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Desenvolvimento embrionário humano

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EMBRIOGENÊSE
CAPACITAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES
Após a ejaculação, os espermatozoides lançados no trato reprodutivo feminino devem alcançar a ampola da tuba uterina, onde ocorre o processo de fecundação. Para que essa locomoção ocorre, os gametas masculinos se utilizam das contrações musculares do útero e de movimentos helicoidais realizados pela cauda. 
Capacitação – é o processo de condicionamento no sistema genital feminino que possibilita os espermatozoides condições ideais para fertilizar o oócito. 
Esse processo se dá principalmente na tuba uterina, por meio de interações epiteliais entre o espermatozoide e enzimas encontradas na superfície da mucosa da tuba. Desse modo, a camada de glicoproteínas e proteínas plasmáticas seminais que recobre a região acrossômica é removida da membrana plasmática do espermatozoide. Assim, os gametas se tornam aptos a passar pelas células da coroa radiada e sofrer a reação acrossômica. 
A reação acrossômica, que ocorre após à ligação à zona pelúcida, é induzida por proteínas da mesma. Essa reação culmina na liberação das enzimas necessárias para a penetração da zona pelúcida. 
primeira semana
O desenvolvimento começa na fecundação, quando um espermatozoide penetra um oócito para formar o zigoto, que é uma célula totipotente altamente especializada, que tem a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de célula. 
Fecundação
Fecundação – uma complexa sequência de eventos moleculares coordenados que começa com o contato entre um espermatozoide e um oócito. Ela termina com a mistura de cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto. 
Algumas moléculas de ligação a carboidratos e proteínas que estão presentes na superfície dos gametas (oócito ou espermatozoide) estão envolvidas na quimiotaxia dos espermatozoides e no reconhecimento dos gametas, e consequentemente na fecundação. 
Local – ampola da tuba uterina
1. O espermatozoide passa pela coroa radiada – essa entrada pelas células da granulosa da coroa radiada acontece principalmente por conta da ação da enzima hialuronidase que é liberada do acrossoma do espermatozoide. Outras enzimas da mucosa tubária também parecem auxiliar a hialuronidase. Além disso, os movimentos caudais dos espermatozoides também auxiliam. 
2. Penetração na zona pelúcida – ela também ocorre por ação de enzimas liberadas pelo acrossoma: acrosina, esterases e neuraminidase, causam a lise da zona pelúcida, formando um caminho para que o espermatozoide chegue ao oócito. 
3. Fusão das membranas do oócito e do espermatozoide – quando ocorre a fusão, grânulos do oócito são liberados no espaço perivitelino (entre o oócito e zona pelúcida), resultando em alterações na zona pelúcida (reação zonal/bloqueio). Essas alterações evitam a entrada de outros espermatozoides. Apenas a cabeça e a cauda do espermatozoide entra no citoplasma do oócito, a membrana dele e a mitocôndria ficam para trás. 
4. Finalização da segunda divisão meiótica – formando um oócito maduro e o segundo corpo polar. O núcleo do oócito madura se torna o pronúcleo feminino. 
5. Formação do pronúcleo masculino – dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozoide se alarga e a cauda se degenera para formar o pronúcleo masculino. Durante o crescimento, os pronúcleos masculino e feminino (oótide/ovótide) replicam seu DNA. 
6. Lise das membranas pronucleares – ocorre a condensação dos cromossomos, o arranjo dos cromossomos (23 + 23) para a divisão celular mitótica e a primeira divisão de clivagem do zigoto (quando ocorre a fusão dos pronúcleos). 
clivagem do zigoto
Clivagem - sucessivas divisões mitóticas que irão resultar em um aumento do número de células, formando os blastômeros. Durante a clivagem, o zigoto ainda se encontra envolto pela zona pelúcida. 
Após passarem de 8 células, os blastômeros mudam sua forma e se agrupam uns aos outros – é o fenômeno da compactação. Já quando existem 12 a 32 blastômeros, se inicia o período de Mórula. 
Concepto – inclui o embrião desde a fecundação e suas membranas. 
mórula
Esse processo de clivagem vai ocorrendo enquanto a mórula vai sendo transportada para o útero. Após ela chegar lá, o fluido da cavidade uterina começa a passar através da zona pelúcida para formar um espaço preenchido por esse fluido no interior da mórula – a cavidade blastocística, dando origem ao Blastocisto. 
blastocisto
À medida que esse fluido aumenta, os blastômeros vão se reorganizando em duas partes: 
· Trofoblastos – camada externa delgada que formará a parte embrionária da placenta.
· Embrioblasto – um aglomerado de blastômeros que é o primórdio do embrião. 
formação do blastocisto
Após o blastocisto permanecer suspenso no fluido do útero por cerca de 2 dias, a zona pelúcida se degenera e desaparece. Isso permite com que o blastocisto aumente rapidamente de tamanho. Enquanto está flutuando livremente no útero, o blastocisto obtém nutrição das secreções das glândulas uterinas. 
Aproximadamente 6 dias depois da fecundação, o blastocisto vai aderir ao endométrio, se iniciando a proliferação e a diferenciação em duas camadas: 
· Citotrosfoblasto – uma camada interna de células.
· Sinciciotrofoblasto – camada externa que é uma massa protoplasmática multinucleada formado por fusão de células.
Os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto (se expandem na região adjacente ao embrioblasto – o polo embrinonário) se estendem para o endométrio e invadem o tecido conjuntivo endometrial. No final da primeira semana, o blastócitos está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio e obtém nutrição dos tecidos maternos.
O sinciciotrofoblasto produz enzimas proteolíticas que vão erodir os tecidos maternos e possibilitar com que o blastocisto se implante dentro do endométrio. Ele produzirá também o HCG, mantendo assim o corpo lúteo funcional produzindo progesterona.
Essa invasão do sinciciotrofoblasto no endométrio pode causar um pequeno sangramento, que é chamado de Sinal de Hartman, o qual as mulheres podem relacionar a menstruação porém não é. 
No fim da primeira semana, uma cada de células cuboides, denominada hipoblasto, surge na superfície do embrioblasto, voltada para a cavidade blastocística. 
segunda semana
A implantação do blastocisto é concluída durante a segunda semana. O sinciciotrofoblasto continua invadindo o tecido conjuntivo do endométrio, aprofundando cada vez mais o blastocisto no endométrio. 
As células do tecido conjuntivo uterino ao redor do local da implantação ficam carregadas de glicogênio e lipídios. Algumas dessas células – células deciduais – se degeneram adjacentes ao sinciciotrofoblasto que está se aprofundando. O sinciciotrofoblasto fagocita essas células em degeneração, o que fornece uma fonte rica de nutrição para o embrião. 
O sinciciotrofoblasto produz o HCG que mantém o desenvolvimento das artérias espilaradas no miométrio e o corpo lúteo viável.
À medida que a implantação progride, ocorrem mudanças no embrioblasto que irá formar uma placa achatada de células (disco embrionário/bilaminar) que consiste em duas camadas: 
· Epiblasto – camada mais espessa, consiste em células colunares altas e que tem relação com a cavidade amniótica. 
· Hipoblasto – camada mais fina, consiste em células cuboides pequenas adjacentes a cavidade exocelômica. 
Logo depois, os amnioblastos se separam do epiblasto e se organizam para formar uma membrana fina, o âmnio, que reveste a cavidade amniótica. O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e se continua perifericamente com o âmnio. 
Líquido Amniótico – enche a cavidade amniótica, a maior parte do líquido inicialmente vem do sangue materno porém mais tarde o líquido vai ser preenchido por urina do feto. Ele serve como um amortecedor para impactos, ajuda a regular a temperatura, ajuda a evitar que o feto seque e evita aderências entre a pele do feto e os tecidos circundantes. As células embrionárias também são descartadas nesse líquido, podendo ele ser analisado pela amniocentese (retirada de um pouco de líquido amniótico para analisar ascélulas fetais e as substâncias dissolvidas ali).
O hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica (antiga cavidade blastocística) e se continua com as células que migraram do hipoblasto para formar a membrana exocelômica. Essa membrana circunda a cavidade exocelômica e reveste a superfície interna do citotrofoblasto. A membrana e a cavidade exocelômica se modifica e forma o saco vitelino primário. 
Saco Vitelino – fornece nutrientes para o embrião (segunda-terceira semanas), contém as células germinativas primordiais que irão depois migrar para as gônadas em desenvolvimento e diferenciar-se em células germinativas primitivas e formar gametas, faz parte do intestino, amortece impactos e evita o ressecamento do embrião. 
A camada mais externa de células do saco vitelino forma uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o mesoderma extraembrionário. 
Quando o âmnio, o disco embrionário e o saco vitelino primário se formam, aparecem lacunas no sinciciotrofoblasto que são preenchidas com uma mistura de sangue materno que veio dos capilares endometriais rompidos + restos das glândulas uterinas que foram destruídas nesse processo. Isso representa o início da circulação uteroplacentária. Quando o sangue materno flui para o interior das lacunas, o oxigênio e as substâncias nutritivas tornam-se disponíveis para os tecidos extraembrionários ao longo da grande superfície dos sinciciotrofoblastos. O sangue oxigenado das artérias espiraladas no endométrio passa para as lacunas, o sangue pobre em oxigênio é removido das lacunas pelas veias endometriais. 
No 10º dia o embrião já está completamente implantado no endométrio. Depois de 2 dias, a descontinuidade no epitélio do endométrio é preenchida por um tampão de fibrina que depois vai ser coberto pela próprio epitélio uterino. 
Com a completa implantação do embrião, as células do tecido conjuntivo endometrial sofrem uma transformação – a reação decidual. Essas células vão acumular glicogênio e lipídios, ficando com seu citoplasma intumescido e são chamadas células deciduais secretoras. A função primária da reação decidual é fornecer um local imunologicamente privilegiado para o concepto. 
Com 12 dias, as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes se anastomosaram para formar redes lacunares e os capilares ao redor do embrião se dilatam para formar os sinusoides que irão se romper e o sangue fluir para as redes lacunares. As células do estroma endometrial e glândulas degeneradas, junto com o sangue materno, fornecem uma rica fonte de material para a nutrição embrionária. 
Com essas mudanças, o mesoderma extraembrionário aumenta e dentro dele aparecem os espaços celômicos extraembrionários, que vão depois se juntar para formar uma grande cavidade que é o celoma extraembrionário que irá circundar o âmnio e o saco vitelino, exceto onde eles se ligam ao cório pelo pedúnculo. À medida que o celoma se forma, o saco vitelino primário diminui de tamanho e forma o saco vitelino secundário. 
O final da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias. A proliferação das células citotrofoblásticas produz extensões celulares que crescem no interior do sinciciotrofoblasto. Essas projeções são as vilosidades coriônicas primárias, que é o primeiro estágio no desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta. 
O celoma vai dividir o mesoderma extraembrionário em duas camadas: 
· Mesoderma Somático Extraembrionário – aquele vai estar em contato com os citotrofoblastos e com o âmnio.
· Mesoderma Esplâncnico Extraembrionário – aquele que vai estar em contato com o saco vitelino. 
O mesoderma somático extraembrionário, o citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto formam o cório, que forma a parede do saco coriônico. O embrião, o saco amniótico e o saco vitelino estão suspensos na cavidade coriônica pelo pedúnculo de conexão. 
Cório – principal parte embrionária da placenta, protege o embrião e o feto de respostas imunes da mãe (bloqueia a produção de anticorpos da mãe, estimula linfócitos T que suprimem a resposta imune normal do útero) e produz HCG. 
terceira semana
Ela se inicia com o processo de Gastrulação, no qual o disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar (formando os 3 tecidos embrionários: ectoderma, endoderma e mesoderma). 
gástrula
A gastrulação vai iniciar com a formação da linha primitiva que aparece na região dorsal do disco embrionário. Essa banda linear espessada é resultado da proliferação e migração de células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. Ela estabelece as extremidades cranial e caudal do embrião, bem como os seus lados direito e esquerdo. 
Na extremidade cranial da linha primitiva, um pequeno grupo de células epiblásticas irá formar o nó primitivo. Ao mesmo tempo em que um sulco primitivo se forma no meio da linha primitiva, e ele termina com uma depressãozinha que é a fosseta primitiva. 
Depois de um tempo da linha primitiva ter se formado, algumas células da parte mais profunda do sulco primitivo irão migrar para ficar entre o hipoblasto e o epiblasto, formando o mesoderma e consequentemente o disco trilaminar embrionário. 
A endoderme e ectoderme são formadas por epitélio de células bem agrupadas mas a mesoderme é um tecido conjuntivo frouxamente organizado. 
formação da notocorda
Algumas células mesodérmicas do nó primitivo migram em direção à extremidade cefálica do embrião e formam um tubo oco (canal notocordal) de células na linha média, chamado de processo notocordal. Passado uns dias, esse processo se torna um cilindro sólido de células chamado de notocorda. A notocorda induz determinadas células mesodérmicas a se desenvolver em corpos vertebrais, assim como formam o núcleo pulposo dos discos intervertebrais. 
Notocorda – ela define o eixo do embrião, dá alguma rigidez à ele, serve como base para o desenvolvimento do esqueleto axial e indica o futuro local dos corpos vertebrais. E a coluna vertebral vai se formar em torno dela. A notocorda se degenera e desaparece como parte do corpo das vértebras mas partes dela persistem como o núcleo pulposo de cada disco intervertebral. 
Surge também, durante a terceira semana, duas depressões suaves na superfície dorsal do embrião nas quais a endoderme e a ectoderme entram em contato mas sem ter mesoderme entre elas: 
· Membrana Orofaríngea – mais próxima da extremidade cefálica, que se degenera na quarta semana para ligar a cavidade bucal à faringe e ao restante do sistema digestório. 
· Membrana Cloacal – mais próxima da extremidade caudal, se degenera na sétima semana para formar as aberturas do ânus e dos sistemas urinário e genital. 
Quando a membrana cloacal aparece, a parede do saco vitelino forma um pequeno prolongamento vascularizado que é o alantoide, que vai se estender até o pedúnculo vitelino. 
Alantoide – em organismos não mamíferos ele possui um papel de trocas gasosas e remoção de resíduos, porém em humanos (devido a placenta fazer essas funções) ele não é tão desenvolvido, porém ele atua na formação inicial do sangue e vasos sanguíneos, assim como está associado ao desenvolvimento da bexiga urinária. Os vasos sanguíneos dele se tornam as artérias e veias umbilicais. 
neurulação
É o processo no qual a placa neural, as pregas neurais e o tubo neural vão ser formados.
A notocorda vai induzir as células ectodérmicas sobre ela a se espessarem para formar a placa neural. Essas células da placa neural recebem o nome de células neuroepiteliais/neuroectoderma. No fim da terceira semana, as bordas laterais da placa neural se tornam mais elevadas e formam a prega neural, formando também uma região mediana deprimida que é o sulco neural. Em geral, as pregas neurais se aproximam uma da outra e se fundem, formando assim o tubo neural. Essa formação se inicia na parte média do dorso do embrião e depois vai progredindo para as extremidades (caudal e cefálica). As células do tubo neural se tornam o encéfalo e a medula espinal. 
Conforme o tubo neural se forma, algumas células ectodérmicas do tubo migram de modo aformar várias camadas de células, chamadas de crista neural. As células da crista neural dão origem a todos os neurônios sensitivos e neurônios pós-ganglionares dos nervos periféricos, medula da glândula suprarrenal, melanócitos, aracnoide-máter e pia-máter do encéfalo e da medula espinal, assim como os componentes dos tecidos esquelético e conjuntivo da cabeça.
À medida que as dobras neurais vão se fundindo para formar o tubo neural, algumas células neuroectodérmicas que estavam na dobra, perdem suas afinidades epiteliais e a adesão com as células vizinhas, fazendo com que elas migrem para cada lado do tubo neural. Elas formam uma massa irregular e achatada, que é a crista neural. As células da crista neural migram e se espalham pelo mesênquima e vão se diferenciar em vários tipos celulares (gânglios espinais e do SNA, bainhas dos nervos periféricos, a pia-máter e a aracnoide). 
somitos
O mesoderma intraembrionário adjacente à notocorda e ao tubo neural formam um par de colunas longitudinais, que é o mesoderma para-axial. Esse mesoderma vai ser continuo lateralmente com o mesoderma intermediário (massa cilíndricas) que depois vai se afinar para o formar o mesoderma lateral (massa achatada que por sua vez é contínuo com o mesoderma extraembrionário). 
Perto do final da terceira semana, o mesoderma para-axial vai se diferenciar e começar a se dividir, formando os somitos que são corpos aos pares cuboides que estão em cada lado do tubo neural. O primeiro par de somitos aparece no final da terceira semana, perto da extremidade craniana da notocorda, depois esse desenvolvimento deles continua no sentido craniocaudal. 
A quantidade de somitos que se desenvolve ao longo de um determinado período pode ser correlacionada com a idade aproximada do embrião. 
Cada somito vai se diferenciar em 3 regiões: miótomos (músculos esqueléticos do pescoço, tronco e membros), dermátomos (tecido conjuntivo, como a derme) e os esclerótomos (vértebras e costelas).
celoma intraembrionário
Vai começar com o surgimento de pequenos espaços na mesoderme lateral. Esses espaços logo se fundem para formar uma cavidade maior que é o celoma intraembrionário. Essa cavidade vai dividir a mesoderme lateral em duas partes: 
· Mesoderme Esplâncnica/Esplancnopleura – contínua com o mesoderma extraembrionário que recobre a vesícula umbilical.
· Mesoderme Somática/Somatopleura – contínua com o mesoderma extraembrionário que recobre o âmnio. 
A somatopleura + ectoderma sobreposto formam a parede do corpo embrionário, enquanto que o mesoderma + endoderma forma a parede do intestino. Durante o segundo mês, esse celoma intraembrionário vai ser dividido em 3 cavidades: cavidade pericárdica, pleurais e peritoneal. 
desenvolvimento do sistema cardiovascular 
Ao final da segunda semana, a nutrição embrionária tá sendo obtida do sangue materno que passa por difusão através do celoma extraembrionário e do saco vitelino. Porém no inicio da terceira semana, começa a angiogênese na mesoderme extraembrionária do saco vitelino, pedúnculo vitelino e cório. 
As células da mesoderme extraembrionária se diferenciam em hemangioblastos que se transformam nos angioblastos, esses irão se agrupar e formar as ilhotas sanguíneas. Vai surgir depois espaços nessas ilhotas sanguíneas que formará o lúmen dos vasos sanguíneos e alguns angioblastos ficam em torno de cada espaço para formar o endotélio e as túnicas dos vasos. Conforme as ilhotas vão crescendo e se fundindo, elas formam um sistema de vasos. 
Cerca de 3 semanas após a fertilização, as células do sangue e do plasma começam a se desenvolver externamente ao embrião a partir dos hemamgioblastos nos vasos sanguíneos nas paredes do saco vitelino, alantoide e cório. Esses hemangioblastos se desenvolvem em células tronco pluripotentes que formam as células sanguíneas. Enquanto que a formação do sangue no interior do embrião se dá pela 5º semana no fígado e 12º no baço, medula óssea vermelha e timo. 
O coração se forma a partir da mesoderme esplâncina (área cardiogênica). Em resposta a sinais de indução da endoderme, essas células mesodérmicas formam um par de tubos endocárdicos que depois se fundem formando um tubo primitivo cardíaco. 
No final da terceira semana, o tubo primitivo se inclina sobre si mesmo, formando um S e começa a se contrair. Depois ele se une aos vasos sanguíneos em outras partes do embrião, pedúnculo vitelino, cório e saco vitelino para formar um sistema circulatório primitivo. 
vilosidades coriônicas
São projeções digitiformes do córion que invadem para dentro da parede do endométrio. No final da terceira semana, os capilares sanguíneos vão se desenvolver dentro dessas vilosidades. Esses vasos se conectam ao coração embrionário por meio das artérias umbilicais e veia umbilical ao longo do pedúnculo vitelino, que por fim se formará o cordão umbilical. 
Os capilares das vilosidades se projetam para as lacunas que irão se unir para formar os espaços intervilosos que banham as vilosidades coriônicas com sangue materno, fazendo com que o sangue materno banhe os vasos sanguíneos fetais. Porém, os vasos maternos e fetais não se unem e o sangue não se mistura, em vez disso o oxigênio e os nutrientes do sangue contido nos espaços intervilosos se difundem através das membranas nucleares para os capilares fetais das vilosidades. Já os produtos residuais, dióxido de carbono, se difundem no sentido oposto. 
quarta semana
O período entre a 4º e a 8º semana é muito importante porque é nele que os principais órgãos surgem (organogênese), mesmo que as funções ainda não estejam sendo desempenhadas no nível máximo. 
Durante a quarta semana, o embrião passa por mudanças muito grandes tanto na forma quanto no tamanho dele, chegando a quase triplicar. Isso vai ocorrer por conta de um processo que é o dobramento do embrião, o qual é ocasionado pelas diferentes taxas de crescimento em várias partes do embrião, principalmente do crescimento longitudinal rápido (tubo neural). Esse dobramento vai formar uma prega caudal e uma cefálica, assim como duas laterais. 
As pregas laterais, conforme vão chegando na linha média, incorporam a parte dorsal do saco vitelino como intestino primitivo que depois vai se diferenciar em intestino anterior, médio e posterior. 
A membrana orofaríngea (extremidade cranial do embrião) faz a separação entre a futura região da faringe do intestino anterior e o estomodeu (a futura cavidade oral). Por conta da prega cefálica, o intestino anterior e o estomodeu se aproximam e quando a membrana orofaríngea se degenera, durante a 4º semana, a região da faríngea é posta em contato com o estomodeu. 
A cloaca do intestino posterior é separada do proctodeu (uma pequena cavidade na região caudal) pela membrana cloacal. Durante o desenvolvimento a cloaca se divide em seio urogenital ventral e um canal anorretal dorsal. Devido ao dobramento caudal, a membrana cloacal, o seio urogenital, o canal anorretal e o proctodeu se aproximam e quando a membrana se degenera, ocorre a formação das aberturas urogenital e anal. 
Além do dobramento, ocorre o desenvolvimento de cinco pares de arcos faríngeos em cada um dos lados da onde será as regiões da cabeça e do pescoço. Esses arcos formam intumescências na superfície do embrião. No interior de cada um deles, se tem uma artéria, um nervo craniano, hastes de esqueleto cartilaginoso que suportam o arco e tecido muscular que se insere nessas hastes com a função de movê-las. 
Na parte ectodérmica desses arcos, cada um deles é separado por uma fenda faríngea. Cada arco vai dar origem a estruturas específicas da cabeça e do pescoço, por isso que cada um deles contém um componente para esse desenvolvimento. 
O primeiro sinal de uma orelha, que posteriormente será a orelha interna, aparece como uma área espessa da ectoderme (placoide óptico). Já outra área espessada da ectorderme forma o placoide de lente, que se tornará o olho. 
Pela metade da quarta semana, os membros superiores começam a se desenvolver como brotos de mesoderme recobertos por ectoderme – brotosdos membros superiores. No final da quarta semana, se desenvolvem os brotos dos membros inferiores. O coração também forma uma proeminência ventral, chamada de proeminência do coração. No final da quarta semana, o embrião possui uma cauda distinta. 
quinta semana
As mudanças são pequenas na forma do corpo em comparação com as mudanças da quarta semana. 
· O crescimento da cabeça vai ser maior do que o crescimento de outras regiões, devido ao desenvolvimento rápida das proeminências encefálicas e faciais.
· Cristas Mesonéfricas – localização dos rins mesonéfricos, que são os primórdios dos rins permanentes.
sexta semana
· Movimentos espontâneos – como contrações do tronco e membros
· Respostas reflexas ao toque
· Raios Digitais – são os primórdios dos dedos e eles começam a se desenvolver nas placas das mãos
· Saliências Auriculares – pequenas intumescências que se desenvolvem para a formação do pavilhão auricular. 
· Olhos bem evidentes por conta da pigmentação da retina. 
· A cabeça é muito maior do que o tronco e está encurvada sobre a proeminência cardíaca (flexão da região cervical)
· Herniação Umbilical – entrada dos intestinos para o celoma extraembrionário devido ao pequeno tamanho da cavidade abdominal para o rápido crescimento do intestino. 
sétima semana
· Mudanças nos membros 
· Separação parcial entre os raios digitais 
· Canal Onfaloentérico – comunicação entre o intestino primitivo e o saco vitelino 
oitava semana
· Dedos das mãos estão separados
· Chanfraduras nos raios digitais dos pés
· Plexo vascular do couro cabelo 
· Primeiros movimentos coordenados dos membros 
· Eminência caudal tipo cauda desaparece
· O embrião tem características humanas porém a cabeça ainda é desproporcionalmente grande, constituindo quase metade do embrião.
· Região do pescoço definida
· Pálpebras estão se fechando
· Os intestinos ainda estão na região proximal do cordão umbilical 
· Pavilhão auricular começa a ter a forma final mas ainda tem implantação baixa

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