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Farmacologia Respiratória Mariana Tiemi Okamoto Kamei tiemikamei@gmail.com TXVI Prof. Adilson Marques da Silva Respiração é um ato involuntário do organismo no qual a regulação é feita por descargas rítmicas espontâneas da região do bulbo. Fatores químicos: PCO2 sanguíneo → quimiorreceptores medulares PO2 sanguíneo → quimiorreceptores no glomo aórtico Regulação autonômica: Regulação da musculatura dos vasos sanguíneos e glândulas das vias aéreas. Simpático: vasoconstrição e inibição da secreção brônquica Estimulação dos beta-adrenorreceptores provoca relaxamento da musculatura lisa Parassimpático: constrição brônquica e secreção de muco. Nervo frênico → responsável pela respiração. Aminofilina Aminofilina → estimulação direta sobre as vias aéreas, mas também possuem ação estimulante central. Usos → asma Efeito indesejado → estimulação do SNC / Tremores Faz parte das metilxantinas e apresenta efeito broncodilatador. Depressores respiratórios Depressores respiratórios → Geralmente todas as drogas que causam depressão do SNC causam em maior ou menor grau depressão respiratória. Ex: Analgésicos narcóticos Barbitúricos Antagonistas do receptor H1 da histamina Benzodiazepínicos Etanol Enfisema - perda do tecido elástico. É o único que é diferente. As outras doenças compartilham do mesmo mecanismo. Asma Afecções das vias aéreas inferiores caracterizada por aumento da responsividade brônquica a vários estímulos e manifesta através da obstrução das vias aéreas com alteração espontânea ou terapêutica. Fatores desencadeantes da asma Infecções: Virais Sinusite bacteriana Alérgenos: Pólen Produtos de origem animal Fungos Poeira Agentes irritantes: Gases nocivos Odores Fumaça de cigarro Farmacológicos: Aspirina mailto:tiemikamei@gmail.com Psicossociais: Emoções Outros: Frio Hiperventilação (choro, riso) Exercício Modelo de asma alérgica IgE→mastócitos e monócitos→ fase imediata via aferente vagal (parassimpático) e como resposta temos uma broncoconstrição imediata. Terapia farmacológica da asma Terapias Beta adrenérgicos Prevenindo e revertendo sintomas Teofilina Prevenindo e revertendo sintomas Cromoglicato inalatório Prevenindo sintomas Modificadores de leucotrienos Prevenindo sintomas Corticosteróides inalatórios Prevenindo sintomas Corticosteroides sistêmicos Prevenindo e revertendo sintomas Anticolinérgicos Prevenindo e revertendo sintomas Controles ambientais Prevenindo sintomas Imunoterapia da alergia Prevenindo sintomas Farmacocinética e uso clínico dos beta-adrenérgicos: Fenoterol, salbutamol e terbutalina: provocam alívio imediato dos sintomas (1-3 min) utilizando-se por via inalatória (pico de ação: 1-2 hrs e duração: 3-6 hrs) Salmeterol e formoterol: agonistas de longa duração (início de ação 15 min e 1-2 min respectivamente, e meia vida de aprox 12 horas) Uso indicado (3 a 4 vezes/dia). Uso prolongado pode agravar a hiper reatividade brônquica e o abuso pode se relacionar com aumento do risco de morte por asma. Efeitos colaterais dos beta-adrenérgicos Tremores de extremidade, taquicardia, agitação e ansiedade. Doses elevadas podem ocasionar necrose miocárdica, aumento de ácidos graxos livres no plasma, hiperglicemia, hipocalemia, arritmia e parada cardiorrespiratória. Farmacocinética e uso clínico dos anticolinérgicos: Brometo de ipratrópio: efeito broncodilatador mais lento que os resorcinóis (15) e meia-vida de aproximadamente 8 horas. (via inalatória). É recomendado como broncodilatador adicional para idosos e lactantes ou para pacientes com DPOC, nos quais o tônus vagal é um componente reversível importante Efeitos colaterais dos anticolinérgicos É uma droga segura e bem tolerada, não ocorrendo os eventuais sintomas de boca seca, visão turva, constipação e retenção urinária (possui má absorção gastrointestinal). catecolaminas = adrenalinas Não se sabe ao certo o mecanismo de ação, mas acredita-se que é um somatório dessas funções. Farmacocinética e uso clínico da teofilina: Ação em vias parenteral, oral e retal (são irritantes das vias respiratórias). Teofilina é bem absorvida pelo trato gastrointestinal e sofre metabolismo hepático. Fatores que aumentam a concentração plasmática da teofilina: idade avançada, infecções virais agudas, insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, uso de drogas como eritromicina, alopurinol, cetoconazol e cimetidina. Dose recomendada de teofilina plasmáticas: 5-10mg/litro Ação sistêmica, não local. Um fármaco pode aumentar a ação de outro ou impedindo a eliminação ou facilitando a sua ligação. cimetidina→ possui interação muito forte com outros medicamentos. Inibe as enzimas do metabolismo Efeitos colaterais da Teofilina: Distúrbios gastrointestinais (anorexia, náuseas e vômitos), cefaléia, agitação e tremor. Metilxantinas agem como estimulante do SNC. É um tipo de anti-inflamatório. Não é uma droga da crise asmática. Quando é leve mas persistente, se faz necessário ter um tratamento com um anti inflamatório contínuo. Mastócitos produzem histaminas, então ele inibe. Não é um papel anti-histamínico, porque ele bloqueia a liberação e não a ação. Uso profilático A síntese e o mecanismo dos leucotrienos. Lesa a membrana → libera enzimas → fosfolipase A2 → AC aracdonico→ cox 1 , cox 2 e → leucotrieno (mediador inflamatório) de extrema importância na asma. O leucotrieno é um mediador inflamatório como as prostaglandinas que produz edema, exsudato, movimento ciliar reduzido e aumento da secreção de muco. As células caliciformes começam a hipersecreção do muco. Fatores que levam à asma. É independente do parassimpático, sendo um outro mecanismo acessório. é muito melhor bloquear os leucotrienos do que usar um anti-histamínico, porque a ação é muito melhor. Mecanismos de ação dos antileucotrienos Leucotrienos (C4, D4, E4): Mediadores inflamatórios que provocam aumento da permeabilidade vascular, quimiotaxia (eosinófilos), hipersecreção de muco e broncodilatação (100x mais potente que a histamina). Leucotrienos B4: Principalmente indução de neutrófilos As drogas (antagonistas dos receptores de LT cisteínicos) agem diminuindo as reações broncoconstritoras imediata e tardia. O Zileuton, inibidor da 5-lipoxigenase, inibe diretamente a produção, resultando supressão das ações do LTB4. Zileuton inibe a síntese Farmacocinética e uso dos antileucotrienos Disponíveis no Brasil (via oral): Zafirlukast (meia vida de 10 horas em doses de 20 mg a cada 12 horas) e Montelukast (meia vida de 5 horas em dose única de 10mg) Ambos metabolismos e se ingerido junto com refeição apresenta redução de 40% em sua biodisponibilidade Efeito broncodilatador inicial (horas) e antiinflamatório (semanas) Indicados como opção em monoterapia de asma leve para asma moderada ou grave sugere-se associação com beta-adrenérgicos. Efeitos colaterais: Algumas alterações nas provas de função hepática São medicamentos novos (15 anos), mas ainda são caros. Zafirlukast → inibe os receptores. Anti-inflamatórios no tratamento da asma: Corticosteróides Sistêmicos: Hidrocortisona e metilpredinisona (crise aguda da asma), por terem pico de ação rápida. Nas exacerbações de asma, usar corticosteróide oral (prednisona ou prednisolona) Suspensão abrupta de prednisona apenas quando utilizada por períodos curtos (inferior a 2 semanas)** Inalatórios: Via preferencial (aerossol em nebulímetros dosificados ou em pó seco) Dipropionato de beclometasona é o mais favorável para uso por via inalatória para o controle da asma: possui baixa hidrossolubilidade e lentas taxas de dissolução e absorção. Outras drogas utilizadas: flunisolida, budesonida, triancinolona, fluticasona.
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