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OBRIGAÇÃO - CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS ELEMENTOS

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NOÇÕES PRELIMINARES 
A relação obrigacional poderá abranger um único objeto ou uma 
pluralidade deles. A mais singela das classificações quanto à presença 
dos elementos obrigacionais concerne às obrigações simples. São assim 
nomeadas, pois ostentam apenas um credor, um devedor e uma 
prestação. 
A categoria das obrigações plurais ou compostas (coletivas ou múltiplas) 
é objetivamente formada pelas obrigações: 
1. Obrigações alternativas 
2. Obrigações facultativas 
3. Obrigações cumulativas 
4. Obrigações fracionárias (conjuntas) 
5. Obrigações divisíveis e indivisíveis 
6. Obrigações solidárias 
A particularidade das obrigações alternativas reside no fato de que, 
apesar da pluralidade de prestações possíveis e distintas, estas se 
excluem no pressuposto de que apenas uma delas deverá ser satisfeita 
“São duas prestações distintas, independentes, das quais uma tem de ser 
cumprida, ficando a escolha ao arbítrio do devedor” (clovis Beviláqua). 
OBS: não pode ser imposto ao credor receber parte de uma prestação e 
outra parte de uma outra prestação, fragmentando o adimplemento 
obrigacional. (Vedação do § 1' do art. 252 do cc/02) 
 
 
OBSERVAÇÕES 
Assim o credor não pode receber a prestação de forma fragmentada, o 
que atentaria contra o princípio da identidade física e material das 
prestações na obrigação alternativa. (arts. 313 e 314 do Código Civil); 
> A obrigação alternativa quando são exteriorizadas duas prestações, 
sendo, contudo, uma delas posta em caráter subsidiário. 
> As obrigações alternativas se encontram no mesmo grau, inexistindo 
hierarquia em abstrato entre uma e outra prestação. 
> As obrigações alternativas não se aproximam ao modelo da dação em 
pagamento. 
> A obrigação alternativa possui como fonte a autonomia negocial. Ela 
se constitui por efeito imediato da vontade das partes, ao declararem a 
possibilidade do pagamento por vias autônomas, porém equivalentes, 
sem a incidência de subordinação entre as prestações; 
OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA DE EXECUÇÃO CONTINUADA 
Caso a obrigação alternativa deva ser satisfeita de forma periódica (de 
mês em mês, ano em ano, ou seja, obrigação de execução continuada 
ou de trato sucessivo, a cada período o titular do direito à opção - seja 
ele o credor ou o devedor - poderá exercer o jus variandi, realizando uma 
escolha distinta. 
Gustavo Tepedino nomeia esse fenômeno de "balanceamento da 
concentração nas prestações periódicas". 
DELEGAR OPÇÃO DA PRESTAÇÃO 
Credor e devedor poderão delegar a opção da prestação à outra 
pessoa, que atuará como uma espécie de representante ou mandatário 
das partes. 
Caso o terceiro negue-se a escolher, ou não lhe seja possível tal tarefa 
(v.s. morte, recusa em optar), a impossibilidade não acarretará a 
nulidade da obrigação. 
 As partes alcançarão a escolha pela via consensual ou ao juízo arbitral 
se houver cláusula compromissória, caso contrário, a concentração 
ficará a cargo do magistrado, que velará pela manutenção do equilíbrio 
negociai (art. 252, .§ 4', do CC 
 
OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA DIREITO SUCESSÓRIO 
Preceitua o art. 1.932 do Código Civil que "No legado alternativo, 
presume-se deixada ao herdeiro a opção". 
 Exemplificando: surgirá o legado alternativo quando o testador dispuser 
que recairá sobre um ou outro objeto a ser escolhido após a abertura da 
sucessão. 
 Poderá o disponente arbitrar que o legado recairá sobre uma obra de 
arte ou um determinado bem imóvel, deixando-se a escolha ao herdeiro 
onerado quando silente o testador. 
 
OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS 
Consiste a obrigação facultativa na possibilidade conferida ao devedor 
de substituir o objeto inicialmente prestado por outro, de caráter 
subsidiário, mas já especificado na relação obrigacional. Ao devedor é 
oportunizada a faculdade de, no momento do pagamento, substituir a 
prestação por outra, previamente consignada no contrato. 
A obrigação substitutiva não poderá jamais ser exigida ou reclamada 
pelo credor. 
OBS1: O DEVEDOR NÃO DEVE A OUTRA COISA, A QUAL NÃO PODE SER 
PEDIDA PELO CREDOR. CABERÁ AO DEVEDOR O DIREITO DE PAGAR COISA 
DIVERSA DA EFETIVAMENTE REPRESENTATIVA DO OBJETO DA DÍVIDA. 
OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS OU CONJUNTIVAS. 
 O devedor apenas se exonerará quando prestar as duas ou mais 
prestações de forma conjunta, pois, enquanto uma delas não tiver sido 
adimplida, poderá o credor exigi-las na totalidade do devedor, sendo- 
lhe lícita a recusa da oferta parcial. 
O descumprimento de uma das prestações significa o inadimplemento 
total. 
OBRIGAÇÕES FRACIONARIAS (CONJUNTAS) 
 No concurso de credores ou devedores a obrigação fraciona-se. Todos 
os partícipes da relação jurídica repartem necessariamente os bônus e 
os ônus da obrigação. Do Código Civil de 2002 extraímos exemplos de 
incidência das obrigações conjuntas: 
(a) art. 1.317- quando todos os condôminos contraem dívidas, sem se 
discriminar a parte de cada um, nem se estipular solidariedade; 
b) art. 1.380- quando a servidão pertencer a mais de um prédio, os donos 
ratearão as despesas; 
(c) art. 1.934 - se o testamento não determinar o cumprimento do legado 
aos herdeiros, incumbirá essa atividade aos legatários, na proporção do 
que herdaram. 
OBRIGAÇÕES DIVISIVEIS 
 As partes se satisfazem pelo concurso, conservando-se independentes 
as obrigações de cada uma. Haverá o rateio entre credores e devedores 
daquilo que será adimplido ou recebido. A obrigação será composta ou 
múltipla. 
Sendo divisíveis, as obrigações: se fracionam em tantas partes quantos 
forem os credores e devedores, conservando-se independentes, como 
um feixe de relações justapostas, iguais e distintas, cada credor com 
direito a uma fração e cada devedor também respondendo pela sua 
fração. 
Portanto, havendo obrigação divisível com pluralidade de devedores, 
com o adimplemento realizado em partes, divide-se em tantas 
obrigações iguais e distintas quantos forem os devedores. 
OBRIGAÇÕES INDIVISIVEIS 
Nos termos do art. 258 do Código Civil: "A obrigação é indivisível quando 
a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de 
divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a 
razão determinante do negócio jurídico.“ 
Os arts. 259 e 260 do Código Civil cuidam da forma de pagamento nas 
obrigações indivisíveis COM PLURALIDADE DE CREDORES OU DEVEDORES: 
 Assim, o devedor obriga-se pela dívida toda, ele não poderá solver 
pro parte, pois ante a impossibilidade de fracionamento a prestação 
é exigível por inteiro por qualquer credor. O devedor que pagar ficará 
sub-rogado em todos os direitos do credor, assumindo a sua posição 
jurídica originária em relação aos demais coobrigados. 
 
OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL COM PLURALIDADE DE CREDORES 
O credor que agiu com celeridade e recebeu o pagamento integral na 
prestação indivisível será premiado ao ficar com o bem, porém 
reembolsará os demais (art. 261 do CC), pois recebeu o que lhe pertencia 
e também aquilo que competia aos outros credores. 
 
REMISSÃO DO DÉBITO 
(ART.262 CC/02) "o objeto da obrigação é dar um cavalo a três credores, 
sendo que um deles remite a dívida. os outros dois exigem pagamento 
que só poderá ser leito mediante a entrega, pelo devedor, do cavalo 
devido. Assim, se o animal vale R$ 30.000,00, a quota do credor remitente 
é de R$ 10.000,00. 
Os outros dois somente poderão exigir a entrega daquele se pagarem R$ 
10.000,00 ao devedor. Pois, se não o fizerem, locupletar-se-ão com o 
alheio. A parte do credor que perdoou a dívida deve, portanto, ser 
oportunamente descontada". 
PERDA DO OBJETO NAS OBRIGAÇÕES INDIVISÍVEIS 
Acarreta a sua extinção, em lace da conversão da prestação originária 
no equivalente pecuniário das perdas e danos (obrigação divisível - art. 
263 do CC), ficando cada devedor responsabilizado tão somente por sua 
cota. 
Porém, provando-se a culpa de um ou todos os devedores resulta em 
perdase danos. Sendo todos os devedores culpados: será o valor 
fracionado entre todos, em partes iguais, pro rata. Se a culpa for 
debitada a apenas um dos devedores, apenas ele arcará com a pena 
privada, exonerando-se os demais das perdas e danos, respondendo 
apenas pelo pagamento de suas cotas na fórmula geral do art. 234 do 
Código Civil. 
 Nesse sentido, aponta o Enunciado 540 do Conselho de justiça Federal: 
"Havendo perecimento do objeto da prestação indivisível por culpa de 
apenas um dos devedores, todos respondem, de maneira divisível, pelo 
equivalente e só o culpado, pelas perdas e danos." 
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS 
A partir da dicção do art. 264 do Código Civil: 
"Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um 
credor. ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à 
dívida toda.“ 
 A, B e C são devedores solidários da quantia de R$ 90,00, na verdade o 
débito de cada um se resume a R$ 30,00, mas a responsabilidade se 
expande, ao ponto de cada um vincular o seu patrimônio pelos R$ 90,00.

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