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COMPLEMENTO DO DESIGN DE INTERIORES
Unidade II
3 A FORMA E A FUNCIONALIDADE DO ESPAÇO 
3.1 O espaço 
Esta unidade pretende que saibamos as etapas e o conteúdo de um projeto. Vamos agora 
conhecer os elementos que dão forma ao Design de Interiores, em busca de compreendermos 
os aspectos mais importantes da criação e da elaboração de espaços, em relação à composição 
estética e funcional dos ambientes. 
Portanto, vamos começar definindo o espaço e suas características formais e construtivas, pois é 
nele que atuamos com o objetivo de oferecer uma experiência agradável e prática aos seus usuários.
O espaço é um ingrediente primordial na palheta do projetista e o elemento 
puro da arquitetura de interiores. Pelo volume espacial, não somente nos 
movemos, mas também vemos formas, ouvimos sons, sentimos agradáveis 
brisas e o calor do sol e sentimos as fragrâncias das flores que desabrocham. 
O espaço herda as características sensuais e estéticas dos elementos no seu 
entorno (CHING; BINGGELI, 2013, p. 2).
O espaço vazio é um palco à espera de um cenário e de seus atores, no entanto possui caraterísticas 
próprias que diferenciam um do outro e os tornam únicos, pois sobre eles incidem elementos que 
influenciam diretamente a maneira com que percebemos, sentimos ou usamos o entorno, os meios, 
os elementos da arquitetura, da estrutura, do material, do clima, o som, a luz, a organização. De certa 
forma, podemos pensar que nos apresenta não uma, mas algumas vocações e potencialidades de uso. 
O espaço não é uma matéria concreta como a pedra ou a madeira. É um 
vapor inerentemente difuso e sem forma. O espaço universal não tem 
definição. Uma vez que um elemento é colocado em seu campo, contudo, 
é estabelecida uma relação visual. À medida que outros elementos 
são introduzidos no campo, múltiplas relações se estabelecem entre o 
espaço e os elementos, bem como entre os próprios elementos. O espaço 
é então formado pela nossa percepção de tais relacionamentos (CHING; 
BINGGELI, 2013, p. 2).
A intervenção do designer transforma o espaço construído e constituído pelo pensamento arquitetônico, 
o que envolve, na maior parte das vezes, não a alteração formal da construção propriamente dita, mas a 
sua transformação visual, na organização visual e espacial dos elementos que ocupam, preenchem e com 
o qual estabelecem relações com o intuito de estimular a percepção do usuário. 
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Unidade II
Devemos então estabelecer condições para “tais relacionamentos” entre o espaço e seu 
usuário e, para tanto, precisamos saber perceber e estabelecer relações antes mesmo que ele seja 
concebido graficamente. 
É de suma importância a capacidade de antecipar, imaginar, para que se possa realizar um projeto de 
qualidade, para que se possam propor os “tais relacionamentos” de forma criativa, mas compreendendo 
também os fatores que por vezes qualificam e condicionam o uso do espaço.
Os atributos dos arranjos espaciais e de seus elementos estabelecem uma qualificação de suas 
funcionalidades e, portanto, devemos explorar seus limites de maneira criativa, mas acima de tudo 
responsável em relação às soluções técnicas e estéticas. 
Figura 24 – O espaço interno 
Ching e Binggeli (2013) qualificam o espaço a partir dos elementos geométricos que compõem sua 
arquitetura. O ponto, a linha, o plano e o volume criam diferentes relações espaciais, e assim estabelecem 
diferentes modos de organização visual. O espaço do projeto de interiores é envolto por tais elementos 
concretizados por pilares, vigas, paredes, pisos, coberturas e outros sistemas construtivos. Também 
apresentam outras características, como texturas e materiais, aberturas e fechamentos que diferenciam 
seu entendimento.
São eles que dão forma à construção e delimitam o interior e o exterior, formando uma casca, uma 
proteção que nos serve de abrigo, seja no aconchego de uma residência ou em atividades em um local 
de trabalho. 
Se o planejamento ou modificação de uma construção está a cargo da arquitetura, o espaço interno 
é o objeto de ação do designer, e então é importante percebermos os diferentes modos de percebê‑los. 
As diferentes formas que o edifício assume alteram também sua ocupação e, por conseguinte, sua 
utilização, pois seu uso deve ser planejado a partir delas. Uma construção de linhas retas pode ser 
pensada de uma maneira que não se adapte a outra construção de linhas curvas. Uma construção com 
pequenas aberturas também se diferencia de outra com grandes aberturas, pois elas limitam ou não a 
entrada da luz em seu interior. Não se pode pensar apenas em ocupar o espaço, mas em qualificá‑lo, 
funcional e esteticamente.
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COMPLEMENTO DO DESIGN DE INTERIORES
Divisórias
Mobiliário
Tetos
Figura 25 – O espaço interno 
Como vemos na figura anterior, embora a arquitetura seja determinante do que Ching e Binggeli 
(2013) chamam de “forma básica”, a organização do ambiente interno se dá a partir do uso de diferentes 
materiais e objetos, como paredes divisórias e forros no teto, que dividem ou integram, criam lugares, 
fecham e delimitam a passagem, o uso de revestimentos que lhe dão textura e cor e o mobiliário que 
preenche o espaço, configurando estilo e função. A iluminação também é importante, pois pode tornar 
o espaço mais aconchegante ou estimulante.
A qualidade do espaço é delineada pela maneira como ele é usado e seu uso é facilitado pela forma 
como o planejamos e organizamos. Por isso, antes de qualquer planejamento, é importante fazer 
um diagnóstico do espaço/ambiente para uma avaliação em relação ao seu potencial de ocupação. 
Portanto, deve‑se observá‑lo a partir de suas características técnicas, estéticas e formais. Ou seja, 
considerando suas dimensões, condições de luminosidade artificial e natural, ventilação, ruído, 
conforto térmico, fluxos e deslocamentos, circulação, materiais e acessibilidade. Todo o levantamento 
deve ser documentado e organizado para que as informações possam ser consultadas em outras 
etapas do projeto. Além das anotações, é importante também fotografar o ambiente, seus detalhes e 
suas características visuais para complementar a documentação e permitir uma análise posterior em 
relação às suas transformações.
A relação do espaço e sua função é o que delimita e impulsiona todas as decisões para 
sua qualidade de uso e, portanto, é importante entendermos e avaliarmos as possibilidades 
impossibilidades. O planejamento dos ambientes e seus elementos formadores estão relacionados a 
essas qualidades que o constituem, assim é obrigatória ao designer a capacidade de entender suas 
características e atender seus desígnios. O desenvolvimento de um projeto de interiores deve ser 
resultado da combinação do espaço e da função a que se destina. Se uma das duas coisas muda, a 
outra muda também, pois estão relacionadas.
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Unidade II
De certa maneira, uma das crises conceituais da arquitetura e do design é o binômio forma‑função: 
quem segue quem? A forma segue a função ou a função segue a forma?
O arquiteto João Rodolfo Stroeter discorre sobre tais conceitos, afirmando que “a forma segue a 
função ao delimitar uma área dentro da qual as coisas (objetos ou edifícios) podem ganhar formatos” 
(1986, p. 47).
Assim, imaginamos o projeto de interiores como uma análise e uma intervenção que é 
balizada pela forma dos edifícios que delineiam seus espaços de uso e, portanto, dá a eles novas 
funcionalidades sem alterar na maior parte das vezes a forma da construção, e sim a forma como 
é ocupado, mudando o formatodos ambientes a partir de uma composição de elementos que 
influenciam seu uso e sua percepção. 
A primeira coisa que temos que entender é que as transformações visuais podem alterar o 
desenvolvimento das atividades dentro de um espaço. Assim, podemos considerar, por exemplo, que 
uma construção residencial muitas vezes é facilmente transformada em um ambiente comercial apenas 
com a intervenção nos elementos internos e em sua organização, ou seja, no formato; mas em outras, 
a construção não está adequada a outro tipo de uso sem alteração dos elementos arquitetônicos que 
as caracterizam por ter sido planejada para outras atividades, então é preciso ter sensibilidade e um 
vasto repertório de soluções que possibilitem avaliar e entender o que é preciso ser feito para se ter um 
planejamento eficiente.
Consideremos que é necessário caracterizar e classificar os diferentes espaços/ambientes levando 
em consideração sua forma e seu uso. Assim, caracterizamos aqui duas funções básicas que determinam 
as construções em relação à sua funcionalidade. A primeira delas é o uso residencial; e a outra, o uso 
comercial. Existem ainda outras classificações possíveis, como uso em atividades de lazer, esportivas 
entre outras. No entanto, vamos nos concentrar em compreender inicialmente essas duas funções 
primordiais, que determinam os espaços onde as pessoas trabalham, que compreendem usos coletivos e 
também onde vivem suas vidas privadas, seu espaço de descanso e lazer familiar.
Posteriormente, vamos conversar sobre as classificações internas das edificações residenciais, seus 
ambientes e diferentes usos e consequentemente diferentes formas de ocupação. 
3.1.1 O espaço habitável 
Descobri uma grande verdade – disse ali –, a de saber que os homens habitam 
e que o sentido das coisas varia para eles segundo o sentido das suas casas 
(SAINT‑EXUPÉRY, 1982, p. 29).
A forma de morar, habitar foi diferente a cada período histórico e social da humanidade. A casa 
nasce da necessidade de se abrigar e se proteger – do clima, do Sol, da chuva e dos animais selvagens. 
Os primeiros abrigos foram as cavernas e, com o passar do tempo, o homem começou a construir seus 
próprios abrigos. Assim, surgiram as cabanas, ainda em um formato temporário, servindo de abrigo. No 
entanto, a liberdade de construí‑las onde quisesse, podendo escolher o lugar e a forma que mais lhe 
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conviesse, permitiu que ele se fixasse, e o que era um abrigo temporário se tornou permanente. Assim, 
mudaram também as organizações sociais dentro de cada grupo ou tribo. O abrigo passou a ser moradia 
e cumprir outras funções e suprir outras necessidades. Ele servia não só para abrigar pessoas, mas 
também para guardar suas coisas.
Assim começa a história da humanidade e dos lugares e das casas. Com o tempo, ampliaram‑se 
os conhecimentos e as capacidades técnicas e tecnológicas de atender às demandas das diferentes 
organizações sociais e das necessidades individuais ou de pequenos grupos familiares. 
Tais necessidades deram à construção das casas não apenas novas funções, mas ainda novas formas 
arquitetônicas e novas composições espaciais.
A casa não é apenas uma habitação. Enquanto esta tem um sentido mais geral, como entendimento 
do lugar que nos serve de abrigo e residência, a casa compreende também um sentimento afetivo por 
esse lugar. Não é meramente um espaço, mas um conjunto que ultrapassa a construção e o espaço e 
abarca as pessoas, seus moradores e suas coisas, seus objetos.
Se no início a casa apresentava em sua maioria um único ambiente, com o passar do tempo outros 
cômodos foram sendo formados, para separar as atividades sociais e familiares e as áreas íntimas 
– os quartos, dormitórios. Outras áreas foram se dividindo, como a cozinha e a área de serviço. As 
configurações foram acompanhando e incorporando as transformações das famílias, de suas relações, 
suas atividades, mas também suas relações sociais, entre os vizinhos, as visitas. 
Antigamente as famílias eram grandes, compostas por muitos filhos, irmãos, primos, avós, todos 
dividindo uma mesma casa. Depois, foram diminuindo e a casa passava a abrigar pai, mãe e poucos 
filhos. Aqueles que não constituíam família foram morar sozinhos. 
Desde o surgimento da sociedade industrial, foram muitas essas transformações, pois a estrutura 
social, de trabalho e lazer trouxe acima de tudo novas obrigações, novos afazeres e, por conseguinte, 
novos costumes. 
A casa contemporânea tem variados formatos e organizações. Vamos das grandes casas aos lofts, 
que por praticidade ou por falta de espaço voltaram a resumir todos os seus cômodos em apenas um.
De certa forma, os objetos, o mobiliário e os equipamentos foram também sendo mudados e, assim, 
a casa não só nos indica a mudança da forma e da função da construção arquitetônica, mas também foi 
ganhando novas maneiras de se organizar internamente, ser ocupada, organizada.
O Design de Interiores é responsável por esse arranjo do espaço interno e precisou e continua 
precisando entender, além das demandas tradicionais, também as novas, que surgem de acordo com as 
transformações do comportamento humano e dos valores familiares, quando pensamos na organização 
de uma residência. Essa organização, personalizada, considera suas individualidades, mas também sua 
relação com outros indivíduos em seu espaço de intimidade.
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3.1.2 O espaço de trabalho
Também precisamos considerar outros espaços que foram sendo reconfigurados, acompanhando 
as mudanças sociais. Os lugares de trabalho são ambientes que devem ser planejados e organizados 
para atividades que são o inverso da intimidade, lugares de relações coletivas e de atividades 
funcionais e objetivas. 
O trabalho também mudou ao longo da história, e se inicialmente era executado nos espaços 
externos – com atividades ligadas à caça, à agricultura e à criação de animais –, com o passar 
do tempo, novos espaços passaram também a ser requeridos por causa das novas atividades. 
O comércio, a princípio itinerante, com o surgimento das cidades, também se fixou e o espaço 
interno dos edifícios passou a abrigar, além da sua atividade, algumas outras, como os escritórios 
de contabilidade e administração, os consultórios médicos, as oficinas e os serviços de forma 
geral, e ainda as atividades industriais; cada uma dessas atividades com as próprias necessidades 
espaciais características.
A necessidade de uma organização deste espaço interno, de forma a adequá‑lo a tais atividades, 
passou a ser de grande importância, assim como a própria configuração formal do edifício.
Diferentemente da residência, em que os valores emocionais ligados à intimidade devem ser 
trabalhados, os ambientes de trabalho precisam ser racionalizados para garantir a produtividade, 
mas para isso também precisam ser estimulantes. O planejamento objetivo de sua organização 
deve estar de acordo com as tarefas a serem executadas e permitir que sejam cumpridas com 
precisão, mas de forma confortável; portanto, precisa ser estudado de acordo com necessidades 
mais específicas. 
Por exemplo, se pensarmos em um consultório médico e em um escritório de advocacia, chegamos 
à conclusão de que a configuração do espaço em si não é muito distinta. Apresenta em geral um 
programa de necessidades composto por uma recepção, sala de espera, salas de atendimento, banheiro, 
copa/cozinha para a hora do almoço ou café e, por vezes, sala de reunião e um ambiente como um 
vestiário ou sala de descanso para os funcionários. 
O que muda são as atividades que se desenvolvem neles, que alteram a configuração dos 
objetos, do mobiliário e da decoração. Se no primeiro as salas de atendimento precisam de uma 
mesa e de algumas cadeiras,o segundo, além disso, ainda pode precisar de outros equipamentos, 
como macas ou cadeiras específicas para exames. Os consultórios médicos precisam mais do que 
os escritórios transmitir uma ideia de higiene e limpeza e, portanto, geralmente tendem a receber 
cores claras e tons pastel.
Mas é preciso entender que diferentes atividades geralmente necessitam de soluções diversas e 
variadas que atendam às suas necessidades e ao uso de diferentes indivíduos. 
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3.2 Usuários do espaço
O Projeto de Interiores, como visto, tem no espaço seu objeto de intervenção, mas não se pode 
esquecer dos motivos que nos levam a planejar um ambiente: as pessoas, os indivíduos que nele atuam e 
suas necessidades individuais e coletivas. E então, o espaço deve ser pensado e adequado a determinados 
tipos de uso indispensáveis ao desenvolvimento das atividades humanas: trabalhar, descansar, socializar, 
circular, divertir‑se. Portanto, além da sensibilidade de perceber o espaço a ser trabalhado e as ações que 
ele abriga, também é essencial conhecer e perceber seu usuário. 
Vimos que o espaço, seja de trabalho ou de habitação, foi se transformando ao longo do 
desenvolvimento humano e percebemos ainda que o objetivo de tais mudanças foram as transformações 
das pessoas, da sua organização coletiva, social, econômica, mas também seus costumes e sua forma de 
se relacionar com o mundo e com as coisas.
É preciso entender quais são os diversos fatores que envolvem esses indivíduos nas diferentes épocas 
para entendermos melhor suas necessidades. Destacamos aqui os culturais, psicológicos, estéticos, 
comportamentais, mas ainda há outros, pois cada indivíduo, embora participante de um organismo 
coletivo, tem suas próprias características e então possui, além das necessidades comuns, algumas 
outras que são diferentes. Saber que necessidades são essas, saber sobre as atividades que exercem e de 
que maneira o fazem, é importante para garantir suas ações no espaço.
Para tanto, o designer precisa assumir inicialmente uma postura de observador atento aos 
comportamentos sociais dos indivíduos. O ser humano assume características próprias, como indivíduo, 
mas também possui comportamentos que são influenciados pela cultura dominante do período histórico 
e social em que está inserido.
Podemos então afirmar que todos os aspectos de organização – visual e funcional – de um 
ambiente devem ser ergonomicamente compatíveis e dimensionados para o seu uso, e para isso é 
preciso conhecer os padrões e proporções que garantem a dinâmica espacial e a relação do espaço 
com o usuário de forma confortável e dinâmica. 
Há uma diferença entre as dimensões estruturais dos nossos corpos e 
aquelas exigências dimensionais resultantes do modo como nos esticamos 
para alcançar uma coisa sobre uma prateleira, nos sentamos a uma mesa, 
descemos um lance de escadas ou interagimos com outras pessoas. Essas 
são dimensões funcionais que variam de acordo com a natureza da atividade 
que está sendo executada e a situação social (CHING; BINGGELI, 2013, p. 49).
É preciso considerar os padrões humanos e suas medidas e proporções médias, mas também 
considerar suas características individuais. Os padrões e normas nos apresentam as medidas 
típicas, baseadas no ser humano. No entanto, podem ser modificadas de acordo com necessidades 
específicas do usuário, apresentando variações para as normas vigentes. 
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Dimensões estruturais Dimensões funcionais
Figura 26 – Dimensões humanas
Os indivíduos se diferenciam em termos psicológicos, mas também variam de tamanho, altura, idade, 
e assim devem ser ponderadas tais diferenças. Consideremos que no caso de moradias e residências as 
medidas individuais podem ser consideradas com mais ênfase. Podemos pensar no exemplo de uma 
família alta. A média de altura considerada para uma pessoa está entre 1,70 m e 1,80 m; no entanto, 
sabemos que alguns indivíduos podem ultrapassar essa altura, e essa medida pode ser um padrão 
encontrado na maior parte dos membros de uma família. Assim, é possível alterar alguns padrões de 
medida, como altura de bancadas, chuveiros etc.
Já no caso de um ambiente do qual o uso é feito por pessoas diversas, é preciso respeitar os padrões 
de medida, já que eles estão adequados à maior parte dos indivíduos e, portanto, apresentam dimensões 
referenciais adequadas para o uso coletivo. 
É preciso ajustar os ambientes internos em relação à função que assumem em diferentes atividades 
humanas. São locais onde a mobilidade deve ser considerada, mas também o repouso; portanto, 
devemos ajustar suas formas e dimensões para que estejam adequadas às formas e dimensões humanas 
e também às ações realizadas dentro deles.
Esse ajuste deve considerar então as dimensões estáticas e as dimensões dinâmicas, para que 
esteja adaptado. Tais dimensões fazem referência, no campo da Ergonomia, às dimensões anatômicas 
das diferentes partes do corpo (estáticas) e às dimensões espaciais necessárias para a execução dos 
movimentos de cada parte do corpo (dinâmica).
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Figura 27 – Ajuste estático 
Figura 28 – Ajuste dinâmico 
Uma boa dica são os estudos relacionados ao desenho universal. Nele, encontramos uma revisão 
e adequação dos padrões e normas estabelecidos em uma tentativa de encontrar soluções que estejam 
por fim adequadas a indivíduos com diferentes necessidades, mas ainda ajustadas a um padrão geral. O 
desenho universal trabalha algumas questões de certa forma essenciais, para que possamos pensar em 
um mundo adaptável e pronto para as diferenças. 
Segundo o manual de Diretrizes do desenho universal na habitação de interesse social no Estado 
de São Paulo, publicado pelo Governo de Estado em 2010, os sete princípios determinam que o uso dos 
produtos do design deve ser:
•	 Equitativo: propor espaços e objetos, considerando as diferentes capacidades e dimensões.
•	 Flexível: atender a diferentes habilidades, considerando possíveis adequações e adaptações.
•	 Simples e intuitivo: permitir facilidade de compreensão, considerando diferentes níveis de 
habilidade e capacidade.
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Unidade II
•	 De fácil percepção: usar diferentes meios de comunicação (visual, textual, sonora, tátil), 
considerando as diferentes capacidades dos indivíduos. 
•	 Com tolerância ao erro: considerar a segurança na formulação dos ambientes, objetos e no uso 
de acabamentos, considerando a diminuição do risco de acidentes.
•	 Exigir esforço físico mínimo: mensurar dimensões, considerando sua utilização de maneira 
confortável e eficiente.
•	 Dimensionamento de espaços para acesso e uso abrangente: permitir acesso e utilização, 
considerando diferentes ajustes – dinâmicos ou estáticos –, assim como as diferentes 
dimensões humanas.
 Saiba mais
Para saber mais sobre normas, padrões, acessibilidade e desenho 
universal, consulte as seguintes publicações:
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Diretrizes do desenho universal 
na habitação de interesse social no Estado de São Paulo. São Paulo, 2010. 
Disponível em: <http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/
manual‑desenho‑universal.pdf>. Acesso em: 9 abr. 2019.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050. 
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 
Rio de Janeiro, 2004. 
NEUFERT, P. Arte de projetar em Arquitetura. 17. ed. Barcelona: Editora 
G. Gili, 2008.
Usamos anteriormente o exemplo da altura dos usuários; no entanto, as característicasindividuais 
podem ser diversas em vários aspectos, pois as pessoas não só podem ser mais altas ou mais baixas, 
mas também podem ser mais magras ou mais gordas, mais velhas ou mais novas, adultos ou crianças e 
ainda ter alguma deficiência que estabeleça que o ambiente tenha adaptações em relação aos padrões 
costumeiramente utilizados. 
Para ajudar na escolha dessas medidas, existem diversas publicações e normas que documentam e 
explicam como cada espaço e o mobiliário nele presente devem ser planejados. No entanto, é necessário 
manter a atenção e a curiosidade ao observar o mundo ao nosso redor, e então, quando vemos alguma 
solução interessante em um ambiente que frequentamos, precisamos estudar e documentar a descoberta, 
tirando medidas, fazendo anotações ou registrando em fotografias. Dessa forma, quando precisamos 
recorrer a um repertório de soluções, temos bons exemplos para nos inspirar. 
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COMPLEMENTO DO DESIGN DE INTERIORES
Devemos considerar também as diferentes características do próprio profissional de Design de 
Interiores. Como afirma Lawson, “cada projetista é diferente e responde ao mesmo problema de forma 
diferente” (2011, p. 10). Isso acontece porque o repertório e a experiência de cada profissional são 
também diferentes e, portanto, cada um utiliza as referências que tem. Por isso é muito importante que 
ampliemos cada vez mais nossas referências e conhecimentos para que possamos ter certa flexibilidade 
nas soluções propostas em um projeto de interiores.
3.3 Classificação dos ambientes
Considerando os aspectos que vimos até aqui, iremos entender mais especificamente a função 
dos espaços. A princípio, conversamos sobre as diferentes formas de perceber, utilizar e, portanto, 
configurar uma residência ou um local de trabalho, o que já define uma caracterização funcional para 
as edificações e para os espaços nela contidos.
O espaço comercial é difícil de ser exemplificado pelo simples motivo de que prevê diferentes ações 
que estão relacionadas a diferentes atividades. A princípio, essas atividades têm necessidades específicas, 
mas também podem ser vistas em seus aspectos comuns.
Os ambientes comerciais de uma maneira geral são voltados para o atendimento de pessoas diversas, 
o que o torna um misto de espaço público e espaço privado, que devem estar preparados para uma 
infinidade de diferentes aspectos que atendam a uma multiplicidade de características dos indivíduos.
 Assim, vamos considerar os elementos de uma forma geral, mas tentando contemplar usos diversos. 
A questão primordial é entender quais atividades devem ser contempladas e como os ambientes devem 
ser divididos e classificados, para que a organização seja eficiente.
No caso das residências, é mais simples generalizarmos e encontrar padrões mais específicos 
relacionados ao uso e, portanto, a uma classificação possível das funções que cada ambiente assume no 
conjunto, então vamos estudar um pouco quais configurações os ambientes internos podem apresentar 
e o que é importante para entender melhor sua composição e planejamento. 
 Exemplo de aplicação
Confira as dimensões de móveis, objetos e elementos da casa onde você mora. Meça janelas, portas, 
ambientes, corredores e também o mobiliário. Quanto sobra de espaço livre para circulação e movimentação?
Compare os números obtidos com os das normas e padrões e reflita sobre as soluções utilizadas.
3.3.1 As funções no espaço residencial
O conceito do morar se transformou ao longo dos tempos e as transformações físicas dos edifícios 
residenciais foram adaptando sua forma e organização a partir das diferentes funções que a casa 
assumiu a partir das diferentes necessidades funcionais e afetivas dos indivíduos. 
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Foram definidas inicialmente três funções essenciais dentro de uma residência: o espaço íntimo, o 
social e o de serviço. Agora vamos percorrer os cômodos do ambiente residencial, percebendo como se 
classificam e se caracterizam os espaços internos de uma casa a partir dessas classificações funcionais.
3.3.1.1 Funções sociais
O hall 
A função do hall é ser a entrada, a recepção da residência, um espaço de transição entre o público e 
o privado. Ele também tem como função a guarda de determinados objetos de quem entra ou sai, como 
chaves, bolsas ou casacos. Em algumas culturas, é comum ainda haver um lugar para deixar os sapatos. 
O hall também pode servir como espaço de distribuição, já que pode ser usado como acesso a 
diferentes setores da casa. Assim, podemos acessar a cozinha ou os quartos, sem necessariamente 
atravessar a sala da casa. Também assume a função de resguardar a sala da casa, pois um visitante, 
entrando pela porta da casa, não consegue visualizar os outros ambientes internos.
Esse ambiente pode assumir diversas funções. No entanto, sua principal característica é ser um lugar 
de passagem, dinâmico, não um lugar de repouso ou permanência. 
Em relação à formação histórica da casa, podemos atestar que sua existência no programa de uma 
residência nem sempre é atestada. Consideremos que nos últimos tempos, a restrição espacial e o valor 
do espaço fizeram com que esse ambiente fosse suprimido ou ainda incorporado ao espaço da sala de 
estar, por exemplo. Essa configuração é muito comum na maioria dos apartamentos e casas.
Não podemos, no entanto, desconsiderar a importância do hall no projeto de interiores, pois ele 
é o cartão de visitas da residência. É ele que apresenta não só as características de estilo visual do 
espaço em si, mas também a personalidade dos próprios moradores; logo, não é um espaço desprovido 
de identidade.
Dessa forma, em relação ao planejamento dos espaços internos, devemos considerar diferentes 
soluções de fornecer à entrada de uma casa a sensação de transição, utilizando peças de mobiliário, 
biombos, divisórias de forma criteriosa e cuidadosa para que não se tornem barreiras, e sim uma 
ambientação de conforto e receptividade.
A ocupação do hall depende de sua configuração arquitetônica. Quando integrado à sala – de estar 
ou de jantar –, como mencionado, é possível usar soluções que demarquem pelo menos visualmente 
sua permanência. Quando pensado como espaço restrito, o que geralmente o visitante vê é a parede, o 
piso e o teto. 
Se o espaço é pequeno, é comum o uso de quadros ou de espelhos na parede, que além de darem 
uma sensação maior de amplitude, permitem que quem entra ou sai possa se observar, o que pode ser 
extremante útil. A decoração das paredes pode ser trabalhada com texturas suaves ou com papel de 
parede, dando preferência a cores claras, que também servem para dar amplitude.
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Muitas vezes, também o emprego de um elemento de iluminação pode ser uma boa solução, pois 
permite por meio dele imprimir uma identidade, como as diferentes impressões que nos podem causar 
o uso de uma luminária moderna de formas geométricas e um lustre de cristal.
Se o espaço é amplo, o hall pode abrigar outros equipamentos, como aparadores, em que se apoiem 
vasos de plantas ou flores, ou ainda esculturas. Mas também pode abrigar um armário para casacos ou 
sapatos e até uma poltrona ou cadeira.
A sala de estar
A função da sala de estar sofreu mudanças na medida em que os comportamentos e as relações 
sociais também se modificaram. Inicialmente, ela servia para todas as atividades comuns da 
residência, pois era o espaço de convívio da família, mas também incorporou outras funcionalidades, 
como lugar de se trabalhar, de receber visitas, comer, ler, conviver, ouvir música e muitas outras. 
Ao longo do tempo, algumas atividades foram transportadas a outrosambientes da casa, 
principalmente nas casas maiores, e então surgiu o escritório, a sala de jantar, a sala de música e assim 
por diante. Nas casas menores, a sala de estar continuou abrigando a maior parte dessas atividades e, 
mais atualmente, muitas vezes a sala está incorporada à cozinha ou mesmo ao dormitório.
Um exemplo dessas transformações está na maneira como incorporaram novas tecnologias ou 
comportamentos que alteraram sua organização ao longo do tempo. Se pensarmos na história mais 
recente, a sala da casa passou por transformações físicas para abrigar esses novos aspectos da vida 
moderna, independentemente das dimensões.
Com a chegada do rádio às residências a partir dos anos de 1920, a sala se tornou um lugar de 
reunião de pessoas, muitas vezes não só de seus moradores, mas de familiares e vizinhos que se reuniam 
em torno do aparelho por algumas horas do dia. 
Posteriormente, a chegada da televisão na década de 1950 foi determinante para sua 
reorganização. As pessoas se reuniam na sala novamente, mas dessa vez em outra disposição. 
Pois se para ouvir o rádio as pessoas se reuniam em torno do aparelho, no caso da televisão, 
elas ficavam diante da tela. Assim, a sala passou a se compor não mais de forma circular, mas de 
frente para um determinado lado ou canto. A própria televisão mudou de formato e outros ajustes 
foram necessários para o ambiente. Os televisores até pouco tempo atrás eram grandes e pesados 
e precisavam de um móvel de apoio, que ocupava um espaço considerável. Esses móveis de apoio 
recebiam outros aparelhos, como videocassetes, aparelhos de som e de DVD, codificadores de TV a 
cabo, e assim por diante. 
Com o tempo, os aparelhos mudaram de formato, se tornando visualmente mais leves e com 
dimensões menores, e passaram a ser instalados na parede, deixando o móvel de apoio livre, o qual, por 
consequência, diminuiu em proporções, sendo utilizado para apoiar equipamentos menores. 
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Hoje, ainda utilizamos o home theater, e a aparelhagem necessária para esse ambiente requer 
ainda um planejamento não só do espaço, mas também das instalações de cada uma das partes do 
equipamento: os aparelhos de televisão e de DVD e uma série de caixas acústicas que devem ser 
posicionadas em lugares estratégicos da sala, a fim de garantir a qualidade do som.
Embora a televisão não mais seja um centro de atenção social, ela ainda é presente na vida da maior 
parte das pessoas e em muitos casos ganhou um ambiente exclusivo, separando a sala principal da casa 
em sala de estar e sala de televisão. Em outros continua sendo um elemento organizador.
Figura 29 – Sala de estar e de TV
A sala de jantar
Esse ambiente também sofreu variações, não só relacionadas aos comportamentos, mas também às 
configurações espaciais. Se há pouco tempo tinha um status importante no espaço de uma residência, 
ocupando às vezes uma boa parte da área social, atualmente, na maior parte dos projetos, principalmente 
em apartamentos, foi incorporada à sala de estar e, por consequência, diminuiu suas dimensões. Ainda 
assim, não perdeu importância, pois ainda tem um importante papel no convívio da família e em eventos 
e reuniões sociais; por isso, deve ser confortável. 
Muitas vezes ela se dispõe entre a sala e a cozinha e está incorporada a ambas, acentuando a 
fluidez do espaço social da casa. E a própria cozinha, antes escondida, passa a ser entendida como uma 
extensão do ambiente social da casa.
 
Figura 30 – Salas de jantar integradas à cozinha
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Os objetos que ocupam esse ambiente se adaptaram à praticidade da dinâmica do espaço, sendo que 
parte dele torna‑se espaço para circulação. A mesa de jantar continua sendo o elemento central e mais 
importante do ambiente e, em alguns casos, o único.
A incorporação da sala de jantar ao espaço da cozinha permite a quase extinção das tradicionais 
cristaleiras, que expunham os jogos de jantar, as louças e os cristais. Em alguns casos, ela ainda 
permanece, mantendo a tarefa de separar louças, talheres e copos usados em ocasiões sociais daqueles 
de uso cotidiano. Em outros casos, a proximidade da sala de jantar com a cozinha transferiu ao próprio 
espaço da cozinha a tarefa de armazenar todos os objetos.
Figura 31 – Sala de jantar integrada à cozinha e à sala
A mesa de jantar também ganhou outros formatos e dimensões. A escolha entre uma mesa quadrada, 
redonda ou retangular não está apenas ligada ao gosto, mas à disposição e ao tamanho do espaço 
da sala de jantar. As mesas redondas, por exemplo, garantem mais intimidade aos convidados, pois 
criam maior proximidade e contato visual; no entanto, exigem um espaço mais generoso, já que não se 
adaptam aos cantos e não podem ser encostadas em uma parede. 
Já uma mesa quadrada é recomendável para poucas pessoas, pois ocupa um espaço maior. Uma 
mesa redonda com 90 cm de diâmetro chega a acomodar quatro pessoas; já a mesa quadrada, se 
destinada ao mesmo número de pessoas, precisa ter uma dimensão de 1 m x 1 m.
A mesa retangular ainda se configura como a solução mais prática. Ela pode ter variadas dimensões; 
no entanto, sempre irá permitir uma melhor acomodação para a circulação e para o conforto, pois 
sempre irá apresentar diferentes dimensões para cada lado e garantirá uma melhor acomodação aos 
espaços da sala. Suas dimensões devem levar em conta um mínimo de 20 cm a 30 cm no centro da mesa 
para acomodação das travessas e ainda 30 cm a 40 cm de sobra na largura da mesa, para cada pessoa 
acomodar seu pratos e copos. Considerando o espaçamento entre as cadeiras na largura de 55 cm a 
60 cm, podemos calcular que as dimensões mínimas para uma mesa que acomoda quatro pessoas está 
entre 110 cm x 80 cm e 120 cm x 90 cm. 
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Figura 32 – Dimensões de mesas de jantar retangulares
Escritório
O escritório pode ter diferentes configurações dentro de uma residência. A princípio, devem ser 
levadas em consideração suas dimensões gerais e as atividades praticadas pelos seus moradores. 
Atualmente, os dispositivos móveis, como notebooks, tablets ou até mesmo os telefones celulares, 
permitem que qualquer área da casa sirva para atividades ligadas ao trabalho, ao estudo entre outras. 
É possível usar a mesa de jantar como apoio, assim como é comum que as pessoas usem mesmo o sofá 
da sala ou a própria cama enquanto realizam suas atividades.
No entanto, a possibilidade de haver um espaço exclusivo destinado ao escritório ajuda muito a 
organização da casa, pois além de servir para as atividades‑fim, também têm a função de guardar 
objetos e equipamentos específicos, como livros, fotos, materiais de papelaria, documentos e muitos 
outros. O uso desse ambiente pode ser alternado pelos moradores e membros da família, servindo a 
pessoas diferentes em horários diferentes. 
Sua localização dentro da residência também depende muitas vezes do tipo de uso que se faz dele. 
Embora faça parte da área social da casa, pois é um ambiente comum, é possível pensar em um uso mais 
privativo, separado das áreas comuns da residência, como na imagem a seguir. Seu espaço, em geral, 
pode ter dimensões menores, o que permite que, caso não haja espaço para idealizá‑lo em um ambiente 
exclusivo, outros ambientes possam acomodá‑lo. 
Uma boa alternativa é instalar na sala um móvel que permita um sistema retrátil e que possa se 
transformar em uma mesa; ou ainda pequenos nichos podem receber a acomodação de um espaço de 
trabalho. Também é muito comum o uso de um ambiente flexível em relação ao uso, como um escritório 
que possa se transformar em um quarto de visitas com a inclusão de um sofá‑cama,mobília que ganha 
duas funções: uma para o dia a dia e outra para receber hóspedes.
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Figura 33 – Escritório adaptado em canto da sala
Mas é preciso considerar uma tendência mais atual, que também está ligada à mobilidade nos 
sistemas de comunicação: muitas pessoas transferiram seus endereços comerciais para dentro 
de casa, configurando o que se chama de home office. Nesse caso, é preciso entender quais 
atividades estão destinadas a esse espaço da casa. No caso de haver a necessidade de receber 
outras pessoas ou realizar reuniões com colegas ou clientes, é preciso pensar na interferência que 
isso pode exercer sobre no cotidiano dos outros moradores e, nesse caso, precisamos controlar o 
acesso a áreas mais íntimas. 
Assim, o ambiente de home office estaria disposto próximo à sala de estar, com a possibilidade de 
ter um acesso direto através do hall de entrada ou ainda ser um cômodo totalmente independente do 
restante da residência. Esse planejamento irá variar em relação às dimensões e aos tipos de construção, 
ou seja, uma casa irá apresentar possibilidades de soluções que em geral não são viáveis em apartamentos 
ou mesmo em casas com pequenas dimensões.
A decoração do escritório pede em geral o uso de cores mais sóbrias e mobiliário de linhas retas. É 
preciso estar atento à ergonomia e à organização dos elementos, de forma a priorizar a funcionalidade 
e o conforto do espaço. Também é preciso planejar as instalações elétricas e a iluminação de forma 
eficiente, já que é um ambiente que exige uma boa luminosidade e a instalação de equipamentos 
eletrônicos e de telefone. 
Lavabo
O banheiro social deve ficar na área social da casa, permitindo que as visitas possam usá‑lo se 
adentrarem a área íntima da casa. O lavabo tem essa função: é um banheiro de dimensões mínimas onde 
há apenas um vaso sanitário e um lavatório. 
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Unidade II
Figura 34 – Lavabo
O revestimento de piso e paredes do lavabo pode fugir do tradicional, pois como esse banheiro não 
é usado para banho, o vapor e a umidade não são fatores a serem considerados; além disso, o seu uso é 
menos frequente. Dessa forma, todo tipo de material pode ser utilizado: papéis de parede e tecidos no 
revestimento, bancadas de madeira etc. Recomenda‑se o uso de espelhos para ampliar visualmente o 
ambiente e o uso de cores claras para ajudar a criar um ambiente agradável.
O lavabo é um dos lugares da casa em que a criatividade pode fazer diferença, não só por 
meio dos materiais, mas da própria decoração, podendo haver quadros, plantas e tudo mais que as 
dimensões permitirem.
Em muitos casos, a ausência do lavabo transporta sua função para um banheiro comum, que pode 
estar situado na área íntima, mas com acesso facilitado pela área social da casa. Esse banheiro atende, 
assim, tanto às visitas quanto aos moradores da casa.
3.3.1.2 Funções íntimas
Dormitórios
Esse ambiente talvez seja o que deve apresentar mais acentuadamente o conceito de intimidade. 
Em geral, suas dimensões podem ser limitadas, dificultando muitas vezes a escolha do que deve ou não 
compor este ambiente. Em residências, os dormitórios, podem apresentar espaços mais amplos; e em 
apartamentos giram em torno dos 10 m² para atender a uma única pessoa e de 12 m² a 14 m² para casais. 
Este fato nos leva a perceber que existem diferenças na classificação desses ambientes, pois devem 
acomodar um mobiliário diferenciado e com dimensões também diferentes, começando pelo tamanho 
da cama até a quantidade de armários para acomodar seus pertences.
O estilo a ser adotado varia em relação ao usuário do dormitório e é caracterizado de formas diferentes 
para o público masculino ou feminino e ainda em relação à faixa etária. Às vezes devemos considerar 
outros usos, como um quarto dividido entre dois filhos, muitas vezes de idade e gênero diferentes.
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Em geral, os dormitórios acomodam a função a que se destina. No entanto, ambientes de maior 
dimensão podem acumular outras funções, como um pequeno escritório – o que é comum em quartos 
de crianças ou adolescentes, que necessitam de um espaço privado para atividades como estudar. Em 
quartos de casal, pode haver um espaço reservado para uma poltrona, que serve como um cantinho de 
leitura e permite que uma pessoa possa ler um livro enquanto outra está confortavelmente acomodada 
na cama para descansar.
O desenho do mobiliário torna‑se a peça‑chave para a decoração desses ambientes, ainda mais 
os menores. Nesse caso, a escolha de peças versáteis é essencial. Muitas vezes, a colocação apenas do 
básico já pode ser uma tarefa bastante difícil para garantir que a disposição deles não afete a circulação. 
Então, lançamos mão de soluções criativas, como mobiliários de função múltipla que possam ser abertos 
ou fechados, dobrados, empurrados de um canto para o outro, permitindo certa flexibilidade no uso do 
ambiente. Por exemplo, uma cama de solteiro que guarde embaixo dela uma outra cama mais baixa e 
que pode atender a eventuais hóspedes. 
A decoração do dormitório, em geral, requer revestimentos com cores claras e tons pastel que 
estimulem o estado de relaxamento e descanso e a concentração.
Dormitório do casal
A intimidade e a privacidade são muito importantes e devem ser a maior preocupação em um projeto 
para um quarto de casal. Neste caso é importante perceber que são duas pessoas e que o ambiente deve 
atender de certa forma a ambos os gostos. Os tons neutros do revestimento e detalhes nos elementos 
decorativos, como tapetes, cortinas e luminárias, apresentam a forma mais usual de resolver a questão. 
A neutralidade dos tons claros e pastéis deixa o ambiente mais aconchegante e de certa maneira 
agradável para diferentes preferências. Alguns detalhes mais vivos podem ser acrescentados para dar 
uma maior personalidade ao lugar, mas deve ser trabalhado de forma cuidadosa, sem exageros.
Figura 35 – Dormitório do casal
A cama é o elemento principal e deve estar disposta de forma a receber luz natural e ventilação. 
Ela ganha destaque entre as peças do mobiliário e, por isso, é considerada o centro de interesse. Pode 
apresentar dimensões e modelos variados, como a queen size e a king size, que apresentam dimensões 
maiores que a cama de casal tradicional; em contrapartida, exigem um espaço maior dentro do ambiente.
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Unidade II
Figura 36 – Dimensões comuns dos diferentes tipos de camas de casal 
A iluminação também é importante para garantir tanto uma luz abundante como uma luz mais 
intimista, o que em geral pode ser resolvido com um ponto de iluminação geral para o ambiente e 
outros com luz direcionada ou, ainda, indireta. Isso pode ser resolvido com o uso de luminárias fixas, mas 
também de abajures sobre os criados‑mudos. 
A ventilação e a climatização são também importantes, pois devemos garantir o arejamento do 
ambiente por questões de higiene, mas também uma adaptação para os dias mais frios ou mais quentes. 
No segundo caso, o uso de ventiladores de teto e, quando possível, de um ar‑condicionado.
O quarto do casal, quando possui um espaço amplo, pode ainda acomodar um closet, espaço 
separado, muitas vezes fechado, onde se encontram os armários do quarto e são guardadas as roupas 
e os pertences. Lá também é possível trocar de roupa com mais privacidade. Quando não há espaço 
para o closet, o melhor é incorporar os armários ao ambiente do quarto, a fim de não criar um espaço 
deficiente e apertado que pode atrapalhar mais doque ajudar na organização do quarto.
Também é muito comum a presença de um banheiro integrado ao dormitório, para uso exclusivo 
do casal, enquanto outros banheiros atendam ao restante dos moradores. Quando há um banheiro, 
configura‑se o que chamamos de suíte, que determina a ideia de conjunto e que possibilita um ambiente 
onde todas as funções íntimas do dia a dia sejam incorporadas.
Dormitório de solteiro
Esse dormitório geralmente é destinado a uma única pessoa, embora possa ser muitas vezes dividido 
entre dois irmãos ou mais. O quarto também deve ter o caráter de intimidade e privacidade e sua 
composição está atrelada às atividades do usuário.
O quarto de solteiro na maior parte das vezes é destinado a um adulto jovem – faixa etária que 
compreende pessoas dos 20 aos 40 anos –, que ainda mora na casa da família ou divide uma mesma 
moradia com outras pessoas. É, portanto, considerável pensar que a maior parte das atividades individuais 
seja privilegiada. Normalmente, além de cama, criado‑mudo e armários, o dormitório de solteiro também 
abriga uma escrivaninha ou bancada que servirá para estudo ou para suportar uma televisão.
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Uma diferença importante que pode haver entre os dormitórios e seus usuários é o gênero; outra é 
a faixa etária. Os elementos decorativos, portanto, são muito variáveis. Em geral, os padrões de cores e 
texturas podem ser diferentes para o gênero masculino ou para o feminino, o importante é garantir que 
os gostos pessoais sejam seguidos para permitir uma melhor ambientação e identidade. No entanto, 
podemos considerar que a liberdade é grande na escolha das linhas e estilos decorativos.
Figura 37 – Dormitório masculino de solteiro 
Figura 38 – Dormitório feminino de solteiro 
A iluminação também deve ser planejada para atender às demandas e deve apresentar características 
comuns aos dormitórios, garantindo uma iluminação mais intensa em um ponto de luz central e outras 
direcionadas ao uso da escrivaninha e também da cama, possibilitando o uso de luminárias fixas ou 
apoiadas sobre as bancadas, piso e/ou criado‑mudo.
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Unidade II
Figura 39 – Dormitório de solteiro
O tamanho da cama também pode variar de acordo com a preferência do usuário, mas principalmente 
das dimensões espaciais e dos itens a serem incluídos no projeto. No entanto, devemos garantir 
que ela receba iluminação natural e ventilação na maior parte do dia. O uso de ventilador de teto e 
ar‑condicionado pode também garantir a climatização do ambiente durante o uso.
Observação
A instalação de ar‑condicionado deve prever uma instalação elétrica 
adequada. Para isso, consulte um engenheiro ou arquiteto para avaliação da rede. 
Dormitório de criança
Assim como os dormitórios anteriores, devemos ambientar o quarto de uma criança a partir das 
necessidades dela. Em geral, nesses dormitórios se aplicam conceitos mais lúdicos e coloridos, como forma 
de estimular o desenvolvimento da percepção; no entanto, a escolha varia a partir da idade do usuário.
O espaço deve ser pensado de forma a garantir que seu mobiliário e sua decoração sejam transformados 
após determinados períodos de tempo, afinal, não podemos esquecer que as crianças crescem e mudam 
seus interesses e necessidades muito mais rapidamente que os adultos ou mesmo que os jovens.
Figura 40 – Dormitório de bebê
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COMPLEMENTO DO DESIGN DE INTERIORES
Podemos classificar quatro fases do crescimento da criança: 
• a primeira vai do nascimento ao 1º ano de vida; 
• a segunda vai de 1 aos 3 anos; 
• a terceira vai dos 3 aos 7 anos; 
• e a quarta vai dos 7 aos 12 anos.
Em cada uma dessas etapas devemos considerar que tanto a decoração quanto o próprio mobiliário 
precisam ser adaptados. Se na primeira fase o berço é o elemento mais importante – pois o bebê passa 
grande parte do seu tempo nele –, nas outras faixas etárias os brinquedos, uma escrivaninha e outras 
peças de mobiliário passam a compor esse ambiente.
No entanto, alguns elementos são sempre importantes, assim como nos outros dormitórios: a boa 
iluminação, a ventilação e o espaço de circulação. No caso deste último, o ideal em um quarto infantil é 
manter a maior parte do espaço livre, para garantir que a criança possa se movimentar e brincar.
Figura 41 – Dormitório de criança (menino)
Figura 42 – Dormitório de criança (menina)
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Unidade II
Os elementos decorativos devem ser estimulantes de acordo com cada etapa do desenvolvimento 
da criança; e texturas e cores mais vívidas podem ser trabalhadas, ajudando na ambientação. É muito 
comum o uso de papéis de parede decorados com motivos infantis ou ainda o uso de lousas ou outros 
elementos interativos.
Dormitório de hóspedes
Esse ambiente deve ser de certa forma o mais neutro dentre os dormitórios. Sua ambientação deve 
ser menos pessoal, já que atende a possíveis hóspedes com características distintas e deve acomodá‑los 
de forma confortável e aconchegante, mesmo que por pouco tempo. 
Como o escritório, o quarto de hóspedes pode ter múltiplas funções, em decorrência de seu 
uso esporádico; por isso, precisamos pensar a partir da ideia de flexibilidade. Nesse ambiente, até 
mesmo a cama pode ser suprimida e dar lugar a um sofá que possa ser aberto, virando uma cama 
quando necessário e, em outros momentos, assumindo outros tipos de uso. O importante é manter a 
organização visual, para cuidar que o ambiente não receba um aglomerado de funções que, por fim, 
o torne muito carregado. 
Figura 43 – Dormitório de hóspedes que também serve como escritório
Além de escritório, o dormitório de hóspedes pode ser relacionado a uma sala de TV ou ainda a um 
quarto de brinquedos para as crianças ou a uma sala de leitura e biblioteca.
Banheiros
Os banheiros – sejam eles sociais, de uso coletivo ou ainda o da suíte do casal – têm características 
muito parecidas. Com o passar do tempo, o banheiro deixou de ser visto em muitos casos como apenas 
um lugar destinado à higiene pessoal, mas também como um espaço de descanso. Portanto, não só a 
sua funcionalidade é importante, mas também sua ambientação visual.
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COMPLEMENTO DO DESIGN DE INTERIORES
Os itens básicos de um banheiro são o vaso sanitário, o box do chuveiro e o lavatório. No entanto, 
alguns aspectos funcionais devem ser observados:
• A bancada do lavatório deve ser espaçosa para garantir a permanência de objetos de uso 
constante, assim como é importante a existência de um armário embaixo dela para guardar 
itens de uso mais esporádico, como cremes, escovas, barbeador, entre outros.
• Acima do lavatório deve haver um espelho que facilite que o usuário se maquie ou faça a barba, 
além de uma iluminação específica que esteja voltada não para o espelho, mas para a pessoa, 
com o objetivo de garantir uma boa luminosidade para a realização dessas tarefas.
• Porta‑toalhas devem ficar próximos ao box do chuveiro, ao lavatório e à banheira, caso 
exista uma.
• A iluminação deve ser bem trabalhada, para garantir uma luminosidade eficiente.
• A ventilação é importante para garantir a higiene, já que a umidade é intensa. Mesmo em 
pequenos banheiros de apartamentos que não ofereçam uma ventilação natural, o que é comum 
atualmente, é importante trabalhar com um sistema de exaustão forçada, para garantir que o 
ambiente seja arejado.
São diversas as soluções e possibilidades para esse ambiente. Suas cores e revestimentospodem ser 
suaves, mas também podem ser vibrantes, tudo de acordo com o gosto de quem o utiliza. Em geral, o 
uso de revestimentos cerâmicos é importante por causa da umidade, mas também existem tintas para 
pintura das paredes que apresentam boa resistência e podem ser utilizadas. 
É também bastante usual a mistura de revestimentos nas paredes do banheiro. O uso de revestimento 
cerâmico ou de pastilhas de vidro é importante na área do box, por exemplo, pois não sofrem ação da 
umidade mesmo com a água do banho respingando nelas diretamente. No restante do banheiro, o uso 
de tintas especiais é uma solução possível. O piso deve ser também formado por peças cerâmicas, mas 
é importante salientar a importância do uso de pisos menos escorregadios ou antiderrapantes para 
minimizar o risco de acidentes no piso molhado.
O uso ou não de banheiras depende de dois aspectos. O primeiro é a preferência do usuário. Nesse 
caso, alguns aspectos devem ser considerados: a colocação da banheira muitas vezes prevê um custo 
mais alto, não somente pelo preço da peça, mas por toda a instalação da infraestrutura hidráulica, além 
da questão da limpeza e conservação. Portanto, é muito importante dimensionar seu uso para que não 
fique ocioso, desperdiçando espaço e recursos. 
A segunda questão a ser avaliada é a disponibilidade do próprio espaço disponível. Em banheiros 
com dimensões menores, é possível ainda que o chuveiro seja instalado acima da banheira, a qual 
será utilizada como box. O lado negativo desse tipo de uso está na necessidade de entrar e sair da 
banheira para poder usar o chuveiro.
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Unidade II
Figura 44 – Banheiro com banheira e chuveiro combinados
 Lembrete
No caso de uma alteração das instalações hidráulicas, deve haver 
a contratação de um profissional de Engenharia ou Arquitetura para 
avaliação, consultoria e cumprimento da legislação.
3.3.1.3 A função doméstica (ou serviços)
Cozinha
Esse ambiente atualmente pode ter classificações distintas. Embora tenhamos optado por manter 
a cozinha com a função de serviço doméstico, nos últimos tempos tem sido mais comum sua 
adequação ao espaço social da casa. Como vimos em muitos casos, a cozinha, a sala de jantar e a sala 
de estar tornaram‑se um espaço único, onde as diferentes funções estão organizadas pelo mobiliário 
e por sua disposição. 
Assim, é comum que a copa, geralmente integrada ao ambiente da cozinha, servindo como um lugar 
para fazer refeições no dia a dia, seja substituída pela própria sala de jantar, que além de servir a eventos 
sociais, também é utilizada como local para as refeições cotidianas.
Outra questão a ser considerada são as transformações na dinâmica das atividades sociais, trabalho 
e afins. A cozinha precisa ser prática para atender às necessidades das pessoas e, nesse sentido, outros 
equipamentos foram incorporados a esse ambiente. Podemos usar o exemplo da máquina de lavar 
louça, forno de micro‑ondas, entre outros.
A cozinha é considerada por muitos o ambiente principal da casa e tem ganhado um papel de 
destaque no planejamento da casa, embora também existam pessoas que considerem que esse ambiente 
não deva se misturar aos demais.
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Figura 45 – Cozinha integrada às salas de estar e de jantar
Estando a cozinha integrada ou não às salas de estar e de jantar, o que se torna comum em ambos 
os casos é o entendimento de que o espaço deve ter um planejamento funcional, para garantir que as 
atividades realizadas a cozinha sejam executadas com eficiência e conforto. Para isso, a disposição dos 
diferentes equipamentos que compõem uma cozinha deve ser muito bem avaliada e organizada.
Vamos começar classificando as ações de uso da cozinha, para que possamos entender melhor 
sua organização.
A primeira delas é a recepção e armazenagem de alimentos e ingredientes. A cozinha deve 
estar localizada próxima à entrada da residência. Em geral, ela está ligada a uma entrada de serviço, 
ou seja, um acesso secundário ao interior, embora não seja o caso de apartamentos menores que 
muitas vezes apresentam um único acesso de entrada. Além disso, são necessários lugares para 
a colocação dos alimentos, como bancadas ou mesas. Eles devem então ser separados, lavados e 
armazenados em locais apropriados. Alguns serão guardados na geladeira e outros em armários e 
prateleiras. Esse armazenamento e a divisão dos locais devem garantir certa facilidade de acesso 
no momento de preparação. 
O uso de um pequeno espaço adjacente à cozinha destinado a armazenar alimentos e equipamentos, 
chamado de despensa, pode ajudar bastante nessa organização. Ela não precisa ter grandes dimensões, 
no entanto deve ser dotada de prateleiras e armários.
No caso de armários instalados abaixo das bancadas, é importante garantir que estejam deslocados 
do piso a uma altura de cerca de 10 cm ou mais.
O segundo aspecto de uso da cozinha é a cocção ou o ato de cozinhar e preparar alimentos. 
Nesse caso, devemos considerar os equipamentos necessários, como fogão, forno convencional, 
forno de micro‑ondas e outros equipamentos que precisam de superfícies de apoio, como 
bancadas e mesas para receber aparelhos de liquidificador, batedeiras etc. Essas bases de apoio 
servem também a preparação geral dos alimentos e são usadas para cortar, separar, misturar, 
lavar e outras ações.
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Unidade II
Figura 46 – Organização da cozinha 
Normalmente, pensamos em criar uma triangulação entre o fogão, a geladeira e a bancada da 
pia, garantindo ainda a proximidade de armários e prateleiras que guardem panelas, frigideiras e 
formas, e de ingredientes como temperos e outros condimentos. Portanto, é essencial que todos 
estes equipamentos estejam dispostos de maneira a permitir pequenos movimentos para acessá‑los, 
garantindo o conforto do usuário.
O terceiro aspecto de uso da cozinha é o ato de preparação para servir os alimentos preparados, 
os quais são colocados em travessas e pratos que permitem que sejam levados à mesa. O uso de 
bancadas e mesa é também necessário. Para facilitar, é preciso pensar no acesso dessa área de preparo 
à sala de jantar. 
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O quarto aspecto, de bastante importância, é garantir a circulação entre todos os equipamentos, o 
que influencia a disposição deles em relação aos acessos do ambiente.
Os revestimentos da cozinha, assim como nos banheiros, devem garantir a higiene e a limpeza 
do lugar. A cozinha, além de umidade, também tem a gordura que preenche o ambiente durante a 
preparação dos alimentos. Os pisos cerâmicos são os mais indicados, pois são resistentes e podem ser 
limpos com facilidade. Nas paredes, o revestimento cerâmico é mais comum pelos mesmos motivos, mas 
também é possível o uso de tintas especiais e laváveis.
É importante considerar a iluminação, que serve também para privilegiar determinadas estações de 
trabalho, com pontos de luz mais direcionados.
Lavanderia
Esse ambiente, também chamado de área de serviço, exige também racionalidade e praticidade, 
para que possa colaborar com as atividades domésticas. É destinado a atividades como lavar roupas ou 
limpar objetos, e ainda para armazenagem de materiais e produtos de limpeza e outros objetos, como 
vassouras, baldes e panos. 
Os equipamentos mais comuns são os tanques e máquina de lavar e secar roupas, mas também são 
necessários armários, varal e, quando possível, bancadas que sirvam de apoio para as atividades.
Em geral, variam de tamanho quando esse espaço está em uma casa ouem um apartamento. Nas 
casas, são normalmente interligadas ao quintal ou área externa, que se torna uma extensão dela e, 
portanto, têm um espaço ampliado. Nos apartamentos, em geral, são pequenas e estão interligadas 
à cozinha. 
Devem ter boa iluminação e ventilação, para facilitar a secagem das roupas e receber revestimentos 
laváveis e piso cerâmicos. Sua organização é muito importante para garantir que as atividades possam 
ser executadas de forma eficiente e com esforço reduzido.
4 LINHAS E COMPLEMENTOS
4.1 Iluminação
A iluminação é um dos principais elementos do Design de Interiores. A iluminação natural deve 
ser garantida, pois é muito importante para criar um ambiente saudável. Dado que a incidência dessa 
iluminação no ambiente foi planejada pelo projeto arquitetônico – propiciada por meio da escolha pelas 
dimensões e pelo posicionamento das aberturas em relação ao movimento do Sol –, é preciso saber 
aproveitá‑la na composição dos ambientes. 
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Unidade II
Figura 47 – Luz natural em um ambiente projetado
No entanto, a iluminação artificial trabalhada de forma correta pode valorizar aspectos importantes 
de um ambiente, tornando‑o mais funcional, criando sensações e trazendo qualidades sensoriais mais 
elaboradas. O uso de uma iluminação correta requer atenção acerca de alguns aspectos.
 Observação
O uso de cortinas e persianas serve para controlar a quantidade de luz 
natural no ambiente durante o dia.
Primeiro é preciso reconhecer o espaço e suas funções de uso e ainda conhecer a organização 
espacial e a disposição dos elementos físicos existentes nele. Assim, será possível pensar na maneira 
mais eficiente de planejar.
Em seguida, é preciso pensar no valor objetivo da iluminação. O que é preciso iluminar e de que 
maneira isso pode ser feito? Algumas atividades, principalmente relacionadas ao trabalho ou aos 
serviços de forma geral, necessitam de uma iluminação mais direta e mais intensa; outras pedem uma 
iluminação mais relaxante. Também é preciso decidir sobre as qualidades subjetivas e escolher quais 
sensações se deseja transmitir ao ambiente e de que maneira podemos alcançá‑la.
Assim, entendemos que a iluminação é um elemento funcional, mas também emocional no projeto 
de interiores. Enquanto na maioria dos ambientes comerciais a funcionalidade é a questão mais 
importante, nos ambientes residenciais e também em alguns tipos de comércio, a funcionalidade divide 
espaço com a emoção.
Existem três tipos de iluminação:
•	 Iluminação direta: em alguns casos, é utilizada para destacar e, em outros, em ambientes onde é 
necessário concentrar‑se. Os focos de luz são direcionados com a utilização de spots, de luminárias 
de mesa ou de piso. São empregados em ambientes como escritórios; sobre as mesas; e para dar 
atenção a alguma peça de mobiliário ou de decoração, como quadros. 
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Figura 48 – Luz direta
•	 Iluminação indireta: utilizada para dar sensação de aconchego e criar um clima mais intimista. Os 
focos de luz não estão direcionados para elementos definidos, e sim são refletidos em superfícies 
e se espalham suavemente pelo espaço. Utilizam‑se abajures, arandelas, lâmpadas embutidas em 
forros de gesso desnivelados ou mesmo o próprio piso. Esse tipo de iluminação é indicada para 
ambientes como quartos ou salas. 
Figura 49 – Luz indireta
•	 Iluminação difusa: utilizada em todo tipo de ambiente, pode ser alternada com outros tipos 
de iluminação. Luminárias com transparência leitosa, de acrílico ou vidro, garantem suavidade, 
fazendo com que a luz se espalhe no ambiente de forma homogênea. 
Figura 50 – Luz difusa
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Unidade II
— Luzes branca e amarela: na hora de escolher a tonalidade da cor da luz, sempre surge a 
dúvida entre a branca e a amarela. É preciso primeiro estabelecer que tipo de sensações 
desejam ser criadas no ambiente e também que tipo de atividades serão executadas ali. A luz 
branca é utilizada para um estado de atenção e, normalmente, é usada em áreas de trabalho 
(escritórios, cozinhas), pois permite enxergar cores com mais precisão. A luz amarela dá um ar 
mais intimista ao ambiente, e é usada em áreas intimas e sociais (quartos e salas).
Outra questão importante, tanto quanto os efeitos que a luz pode causar, é a questão do consumo de 
energia. Cada vez mais é importante que o projeto de iluminação priorize a economia, buscando formas 
sustentáveis de solucionar o projeto. Para tanto, é preciso conhecer os tipos de lâmpadas existentes e 
suas características. 
 Observação
O forro de gesso é um ótimo aliado no projeto da iluminação, pois 
permite uma maior flexibilidade no planejamento e na instalação de 
luminárias de tipos variados.
4.1.1 Tipos de lâmpadas
Os tipos de lâmpadas podem ser classificados em sete categorias:
•	 Lâmpada incandescente: é a lâmpada mais comum. É composta por filamentos dentro deum 
bulbo de vidro. Apresenta vida útil relativamente curta, com aproximadamente 750 horas, 
alto consumo e baixa eficiência luminosa, pois parte da energia da lâmpada quando acesa se 
transforma em calor, e não em luz. Este tipo de lâmpada está sendo substituído nos últimos anos 
por outros tipos mais eficientes em relação ao consumo.
•	 Lâmpada halógena: é uma lâmpada incandescente com maior eficiência. É composta por 
filamentos no interior de um bulbo de quartzo, preenchido por gás halogênio. Tem alto 
consumo, mas também alta eficiência luminosa. Sua vida útil é de 2 mil horas. É um tipo de 
lâmpada indicada quando se deseja um foco mais direcionado; é usada em spots embutidos, 
pendentes e lustres.
•	 Lâmpada fluorescente: é uma lâmpada de baixa pressão, revestida internamente com fósforo 
e preenchidas com vapor de mercúrio. Tem baixo consumo, boa eficiência luminosa e vida útil 
relativamente alta, de 2 a 20 mil horas. É indicada para ambientes de grande circulação, como 
comércios, escritórios e cozinhas.
•	 Lâmpada de descarga (HID): é uma lâmpada de alta pressão, composta por vapor de mercúrio, 
sódio e halogênio metálico. Tem baixo consumo e alta eficiência luminosa, com vida útil de 
aproximadamente 3 a 20 mil horas. É indicada para iluminação em grandes espaços, como galpões, 
fábricas, estádios e também para iluminação pública.
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•	 Lâmpada de LED: é uma lâmpada formada por diodos emissores de luz. Produz pouco calor, tem 
baixo consumo de energia, uma boa eficiência luminosa e é a que apresenta maior vida útil, entre 
15 e 40 mil horas, o que faz dela um produto com grande eficácia ecológica. É a grande aposta 
para a iluminação atualmente: oferecida em vários formatos e variedade de cores, são indicadas 
para vários tipos de ambientes e uso. Pode ser usada em ambientes residenciais e comerciais, seja 
de forma pontual ou geral.
•	 Fibra ótica: são filamentos flexíveis formados por fibras de vidro ou plástico que transmitem luz 
de uma extremidade à outra. Apresenta uma boa relação de custo‑benefício e sua luminosidade 
pode ser direta na extremidade ou indireta no corpo do filamento. Boa para efeitos de decoração, 
é utilizada geralmente em iluminações de fachadas comerciais, forros de gesso ou nichos 
e estantes.
•	 Neon: são tubos preenchidos com gás neon, o que gera luminosidade em todo o seu comprimento. 
São extremamente plásticas, permitem formar desenhos em linhas e podem apresentar uma 
variedade de cores, o que as torna irreverentes e lúdicas. São utilizadas geralmente em eventos ou 
em fachadas comerciais e vitrines, mas tambémencontram aplicação em projetos residenciais.
4.1.2 Tipos de luminárias
Além dos tipos de lâmpadas, também existem luminárias variadas e que precisam ser escolhidas de 
acordo com o tipo de iluminação que se deseja, podendo seu uso variar dependendo da lâmpada utilizada. 
As luminárias também criam uma interferência estética no ambiente; portanto, devem ser escolhidas 
de acordo com o estilo e as cores. As mais comuns são:
•	 Embutida: iluminação direta ou difusa, com menor interferência estética.
•	 Semiembutida: iluminação direta ou difusa, com interferência estética parcial.
•	 Superficial (plafon): iluminação indireta ou difusa.
•	 Superficial (spot): iluminação direta.
•	 Superficial (arandela): iluminação indireta na parede.
•	 Em trilhos (spot): iluminação direta e mobilidade.
•	 Pendente: iluminação direta.
•	 Luminárias de mesa: iluminação direta ou indireta.
•	 Luminárias de piso: iluminação direta ou indireta.
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Figura 51 – Tipos de luminárias de teto e de parede 
Figura 52 – Tipos de luminárias de mesa e de piso 
4.1.3 Circuitos de acendimento
O planejamento da iluminação deve ser pensado em conjunto com a localização dos interruptores. 
É de extrema importância que o acendimento ou o desligamento das lâmpadas do ambiente sejam 
hierarquizados e que a sequência de acendimento seja pensada de acordo com a circulação das pessoas 
pelos ambientes.
Por exemplo, se uma pessoa chega a casa e acende a luz da sala no interruptor próximo à 
porta e se movimenta em direção ao quarto através do corredor, é mais confortável que ela possa 
apagar a luz da sala e acender a do corredor logo na sua entrada e que depois possa apagar a 
luz do corredor na outra extremidade, antes de entrar no quarto. Ainda é possível garantir que o 
quarto tenha dois interruptores, um próximo à porta e outro ao lado da cama, para que não seja 
necessário levantar da cama para apagar a luz. Essa sequência de acendimentos é planejada com o 
uso de interruptores paralelos.
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Outro caso é o de um ambiente que tenha vários tipos de iluminação – difusa, direta e indireta. 
É preciso planejar o acendimento de cada um desses tipos em um interruptor diferente, para que se 
possa criar o clima desejado no ambiente. Também é importante observar a circulação dos usuários 
pelo ambiente. Para isso, o projeto de iluminação deve ser pensado a partir da definição do layout e da 
disposição do mobiliário, das peças de decoração e dos equipamentos.
 Lembrete
O projeto de instalações elétricas precisa definir com exatidão o 
planejamento dos interruptores e seus sistemas de acendimento, para 
que seja executado de forma adequada.
Figura 53 – Planta baixa (iluminação e circuito) 
 Saiba mais
Consultar as normas da ABNT é importante para que o desenho técnico 
esteja adequado. Por isso, sugerimos o conhecimento da NBR 5444‑1989. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5444. 
Símbolos gráficos para instalações prediais. Rio de Janeiro, 1989.
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4.2 Tapetes 
Tapetes são peças individuais de cobertura fabricadas ou cortadas em 
tamanhos padronizados, muitas vezes com uma borda acabada. Eles não são 
feitos para cobrir todo o piso de um recinto, e sim simplesmente colocados 
sobre outro material de piso acabado (CHING; BINGGELI, 2013, p. 302).
Tapetes podem fazer muita diferença no Design de Interiores. Uma infinidade de tipos, cores e 
texturas oferecem possibilidades múltiplas de estilos, combinações e composições com as peças do 
mobiliário e podem apresentar diferentes funções em diferentes ambientes.
São usados como fator estético, devendo ser escolhidos com base no mobiliário e nas peças 
de decoração, por isso é importante que a escolha dos tapetes seja posterior à escolha e compra 
dos móveis. Ele pode seguir a mesma linha de cores e estampas, mas também pode ser marcado 
pelo contraste.
4.2.1 Utilização
A utilização dos tapetes deve ser pensada em relação ao melhor planejamento visual de cada 
ambiente. Na sala, pode oferecer destaque ao conjunto de peças de mobiliário e decoração, permitindo 
estabelecer uma separação visual entre a sala de estar e a sala de jantar e marcando os diferentes 
ambientes que a compõem. 
As cores e as estampas podem ser variadas, o importante é o resultado do conjunto que o tapete faz 
com o mobiliário, a decoração e os revestimentos. Em ambientes com cores suaves, pode ser interessante 
seguir a mesma linha, mas eles também podem servir para quebrar a monotonia, sendo coloridos e 
estampados. Já no caso de ambientes que já contenham muita cor e informações visuais, o indicado é 
seguir combinando o tapete e usando cores semelhantes.
Figura 54 – Tapete demarcando ambientes em uma sala
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Figura 55 – Tapete disposto em sala de estar espaçosa
A escolha do tapete deve estar em harmonia com o estilo e as cores do mobiliário. No entanto, 
é possível pensar em diversas possibilidades de composição partindo das dimensões que podem 
ocupar no ambiente. Salas largas podem ter tapetes maiores que delimitam todo o conjunto 
do mobiliário da sala de estar (conforme a figura anterior) ou tapetes menores, delimitando e 
destacando a área central do conjunto (conforme a figura a seguir). 
Figura 56 – Tapete disposto em sala de estar pequena
Já em salas menores, como em apartamentos, o ideal é que o tapete cubra todo o espaço entre o 
sofá e o rack, por exemplo, ou outra peça de mobília , pois ajuda a ampliar o ambiente. Tapetes pequenos 
podem trazer a sensação de estrangulamento, fazendo o ambiente parecer ainda menor.
Outra função do tapete em salas de televisão e dormitórios é aquecer o ambiente, já que é normal 
que as pessoas fiquem descalças neles quando estão nesses espaços. Assim, principalmente em pisos 
frios e cerâmicos, o tapete ajuda no conforto térmico. 
Em dormitórios de casal, é indicado o uso de um tapete que vá de um criado‑mudo a outro e 
também com sobra no pé da cama, para garantir comodidade aos dois. Mas também deve ter um 
tamanho menor, mas que ultrapasse as laterais e o pé da cama, sem chegar aos criados‑mudos. Sua 
localização deve ser experimentada, para que fique embaixo dos pés de quem levanta da cama. 
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Unidade II
Ainda é possível utilizar passadeiras formando um “U” ao redor da cama, propiciando o uso de peças 
menores. Mas há também usos criativos que quebram a ortogonalidade, como tapetes em posições 
diferentes e com estampas marcantes e contrastantes com o revestimento. 
Um tapete redondo no canto da cama também tem um resultado muito interessante. Já nos quartos 
de solteiro, além das mesmas composições utilizadas no quarto do casal, o uso de uma passadeira ao 
lado da cama já seria suficiente, ou então no centro do quarto, se a cama estiver encostada na parede.
 
Figura 57 – Duas formas diferentes de dispor um tapete em um dormitório de casal
Figura 58 – Tapete disposto ortogonalmente em um dormitório de casal
Outro aspecto relacionado ao uso dos tapetes é demarcar a circulação de um ambiente, ocupando o 
espaço livre entre as peças do mobiliário, ou ainda o uso de passadeiras em corredores e acessos ou no 
hall de entrada e até mesmo em lavabos. 
Quartos de criança podem receber tapetes coloridos e estampados, sendo recomendável que ele 
ocupe o centro do quarto, quando este está livre, para brincar no

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