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mundo integraintegra linguagens e suas tecnologias Projetos Integradores mundomundo integra LUCIANA MARQUES FERRAZ MARCOS ROBERTO SOUZA BROGNA MARLI FERREIRA DE SOUZA MONICA MARIA RIBEIRO MUMME VINICIUS ITALO SIGNORELLI ENSINO MÉDIO VOLUME ÚNICO Área do Conhecimento: LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS Manual do professor G U I A P N L D G U I A P N L D Manual do professor mundo integraintegra linguagens e suas tecnologias Projetos Integradores mundomundo integra Canoas • 1a edição • 2020 LUCIANA MARQUES FERRAZ Formada em Letras e Psicologia, com mestrado em Psicologia e doutorado em Letras, pela Universidade de São Paulo (USP). Professora de Língua Portuguesa na rede particular de ensino. MARCOS ROBERTO SOUZA BROGNA Graduado em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Professor universitário, pesquisador nas áreas de diversidade, inclusão e dialogismo. MARLI FERREIRA DE SOUZA Graduada em Pedagogia e mestre em Educação, na área de Estado, Sociedade e Educação, pela Universidade de São Paulo (USP). Professora da educação básica. MONICA MARIA RIBEIRO MUMME Graduada em Psicologia pela Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (IBMR). Consultora e formadora em Educação para a Paz, Justiça Restaurativa e em novos repertórios de convivência. VINICIUS ITALO SIGNORELLI Licenciado em Física pela Universidade de São Paulo (USP), professor de Física e de Ciências da Natureza. Autor de livros didáticos, produz materiais para educação tecnológica e pensamento computacional. ENSINO MÉDIO VOLUME ÚNICO Área do Conhecimento: LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS G U I A P N L D © Luciana Marques Ferraz, Marcos Roberto Souza Brogna, Marli Ferreira De Souza, Monica Maria Ribeiro Mumme, Vinicius Italo Signorelli, 2020 © Editora TULIPA, 2020 Coordenação editorial e de produção: DB Produções Editoriais Coordenação de projetos: Ana Maria Onofre e Cecília Kinker Assessoria pedagógica: Wilma Lima Edição de texto: Robson Falcheti Peixoto e Samir Thomaz Revisão: Lucila Miguel Facchini, Mônica d’Almeida, Solange Scattolini e Vera Rodrigues Projeto gráfico e capa: Sérgio Candido Imagem de capa: mariakray/Shutterstock Edição de arte: Thais Pedroso Diagramação: LÓTUS Estúdio e Produção Iconografia: Marcia Sato Canoas, 1a edição, 2020 Tulipa Editora Ltda. – Todos os direitos reservados. Rua Padre Anchieta, 215 cj. 105 Canoas – Rio Grande do Sul CEP 92110-050 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP Catalogação elaborada por Regina Simão Paulino – CRB 6/1154 Ferraz, Luciana Marques et al Integramundo: projetos integradores de linguagens / Luciana Marques Ferraz, Marcos Roberto Souza Brogna, Marli Ferreira de Souza, Monica Maria Ribeiro Mumme e Vinicius Italo Signorelli. – Canoas: Tulipa, 2020. 304 p. ; Il. ISBN 978-65-99049-31-6 (Professor) 1. Educação. 2. Educação Integral. 3. Linguagens. 4. Projetos Integradores. 5. Práticas Pedagógicas. 6. Metodologias Ativas. I. Título. II. Projetos Integradores de Linguagens. III. Projeto 1: Steam. IV. Projeto 2: Protagonismo juvenil. V. Projeto 3: Midiaeducação. VI. Projeto 4: Mediação de conflitos. VII. Projeto 5: Protagonismo juvenil. VIII. Projeto 6: Midiaeducação. IX. Ferraz, Luciana Marques. X. Brogna, Marcos Roberto Souza. XI. Souza, Marli Ferreira de. XII. Mumme, Monica Maria Ribeiro. XIII. Signorelli, Vinicius Italo. CDU 37 CDD 370G U I A P N L D APresentação A notícia do jornal eletrônico avisa que o número de feminicídios multiplicou-se nos últimos meses. A família, utilizando uma câmera escondida, faz circular na internet um vídeo mostrando a violência sofrida pelo filho de um ano na creche em que ficava todas as tardes. Outro vídeo denuncia as agres- sões decorrentes da prática do bullying em escolas brasileiras. Naquele blog, os seguidores discutem se devem ou não dar vacina a seus filhos. Diante da fotografia publicada no Instagram, os comentários crescem: uns criticando a magreza exagerada da artista, outros criticando os que criticam a magreza da artista. No YouTube circula impunemente a brincadeira perigosa do momento. No celular, uma notificação traz matéria sobre uma pesquisa que mostra que o uso excessivo de aparelhos eletrônicos prejudica a memória. A TV, no programa de domingo, discute o tempo que os filhos passam diante dos aparelhos digitais e as consequências disso para a memória das crianças e jovens. Nas redes sociais, as fake news continuam funcionando como recurso para a desinformação progressiva e para a disseminação da intolerância entre os usuários. No Facebook, o slam da Guilhermina (que acontece na Vila de mesmo nome, em São Paulo) divulga sua agenda e suas atividades. Tudo isso nos atinge em uma velocidade assustadora, não é mesmo? Sem termos tempo para consultar as fontes, para ler com mais calma cada comentário apresentado, para nos posicionarmos criticamente diante de tudo o que nos chega... É fecharmos os olhos e lá estão 2.125 mensagens nos grupos do WhatsApp e outras tantas no Instagram e no Twitter, sem contar os e-mails... É... o mundo gira cada vez mais depressa, e a gente precisa de tempo para poder processar todas essas informações, para aprender a lidar com as mídias digitais, para poder nos articular e organizar ações que possam contribuir para a construção de uma vida mais igualitária e com maior qualidade para todos. Por isso, precisamos de paciência... nós e o mundo. E com os seis Projetos Integradores propostos neste livro esperamos ajudar você nesta jornada de apren- dizado, de maneira a conviver com a diversidade nestes tempos tão ricos e tão complexos. Os autores SD EC O RE T/ SH U TT ER ST O CKG U I A P N L D STEAM 1 – Vacinar é preciso: botando a boca no trombone . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Parte A – Primeiras ideias sobre o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 STEAM... O QUE VEM A SER? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1. STEAM na escola, STEAM na vida . . . . . . . . . . . . . . 13 2. Aprendendo sobre arte com tecnologia . . . . . 14 3. STEAM nas artes visuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 4. Queimadas: compreender para evitar . . . . . . . 19 5. Outros olhares para a questão ambiental – As charges . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 6. Pesquisa – vacinas: sim ou não . . . . . . . . . . . . . . . . 24 7. Tabulação da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Parte B – Pondo a mão na massa: roteiro para o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Campanha de conscientização “Vacinar é preciso: botando a boca no trombone” . . . . . . . . . . 27 Etapa 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Etapa 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Etapa 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Etapa 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Etapa 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 Etapa 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Avaliação contínua e avaliação final . . . . . . . . . . . . . . 41 PROTAGONISMO JUVENIL 2 – Se o mundo dança, eu danço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Parte A – Primeiros passos para o projeto . . . 42 PROTAGONISMO JUVENIL... O QUE VEM A SER?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 1. Pensando sobre o protagonismo juvenil . . . . . . 46 2. Eu e a dança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . 48 3. Linguagem da dança: traduzindo a diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 4. Corpo, beleza e saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 5. Dança inclusiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Parte B – Pondo a mão na massa: roteiro para o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Espaço de dança na escola “Se o mundo dança, eu danço” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 Etapa 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Etapa 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Etapa 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Etapa 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 O grande momento: a apresentação à comunidade! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Avaliação contínua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Avaliação final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 MIDIAEDUCAÇÃO 3 – Literatura ao pé do ouvido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Parte A – Primeiras ideias sobre o projeto . . . 78 MIDIAEDUCAÇÃO... O QUE VEM A SER? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 1. Houve comunicação ou não? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 2. Declamação e exposição oral: quais as diferenças? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 3. Aprimorando a fala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 4. Inclusão e diversidade: pesquisas e mesa-redonda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 5. Ativar as memórias de um livro . . . . . . . . . . . . . . . 98 Parte B – Pondo a mão na massa: roteiro para o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 Audiolivro literário “Literatura ao pé do ouvido” Etapa 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 Etapa 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 Etapa 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108 Avaliação contínua e avaliação final . . . . . . . . . . . . . 111 MEDIAÇÃO DE CONFLITOS 4 – Caminhos de encontro pela arte: o diálogo em cartaz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 SUMÁRIO 4 G U I A P N L D Parte A – Primeiras ideias sobre o projeto . . 112 MEDIAÇÃO DE CONFLITOS... O QUE VEM A SER?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 1. O que fazer com o conflito? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 2. Atenção ao sentimento do outro . . . . . . . . . . . . . . 118 3. Uma imagem do meu eu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 4. Bullying em cena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 5. Autoconhecimento × conflito . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 6. De ouvidos bem abertos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 7. Na roda da empatia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 8. Sentimentos = emoções? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133 9. No embalo da emoção do dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134 10. O que é justiça? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 11. No equilíbrio da justiça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 12. Na ciranda de histórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 Parte B – Pondo a mão na massa: roteiro para o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 Mostra de teatro “Caminhos de encontro pela arte: o diálogo em cartaz” Etapa 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 Etapa 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146 Etapa 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 Etapa 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 PROTAGONISMO JUVENIL 5 – Slam – sabemos ler a mudança: uma agenda jovem para o mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 Parte A – Primeiras ideias sobre o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . 150 PROTAGONISMO JUVENIL... O QUE VEM A SER? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 1. Sua voz de protagonista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154 2. Ser protagonista por meio da arte . . . . . . . . . . 154 3. Ser protagonista da sua verdade . . . . . . . . . . . . 156 4. Ter voz para promover mudanças . . . . . . . . . . . 158 5. Poesia é a solução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 6. Por dentro do Slam . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163 7. Slam na roda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166 Parte B – Pondo a mão na massa: roteiro para o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167 Batalha de poesia: “Uma agenda jovem para o mundo” Etapa 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 Etapa 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173 Etapa 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 Etapa 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 Etapa 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178 MIDIAEDUCAÇÃO 6 – Uma imagem, mil palavras: curta a literatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180 Parte A – Primeiras ideias sobre o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . 180 MIDIAEDUCAÇÃO... O QUE VEM A SER? . . . . 182 1. Conto ou curta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184 2. Exibição e roda de conversa | A primeira exibição do cinema . . . . . . . . . . . . . . . 186 3. Fotografias em sequência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187 4. Filme e livro, livro e filme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188 5. Escolher um curta, assistir e analisá-lo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190 6. Pesquisar, analisar e apresentar roteiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192 7. Sinopse em ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194 8. Vamos criar nosso stop motion? . . . . . . . . . . . . 196 Parte B – Pondo a mão na massa: roteiro para o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 Filmes de curta-metragem “Projeto Uma imagem, mil palavras: curta a literatura” Etapas 1 a 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 Etapas 5 a 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 Avaliação contínua e final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202 Competências específicas e habilidades da BNCC do Ensino Médio contempladas nas atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 Bibliografia comentada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206 5 G U I A P N L D PRAZER,SEU LIVRO! Parte A: primeiras ideias sobre o projeto Esta primeira parte do livro busca propor questões desafiadoras para solucionar algumas das diversas situações problemáticas que encontramos no mundo real. Parte B: pondo a mão na massa – roteiro para o projeto A Parte B apresenta as etapas de desenvolvimento do projeto, os objetivos, a duração, os materiais e recursos necessários e os conteúdos que ampliam olhares e saberes. ... O que vem a ser? Cada eixo temático tem sua introdução nesta página, em uma descrição breve e objetiva do assunto que será a inspiração do projeto final. Leitura Textos atuais e relevantes, que conectam o tema do projeto a contextos locais e regionais, motivando a aprendizagem por meio da leitura de fatos e histórias marcantes do cotidiano. A proposta deste livro é o trabalho com projetos, que você e seus colegas vão desenvol- ver coletivamente. Ao todo são seis projetos, que têm como eixo os seguintes temas: STEAM, Protagonismo Juvenil, Midiaeducação e Mediação de Conflitos. Conheça melhor o livro que vai acompanhar você nesta jornada. 6 G U I A P N L D Inspiração multimídia Conexões entre o eixo temático e o universo multimídia são o destaque deste boxe, que traz novas fontes de pesquisa e exploração: sites, livros, filmes, exposições, enfim, tudo o que articule a teoria com a produção criativa e cultural do presente. Pensando bem Este boxe, especial do eixo temático Mediação de Conflitos, propõe a reflexão baseada em tiras e charges que, pelo humor ou crítica, ampliam e redefinem o tema explorado. Fica a dica Seja ressaltando pontos importantes do tema, seja desenvolvendo ideias exploradas pelo livro, esta seção auxilia no percurso até o projeto final. Atividades É o momento de exercitar a aprendizagem de forma que ela faça sentido na vida real. Individuais ou em grupo, as atividades propostas contemplam diferentes habilidades da BNCC e são distribuídas, ao longo do livro, em blocos numerados que facilitam a retomada dos conceitos abordados. Virando do avesso Título especial dos blocos de atividade do eixo temático Mediação de Conflitos, esta seção busca examinar em todos os detalhes o assunto em questão. 7 G U I A P N L D 1Steam VACINAR É PRECISO: BOTANDO A BOCA NO TROMBONE PRIMEIRAS IDEIAS SOBRE O PROJETO A parte 8 G U I A P N L D Muitos estudantes já demonstram uma atitude maker, põem a mão na massa e criam artefatos eletrônicos em busca de soluções para problemas reais do cotidiano, da escola ou até mesmo do meio ambiente. A LE SI A K A N /S H U TT ER ST O CK 7. Argumentação. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os di- reitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 1. Conhecimento. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e cola- borar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Pensamento científico, crítico e criativo. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abor- dagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. A descrição das habilidades da BNCC focadas nas atividades deste projeto encontra-se no final deste volume.C O M P E T Ê N C IA S G E R A IS D A B N C C 9 G U I A P N L D STEAM... O QUE VEM A SER? Há quem prefira viajar trocando mensagens no celular, assistindo a algum vídeo no YouTube ou ouvindo música com o fone de ouvido. Atualmente, muitos jovens que estão no Ensino Médio vivem uma rotina de uso intenso de aparelhos eletrônicos, a maioria conectada à internet. Alguns desses jovens possuem uma “atitude maker” – já ouviu falar? –, a predisposição para pôr a mão na massa (atitude hands on) e criar seus próprios artefatos tecnológicos ou consertá-los quando apre- sentam defeito, em vez de comprar um novo. Ao sair de casa para ir à escola, se divertir ou encontrar os amigos, esses jovens tomam ônibus movidos por motor a diesel ou fazem uso de trem ou metrô, que utilizam a energia elétrica para se movimentarem. Os ônibus trafegam por ruas, avenidas, viadutos e túneis construídos com base em conhecimentos de geologia, urbanismo, arquitetura e engenharia civil. Algumas empresas de transporte se preocupam com o bem-estar dos usuários e colocam música para tocar durante a viagem. O resultado nem sempre é positivo. Afinal, como encontrar um estilo de música que agrade a todos? Considerando situações como essas, a partir dos anos 1990, profes- sores de ciências e de matemática dos Estados Unidos vislumbraram um novo tipo de ensino: o que levasse em conta as situações reais vividas pelos indivíduos. PU H H H A /S H U TT ER ST O CK 10 G U I A P N L D Esses professores perceberam que os problemas enfrentados pelas pessoas em seu dia a dia envolvem, em geral, as áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (em inglês, Science, Technology, Engineering e Mathematics). Logo criaram o acrônimo STEM, formado pelas letras iniciais de cada um desses campos do conhecimento. Nos primeiros anos do século XXI, porém, os adeptos do STEM sentiram falta de uma disciplina que remetesse também às artes e às ciências humanas. Dessa forma, as artes, em sua conexão natural com as humanidades, começaram a fazer parte do STEM, que passou a ser chamado de STEAM. A. Jovem consulta horário do transporte na tela digital de uma parada de ônibus em Barcelona (Espanha, 2019). B. Representação de uma rede de comunicação sem fio aplicada sobre a imagem de uma metrópole, ilustrando o conceito de "cidade inteligente". Faça você mesmo No universo escolar, uma das abordagens STEAM é a ideia de aprender enquanto se faz (learn by doing). A procura de soluções para problemas reais, vividos por pessoas ou grupos, torna as aprendizagens muito mais efetivas. O learn by doing é mais comum do que imaginamos. E tem tudo a ver com a atitude maker. Se você já tentou consertar um aparelho doméstico, se já pensou em inventar alguma engenhoca para solucio- nar um problema em casa ou na escola, se já quebrou a cabeça para incrementar uma máquina ou se não se contém ao perceber algo fun- cionando de forma inadequada na casa de um amigo, você pode não saber, mas possui o espírito maker. A B AU D IL A B/ SH U TT ER ST O CK JA M ES TE O H A RT /S H U TT ER ST O CK 11 G U I A P N L D Não se trata, no entanto, de um comportamento recente. Típico da cultura maker, o “Faça você mesmo”, que caracteriza a cultura maker (tradução do inglês “Do It Yourself”, que deu origem à sigla DIY), remonta aos primórdios da humanidade. Ao intuir como algo poderia ser feito de maneira mais simples, com matéria-prima mais resistente ou formato mais ergonômico, a humanidade evoluiu do Homo sapiens à Inteligência Artificial. Afinal, o que eram as pinturas rupestres senão a busca intuitiva de tentar racionalizar em forma de desenhos a experiência daqueles seres humanos ancestrais? E o que eram esses seres remotos no tempo senão o embrião do homem que hoje domina o átomo e consegue fazer um clone de si mesmo, colocando em causa a própria natureza humana? Portanto, os rudimentos do fazer científico, da mentalidade matemática, do espírito engenhoso e artístico, empregando a tecnolo- gia possível em cada época, já traziam o embrião da abordagem STEAM, da atitude maker eda prática do learn by doing. O texto a seguir foi extraído de uma matéria jornalística sobre um festival STEAM realizado em escolas públicas do Rio Grande do Sul em outubro de 2019. Veja a importância de algumas inovações desenvolvi- das com foco no atendimento de pessoas com deficiência, de maneira a trazer benefícios a toda a sociedade. leituraleituraleituraleituraleituraleituraleituraleituraleituraleituraleituraleituraleituraleituraleitu 2o Festival Steam Seduc destaca criatividade e empreendedorismo dos alunos da rede estadual POR DIEGO DA COSTA Pense num encontro com estu- dantes criativos e inovadores que entendem tudo de games, aplicativos, teatro, música, dança, robótica educa- cional e inteligência artificial. Junte tudo isso com professores engajados em direcionar o conhecimento em benefício da sociedade. Conseguiu imaginar? Este é o 2o Festival Steam, promovido pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc). O evento, que está mobilizando mais de 200 pessoas, entre estudantes e professores de todo o estado, conta com cerca de 70 atrações, entre oficinas e exposições, que trabalham conceitos de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte, Matemática e Meio Ambiente. [...] Estudantes da Educação Especial da Escola Heitor Villa Lobos, de Gravataí (RS), utilizam a robótica para aprimorar conteúdos aprendidos em sala de aula (2019). Publicação: 21/10/2019 às 16h41min L U CA S N O G A RE /S EC RE TA RI A D E ES TA D O D A E D U CA ÇÃ O D O R S 12 G U I A P N L D Projetos inovadores Os alunos do 4o semestre do curso de Eletrônica, da Escola Técnica Parobé, desenvolveram uma luva mecânica para auxiliar pessoas com fibromialgia, mal de Parkinson e síndrome do Túnel de Carpo. A ideia é que o utensílio ajude a fixar os objetos nas mãos e evite acidentes. [...] Pensando na inclusão para alunos com deficiência, as estudantes Andrielle Marques e Daiana da Silva, do 2o ano do Ensino Médio, da Escola Jerônimo Mércio da Silveira, elaboraram o projeto de um robô para auxiliar crianças com autismo. O intuito, de acordo com elas, é que uma tela de led mostre letras e números e reforce, pedagogicamente, o conteúdo da sala de aula. [...] Pedro Clemente é aluno da Escola Ramiz Galvão, do município de Rio Pardo. Ele possui Altas Habilidades/Superdotação. Com apenas 9 anos, desenvolveu um trabalho sobre Astrofísica e sustentabilidade no planeta Terra. A sua professora, Thaís Costa, contou que, além do estudo, o pequeno desenvolveu uma maleta itinerante que é uma espécie de Sala Maker individual, que contém experimentos de ciências e maquetes de planetas. “As crianças levam esta maleta para casa para aprender. O objetivo do Pedro é fazer com que todos aprendam estes temas para tornar a aula mais divertida e interessante”, disse. Inclusão na robótica educacional A Escola Heitor Villa Lobos, de Gravataí, trabalha robótica educacional na Educação Especial e atende alunos com os mais diversos tipos de deficiência. A professora, Rosângela Piva, traba- lha na sala de recursos e utiliza, além do kit de robótica, os tablets com jogos adaptados. “Nós procuramos trabalhar o raciocínio lógico através de jogos interativos e atividades práticas que trabalhem a cognição dos estudantes”, concluiu. [...] COSTA, Diego. Secretaria de Educação RS, 21 out. 2019. Disponível em: https://educacao.rs.gov.br/2-festival-steam-seduc-destaca-criatividade-e- empreendedorismo-dos-alunos-da-rede-estadual. (Fragmento). Acesso em: 21 jan. 2020. 1. STEAM NA ESCOLA, STEAM NA VIDA HABILIDADES EM13LGG204; EM13LGG305. 1. O Festival STEAM, em si mesmo, já é uma ideia que traz benefícios aos estudantes e satisfação aos professores. Que valor você acha que um evento como esse agrega ao focar em benefícios para a sociedade? 2. Que outro alcance social o texto menciona como resultado dos projetos dos estudantes que participaram do Festival STEAM? 3. O que diferencia uma aula tradicional de uma aula que envolva a abor- dagem STEAM, conforme descrito no texto? 4. Na escola onde estuda há aulas com abordagem STEAM? Explique. A T IV ID A D E S NÃO ESCREVA NO LIVRO Ver orientações no Manual do Professor. 13 G U I A P N L D Linguagens: instrumentos para investigar, descobrir, conectar, criar e refletir “Todas as religiões, artes e ciências são ramos da mesma árvore. Todas elas aspiram a enobrecer a vida do homem, elevando-a acima da mera existência física e conduzindo o indivíduo rumo à liberdade.” (Albert Einstein, Escritos da maturidade) Não é difícil estabelecer conexões entre ciência, tecnologia, artes, engenharia e matemática com a área de linguagens, afinal, todas essas áreas do conhecimento humano são, elas próprias, linguagens. Além disso, como seria possível existir ciência sem que existissem a escrita 2. APRENDENDO SOBRE ARTE COM TECNOLOGIA 1. Forme uma dupla ou trio e conversem sobre a seguinte questão: Hoje muito presente em exposições artísticas, a combinação entre tecnologia e arte está, também, no espírito da abordagem STEAM? Justifiquem sua resposta. 2. Leiam abaixo um trecho do livro A obra de arte na época de sua repro- dutibilidade técnica, do filósofo alemão Walter Benjamin (1892-1940), antes de responderem ao questionamento a seguir. Os gregos conheciam somente dois processos de reprodução técnica de obras de arte: a fundição e a cunhagem. Bronze, terracota e moedas eram as únicas obras de arte que podiam ser fabricadas por eles em massa. Todas as outras eram únicas e não podiam ser reproduzidas tecnicamente. Por isso, precisavam ser feitas para a eternidade. Os gregos eram obrigados, pelo estágio de sua técnica, a produzir na arte valores eternos. [...] Não há dúvida de que o nosso lugar se encontra no polo oposto ao dos gregos. Nunca antes as obras de arte foram tecnicamente reprodutíveis em escala tão elevada e em extensão tão ampla como hoje. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Tradução e notas de Francisco de Ambrosis Pinheiro Machado. Porto Alegre: Zouk, 2014. p. 50-51. (Fragmento). • Na opinião de vocês, o que Walter Benjamin quis dizer ao afirmar, em relação à arte, que “o nosso lugar se encontra no polo oposto ao dos gregos”? E como isso se relaciona à abordagem STEAM aplicada à arte e ao “nosso lugar”, usando os termos de Benjamin para se referir à nossa época? Ver orientações no Manual do Professor. A T IV ID A D E S NÃO ESCREVA NO LIVRO HABILIDADES EM13LGG102; EM13LGG104; EM13LGG202; EM13LGG302; EM13LGG303; EM13LGG604. 14 G U I A P N L D e a capacidade humana de construir relações entre fatos e conceitos e registrá-las em textos? A música tem uma linguagem própria, que permite produzir e regis- trar obras musicais que possam ser executadas por outros artistas. O teatro, a dança, o grafite e a escultura são outros exemplos de arte que tem linguagem própria, ou seja, um modo particular de representar ou exprimir a realidade e causar efeitos que serão diferentes em cada pessoa, pois cada indivíduo possui um olhar único e verá aquela obra, por sua vez, de maneira única. A. BRUEGEL, Pieter. Brincadeiras de crianças. c. 1560. Óleo sobre tela, 118 x 161 cm. O pintor Pieter Bruegel (1525-1569) representou nessa tela brinquedos e brincadeiras das crianças europeias do século XVI. Essa obra é um registro histórico feito em linguagem pictórica (visual). B. Instalações do artista brasileiro Cildo Meireles (1948-) que fizeram parte da exposição Entrevendo, no Sesc Pompeia, em São Paulo (SP), entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020. Ao fundo da imagem, a estrutura cilíndrica de madeira que compõe a obra Entrevendo (1970-1994); em primeiro plano, a obra Olvido (1987-1989), construída com cédulas de países latino-americanos sobre ossos de boi, rodeada por uma grande cerca de velas. A B Em 2017, a Pinacoteca de São Paulo, em parceria com uma empresa de tecnologia, realizou uma exposição de artechamada A voz da arte, em que as obras forneciam informações sobre elas próprias. Os visitantes perguntavam o que quisessem a respeito da obra e recebiam res- postas contextualizadas do quadro ou escultura. Você pode conhecer mais sobre essa exposição no link: https://www.youtube.com/watch?v=WIvMS5IH5RU. Acesso em: 17 jan. 2020. Inspiração Multimídia MUSEU KUNSTHISTORISCHES, VIENA, ÁUSTRIA CILDO MEIRELES 15 G U I A P N L D 3. STEAM NAS ARTES VISUAIS 1. Em sua opinião, por que uma obra como a de Cildo Meireles envolve a abordagem STEAM? 2. Faça um comentário sobre o gênero instalação com base no texto de Walter Benjamin, lido anteriormente, sobre as condições tecnológicas dos artistas em nossa época. A T IV ID A D E S A criação artística e a indústria cultural Filmes, novelas e seriados de TV começam como insights, roteiros, textos escritos. Contudo, não se trata mais, apenas, da figura do escritor ou do dramaturgo escrevendo isolado em seu gabinete, mas de toda uma equipe que, com base na ideia inicial do escritor, irá a campo para enriquecer a ideia principal do autor. Depois, na encenação ou gravação, outros profissionais serão agre- gados – figurinistas, maquiadores, iluminadores, figurantes, técnicos de som, motoristas, bilheteiros etc. – para que o filme ou a novela possam ser produzidos e apresentados ao público. Esse é um aspecto interessante, pois, quando você vê o filme ou a novela, nada disso aparece, apenas o produto final. No entanto, se não fosse esse aparato humano, técnico e tecnológico, não seria possível realizar a obra. Efeitos de luz, som, explosões ou de carros capotando diversas vezes, por exemplo, requerem profissionais de áreas que, em tese, nada têm a ver com a arte do cinema ou da novela, como enge- nheiros, cientistas e especialistas em efeitos especiais. A dança, o teatro, a música, uma performance artística ou uma insta- lação também precisam de uma equipe, não apenas para a montagem do espetáculo ou do evento, mas para a sua divulgação – que envolve, por sua vez, a mídia, outra engrenagem complexa que abrange um número não pequeno de pessoas trabalhando para que a obra seja divulgada. Afinal, de nada adianta produzir uma obra com esmero se o público não tem conhecimento dela. A esse aparato que compõe a criação artística, a produção da obra e a sua divulgação e apresentação dá-se o nome de indústria cultural, que funciona com o mesmo sentido de uma indústria que produz sapatos, eletrodomésticos ou automóveis. A diferença é que, no caso da arte, o A produção de um filme, como Homem aranha: longe de casa (2019), pode ser considerada uma atividade STEAM. Profissionais de inúmeras áreas contribuem para a produção desses filmes, incluindo engenheiros, tecnólogos, químicos especialistas em explosivos, iluminadores, eletricistas etc. NÃO ESCREVA NO LIVRO M A RV EL S TU D IO S/ SO N Y PI CT U RE S HABILIDADES EM13LGG101; EM13LGG202; EM13LGG302; EM13LGG601; EM13LGG602; EM13LGG604. Ver orientações no Manual do Professor. 16 G U I A P N L D A mímica também é uma linguagem não verbal. Você já assistiu a um espetáculo de mímica? No link a seguir, você pode ver um desses espetáculos, também conhecidos como pantomima, protagonizado pelo artista japonês Wataru Okamura. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=fhIOg7xMQlA. Acesso em: 20 dez. 2019. Inspiração Multimídia que se produz é um bem simbólico, ou seja, enquanto um sapato, um eletrodoméstico ou um automóvel têm uma finalidade definida, um produto artístico não se encerra em si mesmo. Sua função se cumprirá assim que ele atingir a sensibilidade de quem assiste, frui, observa ou ouve a obra de arte. Daí por diante, não se pode mensurar de que forma essa obra irá provocar reflexões, pensamen- tos, insights no espectador, instaurando um diálogo interior que só fará sentido para quem o está sentindo, mas que poderá ser compartilhado depois, em conversas e debates com familiares, com amigos. E estes, por sua vez, também trarão a sua visão única da experiência estética que vivenciaram. As linguagens verbal e não verbal É por meio da linguagem verbal, seja pela escrita, seja pela fala, seja pela linguagem de sinais (Libras – Língua Brasileira de Sinais), que as pessoas podem comunicar suas ideias, debater pontos de vista, sempre procurando argumentos que se baseiem em conhecimentos obtidos no mundo da ciência. Também as linguagens não verbais promovem reflexões e troca de conhecimentos. Veja a tirinha a seguir, um exemplo de texto que você provavelmente já conhece, muito presente em jornais, revistas, sites e que transmite uma ideia por imagens, com ou sem textos escritos, assim como os quadrinhos e as charges. O que será que o autor dessa tirinha quis comunicar? LI G H TF IE LD S TU D IO S/ SH U TT ER ST O CK A N D RÉ D A H M ER 17 G U I A P N L D A fotossíntese é um fato científico comprovado e validado pela comunidade científica, diferentemente da opinião, que depende da visão de mundo de cada pessoa. LO VE LY D AY 12 /S H U TT ER ST O CK O que nos ensina a ciência? Conversas entre familiares e amigos sempre podem envolver opiniões, pontos de vista diferentes. Por exemplo, um acha melhor incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte urbano, outro é contra porque acha perigoso bicicletas circularem em lugares onde o trânsito de carros e caminhões é muito intenso. São pontos de vista diferentes com os quais podemos conviver, desde que exista diálogo entre os que têm opiniões distintas, mas se respeitam e procuram compreender os argumentos favoráveis ou contrários a uma ideia. No entanto, existem conhecimentos científicos sobre a natureza e a vida em sociedade, por exemplo, que não dependem de opinião. São saberes baseados em observações, experimentos, registros, reflexões, provas, contraprovas, uma série de procedimentos utilizados para con- firmar com objetividade e lógica uma tese científica. Veja: pesquisas científicas tornaram possível conhecer o processo por meio do qual as plantas obtêm substâncias e a energia necessárias à sua sobrevivência, chamado de fotossíntese. Como você já deve ter estudado, as plantas não se alimentam como os animais, e isso não é uma mera questão de opinião: é um fato validado pela ciência. Mesmo as plantas carnívoras, que capturam insetos, rãs e pássaros em suas armadilhas, usam a fotossíntese para obter as substâncias e a energia de que necessitam. O conhecimento científico nunca foi tão importante como em nosso tempo. Isso porque uma das maiores preocupações de nossa época é a sustentabilidade do planeta. Como combinar crescimento econômico, geração de riquezas por meio da produção industrial com o uso ade- quado dos recursos do planeta? 18 G U I A P N L D Os diversos fóruns e encontros mundiais para debater esse assunto vêm discutindo a melhor forma de equacionar tais questões. Mas parece que esses debates estão longe de produzir resultados práticos. Em 2019, por exemplo, o mundo assistiu a pelo menos dois incêndios que acen- deram o sinal vermelho sobre a preservação das áreas verdes do globo: na Amazônia e na Austrália. Essa é uma questão em que se confunde opinião com conheci- mento. Muitos enxergam esse assunto com base na opinião, colocando em dúvida números científicos apontados pelos órgãos encarregados de monitorar os problemas relacionados à sustentabilidade do planeta. 4. QUEIMADAS: COMPREENDER PARA EVITAR As queimadas, incêndios que ocorrem em áreas de florestas, campos ou cerrados, vêm causando a destruição de grandes trechos dos prin- cipais biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampas. O assunto passou a ter maior importância nos últimos anos, pois existem pesquisas científicas que comprovam que as queimadas, além da destruição da vegetação, provocam a formação de gases de efeito estufa, como o dióxidode carbono (CO2), conhecido também como gás carbônico, e o monóxido de carbono (CO), o que contribui para o processo de aquecimento global, que pode ser terri- velmente prejudicial a toda a humanidade. Leia o texto a seguir e depois faça as atividades propostas. Número de focos de incêndios na Amazônia é o maior em nove anos Em agosto deste ano [2019], foram registrados 30.901 focos de incêndio no bioma Amazônia, segundo dados divulgados neste domingo (01/09) pelo Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse é o maior número registrado para o mês desde 2010, quando houve 45.018 focos. Os dados mostraram ainda que, em relação ao mesmo mês do ano passado, os focos de incêndio triplicaram. Em agosto de 2018, foram registrados 10.421 incêndios. Entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados ao todo 46.825 focos de incêndio na Amazônia. Esse número é mais do que o dobro observado no mesmo período do ano passado, 22.165. O recorde de queimadas para agosto da série histórica, que se iniciou em 1998, porém, foi registrado em 2005, quando houve 63.764 incêndios. A média histórica para o mês é de 25.853. Segundo o jornal O Globo, a tendência é de aumento dos incêndios em setembro. Os dados mostram que, nos últimos 15 anos, os focos de queimada em setembro ultrapassaram os de agosto, com exceção de 2010. HABILIDADES EM13LGG101; EM13LGG103; EM13LGG202; EM13LGG204; EM13LGG301; EM13LGG303; EM13LGG402; EM13LGG703; EM13LGG704. Ver orientações no Manual do Professor. 19 G U I A P N L D Já em toda a região da Amazônia Legal, que compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima e parte do Maranhão, foram registrados 39.177 focos de incêndio em agosto, 161% a mais do que no mesmo período do ano. Em todo o território nacional, o número de incêndios em agosto foi de 51.936, um aumento de 128% em relação ao mesmo mês de 2018, quando foram observados 22.774. [...]. Made for minds – Brasil, 1o jan. 2019. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/n%C3%BAmero-de-focos-de-inc%C3%AAndios-na- amaz%C3%B4nia-%C3%A9-o-maior-em-nove-anos/a-50252576. (Fragmento). Acesso em: 20 jan. 2020. • Você e seus colegas de grupo vão realizar pesquisas em livros, jornais, revistas, na internet para responder no caderno às questões a seguir. a) O que são as queimadas? Existem queimadas naturais ou algumas são provocadas pelos seres humanos? Queimadas são sempre preju- diciais ao ambiente ou existem casos em que são benéficas? Quais as relações entre queimadas e aquecimento global? b) Com os conhecimentos obtidos nas pesquisas, cada equipe vai preparar um painel e apresentar suas descobertas a toda a turma. Organizem o painel da classe com o título: Queimadas – compreen- der para evitar. Acrescentem imagens, legendas e pequenos textos para servir de base à apresentação. Vocês podem colocar trechos de artigos de jornal, revista ou outro meio de comunicação e, também, fotos de locais afetados e imagens de satélite. A T IV ID A D E S As queimadas são um fenômeno que se repete todos os anos nas principais florestas do planeta, com maior ou menor intensidade. A. Queimada na Floresta Amazônica, no município de Rurópolis (PA, 2019). Em 2019, os índices científicos oficiais registraram alto grau de queimadas na Floresta Amazônica, na região Norte do Brasil. B. Brigadistas atuam para deter as chamas que avançam na direção da cidade australiana de Bilpin (28/1/2020). A B NÃO ESCREVA NO LIVRO SS S TU D IO P H O TO G RA PH Y/ SH U TT ER ST O CK LE O C O RR EA /A P PH O TO /G LO W IM AG ES 20 G U I A P N L D 5. OUTROS OLHARES PARA A QUESTÃO AMBIENTAL – AS CHARGES As charges são muito utilizadas nos meios de comunicação impres- sos e digitais. Elas não têm restrições em relação a temas, desde assuntos como política, ciência, filosofia, arte, até os do dia a dia, como o compor- tamento das pessoas, a relação delas com os outros animais, a própria relação entre as pessoas e entre elas e a realidade que as cercam, seus medos, esperanças, desejos e frustrações. O importante é criá-las de um modo que fiquem engraçadas ou espirituosas e, de alguma forma, instiguem reflexão sobre o tema tratado. FICA FICA A A DICA Sempre que utilizarem informações coletadas em jornais, revistas, sejam da mídia impressa, sejam da digital, citem as respectivas fontes: autoria, nome do veículo, título do texto e data. No caso de informações extraídas de sites, insiram também a data de acesso. • Junte-se a um colega para lerem as charges mostradas a seguir, pro- curando interpretar a mensagem transmitida em cada uma. Fonte: http://www.arionaurocartuns.com. br/2017/10/charge-poluicao-lixo-no-mar. html. Acesso em: 30 dez. 2019. Fonte: https://guiaecologico.wordpress. com/2017/05/31/tirinhas-ambientais-para- reflexao/. Acesso em: 30 dez. 2019. A RI O N AU RO FE G G O NÃO ESCREVA NO LIVRO A T IV ID A D E S HABILIDADES EM13LGG102; EM13LGG103; EM13LGG302. Ver orientações no Manual do Professor. 21 G U I A P N L D As vacinas são fruto da ciência moderna, que se alicerça na experimentação e em resultados comprovados. Embora muitas doenças ainda sejam causa de milhares de mortes no século XXI, essa letalidade é muito inferior ao índice de mortes por patologias no período anterior ao advento das vacinas. À direita, imagem de criança sendo vacinada durante o Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e a Poliomielite (18/8/2018). Vacinas – cultura em ciências e cuidados com a saúde N U M ST O CK ER /S H U TT ER ST O CK M IN IS TÉ RI O D A S AÚ D E Ver orientações no Manual do Professor. Muitos problemas que enfrentamos no dia a dia precisam de uma abordagem STEAM para serem compreendidos e resolvidos, mesmo que parcialmente. Um exemplo desse tipo de problema é a vacinação. Uma população urbana, vivendo em bairros com grande densidade populacional, não pode ficar sem a proteção de vacinas, pois estaria predisposta a eventos, como a epidemia do sarampo ocorrida em 2018 e 2019 em todo o Brasil, particularmente nos estados do Amazonas, Roraima, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Esse é um problema que, além dos conhecimentos médicos, neces- sita também de tecnologias para a produção e armazenagem das vacinas e conhecimentos de física e engenharia relacionados à monta- gem e funcionamento de sistemas de refrigeração e transporte. Esse trabalho não estaria completo sem a contribuição dos profis- sionais de design, definindo o formato das embalagens para as vacinas, considerando sua conservação e também a facilidade de manipulação e administração de cada dose, visto que são centenas e até milhares de pessoas atendidas no processo de vacinação todos os dias. 22 G U I A P N L D Foi no início de 2018 que os primeiros casos de sarampo começaram a surgir em cidades de Roraima e do Amazonas. Pessoas vindas da Venezuela, onde havia um surto dessa doença desde 2017, trouxeram o vírus que causa o sarampo. A transmissão é muito fácil de ocorrer, pois o vírus se encontra em gotículas saídas do nariz, da gar- ganta e da boca, quando a pessoa infectada tosse, espirra ou simplesmente expira. Mas por que a doença se espalhou pela popula- ção? Por exemplo, somente no estado do Amazonas, entre fevereiro de 2018 e janeiro de 2019, foram registrados mais de 9.500 casos dessa doença. O principal motivo dessa epidemia de sarampo foi a falta de cobertura vacinal, ou seja, a porcentagem da população que deve tomar a vacina para que a doença não volte a se propagar. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que 95% da população esteja vacinada para que a doença não se espalhe (uma cobertura vacinal de 95%). No entanto, menos de 85% da população do Amazonas havia tomado a vacina que protege contra o sarampo, o que contribuiu para a sua proliferação. Considerando que a baixa coberturavacinal seja a principal causa da proliferação de doenças, uma pergunta que podemos fazer é: Por que as pessoas estão tomando menos vacina? O texto indicado no link a seguir apresenta 15 questões (com respos- tas!) sobre o sarampo, sua prevenção, sintomas que surgem em quem desenvolve a doença etc. E reforça a importância da vacina como forma de prevenção. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49346963. Acesso em: 21 dez. 2019. Inspiração Multimídia O texto a seguir fornece mais informações sobre as consequências da diminuição da adesão às vacinas. As embalagens das vacinas são definidas com base na facilidade de manuseio por parte de profissionais que atendem milhares de pessoas durante uma campanha de vacinação. CA RL O S BA SS A N /F O TO S PÚ BL IC A S 23 G U I A P N L D Os exemplos mostrados apontam a necessidade de um esclareci- mento a respeito de vacinas e processos de vacinação que informem às pessoas sobre a importância de seguir as orientações médicas em relação a esse assunto, diminuindo assim a possibilidade de uma doença infecciosa, como o sarampo, espalhar-se pela população. 6. PESQUISA – VACINAS: SIM OU NÃO Ver orientações no Manual do Professor. Como mostrar às pessoas que a vacinação é uma ação importante que protege a população de várias doenças infecciosas? Que conhecimentos devemos propagar para que as pessoas com- preendam a importância das vacinas? Que formas de comunicação seriam mais adequadas às diferentes comunidades a fim de convencê-las da importância das vacinas para a manutenção da saúde pessoal e coletiva? [...] ‘A queda nos índices de vacinação provoca o retorno de doenças já eliminadas ou con- troladas’, afirma a epidemiologista Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunização. ‘Há uma percepção equivocada de que algumas vacinas já não são mais neces- sárias’, observa. Cenário propício para vírus e bactérias reemergirem, espalhando doenças que (só) pareciam coisa do passado. A vacina tríplice viral, que nos defende de sarampo, caxumba e rubéola, é uma das sete desti- nadas a crianças que estão com a cobertura abaixo do ideal, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os imunizantes infantis, somente a BCG, que combate a tuberculose, bateu a meta proposta – especialistas acreditam que ela obteve êxito porque tem dose única e é aplicada na maternidade. Entre as vacinas que não chegaram lá estão as versões para poliomielite, hepatite A e pneumonia. BERNARDO, André. Por que as pessoas estão tomando menos vacina. Saúde, 16. dez. 2019. Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/ por-que-as-pessoas-estao-tomando-menos-vacina/. (Fragmento). Acesso em: 21 jan. 2020. • Antes de iniciar o trabalho em grupos com o projeto propriamente, é importante conhecer o que pensam e como se comportam diferentes pessoas da comunidade escolar, inclusive as que moram nas proximi- dades da escola ou são vizinhas dos estudantes, em relação às vacinas e às campanhas de vacinação. Com essas informações, cada equipe poderá planejar o que vai pes- quisar sobre o assunto e como vai comunicar suas descobertas, considerando a necessidade de que as pessoas sejam informadas sobre a importância das vacinas e a melhor forma de aplicá-las. A T IV ID A D E S NÃO ESCREVA NO LIVRO HABILIDADES EM13LGG101; EM13LGG104; EM13LGG301; EM13LGG303. 24 G U I A P N L D 1. Você toma vacina? Sim Não R. 1- Caso sim: Tem carteira de vacinação? Sim Não R. 2- Caso sim: As vacinas estão em dia? Sim Não ➡ Vai para pergunta 3 R. 2- Caso não: ➡ vai para pergunta 3 R. 1- Caso não: 2. Qual o motivo? Você: A Não acredita que vacinas evitem doenças? B Acha que vacinas podem causar doenças? C Acha melhor não se preocupar com doenças? D Não sabe. ➡ vai para pergunta 3 3. Você tem filhos? Sim Não R.3- Caso não: passa para pergunta 4 R.3- Caso sim: Seus filhos têm carteira de vacinação? A Sim, todos. B Uns têm, outros não. C Não. ➡ vai para pergunta 5 4. Se você tivesse um filho, faria o programa de vacinação? Sim Não ➡ vai para pergunta 5 5. O que você acha das campanhas de vacinação? A Não sei o que é isso. B Não me importo com vacinas. C Não me preocupo porque estou sempre com as vacinas em dia. D Verifico se é preciso tomar, inclusive para toda a família. Vejam a seguir um conjunto de perguntas que podem fazer parte de uma pesquisa sobre vacinas. Essa forma de organizar as questões é para que o pesquisador faça as perguntas oralmente e para que a pessoa que está respondendo apenas ouça e escolha alternativas. Cada questão é colocada com a intenção de obter informações relevan- tes sobre o problema que se quer enfrentar. O formato da pesquisa deve ser definido em função daquilo que se pretende conhecer sobre o tema e, também, pensando em facilitar o trabalho do pesquisador, na obten- ção das informações, e do entrevistado, ao responder às perguntas. Vacinas: sim ou não? – Pesquisa de opinião e conhecimento NÃO ESCREVA NO LIVRO As lacunas foram preenchidas para evitar que os estudantes escrevam no livro. 25 G U I A P N L D 7. TABULAÇÃO DA PESQUISA Uma característica importante de qualquer pesquisa é a possibilidade de organizar os dados de forma a obter respostas às questões mais amplas, às preocupações mais significativas que deram origem à pesquisa. No caso da pesquisa apresentada anteriormente, seguem alguns dados que as questões formuladas permitem obter. • Parcela da população entrevistada que tomou as vacinas previstas no calendário de vacinação. • Parcela da população entrevistada que tomou algumas vacinas, mas não de acordo com o calendário de vacinação. • Alguns motivos que levam as pessoas a achar que as vacinas não são necessárias. • Parcela da população entrevistada que acha as vacinas prejudiciais à saúde. Algumas questões presentes nessa pesquisa permitem saber quando as respostas não são coerentes. Por exemplo, uma pessoa pode dizer que não foi vacinada contra determinada doença e afirmar que seus filhos tomaram a vacina ou que, se vier a ter filhos, estes serão vacinados. Ver orientações no Manual do Professor. • Tendo em vista as informações que a equipe quer obter dos entrevis- tados, formulem o questionário que vocês vão aplicar na pesquisa. Lembrem-se de levar em conta como os dados serão tabulados ao final dela. Considerem também o tempo de pesquisa com cada entrevistado. Pesquisas muito longas podem gerar impaciên cia e provocar respostas sem reflexão por parte dos entrevistados. Cerca de três minutos é o tempo adequado para esse tipo de pesquisa.A T IV ID A D E S FICA FICA A A DICA A tabulação da pesquisa é um processo de organização dos dados obtidos e pode ser concretizada na forma de tabelas, gráficos, infográficos e meios eletrônicos, como as planilhas do tipo Excel. NÃO ESCREVA NO LIVRO HABILIDADES EM13LGG101; EM13LGG104; EM13LGG301; EM13LGG303. Ver orientações no Manual do Professor. 26 G U I A P N L D 1 B parte Chegamos à reta final do trabalho e, aqui, você poderá transformar em um projeto tudo o que aprendeu e exercitou nas seções anteriores. Tenha como ponto de partida as seguintes questões, que já trazem embutidas as justificativas deste projeto: Como mostrar às pessoas que a vacinação é uma ação importante que protege a popu- lação de várias doenças infecciosas? Que informações devemos propagar para que compreendam a importância das vacinas? Que formas de comunicação seriam mais adequadas para convencer as diferentes comu- nidades da importância das vacinas para a manutenção da saúde pessoal e coletiva? Steam VACINAR É PRECISO: BOTANDO A BOCA NO TROMBONE Pondo a mão na massa: roteiro para o projeto 27 G U I A P N L D O QUE QUEREMOS: OBJETIVOS • Divulgar conhecimentos científicos sobre as vacinas. • Produzir diferentes formas de comunicaçãosobre a importância das vacinas na manutenção da saúde pessoal e coletiva. • Desmentir, com informações científicas, notícias falsas sobre vacinas (fake news) encontradas durante a realização do projeto. CAIXA DE FERRAMENTAS: MATERIAIS / RECURSOS a) material para construções artísticas (cola, tesoura, tintas, canetinhas, papéis etc.) b) computadores, tablets, celulares c) softwares e outros recursos para captação e tratamento de imagens, captação e edição de sons PARA AMPLIAR OLHARES E SABERES • A revolta da vacina, de Nicolau Sevcenko. São Paulo, Editora da Unesp, 2018. Nesta obra, o historiador brasileiro Nicolau Sevcenko escreve sobre um fato que ficou marcado no início do século XX, no Rio de Janeiro, em meio a uma reforma urbana que visava, além de embelezar e racionalizar a arquitetura da cidade, erradicar algumas mazelas, entre elas doenças que assolavam a capital, como a varíola. Para isso, tropas do Exército foram convocadas para usar a força e obrigar as pessoas a receberem a vacina, pois a popu- lação resistiu à campanha, movida por medos e boatos infundados que logo se espalharam pela cidade. Um caso típico de desinformação, mas também de autoritarismo por parte do governo. Li vr o s • Privacidade hackeada (Netflix, 2019). Direção de Karim Amer e Jehane Noujaim. O documentário mostra os bastidores do escândalo da empresa de consultoria Cambridge Analytica e do Facebook, cujas ações nas redes sociais, sobretudo com a divulgação de fake news e a criação de perfis políticos falsos, influenciaram na eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos em 2016. Acesse o trailer legendado e uma sinopse do filme em: http://www.adorocinema.com/ filmes/filme-274797/trailer-19562770/. Acesso em: 3 jan. 2020. F il m e s 28 G U I A P N L D Ver orientações no Manual do Professor. • No site disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/, o médico Drauzio Varella dá informações importantes sobre manutenção da saúde e prevenção de doenças. Acesso em: 3 jan. 2020. • No blog Com a Palavra, o médico infectologista Leonardo Weissmann alerta sobre a possibilidade preocupante de assistirmos à volta da poliomielite. Disponível em: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/estamos-mesmo-livres-da-poliomielite/. Acesso em: 22 dez. 2019. • Nesse tutorial, você aprende a publicar vídeos no YouTube, por meio de um compu- tador ou celular. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Q7fMW9lVFD8. Acesso em: 3 jan. 2020. S it es O QUE APRESENTAREMOS: CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO VACINAR É PRECISO: BOTANDO A BOCA NO TROMBONE Cada equipe deverá escolher uma forma de comunicação: produzir um vídeo (mudo ou com som), uma conversa ou entrevista (como um podcast), uma peça publicitária para rádio ou TV, uma cena de teatro (esquete), uma história em quadrinhos, um blog com imagens e textos ou um conjunto de, no mínimo, quatro cartazes diferentes a serem afixados na escola, em lojas, restaurantes, salões comunitários e outros locais adequados à divulgação. O principal objetivo dessa campanha de conscientização é convencer as pessoas da impor- tância das vacinas, sobretudo atingir as que estão cuidando de crianças com idades entre zero (recém-nascidos) e dois anos. A poliomielite, também chamada de paralisia infantil, é uma doença transmitida por vírus que pode causar paralisia de músculos e até levar à morte. A vacinação tem evitado essas ocorrências há vários anos. FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL 29 G U I A P N L D Para que cada equipe desenvolva seu projeto até a elaboração do produto final, veja as seis etapas a serem seguidas. 1. Reflexões sobre os resultados da pesquisa Vacinas: sim ou não, escolha de possíveis assun- tos que podem ser tratados na campanha e suas formas de comunicação (vídeo, podcast, esquete de teatro, peça publicitária para rádio ou TV, conjunto de cartazes ou outra forma criada pela equipe). 2. Considerando os assuntos elencados, realização de estudos e pesquisas (em meios analógicos ou digitais) sobre os conhecimentos científicos que embasam as informações que a equipe pretende divulgar com a campanha. 3. Escolha definitiva da forma de comunicação da campanha e dos meios de divulgação que a equipe vai utilizar. Primeiros passos para a confecção da campanha: argumentos que estarão presentes, chamadas e manchetes a serem utilizadas. 4. Elaboração do produto final planejado pela equipe, apresentação para os colegas de turma e conversas sobre aspectos que podem ser melhorados. 5. Finalização dos produtos e publicação nos meios de comunicação ou locais mais adequados à forma da campanha. 6. Avaliação do processo de criação e desenvolvimento do projeto, incluindo a construção e apresentação do produto final. QUANTO TEMPO TEMOS: DURAÇÃO DO PROJETO Com base nas seis etapas previstas anteriormente, as equipes devem pensar como cada uma será desenvolvida ao longo do tempo, compondo, com a coordenação do(a) professor(a), um cronograma de trabalho que abarque, no máximo, um semestre. Nesse cronograma devem estar previstas as aulas que serão destinadas à concretização de cada etapa. Porém, é muito importante lembrar que o trabalho extraclasse, entre uma aula e outra, será necessário para a elaboração do produto final de cada equipe, de maneira a concretizar a campanha. Vacinar é preciso: botando a boca no trombone Cronograma para 12 aulas (mínimo – 1 trimestre, 1 aula/semana) AULA Conteúdos/Atividades 1 Introdução ao tema – primeiras reflexões (já realizada). 2 Pesquisa de opinião – leitura da proposta, composição da pesquisa da turma (já realizada). 3 Etapa 1: Resultados da pesquisa e início das conversas sobre o projeto de cada equipe. 4 Etapa 1: Escolha de assuntos e possíveis formas de comunicação que a equipe pretende utilizar na campanha. Ver orientações no Manual do Professor. 30 G U I A P N L D Vacinar é preciso: botando a boca no trombone Cronograma para 12 aulas (mínimo – 1 trimestre, 1 aula/semana) AULA Conteúdos/Atividades 5 Etapa 2: Início dos estudos e pesquisas. Orientações por parte do(a) professor(a) ou professores dedicados ao projeto. 6 Etapa 2: Continuação dos estudos e pesquisas. Elaboração das respostas às questões formuladas pela equipe. 7 Etapa 3: Definição dos conhecimentos presentes no produto final e da forma utilizada na comunicação. 8 Etapa 4: Planejamento da elaboração do produto final, listagem de materiais necessários à elaboração e início da produção. 9 Etapa 4: Construção do produto final em sua primeira versão, pronto o suficiente para ser mostrado aos colegas. 10 Etapa 4: Apresentação dos trabalhos das equipes aos colegas de turma, ano, ou mesmo todos os estudantes do Ensino Médio. Conversa sobre esses produtos e levantamento de ideias para aprimorar a produção de cada equipe. 11 Etapa 5: Finalização e publicação da campanha por parte de cada equipe. 12 Etapa 6: Avaliação final. COMO VAMOS FAZER: ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO Antes de iniciar a descrição de cada etapa do projeto, é importante ficar atento a três regras gerais para o andamento dos trabalhos, desde as primeiras ideias até a publicação dos produtos e a avaliação final: 1. Ao final de cada etapa, registrar por escrito, com desenhos ou mesmo com recortes colados, como foram os trabalhos, o que você aprendeu, como contribuiu com as tarefas, o que achou mais difícil. Esse registro também pode ser enriquecido com fotos e/ou vídeos dos processos da etapa. 2. Utilizando esse registro como ponto de partida, avaliar o andamento dos trabalhos (avaliação contínua) com o objetivo de localizar dificuldades no desenvolvimento do projeto e procurar soluções e ajuda para resolver os problemas encontrados. A ideia principal aqui é solucionar tudo a cada etapa, evitando deixar tarefas por fazer quando a próxima fase começar. 3. Sempre que encontrar na internet ou em meios impressos uma informação, notícia ou comentário sobre vacinas, conferira origem desse conteúdo e, se necessário, a confirmação científica das afirmações feitas. Se for preciso, procurar uma pessoa (professor ou profissional da área de Saúde) que possa confirmar as afirmações ou invalidá-las. Ver orientações no Manual do Professor. 31 G U I A P N L D 1 Etapa As vacinas e as pessoas – iniciando a seleção de conteúdos e formas de comunicação • Analisar as informações obtidas por meio da pesquisa de opinião e conhecimento sobre vacinas (Vacinas: sim ou não). • Elencar os conhecimentos sobre vacinas a serem tratados com o objetivo principal de con- vencer as pessoas da importância das vacinas ou reforçar essa importância para aquelas que já têm uma opinião favorável. • Escolher formas de comunicação que a equipe considere boas opções para disseminar os conhecimentos sobre vacinas escolhidos. Da pesquisa às primeiras decisões Chegou o momento de retomar a tabulação da pesquisa e iniciar o processo de criação da campanha de conscientização "Vacinar é preciso: botando a boca no trombone". a) A meta agora é selecionar algumas questões que devem ser respondidas com estudos e pesquisas e que podem ser a base da mensagem, ou das mensagens, que a equipe quer divulgar com o produto do seu trabalho. Aspectos considerados, tendo como base a proposta de pesquisa feita anteriormente: • Entre as pessoas entrevistadas, a maioria tomou vacinas? • As pessoas entrevistadas consideram as vacinas importantes? • Que porcentagem das pessoas entrevistadas têm carteira de vacinação e controlam as vacinas que precisam tomar? Importante: Os aspectos a serem considerados por você e sua equipe devem levar em conta as questões que vocês criaram para a pesquisa que fizeram. Com base nas primeiras reflexões em torno das informações obtidas por meio da pesquisa, a meta agora é produzir algumas questões que possam guiar o trabalho de estudos e pesquisas que farão depois. Vejam alguns exemplos dessas questões: Veja no link a seguir uma reportagem que mostra os problemas causados pela divulgação de notícias falsas (fake news) sobre as vacinas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VDalbTUtLDA. Acesso em: 2 jan. 2020. Inspiração Multimídia 32 G U I A P N L D • Como funciona o sistema imunológico humano? • Por que uma pessoa que pega sarampo e, depois que sara, fica imunizada e não contrai mais essa doença, mesmo convivendo com outros doentes? • Como a vacina foi inventada? • Como as vacinas nos protegem de doenças? • O que ocorre no organismo de quem toma vacina para que a pessoa fique imunizada? • Que doenças as vacinas podem prevenir? Como são transmitidas essas doenças? • Quais são as vacinas que fazem parte do calendário de vacinação? Você e sua equipe devem formular questões levando em conta as reflexões provocadas pelos resultados da pesquisa, pela curiosidade sobre o organismo humano e pela saúde, e também pela preocupação em esclarecer as pessoas sobre a importância das vacinas. Não deixe de registrar as questões formuladas por você e seus colegas de equipe. Essas ques- tões vão orientar o trabalho de estudos e pesquisas a se realizar na próxima etapa. b) Levando em conta as questões inicialmente formuladas pela equipe, iniciar a escolha de uma forma de comunicação que a equipe considera a melhor para transmitir a mensagem ou mensagens que vocês querem divulgar. Vejam a seguir alguns exemplos de formas de comunicação já citados anteriormente. Vídeo mudo (mímica ou pantomima) Este vídeo mostra cenas com mímicas rápidas que podem ser utilizadas como parte de um vídeo maior ou como forma de comunicação única para contar uma história sobre vacinas e saúde. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-SH3qLHvdRY&t=61s. Acesso em: 2 jan. 2020. Vídeo com som Pode ser uma peça publicitária para TV ou canal do YouTube. Neste vídeo, o médico Drauzio Varella alerta sobre a necessidade das pessoas que devem tomar vacina contra o sarampo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FvXye0_Cwok. Acesso em: 2 jan. 2020. Gravação de entrevista publicada na internet (podcast) Neste podcast, vocês ouvem a jornalista Inês de Castro falar sobre o autocuidado e os perigos da automedicação. Disponível em: https://bandnewsfm.band.uol.com.br/wp-content/uploads/2019/07/DENTRO- DO-ESPELHO-X-INES_2407-AUTOCUIDADOS.mp3. Acesso em: 23 out. 2020. Cena de teatro (esquete) Neste vídeo do grupo humorístico Porta dos Fundos, vemos a gravação de uma cena que pode ser representada como um esquete de teatro, tratando com humor o uso de gírias e de vícios de linguagem. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-yr8YzTzwv4. Acesso em: 2 jan. 2020. 33 G U I A P N L D Cartazes de campanha Campanha Outubro Rosa, que ocorre anualmente no mês de outubro, divulga a importân- cia dos cuidados em relação à prevenção e ao tratamento do câncer de mama. Os cartazes a seguir pertencem às campanhas de 2016 e 2019, respectivamente. Considerando as formas de comunicação apresentadas, ou outra que vocês tenham inven- tado, escolham uma ou duas e registrem essa escolha conforme as instruções do(a) professor(a). Ao longo da próxima fase, conforme avançam os estudos e as pesquisas, vocês podem avaliar melhor a forma de comunicação que vão utilizar, fazer a escolha definitiva e começar a pensar no produto do trabalho da equipe. Para finalizar esta primeira etapa, registrem suas impressões sobre os andamentos do trabalho, deixando claro o que foi feito, o que ainda precisa ser terminado e como a equipe vai finalizá-lo. Faz parte dessa avaliação também a atenção para os comportamentos e o relaciona- mento entre os integrantes da equipe, levando em conta aspectos como empatia, solidariedade, pontualidade, responsabilidade, respeito às dife- renças e prevalência do diálogo em eventuais momentos de conflito. AVALIAÇÃO CONTÍNUA H O SP IT A L D A S CL ÍN IC A S D A F AC U LD A D E D E M ED IC IN A D E RI BE IR ÃO P RE TO - U SP UNIÃO DOS VEREADORES 34 G U I A P N L D 2 Etapa Vacinas e imunização – estudos e pesquisas • Pesquisar informações científicas em meios de comunicação analógicos e digitais para respon- der às questões sobre vacinas formuladas anteriormente. • Redigir resposta a cada questão. • Selecionar as informações que serão divulgadas pela equipe por meio do material a ser pro- duzido para a campanha "Vacinar é preciso: botando a boca no trombone". Vacinas e imunização – O que nos informa a ciência A meta agora é responder às perguntas sobre vacinas que a equipe formulou, começar a selecionar as informações que serão veiculadas na campanha, registrar essas informações e usá-las como ponto de partida para a produção dos textos que serão a base das comunicações feitas pela equipe. Durante essas pesquisas e estudos, é muito provável que outras perguntas surjam. Não somente perguntas novas, mas também perguntas feitas antes e que podem se transformar em três ou quatro perguntas mais simples e com respostas mais comunicativas. a) Retomem as questões registradas na etapa anterior e iniciem a pesquisa por fontes de infor- mações sobre o sistema imunológico humano, as vacinas como forma de imunização, o calendário de vacinação e outros conhecimentos necessários à produção das respostas às perguntas que vocês selecionaram. Conforme os estudos sobre o material pesquisado avançam, a equipe deve anotar as informa- ções obtidas, que são importantes para a produção da resposta a cada questão inicialmente formulada. A organização dessas informações é muito importante para a qualidade científica do produto final para a campanha. É claro que uma resposta pode ser encontrada pronta, ou quase pronta, em uma fonte de informação. Nesse caso, é muito importante o uso de aspas para destacar o texto reproduzido e citar a fonte da informação por meio de um link ou dos dados sobre o material impresso (livro, revista etc.). b)Agora é o momento de finalizar as respostas às questões que orientaram o trabalho de pes- quisa e os estudos que vocês fizeram. Lembrem-se de que esse trabalho tem como meta ser o suporte de conhecimento científico necessário para os esclarecimentos que a campanha produzida pela equipe vai divulgar. Para isso, retomem a lista de questões definitivas, lembrando que algumas saíram e outras foram criadas durante as pesquisas e os estudos, e produzam o texto definitivo de cada res- posta, citando a fonte das informações obtidas sempre que necessário. Esse trabalho de produção de texto é importante também para a definição da forma de comunicação que vocês vão usar na campanha, decisão que será tomada na próxima etapa. 35 G U I A P N L D 3 Etapa Definição do conteúdo a ser divulgado e da forma de comunicação • Produzir uma síntese das ideias a serem divulgadas pela equipe em sua campanha. • Definir a forma de comunicação que será utilizada pela equipe na campanha. • Iniciar a confecção do produto final do projeto, definindo o texto com os conhecimentos a serem divulgados na campanha e as características principais da forma de comunicação que será utilizada. Iniciando a elaboração do produto final para a campanha "Vacinar é preciso: botando a boca no trombone" Considerando o material produzido com o trabalho, pesquisa e estudos para a elaboração das respostas às questões formuladas pela equipe, deve-se agora proceder a um processo que envolve dois aspectos que ocorrem junto: 1. Redigir a síntese dos conhecimentos a serem divulgados pela campanha; 2. Escolher a forma de comunicação que a equipe vai utilizar para elaborar o produto final (vídeo, podcast, peça publicitária, charges ou histórias em quadrinhos, conjunto de cartazes etc.). Esses dois aspectos devem ocorrer ao mesmo tempo, pois a seleção dos conhecimentos a serem divulgados pode influenciar na escolha da forma de comunicação. Ao mesmo tempo, a produção definitiva dos textos a serem utilizados na campanha depende da forma de comu- nicação escolhida. Por exemplo, se a equipe optar por um vídeo no formato de uma peça publicitária, será necessário escrever o texto que os personagens irão dizer e fazer a lista dos materiais que farão parte da cena; se a opção da equipe for por um conjunto de cartazes, será necessário redigir os textos que vão compor cada cartaz, as frases em destaque e as possíveis ilustrações utilizadas. Da mesma forma, para uma entrevista, deve-se redigir as perguntas que serão feitas ao entrevistado. Para um vídeo mudo, usando a mímica, por exemplo, será preciso descrever as cenas que serão filmadas e listar os materiais necessários para a gravação. Para finalizar esta segunda etapa, registrem suas impressões do andamento dos trabalhos nas páginas destinadas a este fim ou em meio eletrônico. Nesse registro, podem constar informações relevantes obtidas com as pesquisas, dúvidas que ainda não foram esclarecidas e orientações sobre como a equipe pretende fazer isso. Caso se encontre alguma informação distorcida ou afirmação sem base em conhecimen- tos da ciência (fake news), anotem a descoberta e a informação correta a respeito do assunto. AVALIAÇÃO CONTÍNUA 36 G U I A P N L D Esse é o momento de iniciar a confecção da campanha. Os primeiros passos são: argumentos que estarão presentes, chamadas e manchetes a serem utilizadas. Em seguida, definição dos conhecimentos a serem divulgados e da forma de divulgação. a) No caso de vídeos – elaboração de um roteiro registrando o que será comunicado e as imagens utilizadas para isso. Por exemplo, o locutor falando, com imagens ilustrativas inter- caladas, ou imagens ilustrativas que se sucedem e a voz do narrador que não aparece no vídeo (voz em off). Quando o vídeo envolve cenas com falas de diferentes personagens, é preciso definir quais serão esses personagens e escrever o que cada um vai falar. b) No caso de uma entrevista (vídeo ou podcast) – confirmação do(s) nome(s) do(s) entrevis- tado(s) e elaboração das questões a serem feitas a cada entrevistado. Se a entrevista for gravada em vídeo, é preciso também pensar no lugar em que ela será feita, se há iluminação suficiente, se o som gravado está bem audível. c) No caso de uma charge – definição da temática, reflexão/crítica a ser comunicada por meio dessa linguagem, possíveis personagens. d) No caso do esquete (cena) de teatro – definição dos personagens, texto falado pelos perso- nagens e cenário utilizado na apresentação. e) No caso de uma peça publicitária (de rádio ou TV) – elaboração de um roteiro com os perso- nagens presentes na campanha, a fala de cada um e os cenários em que as gravações serão feitas. f) No caso de um conjunto de cartazes – escolha das frases, desenhos, fotos, gráficos e outras formas de comunicação a serem utilizadas em cada cartaz. Esses cartazes podem variar, dependendo do local em que serão colocados e o público a que se destinam. Os podcasts são febre entre os jovens: um programa de rádio que pode ser produzido por qualquer pessoa e ouvido em qualquer local e momento. M A IC A SA A /S H U TT ER ST O CK 37 G U I A P N L D Qualquer uma dessas ideias pode ser utilizada total ou parcialmente pelas equipes. Podem também ser usadas combinadas, dependendo do formato da campanha imagi- nada. O importante é conseguir comunicar a mensagem sobre a importância das vacinas da melhor forma possível. Além de pensar nos conteúdos e na forma de comunicação utilizados na campanha, é neces- sário também escolher a forma de divulgação: • Para vídeos e podcasts: YouTube, Instagram, Facebook etc. • Para esquete de teatro: marcar locais de apresentação, como o pátio da escola no horário do intervalo, outras turmas em horários pré-combinados com os professores, outros locais na escola ou na comunidade em que a apresentação pode ser feita. • Campanhas publicitárias para rádio e TV também podem ser divulgadas em redes sociais, ou mostradas ao vivo, na forma de uma cena de teatro, por exemplo. • No caso dos cartazes: locais em que eles serão afixados. Para finalizar esta terceira etapa, registrem suas impressões sobre o andamento dos trabalhos nas páginas destinadas a esse fim ou em meio eletrônico. Nesse registro, é importante constar as decisões da equipe sobre os conteúdos e a forma de comunicação. Usem textos escritos, desenhos, colagens de fotos e de recortes de material impresso e todas as formas de registro que considerar adequadas. Fotos e/ou vídeos também podem ilustrar essa avaliação. A preocupação com as fake news continua. Caso vocês encontrem alguma informação distorcida ou afirmação sem base em conhecimen- tos da ciência, registrem a descoberta e também a informação correta a respeito do assunto. Você e sua equipe podem utilizar uma dessas notícias falsas para ilustrar os problemas com a divulgação adequada da importância das vacinas e do seu papel na manutenção da saúde das pessoas. AVALIAÇÃO CONTÍNUA 4 Etapa Elaboração do produto final (primeira versão) e apresentação aos colegas • Planejar o processo de elaboração do produto final da equipe para a campanha, criando um passo a passo da produção. • Listar os materiais necessários à elaboração do produto final, bem como o nome de cada componente da equipe responsável pela obtenção do item listado. • Iniciar a produção e conferir a cada passo planejado se as coisas estão ocorrendo como pla- nejado ou se é necessário fazer mudanças, adaptações. 38 G U I A P N L D • Chegar a uma versão do produto que possa ser apresentada a toda a turma, mesmo que faltem alguns detalhes de acabamento. • Ouvir os comentários do(s) professor(es) e dos colegas e pensar no que pode ser aprimorado, o que deve ficar como está e até se existe algo que deve ser retirado. • Registrar as decisões da equipe com cuidado, procurando estabelecer as providências para finalizar e publicar o produto do trabalho da equipe na próxima etapa.
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