) Correção da postura 
5) Análise e integração de toda cadeia cinética 
6) Incorporação da reeducação neuromuscular 
7) Promoção de melhorias no resultado funcional 
8) Manutenção ou aprimoramento do condicionamento físico 
9) Educação do paciente e autotratamento 
10) Garantia de retorno seguro para as funções normais 
PRINCÍPIOS DA INTERVENÇÃO 
Princípio 1 – Controle da dor e da inflamação 
Princípio 2 – Promover a cicatrização 
 
Princípio 1 – Controle da dor e da inflamação. 
 
A dor é um mecanismo de proteção, pois permite que os indivíduos tomem consciência das situações com risco 
potencial para causar danos teciduais, minimizando, dessa forma, a ocorrência de traumas futuros. 
 
Já a inflamação faz parte do processo de cicatrização. É necessário que ocorra a inflamação para a 
sobrevivências de todos os indivíduos, iniciando o processo de reparo tecidual e eliminação de invasores 
estranhos, como agentes infecciosos e tecidos lesados. 
A inflamação é, em geral, benéfica ao organismo e ela precisa ocorrer, desde que ela tenha um início e um fim. 
Porém, se a inflamação aguda perdurar, essa resposta pode progredir para a cronificação, que pode ter várias 
consequências patológicas. 
Ao reduzir a inflamação inicia a melhora da dor. 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS PRICEMEM 
Na fase aguda, o princípio PRICEMEM tem papel importante no controle do sangramento, remoção dos 
exsudatos inflamatórios e controle do edema e da dor. 
1- Proteção. 
2- Repouso. 
3- Gelo. 
4- Compressão. 
5- Elevação. 
6- Terapia manual. 
7- Mobilização precoce. 
8- Medicação. 
 
Proteção 
✓ Cargas excessivas nos tecidos devem ser evitadas. Quando a deambulação for dolorosa, recomenda-se 
o uso de muletas. 
Repouso 
✓ O repouso é definido mais como ausência de abuso do que como ausência de atividade. As imobilizações 
prolongadas podem exercer efeitos nocivos. 
Gelo 
✓ A crioterapia vem sendo empregada como modalidade de cicatrização e recomenda-se sua utilização até o 
edema diminuir. 
Compressão 
✓ O método mais comum de fazer compressão é o uso de bandagens elásticas. São utilizadas para auxiliar 
no alívio da dor e diminuir o edema. 
Elevação 
✓ A elevação de uma extremidade auxilia no retorno venoso e ajuda a minimizar o edema. A elevação e a 
compressão devem continuar sendo usadas até seu desaparecimento total. 
Terapia Manual 
✓ Estimulação das fibras aferentes para ajudar a 
diminuir a dor; 
✓ Estímulo das endorfinas para diminuir a dor; 
✓ Redução na pressão intra-articular; 
✓ Efeitos mecânicos para aumentar a mobilidade 
articular; 
✓ Remodelação dos tecidos conjuntivos locais; 
✓ Aumento no deslizamento dos tendões dentro das 
respectivas bainhas; 
✓ Aumento na lubrificação das articulações. 
Mobilização Precoce 
✓ Ajuda na prevenção de atrofias e aderências, além de melhorar a nutrição da cartilagem articular e 
otimizar a circulação sanguínea, estimulando o movimento funcional. Deve-se iniciar o quanto antes (mais ou 
menos 48 horas após a lesão). 
Medicamentos 
✓ Os medicamentos têm uma função importante no processo de cicatrização. Na fase aguda, os anti-
inflamatórios não esteroides são os mais indicados para o controle dos processos inflamatórios. 
 
 
Princípio 2 – Promover a cicatrização 
 
Os procedimentos de reabilitação utilizados para auxiliar nos processos de reparo são diferentes e dependem 
do tipo de lesão, da extensão do dano e do estágio da cicatrização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A fisioterapia acelera o processo de cicatrização. O laser é muito utilizado com essa finalidade. 
 
Os principais estágios da cicatrização do tecido mole incluem a coagulação e inflamação (agudo), o processo 
migratório (subagudo) e o processo de remodelação(crônico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embora a simplificação dos eventos complexos da cicatrização em categorias separadas facilite a compreensão 
do fenômeno, na realidade, esses eventos ocorrem como uma mistura de diferentes reações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO AGUDO (coagulação e inflamação) 
 
As lesões de tecido mole desencadeiam um processo que representa a reação imediata do organismo a 
traumas. Esta reação que ocorre logo após uma lesão inclui uma série de eventos defensivos que envolvem o 
reconhecimento de patógenos e a preparação de uma reação contra eles, ou seja, a coagulação e a inflamação. 
 
A primeira resposta do tecido é a coagulação com uma pequena vasoconstrição transitória (dura de 5 a 10 
minutos), no qual diminui o calibre dos vasos no local em que ocorreu a lesão diminuindo então o fluxo 
sanguíneo, logo, diminui o sangramento excessivo e o risco de hemorragia. 
Além disso, ocorre a adesão (plaquetas se aderem ao vaso sanguíneo) e agregação plaquetária (após as 
plaquetas se aderirem ao vaso sanguíneo, elas liberam substâncias para a adesão de mais plaquetas; a adesão 
plaquetária é quando uma plaqueta se liga a outra para formar um tampão plaquetário) com objetivo de 
estancar o sangramento. 
A lesão tecidual culmina na ativação de trombina, em que promove a formação de um coágulo de fibrina por 
clivagem de fibrinogênio. É uma parte importante da hemostasia, na qual a parede de vaso sanguíneo 
danificado é coberta por um coágulo de fibrina para parar o sangramento e ajudar a reparar o tecido danificado. 
 
Após o processo de coagulação inicia a resposta inflamatória: 
Quando há uma infecção ou um tecido é lesado, o organismo percebe através de células residentes. Essas 
células secretam moléculas (citocinas e mediadores) que induzem e regulam a resposta inflamatória. Os 
mediadores também são produzidos por proteínas plasmáticas que reagem com os agentes invasivos e com os 
tecidos lesados. 
Esses mediadores inflamatórios iniciam a vasodilatação aumentando o fluxo sanguíneo. Esse aumento do fluxo 
sanguíneo gera um aumento da pressão hidrostática capilar. 
Além disso, há um aumento da permeabilidade capilar (aumento da transmissão de fluidos), esse aumento faz 
com que o ocorra uma exsudação tecidual, no qual o líquido rico em proteínas e leucócitos extravasam para o 
meio extravascular e acumulam no local da lesão causando o edema. O nome desse líquido rico em proteínas é 
exsudato. 
Os leucócitos recrutados são ativados e tentam remover o agente lesivo, por fagocitose. 
 
1. Vasoconstrição. 
2. Adesão e agregação plaquetária. 
3. Formação de um coágulo. 
4. Início da resposta inflamatória com a vasodilatação. 
5. Aumento da permeabilidade vascular resultando na exsudação para o meio extravascular. 
6. Migração leucocitária para o local de lesão com objetivo de reparar o dano. 
 
Deve-se utilizar gelo para reduzir a vasodilatação que é uma consequência do processo inflamatório. O uso do 
gelo promove a vasoconstrição, diminuindo o fluxo sanguíneo local. 
 
OBS: não deve-se utilizar o calor, pois é um recurso associada à vasodilatação. 
 
São reconhecidos dois principais tipos de inflamação: a resposta inflamatóriaaguda normal e a resposta 
inflamatória anormal, crônica ou persistente. 
As causas comuns para a resposta inflamatória crônica persistente incluem: agentes infecciosos, viroses 
persistentes, formação de cicatrizes hipertróficas, suprimento sanguíneo insuficiente, edema, trauma mecânico 
repetitivo e reações de hipersensibilidade. 
 
Durante o estágio agudo, os sinais da inflamação estão presentes: edema, rubor, calor, dor e perda da função. 
Ao testar a amplitude de movimento (ADM), o movimento é doloroso, e o paciente costuma se proteger contra 
o movimento antes de poder completar a amplitude. 
A dor e o movimento comprometido são decorrentes do estado químico alterado que irrita as terminações 
nervosas, do aumento da tensão tecidual por causa do edema ou derrame articular, e da defesa muscular, que é 
o modo de o corpo imobilizar a área dolorosa. 
Em geral, esse estágio dura de 4 a 6 dias, a menos que a agressão se perpetue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse estágio, os objetivos de controlar a dor e de reduzir o grau de inflamação e de edema podem ser 
atingidos por meio dos princípios PRICEMEM. 
 
Além disso, as modalidades físicas e eletroterapêuticas são úteis para controlar a dor, o edema e a defesa 
muscular. 
Calor, ultrassom e fonoforese podem ser introduzidos no final do estágio agudo. 
 
Os critérios para superar essa fase implicam controle da dor, da cicatrização dos tecidos, ADM quase normal e 
tolerância ao fortalecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUBAGUDO (proliferação, reparo e cicatrização – com tecido granulado). 
 
As mudanças características dessa etapa incluem crescimento capilar e formação de tecido granulado, 
proliferação de fibroblastos com síntese de colágeno e aumento na atividade celular. 
 
Esse estágio é responsável pelo desenvolvimento da resistência da lesão à tensão. Após a base da lesão estar 
livre do tecido necrótico, o organismo começa a trabalhar no processo de fechamento. 
 
A matriz da lesão funciona como uma cola para prender as bordas juntas, proporcionando alguma proteção 
mecânica, enquanto evita a dispersão da infecção. Contudo, essa matriz possui baixa resistência à tensão sendo 
vulnerável à ruptura até ser substituída por uma matriz de colágeno. 
 
O processo de reparo do tecido fibroso pode durar de 5 a 15 dias, ou até várias semanas, dependendo do tipo 
de tecido e da extensão do dano. Após atingir esse estágio, a efusão ativa e o eritema local do estágio de 
inflamação desaparecem clinicamente. 
 
Durante o estágio subagudo, os sinais de infamação diminuem progressivamente e, por fim, desaparecem. Ao 
testar a ADM, o paciente pode sentir dor em sincronia com o encontro da resistência do tecido no final da ADM 
disponível. A dor ocorre somente quando o tecido recém-desenvolvido é tensionado além de sua tolerância ou 
quando o tecido retraído é alongado. O teste muscular pode ser fraco, e a função, limitada, como resultado do 
enfraquecimento do tecido. Esse estágio em geral dura de 10 a 17 dias (14 a 21 dias após o início da lesão), mas 
pode durar até 6 semanas em alguns tecidos com circulação limitada, como os tendões. 
 
 
O fisioterapeuta deve 
estimular aumentos 
progressivos nos 
movimentos, para 
possibilitar a execução da 
ADM completa na terceira 
ou quarta semanas. 
 
Os exercícios de 
fortalecimento durante 
esse estágio se restringem, 
a princípio, à isometria 
submáxima. Isso é feito na 
parte inicial da amplitude, 
antes da execução sem dor 
em vários ângulos da ADM. 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO CRÔNICO 
(maturação e 
remodelamento) 
A fase de remodelação envolve a conversão do tecido de reparo inicial em tecido cicatricial. A longa fase de 
contração, remodelação e aumento da resistência à tensão na lesão pode durar até um ano. 
As células epiteliais migram das bordas da lesão e continuam nesse processo até que células similares do lado 
oposto se encontrem. Esse tecido cicatricial é funcionalmente inferior ao tecido original. 
Nesta fase a cicatriz visível muda para a cor vermelha ou púrpura, que branqueia a uma leve pressão, resultando 
em um tom opaco durante sua maturação. 
Os desequilíbrios na síntese e na degradação do colágeno durante a fase de cicatrização podem resultar na 
formação de cicatrizes hipertróficas ou na formação de queloides nas lesões superficiais. 
 Não há sinais de inflamação durante o estágio crônico. Pode haver contraturas ou aderências que limitam a 
amplitude e causando fraqueza muscular, limitando a função normal. Durante esse estágío, o tecido conjuntivo 
continua a se fortalecer e remodelar em resposta às pressões aplicadas a ele. 
Dor no alongamento pode ser sentida ao testar estruturas encurtadas no final de sua amplitude disponível . 
A função pode ser limitada por fraqueza muscular, resistência física precária ou pouco controle neuromuscular. 
Esse estágio pode durar de 6 meses a 1 ano, dependendo do tecido envolvido e da quantidade de tecido 
lesionado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Durante essa fase, os exercícios devem incorporar atividades em cadeia aberta e em cadeia fechada, assim 
como contrações concêntricas e excêntricas. A evolução para exercícios funcionais ou esportivos depende das 
necessidades do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA INTERVENÇÃO: 
PRINCÍPIO 1: Controle da dor e inflamação. 
PRINCÍPIO 2: Promover a cicatrização. 
PRINCÍPIO 3: Fortalecimento e aumento da flexibilidade. 
PRINCÍPIO 4: Correção da Postura e Restrições de movimento. 
PRINCÍPIO 5: Análise e integração de toda cadeia cinética. 
PRINCÍPIO 6: Incorporação da reeducação neuromuscular. 
PRINCÍPIO 7: Melhoria no resultado funcional. 
PRINCÍPIO 8: Manter ou aprimorar o condicionamento físico geral. 
PRINCÍPIO 9: Educação do paciente e autotratamento. 
PRINCÍPIO 10: Garantia do retorno seguro às funções. 
 
REFERÊNCIAS 
• LIVRO: Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 
• LIVRO: PATOLOGIA GERAL

Continue navegando