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2° avaliação

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RESPOSTAS DA 1° AVALIAÇÃO - DIREITO PREVIDENCIÁRIO
MILENA VITÓRIA DE SOUSA GOMES
Questão 01) 
	 A priori, o artigo 194 da Constituição Federal afirma que a seguridade social compreende um conjunto de ações mediante a iniciativa dos Poderes Públicos, que possui como objetivo assegurar os direitos relacionados à saúde, previdência e à assistência social. Assim, pode-se dizer que a seguridade corresponde ao gênero do qual a previdência social é espécie.
        	A seguridade social foi um sistema de proteção criado em 1988 que consiste em um tripé: saúde, assistência e previdência. A saúde é um direito de todos e dever do Estado que independe de contribuição, a assistência social é um direito de todos que necessitam e também independe de contribuição, e a previdência social é um direito do trabalhador e dos seus dependentes que possui caráter contributivo e compulsório. O art. 194 da Constituição Federal enumera em sete incisos os princípios constitucionais da Seguridade Social, fixando os objetivos que regem a seguridade para garantir a proteção e a dignidade da pessoa humana, são eles: I – Universalidade da cobertura do atendimento, devendo proteger todos os indivíduos; II – Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV – Irredutibilidade do valor dos benefícios; V – Equidade na forma de participação no custeio; VI- Diversidade da base de financiamento; VII - Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregados, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
        	Por outro lado, a previdência social segundo o art. 201 da CF, fixa que ela deverá ser realizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, devendo dar cobertura nos casos de eventuais de doenças, invalidez, morte e idade avançada; proteção à maternidade, especialmente à gestante, proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário, etc. A previdência é um tipo de seguro na qual todo trabalhador de carteira assinada está automaticamente incluído, visto que ela possui filiação obrigatória. Bem como, sua participação se dá por meio de contribuições mensais que são descontadas do seu salário, logo possui caráter contributivo, assim no Brasil utiliza-se do modelo de repartição simples na qual os trabalhadores ativos financiam a aposentadoria de trabalhadores inativos já aposentados ou os pensionistas, logo existe uma solidariedade entre os participantes no custeio do sistema, cujos valores que são arrecadados destinam-se aos benefícios futuros. Existindo também a possibilidade da previdência privada, denominada previdência complementar prevista no art. 202 da CF que se caracteriza por ser um regime complementar e de caráter facultativo.  
        	Em relação ao Benefício de Prestação Continuada – BPC, ele é um benefício criado pela Lei orgânica da Assistência Social – LOAS, e tem como objetivo principal amparar os indivíduos que vivem sem condições mínimas de prover seu próprio sustento. Esse benefício é pago pelo Governo Federal, e diferentemente dos benefícios previdenciários ele não gera direito ao pagamento de 13° salário, como também não gera direito ao benefício de pensão por morte para os seus dependentes. O benefício ele pode ser concedido para idosos e pessoas com deficiência, entretanto existem alguns requisitos que devem ser atendidos, nos casos dos idosos é necessário que a pessoa tenha no mínimo 65 anos, e que a renda familiar por pessoa seja de até ¼ do salário mínimo, no entanto algumas decisões judiciais têm observado um entendimento diferente.
Para pessoas com deficiência, é necessário comprovar as limitações físicas, intelectuais, mentais ou motoras da pessoa que a impedem de exercer plenamente a sua vida em sociedade, por meio do trabalho e do relacionamento interpessoal, outro requisito é ter a renda familiar por pessoa de no máximo 1⁄4 do salário mínimo, entretanto, na justiça esse valor pode ser relativizado e cabe ao juiz fazer essa interpretação. Logo, vale destacar que o benefício é assistencial, ou seja, a pessoa não precisa estar contribuindo com o INSS, apenas nos casos citados acima comprovar a sua necessidade e preencher os requisitos necessários. 
REFERÊNCIAS 
RUSSO, Luciana. Seguridade Social é o mesmo que Previdência Social? Disponível em: https://lucianarusso.jusbrasil.com.br/artigos/112319034/seguridade-social-e-o-mesmo-que-previdencia-social . Acesso em: 01 maio 2021.
CARVALHO, Margarida Maria Campelo. O sistema da previdência social no Brasil e no mundo. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-previdenciario/o-sistema-da-previdencia-social-no-brasil-e-no-mundo/ . Acesso em: 01 maio 2021.
SILVA, Luis Pedro Rosa da. Seguridade Social é o mesmo que Previdência Social? Disponível em: https://jus.com.br/artigos/73568/seguridade-social-e-o-mesmo-que-previdencia-social . Acesso em: 01 maio 2021.
SILVA, Luzia Gomes da. Seguridade Social: Das origens e conceito aos princípios que sustentam o Estado Democrático do Direito. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-previdenciario/seguridade-social-das-origens-e-conceito-aos-principios-que-sustentam-o-estado-democratico-do-direito/ . Acesso em: 01 maio 2021.
CEOLIN, Monalisa. Benefício de Prestação Continuada (BPC): o que é? Disponível em: https://www.politize.com.br/beneficio-de-prestacao-continuada-bpc-o-que-e/ . Acesso em: 01 maio 2021.
CONSTITUIÇÃO Federal da República do Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm . Acesso em: 01 maio 2021.
Questão 02)
	 Os segurados do RGPS são divididos em obrigatórios e facultativos. Todos os cidadãos que exercem atividade remunerada, são compelidos a contribuírem para a Previdência Social, já os facultativos possuem a opção de escolher ser segurado ou não. Os segurados não possuem a possibilidade de exclusão voluntária, são eles: empregado doméstico, empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual e segurado especial. O empregado é caracterizado por ser todo aquele que exerce atividade remunerada, independente de natureza urbana ou rural, sob subordinação e mediante remuneração, logo o empregado possui a sua filiação automática à Previdência Social. O empregado doméstico é aquele que presta serviço na casa de família, subordinado e com remuneração mensal. O contribuinte individual foi criado pela lei n° 9.876/99 do qual reuniu três categorias anteriores, o empresário, autônomo e equiparado a autônomo em uma única categoria. É uma espécie bastante genérica, incluindo trabalhadores muito distintos entre si, por exemplo os sacerdotes, os motoristas de táxi, os vendedores ambulantes, etc. O trabalhador avulso, para efeitos previdenciários é definido como aquele que não possui vínculo empregatício e com intermediação obrigatória do gestor de mão de obra, segundo a lei n° 8.630/93, assim são considerados trabalhadores avulsos, o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, vigilância de embarcação e bloco; o ensacador de café, cacau, entre outros. O segurado especial é aquele trabalhador rural que utiliza-se do regime de economia familiar, logo, o trabalho dos membros da família é indispensável, não utilizando-se de mão de obra assalariada. Também se considera segurado especial o pescador artesanal, porém, deve executar suas atividades sem a contratação de empregados. E por fim, os segurados facultativos devem ter no mínimo dezesseis anos e não podem estar exercendo nenhuma atividade remunerada que os enquadre como segurados obrigatórios, sua inscrição deve ser feita diretamente no INSS, são considerados os segurados facultativos: a dona de casa, o estudante, aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social, etc.
        	O período de graça corresponde ao tempo definido em lei que você deixa de contribuir para o INSS, porém, ainda mantéma qualidade de segurado. Entretanto, o período de graça não conta para carência, e nem como tempo de contribuição, constitui apenas uma oportunidade ao trabalhador de obter uma nova atividade em um certo período de tempo. Os segurados obrigatórios possuem, no mínimo, 12 meses de período de graça. Assim, o empregado demitido mantém a qualidade de segurado por mais 12 meses, entretanto, vale destacar que existem situações em que esse tempo pode ser maior, no caso se o indivíduo possui 120 contribuições ou mais à Previdência Social, o período de graça aumenta em mais 12 meses, e não precisam ser consecutivas. Além disso, o indivíduo não pode ter perdido a qualidade de segurado durante as 120 contribuições, e nos casos de desemprego involuntário.  E já em relação aos segurados facultativos eles possuem 6 meses de período de graça após pagar o seu último recolhimento. 
REFERÊNCIAS 
SANTOS, Leticia Natalia Ribeiro da Silva. Segurados Obrigatórios do Regime Geral de Previdência Social. Disponível em: https://leticianrsilva.jusbrasil.com.br/artigos/296510566/segurados-obrigatorios-do-regime-geral-de-previdencia-social#:~:text=Os%20segurados%20do%20RGPS%20s%C3%A3o,tamb%C3%A9m%20estar%C3%A1%20coberto%20pelo%20RGPS . Acesso em: 01 maio 2021.
CUESTA, Ben-Hur. O que são Qualidade de Segurado e Período de Graça no INSS? Disponível em: https://ingracio.adv.br/periodo-de-graca/#:~:text=O%20per%C3%ADodo%20de%20gra%C3%A7a%20nada,mant%C3%A9m%20a%20qualidade%20de%20segurado . Acesso em: 01 maio 2021.
	
Questão 03)
	 O contribuinte individual é aquele que tem renda pelo trabalho, sem estar na qualidade de empregado. Geralmente, é o indivíduo que trabalha por conta própria em zona rural ou urbana, e que não possui subordinação. O artigo 11, V, da lei 8.213/91 fixa quais são contribuintes individuais, entre eles: padres, sócio-gerente ou cotistas de empresas, prestadores de serviço sem relação de emprego, etc. Diante disso, vale destacar a importância de o contribuinte individual realizar as prestações individuais ao INSS, logo, o segurado ao fazer esse pagamento estará trabalhando de maneira legalizada, bem como garantindo alguns benefícios previdenciários extremamente importantes para sua subsistência em casos de acidentes, doenças, por exemplo. Segundo o art. 18 da Lei 8.213/91 o segurado possui alguns direitos, como: a aposentadoria comum ou por invalidez; auxílio-doença; salário-família; Salário-maternidade; Pensão por morte e auxílio-reclusão para os dependentes. Vale destacar, que alguns benefícios estão condicionados ao plano de contribuição escolhido, que pode ser simplificado ou normal. 
Em síntese, a diferença entre ambos está no percentual de contribuição que o indivíduo pagará ao INSS e nas vantagens oferecidas. Diante disso, a previdência social possui caráter contributivo, de modo que apenas os contribuintes poderão usufruir destes benefícios, bem como, da aposentadoria. Assim, aqueles que não contribuem para o regime previdenciário não poderão se beneficiar desses direitos, logo, o trabalhador autônomo que não pagou as prestações ao INSS no momento da sua aposentadoria por idade não poderá usufruir dela. Entretanto, em alguns casos e cumprindo alguns requisitos necessários o trabalhador poderá ser amparado pelos benefícios garantidos pela assistência social. 
REFERÊNCIAS 
EDUARDO, Ricardo. Aposentadoria para autônomos: a importância de contribuir. 2019. Disponível em: https://w1consultoria.com.br/aposentadoria-para-autonomos-a-importancia-de-contribuir/#:~:text=A%20primeira%20grande%20vantagem%20%C3%A9,na%20contagem%20para%20sua%20aposentadoria. Acesso em: 02 maio 2021.
RAMOS, Waldemar. Tudo sobre o Segurado Contribuinte Individual do INSS. 2021. Disponível em: https://saberalei.com.br/contribuinte-individual/#:~:text=O%20Contribuinte%20individual%20geralmente%20%C3%A9,ou%20mais%20pessoas%2C%20mediante%20pagamento . Acesso em: 02 maio 2021.
Questão 4) 
a)	Segundo Castro o acidente de trajeto ou acidente in itinere é aquele que ocorre fora do ambiente de trabalho, porém, ainda assim, é considerado acidente de trabalho. Logo, acidente de trajeto é aquele sofrido pelo trabalho no caminho da residência até o trabalho ou vice-versa, independente do meio de locomoção, segundo o que está fixado na lei 8.213 em seu art. 21, inciso IV alínea “d”. Assim, acidente de trajeto é acidente de trabalho e o trabalhador tem diversos direitos previdenciários e trabalhistas, entre eles: a emissão da CAT, do auxilio doença acidentário pago pelo INSS, etc. Entretanto, vale destacar que a empregadora não possui obrigação de pagar indenização ao empregado acidentado, porém, existem exceções que devem estar presentes algumas condições para a responsabilização da empresa, ocorrência do fato, caracterização de danos, nexo de causalidade, são algumas delas. As situações mais comuns que a empresa é obrigada a pagar indenização ao acidente, são os casos em que o acidente de trajeto ocorre em veiculo fornecido pelo empregador, visto que em algumas jurisprudências a Justiça do trabalho entendeu que há nexo de causalidade e responsabilidade objetiva da empresa, independente de dolo ou culpa. 
Vale ressaltar, que apenas os acidentes de trajetos ocorridos entre 12.11.2019 e 20.04.2020 não são considerados acidentes de trabalho, pois estava em vigor a MP n° 905 que excluía a possibilidade dessa caracterização, entretanto a medida provisória não foi convertida em lei, e assim, os acidentes de trajetos anteriores e posteriores a este período são equiparados ao acidente de trabalho. 
REFERÊNCIAS
BARROS, Leonardo. Acidente de trajeto: as considerações da CLT. 2021. Disponível em: https://blog.tangerino.com.br/acidente-de-trajeto-as-consideracoes-da-clt/ . Acesso em: 04 maio 2021.
TRIGUEIROS, Marcelo. Acidente de trajeto em 2021: quais são os direitos do empregado acidentado? 2021. Disponível em: https://mtrigueiros.jusbrasil.com.br/artigos/1164977840/acidente-de-trajeto-em-2021-quais-sao-os-direitos-do-empregado-acidentado?utm_medium=social&utm_campaign=link_share&utm_source=Facebook . Acesso em: 04 maio 2021.
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista Lazzari. Manual de Direito Previdenciário. 11ª ed. Florianópolis: Conceito Editorial, 2016, p. 544.
b) 	A equiparação do acidente de trajeto ao acidente de trabalho garante ao empregado diversos direitos trabalhistas e previdenciários, entre eles o auxílio doença acidentário (código B91) pago pelo INSS, nos casos em que o trabalhador precisar se afastar do serviço por mais de quinze dias. A empresa deverá recolher normalmente o FGTS do trabalhador enquanto ele estiver afastado por esse benefício. Como também, o empregador é responsável pela emissão da CAT, sob pena de multa pelo Ministério Público. A sigla CAT significa comunicação de Acidente de trabalho, e este documento é exigido pela previdência social para fins de recolhimento de acidente de trabalho, acidente de trajeto e doença ocupacional. O empregador está obrigado a emitir a CAT até o primeiro dia útil subsequente contado do dia do acidente, ainda que o empregado não se afaste das suas atividades laborais. Ao fazer a emissão desse documento, o empregador deve indicar o código referente à atividade principal do estabelecimento, o CNAE. Ademais, é com a emissão da CAT que o empregado demonstra ter sofrido acidente de trabalho, com o direito de receber o auxílio doença acidentário. 
REFERÊNCIAS 
TRIGUEIROS, Marcelo. Quais os direitos trabalhistas no afastamento por auxílio-doença acidentário (espécie “91”)? 2021. Disponível em: https://mtrigueiros.jusbrasil.com.br/artigos/697217227/quais-os-direitos-trabalhistas-no-afastamento-por-auxilio-doenca-acidentario-especie-91 . Acesso em: 04 maio 2021.
INGRÁCIO, Aparecida. Auxílio-Acidente – O Que É, Quem Tem Direito e Como Funciona. 2020. Disponível em: https://ingracio.adv.br/auxilio-acidente/ . Acesso em: 04 maio 2021.
c) 	 O artigo 118 da lei 8.213/91 garante que o trabalhador que retornar do afastamento por auxílio-doença acidentário terá a estabilidade garantida peloprazo de 12 meses após o término do auxílio. Desse modo, o trabalhador ao retornar às suas atividades não poderá ser demitido durante este período, exceto por justa causa. Vale destacar as duas condições que existem para que um trabalhador tenha direito a esse benefício, primeiro é em caso de afastamento superior a 15 dias, e a outra é quando há uma consequente necessidade do auxílio-doença acidentário. Entretanto, é necessário que o trabalhador faça a emissão da CAT, que além de se destinar para fins de controle estatísticos junto aos órgãos Federais, visa também garantir a assistência acidentária.
  Em suma, o prazo mínimo de estabilidade concedido ao trabalhador é de 12 meses, logo, quando ele é considerado apto para retornar ao trabalho depois de um período de afastamento, ele deve ser mantido por no mínimo um ano em seu emprego. Ademais, mesmo que a empresa encerre suas atividades, o empregador não poderá demitir o funcionário. Nesse caso, a empresa deve pagar uma indenização referente ao período em que ele ainda tinha direito à estabilidade. 
REFERÊNCIAS 
CRUZ, Carlos Henrique. Emissão de CAT: Tudo o que você precisa saber. 2019. Disponível em: https://chcadvocacia.adv.br/blog/emissao-de-cat/ . Acesso em: 04 maio 2021.
RAMOS, Waldemar. Acidente de Trabalho: Estabilidade, Indenização e Benefícios no INSS. 2020. Disponível em: https://saberalei.com.br/acidente-de-trabalho/ . Acesso em: 04 maio 2021.
d) 	No Brasil existe a garantia de bem estar e justiça social aos trabalhadores, porém, a realidade vivida por muitos brasileiros não corresponde às garantias e direitos previstos em lei, como é o caso da reabilitação profissional. Segundo o artigo 62 da lei 8.213/91 o segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de recuperação para a sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade. Assim, os beneficiários de auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria especial ou aposentadoria por invalidez, são realocados para uma função compatível com as suas capacidades laborativas, logo, um trabalhador que sofreu acidente e em decorrência disso, perdeu toda ou parcialmente a sua aptidão para o trabalho, poderá receber uma nova função.
Ademais, o benefício de auxílio-doença não deverá ser interrompido até que o segurado esteja apto para desempenhar uma nova atividade que lhe garanta a subsistência, e em casos que for considerado não-recuperável deverá ser aposentado por invalidez. Entretanto, o que acontece na prática é que o trabalhador reabilitado é designado para uma tarefa ou atividade de menor relevância e muitas vezes a empresa não aceita de forma agradável esse trabalhador, mas, apenas por imposição do INSS.
Vale destacar, que o elemento mais importante da reabilitação é a capacitação do trabalhador para exercer alguma atividade que lhe garanta a subsistência. Entretanto, o que ocorre na prática é um sub aproveitamento da mão de obra deste trabalhador, que ao retornar às atividades é colocado para desempenhar funções de menor importância na empresa.  Diante disso, observa-se que o programa de reabilitação profissional disponibilizado pela Previdência Social, não funciona como deveria, necessitando ser modernizado e reestruturado. 
REFERÊNCIAS
RAMOS, Waldemar. Reabilitação profissional realizada pelo INSS e a volta do trabalhador com baixa instrução para o mercado de trabalho. 2020. Disponível em: https://saberalei.com.br/reabilitacao-profissional-realizada-pelo-inss/#:~:text=Quando%20a%20incapacidade%20ocorre%20por,essa%20estabilidade%20provis%C3%B3ria%20n%C3%A3o%20existe . Acesso em: 04 maio 2021.
CARVALHO, Margarida Maria Campelo. Reabilitação Profissional no INSS. 2019. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-previdenciario/reabilitacao-profissional-no-inss-2/ . Acesso em: 04 maio 2021.
Questão 05)
Segundo o art. 24 da Lei 8.231/91 o período de carência é caracterizado por ser o número mínimo de contribuições mensais que são indispensáveis para que o indivíduo faça jus ao benefício. Ela é sempre contada em meses e não em dias, desse modo carência é o número mínimo de meses pagos ao INSS para que o indivíduo ou o seu dependente possam ter direito aos benefícios previdenciários. A carência é indispensável para os benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, exigindo um período de carência de 12 meses, aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e aposentadoria especial com carência de 180 meses, podendo variar conforme a regra de transição da Lei 8.213/91 , salário-maternidade a carência é de 10 meses, porém, se o parto for prematuro, o período poderá ser reduzido em número igual aos meses de antecipação do nascimento e auxílio-reclusão a carência é de 24 meses.
Por outro lado, os benefícios que não exigem carência são: Pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente, auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho; Salário-maternidade para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa; Reabilitação profissional; Serviço Social; Benefícios pagos aos segurados especiais, exceto aposentadoria por tempo de contribuição. Logo, os benefícios citados são aqueles que a partir da primeira contribuição o beneficiário já pode desfrutar deles. Assim, vale destacar a importância de observar os períodos de carências e os benefícios que exigem o seu cumprimento mínimo.
REFERÊNCIAS
ORTIZ, Leticia. O Que é a Carência no INSS? Como Saber se Preciso? 2020. Disponível em: https://ingracio.adv.br/carencia-no-inss/#:~:text=Car%C3%AAncia%20%C3%A9%20o%20tempo%20m%C3%ADnimo,direito%20de%20receber%20um%20benef%C3%ADcio. Acesso em: 03 maio 2021.
CARRIJO, Wesley. INSS: Veja o que é a carência exigida para receber benefícios. 2021. Disponível em: https://www.jornalcontabil.com.br/inss-veja-o-que-e-a-carencia-exigida-para-receber-beneficios/ . Acesso em: 03 maio 2021.

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