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PERMEABILIDADE DA MEMBRANA PLASMÁTICA- Experimento da Beterraba A membrana plasmática é essencial para manter a vida das células, garantindo a separação entre o meio interno e o meio externo. Ela é responsável por várias atividades celulares, como “o bombeamento de íons inorgânicos específicos contra gradientes de concentração e percepção de sinais externos que promovem alterações moleculares dentro da célula” (MEIRELES). Singer e Nicolson, em 1972, apresentaram um modelo da estrutura da membrana plasmática denominado de mosaico fluído. De acordo com eles a estrutura da membrana plasmática é dinâmica, fluída, formada por uma bicamada de lipídios com proteínas inseridas no interior, que possui propriedade anfipática. Os fosfolipídios são os lipídeos que estão em maior quantidade na membrana, sendo uma molécula com uma região polar (cabeça) ligada a duas cadeias de ácidos graxos (caudas de hidrocarboneto). Existem quatro tipos de fosfolipídios que formam mais de 50% da bicamada lipídica. Além dos fosfolipídios, a membrana plasmática da célula animal apresenta os glicolipídeos na camada externa e os carboidratos voltados para a superfície da célula. E ainda o colesterol que fica no interior da bicamada junto dos grupos hidroxila (polares) ao lado das cabeças polares dos fosfolipídios. O colesterol é inexistente em células procarionte e vegetais, porém nessas células existem esteroides que executam funções correspondentes ás do colesterol nas células animais. Os fosfolipídios, as proteínas e o colesterol inferem a membrana plasmática propriedades imprescindíveis de fluidez e permeabilidade seletiva, que seria uma das principais atividades, na qual seleciona as substâncias que entram e saem da célula, de acordo com seu tamanho e solubilidade, pois devido a bicamada lipídica conter no seu interior caudas de hidrocarbonetos a membrana é impermeável a moléculas hidrossolúveis. Figura 1: Beterraba. FONTE: (Uol. Brasil Escola.2021) EXPERIMENTO COM BETERRABA: O Experimento com beterraba é uma proposta de aula prática para ensinar permeabilidade da membrana. MATERIAIS: Para a realização desse experimento precisará de: beterrabas cortadas em cubos de aproximadamente 1 cm², acetona (usei de cor azul), detergente (deverá ser diluído em água), álcool (usei 92,8%), água fria e quente, cinco recipientes (copos de vidro), faca, papel toalha, canetas e etiquetas para identificar. OBS: A acetona usada no experimento não é 100% pura e tem cor azulada. 1-Primeiro cortar as beterrabas em cubos pequenos, lavar bem os cubos e secá-los. 2-Identifique os copos de acordo com a substância que será colocada em cada um deles, que serão, a acetona, o detergente + água, álcool e água fria (usei água filtrada) e quente. 3-Coloque 100ml de cada substância citada, depois coloque três cubos de beterrabas em cada recipiente. 4-Após colocar os cubos no recipiente observe os primeiros 5 min, tire foto, depois aguarde em torno de 30 minutos e tire foto novamente. Passado o tempo, anote os resultados. Figura 2: Líquidos dos copos da esquerda para direita: álcool 92,8°, acetona azul, água natural, água quente e detergente diluído em água. FONTE: (CARIBÉ, 2021) Figura 3: Primeiros minutos após adicionar os cubos de beterraba. FONTE: (CARIBÉ, 2021) Figura 4: Após 5 min. de observação. FONTE: (CARIBÉ, 2021) Figura 5: Depois de 30 min. agitar os copos e observar os resultados. FONTE: (CARIBÉ, 2021) Figura 6: Resultado final do experimento. FONTE: (CARIBÉ, 2021) RESULTADO: Primeiros minutos: observei que as beterrabas do álcool e acetona descem primeiro ao fundo do copo e soltam o pigmento com mais intensidade. Enquanto a água quente e com detergente soltam menos pigmento. A água natural quase nenhuma alteração. Após 5 min: no copo da água quente as beterrabas começam a ir para o fundo. O copo com a acetona e álcool alteram a cor juntamente com os copos da água quente e com o detergente. E a água natural continua com quase nenhuma alteração. Depois dos 30 min, agitar os copos: houve alteração significativa da cor nos copos com álcool, acetona, água quente e detergente. A água natural pouquíssima mudança. COMO FICAM AS BETERRABAS SEM OS LÍQUIDOS? Depois da retirada dos líquidos observa-se diferença na textura das beterrabas. Nos copos com álcool e acetona a membrana da beterraba se contraiu, resultado da desidratação, a acetona mais que o álcool. Os outros copos com a água natural, quente e com detergente os cubos da beterraba ficaram inchadas, um pouco menos o com detergente. Depois de um tempo fora da água as beterrabas soltam água, o que mais solta é a com água e detergente, enquanto o álcool e acetona não tinham mais tanta água para liberar. Figura 7: Beterrabas sem o líquido. FONTE: (CARIBÉ, 2021) Figura 1: Beterrabas fora do copo em um papel depois de alguns minutos. FONTE: (CARIBÉ, 2021) O QUE PODEMOS OBSERVAR? O experimento tem como objetivo principal observar a permeabilidade das membranas. Os pigmentos da beterraba, chamados de BETACIANINA, que ficam no interior dos plastos em cada célula, saem da organela e atrevessem a membrana dando cor a substancia colocada no copo. De todas as substâncias testadas, a que apresenta baixo desempenho é a água natural, que é capaz de fluir pela membrana, mas não altera sua permeabilidade. Assim, a água ficará pouco corada comparada aos outros solventes. O álcool e a acetona conseguem influenciar a permeabilidade, por ter caráter anfipático, ou seja, interage com a porção da membrana que é polar e apolar, mas o que predomina é a polar, que faz com que exista alteração na membrana da célula que afasta os lipídeos. Assim, ocorre um desprendimento expressivo desse pigmento para o meio externo, por isso retiram uma maior quantidade de pigmentos quando comparados à água. Por fim, temos o detergente, que libera grande quantidade de pigmentos, por ser anfipática (parte polar e apolar, por isso maior interação com a membrana). Essa substância possui a capacidade de alterar a membrana e, além disso, consegue dissolver o pigmento. Sendo assim, teremos uma solução bastante corada pelo pigmento presente na beterraba. A Água quente o que influencia é a temperatura para que altera o grau de fluidez da bicamada lipídica tornando mais permeável, ocorrendo desprendimento da Betacianina para o meio externo. REFERÊNCIAS: GONÇALVES, Thiago Maretti. Permeabilidade da membrana plasmática celular da beterraba: uma proposta de aula prática no ensino médio. Research, Society and Development, v. 10, n. 3. Universidade de São Carlos, Brasil. 2021. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.33448/rsd- v10i3.13479>. Acesso em: 27 jul. 2021. SANTOS, Vanessa. Proposta de aula para ensinar permeabilidade da membrana. Uol. Brasil Escola. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias- ensino/proposta-aula-para-ensinar-permeabilidade-membrana.htm<. Acesso em: 27 jul. 2021.
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