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PROVA AV2 DERMATOFUNCIONAL

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ECM 227 E 282-01/2020.1 Página 1 
 
QUESTÃO 1 (1,5 pt) 
 
Paciente MSD, sexo masculino, 25 anos, foi 
admitido em um hospital do Andaraí trazido pelo 
SAMU, vítima de choque elétrico com 
queimaduras de 2º e 3º graus no tronco 
anterior, membro superior direito e membros 
inferiores, apresentando menor número de 
escaras em axila direita, polegar direito, face 
interna do membro superior esquerdo e coxa 
esquerda. Foi realizado enxerto em MSD, tronco 
e MIE. Na avaliação da fisioterapia observou-se 
o nível de consciência do paciente , onde se 
encontrava LOTE, calmo, padrão respiratório 
torácico, ausculta pulmonar diminuída em bases 
sem ruídos adventícios, relatando dor em MSD e 
MIE e dificuldade de deambular. 
 
1. Qual o percentual da área corporal 
comprometida pela queimadura? 
63% de comprometimento. 
 
2. Este paciente pode ser considerado um 
grande queimado e com risco de vida? 
Justifique. 
Sim, pois qualquer queimadura por choque 
elétrico se torna queimadura de alto risco, 
assim como queimadura química. 
 
3. Quais as possíveis complicações deste 
paciente queimado? 
O paciente pode sofrer rejeição devido ao 
enxerto, ou infecções devido às 
queimaduras e as escaras, devendo passar 
por internação até que seu quadro esteja 
estável para retornar para casa e seu 
quadro de ausculta pulmonar reduzida. 
 
4. Que medidas poderão ser realizadas pelo 
fisioterapeuta para prevenir 
complicações? 
Aplicação de curativos durante o processo 
de cicatrização com vaselina e pomada de 
72 em 72h em ferida limpa, impedir que os 
problemas pulmonares se agravem, 
promover movimentação ativa e passiva e 
fazer com que o mesmo pratique 
deambulação, e faça mudança de decúbito 
a cada 2h pelo menos, na intenção de 
diminuir as escaras. 
 
5. Quais as condutas fisioterapêuticas 
indicadas neste caso? 
Cinesioterapia com exercício passivo, 
ultrassom e tens, para manter amplitude de 
movimento, impedir complicações, reduzir 
contraturas e manter a qualidade 
respiratória fornecendo oxigênio. 
 
 
QUESTÃO 2 (1,0 pt) 
 
A Fisioterapia Dermato Funcional 
especificamente, foi reconhecida por meio da 
Resolução 362/2009 como especialidade, logo 
esse profissional ganhou espaço na área de 
saúde por utilizar suas técnicas para preparação 
para intervenção cirúrgica (pré-operatório) e 
aceleração do processo de recuperação (pós-
operatório) com finalidade de prevenir e 
controlar complicações comuns desse 
procedimento. 
 
Descreva as fases de cicatrização tecidual, 
independente do tipo de trauma ocorrido. 
 
Fase inflamatória – É dada no momento da 
lesão, sendo caracterizada pelo início do 
processo inflamatório e a limitação das 
bordas da ferida, permitindo a saída de 
sangue munido de plaquetas, hemácias e 
fibrina, que irá atuar na coagulação 
sanguínea, formando uma barreira 
impermeabilizante, o coágulo, impedindo a 
contaminação. Leva em torno de 24 à 48h, 
 
Curso: FISIOTERAPIA Valor da avaliação: 5.0 
Disciplina-Turma: Fisioterapia Dermato Funcional 
– ECM 282/227-01 
( ) AV1 (x) AV2 ( ) AVS ( ) 2ª Ch. AVS 
Professor: Alexandre Sancho Data: 15/06/2020 
Aluno(a): Matrícula: 
OBS: A avaliação deverá ser feita de forma individual 
e enviada dentro do tempo previsto e comunicado 
via AVA. 
Rubrica do coordenador: 
Nota e data da entrega da avaliação: 
 
ECM 227 E 282-01/2020.1 Página 2 
 
seguido dos sinais flogísticos: dor, calor, 
rubor, edema e perda de função. 
 
Fase proliferativa – Caracterizada pela 
formação de tecidos de granulação, que é 
entendido por leito capilar, fibroblastos, 
colágeno, macrófagos, fibronectina e ácido 
hialurônico. 
Durante a neo-angiogênese ocorre a 
produção de novos vasos sanguíneos que 
são formados a partir de brotos endoteliais 
sólidos, que migram da periferia até a 
lesão, e sobre a malha de fibrina à lesão. 
Depois de ocorrer a lesão, as células 
normais do tecido se transformam em 
fibroblastos e são atraídas para a 
inflamação onde irão fazer mitose, e 
produzir os componentes da matriz 
extracelular. 
A fase proliferativa ocorre de 3 à 21 dias, 
desde a formação sanguínea, fibroblasto, 
macrófago e até a contração da ferida, 
onde as células epiteliais fazem alterações 
na lesão, e é através da matriz extracelular 
que substitui o coágulo dando continuidade 
ao tecido, formada de fibrina, colágeno, 
proteoglicanos, glicoproteínas, eletrólitos e 
água. 
 
Fase de maturação – Se inicia ao final da 
fase proliferativa, sendo marcada pela 
redução da ferida, de acordo com cada 
paciente, pois cada lesão tem sua 
remodelação devido a diferenciação dos 
fibroblastos. 
A fase de maturação ou remodelação dura 
de 21 à 60 ou 90 dias, que seria o balanço 
entre o novo e o antigo colágeno. 
 
QUESTÃO 3 (1,5 pt) 
 
O Brasil está classificado como o segundo no 
mundo, em número de cirurgias plásticas. O 
motivo que leva os indivíduos a passarem por 
estas mudanças estão intimamente ligadas à 
mídia que propõe um padrão de beleza. 
Segundo Netz Vieira (2012), o belo tem sido 
visto, como uma regra, que para os cidadãos é 
associado a algo bom. 
A cirurgia plástica pode proporcionar esta 
transformação, ajudando-as a se submeterem a 
esse procedimento para que melhorem sua 
autoestima e bem-estar. 
 
1. O fisioterapeuta deve atuar no pré-
operatório de cirurgias plásticas? Se sim 
qual o papel do fisioterapeuta no pré-
operatório? 
Sim. O fisioterapeuta tem como objetivo 
realizar uma avaliação minuciosa da região 
onde será feita a cirurgia plástica, observar 
assimetrias, se há presenças de estrias, 
aderências cicatriciais, analisar a qualidade 
da pele, se tem elasticidade adequada, 
fibroses decorrentes de outras cirurgias e 
demais outros. 
O fisioterapeuta também orienta quanto a 
mobilidade, posicionamento e uso correto 
da cinta modeladora. É o fisioterapeuta que 
prepara o retorno desse(a) paciente para 
seu cotidiano, e é ele que deve iniciar a 
drenagem linfática para prevenir problemas 
pós-operatórios. 
 
2. Qual as possíveis complicações no pós-
operatório de abdominoplastia? 
Acúmulo de líquido na cicatriz, cicatriz 
assimétrica ou com excesso de pele, 
hematomas no abdômen, formação de 
fibrose, infecção da ferida cirúrgica, perda 
da sensibilidade e trombose ou embolia 
pulmonar. 
 
3. Que recursos fisioterapêuticos poderão 
ser utilizados no pós-operatório e quais 
os seus objetivos? 
 
Terapia Manual: Fazendo a organização dos 
feixes de colágeno. 
 
Drenagem linfática manual: Reabsorve 
proteínas extravasadas equilibrando assim 
as pressões hidrostáticas e tissulares, 
gerando conforto para o paciente e 
reduzindo o edema. 
 
Ultrassom: Aumento do reparo tecidual, do 
fluxo sanguíneo e redução de dor. 
 
Agentes térmicos: Calor entre 40º à 45º 
para melhorar a qualidade do tecido e 
tratar fibroses e aderências. – Frio: 
Promove resfriamento do local, 
vasoconstrição e redução de dor; 
 
Corrente Galvânica: Introduzindo um 
fármaco no organismo através da pele. 
 
Endermoterapia: Aparelho de pressão 
negativa que realiza uma sucção na pele, e 
através dessa pressão, faz o descolamento 
do tecido e auxiliando no tratamento de 
fibroses. 
 
Radiofrequência: Tratamento das fibroses. 
 
Kinesio Taping: Reduzindo dor, edema, 
favorece redução de equimoses e também 
auxilia na cicatrização natural da cirurgia. 
 
QUESTÃO 4 (1,0 pt) 
 
Monte de forma simplificada um caso clínico de 
uma dermatopatia, descrevendo: sinais e 
ECM 227 E 282-01/2020.1 Página 3 
 
sintomas, patologia e abordagem 
fisioterapêutica. 
 
Paciente Carolina Novais, 36 anos, do sexo 
feminino. Deu entrada no Hospital Adão 
Pereira Nunes, em Jardim Primavera no 
mês maio de 2020 devido a uma gestação. 
Seu bebê nasceu saudável com 4,350kg, 
medindo 52cm de parto cesariana, sendo 
utilizada a sutura convencional, de três 
pontos. Um em cada extremidade, e umno 
meio. 
Carolina teve seu retorno para casa em dois 
dias como de praxe do hospital, e um a dois 
meses após a retirada das suturas, reparou 
que ainda assim, sua cicatriz não havia 
diminuído. 
Carolina relatou sentir sua cicatriz mais 
alta, endurecida e aparentava estar com 
nódulos. Ao tentar pegar sua filha no colo, 
sentia a cicatriz repuxar, o que a 
incomodava muito, seguido de dor. A 
mesma retornou ao seu obstetra, que 
diagnosticou com fibrose tecidual, a 
indicando para tratamento em uma clínica 
de fisioterapia. 
A fisioterapeuta que a atendeu montou um 
plano de tratamento com ultrassom, na 
intenção de aumentar a elasticidade 
tecidual, aumento do metabolismo, e fluxo 
sanguíneo, terapia manual, laser, liberação 
miofascial remodelando o novo colágeno e 
drenagem linfática, na intenção de reduzir 
líquidos assim que seja diminuída a rigidez 
da fibrose. 
Ao encerrar, Carolina informou para a 
fisioterapeuta que a fibrose faz parte de 
sua família. Sua mãe e tias já haviam tido 
essa dermatopatia.

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