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EMBRIOLOGIA 2ª semana OK x

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EMBRIOLOGIA 	 INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
 				SEGUNDA SEMANA				 Nº 2
MOORE. Embriologia Clínica. 6ª edição, 2000 - UniBH 
Implantação:
	Começa no fim da primeira semana e termina no fim da segunda.
	Conceitos: citotrofoblasto: células altamente mitóticas que renovam a camada de sinciciotrofoblastos; sinciciotrofoblastos: massa celular sem contornos em rápida expansão. Epiblasto (céls. Prismáticas) e hipoblasto (céls. Cubóides – endoderma primitivo): formados a partir do embrioblasto. Formam o disco embrionário bilaminar que dá origem às camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião.
	O sinciciotrofoblasto, ativamente erosivo, invade o estroma endometrial (estrutura de tec. Conj.) que sustenta os capilares e glândulas do útero. O que facilita a invasão no endométrio é a produção de enzimas proteolíticas que promovem a proteólise.
	A medida que o concepto adentra, as células do estroma, tornam-se carregadas de lipídios e glicogênio e por isso recebem o nome de células decíduas (reação da decídua). Essas células têm a função primária criar um local imunologicamente privilegiado para o concepto, entretanto quando as próximas ao sinciciotrofoblasto morrem, são englobadas pelos sinciciotrofoblastos servindo, mais tarde, junto às glândulas do estroma e o sangue materno de nutrição para o embrião.
	Formação da Cavidade Amniótica, disco embrionário e saco vitelino:
	Durante a implantação, aparecem a partir do epiblasto, células amniogênicas (amnioblastos) que formam uma membrana denominada âmnio (um dos anexos embrionários). Entre o epiblasto e o âmnio é formada a cavidade amniótica.
	Na parte inferior do disco embrionário, o hipoblasto dá origem às células exocelômicas que formam a membrana exocelômica. Entre hipoblasto e memb. exocelômica forma-se a cavidade exocelômica (antiga cavidade blastocística).
	A membrana e cavidade exocelômica, modificam-se rapidamente para formar o saco vitelino primitivo. As células do saco vitelino primitivo ainda dão origem ao mesoderma extraembrionário (camada de tec. Conj. Frouxo) – células que preenchem o espaço entre o citotrofoblasto e as cavidades.
	No dia 10 o concepto humano já está completamente implantado, com apenas uma falha no epitélio endometrial preenchida por um tampão (um coágulo fibroso de sangue) que dura cerca de dois dias.
	No sinciciotrofoblasto aparecem lacunas – influência do estrógeno e da progesterona provenientes do corpo lúteo – que logo se enchem de sangue materno provenientes de capilares e de secreções glandulares uterinas erodidos. O processo:
	O mesoderma extraembrionário aumenta e espaços isolados aparecem dentro dele; fusão dos espaços leva à formação do celoma extraembrionário; diminuição do saco vitelino primitivo – formação do saco vitelino secundário.
O fluido, denominado embriotrofo, chega ao disco embrionário por difusão. No dia 12, as lacunas já se fundiram formando as redes de lacunas. Estas redes constituem os primórdios dos espaços intervilos da placenta. Os capilares em torno do embrião tornam-se congestos e dilatados formando sinusóides que são erodidos e fluem para as redes de lacunas, formando a circulação uteroplacentária. O sangue oxigenado flui para as lacunas vindo das artérias espiraladas do endométrio, e o sangue desoxigenado é removido através das veias endometriais.
	No mesoderma extraembrionário forma-se uma cavidade cheia de fluido denominada celoma extraembrionário. Esta cavidade envolve o âmnio e o saco vitelino exceto onde eles se prendem ao córion (mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas de trofoblasto) pelo pedículo (cordão) do embrião. O saco vitelino primitivo, com a formação do celoma extraembrionário, perde uma parte para formar o saco vitelino secundário (definitivo).
	O saco vitelino não contém vitelo. Funciona como um transporte seletivo de materiais nutritivos para o disco embrionário.
	Desenvolvimento do saco coriônico:
	Ocorre no fim da segunda semana. Acontece primeiro a proliferação de células do citotrofoblasto que produz extensões celulares que penetram no sinciciotrofoblasto. Tais extensões vão formar as vilosidades coriônicas primárias.
	O celoma extraembrionário divide o mesoderma extraembrionário em duas camadas: mesoderma somático extraembrionário que reveste o trofoblasto e recobre o âmnio, juntos formam o córion; e o mesoderma esplâncnico extraembrionário que envolve o saco vitelino.
	O celoma extraembrionário passa a ser chamado de cavidade coriônica. O embrião de 14 dias forma uma placa precordal, que é a transformação de células cúbicas em prismáticas do hipoblasto em uma área localizada. Estas serão o futuro local de origem da boca e de um importante organizador da região da cabeça.
	Locais de implantação do blastocisto: no endométrio do útero geralmente na parte superior e posterior. Podendo ainda ocorrer na parte anterior, entretanto com menos freqüência. 
	
Gestação ectópica – ocorre fora do local esperado. Pode acontecer em vários lugares sendo a mais comum a tubária (95%, ou seja, 1-200 gravidezes). Outros locais são no ovário, no abdômen (principal causa de morte materna devido à hemorragias internas), próximo ao colo do útero ou peritônio. Nesses casos não há chances de nascer, exceto em casos excepcionais. Produz mais lentamente HCG do que em uma gravidez normal, por isso em testes feitos muito cedo pode dar o resultado falso-negativo. 
	Gestação tubária: ocorrem na maioria dos casos na ampola e no istmo da tuba uterina, mais freqüente em mulheres acima dos 35 anos e não brancas. Sintomas: dor abdominal muito forte e maior sensibilidade, sangramento anormal e irritação do peritônio pélvico (pode ser confundida com apendicite, principalmente quando ocorre do lado direito); tratamento: salpingectomia (remoção da tuba afetada e do concepto cirurgicamente) ou injeção de metotrexato, destruição e absorção dos produtos de concepção. 
	Inibição da implantação: estrógeno – pílula do dia seguinte; dietilestilbestrol – acelera a passagem do zigoto, aumenta o batimento ciliar; RU486 – destruição do concepto atua via corrente sanguínea ao interferir com o ambiente hormonal do embrião em implantação; DIU – reação inflamatória, não encontra um ambiente propício para a implantação, libera substâncias químicas que modificam o ambiente.

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