Buscar

CASOS PRÁTICA CIVIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

CASO 1: Joaquim da Silva é programador de computadores e reside na cidade de São Paulo. Ao ser contratado para participar da criação de um novo aplicativo para celulares, Joaquim adquiriu um notebook de última geração, da loja Joe Eletronics Ltda., sediada na cidade de São José dos Campos, pelo valor de R$ 24.000.00. O produto, fabricado pela empresa Orange Inc., norte americana, é importado com exclusividade por algumas lojas no Brasil, como a Joe Eletronics. O produto não possui qualquer prazo de garantia adicional além daqueles previstos em legislação consumerista. Joaquim ao efetuar a compra do notebook, por telefone, solicitou a entrega em sua residência. O pagamento foi debitado em uma única prestação em seu cartão de crédito. Nove dias depois da compra, o computador foi entregue na residência de Joaquim. Seguindo todas as instruções contidas no manual, Joaquim, ao tentar ligar o aparelho, não conseguiu, já que o produto simplesmente não funcionava. Dez dias após a compra, Joaquim, que não conseguiu contato via telefone, foi até a loja física da Joe Eletronics para exigir a substituição do produto, e foi informado de que a empresa, por ser somente um representante da marca do computador no Brasil, possuída um serviço de assistência técnica para onde o produto deveria ser encaminhado para verificar as razões pelas quais não ligava. Joaquim, então, assinou e recebeu cópia de uma ordem de serviço para comprovar o envio do produto ao conserto. Trinta dias depois, o produto retornou da assistência técnica. Joaquim testou o produto na própria loja e constatou que, apesar do equipamento aparentemente ligar, não inicializava. Irritado, Joaquim recusou-se a retirar o produto e exigiu, desta vez, a restituição da quantia paga, tendo seu pedido negado por ser um produto importado. Joaquim deixou a loja, levando o aparelho defeituoso, após protocolar um documento informando sua insatisfação e exigindo a devolução do dinheiro. Como não houve o estorno em seu cartão de crédito e Joaquim não conseguiu dinheiro para adquirir outro produto, acabou por não concluir o projeto para o qual havia sido contratado que lhe renderia valor total de 45.000,00.
CASO 01
1) Quem? Joaquim da Silva.
2) Contra quem? Joe Eletronics Ltda e Orange Inc.
3) Por quê? Compra de um notebook de última geração que foi enviado e após tentar ligá-lo, constatou ser um produto defeituoso. O requerente tentou contato com a assistência técnica, todavia restou infrutífera, assim, foi pessoalmente a loja Joe Eletronics Ltda para realizar a manutenção. Esta informou que só revende os produtos produzidos pela Orange Inc. e que esta, localizada no exterior, possui a assistência técnica para manutenção do referido objeto. Desta forma, assinou a ordem de serviço, a qual comprova que o notebook foi encaminhado para a assistência no exterior. Ao retornar da assistência, o notebook ainda se encontrava com defeito ao inicializar. A documentação pertinente se refere ao extrato do cartão de crédito, que comprova o pagamento em única prestação, a ordem de serviço devidamente assinada
4) O que quer? restituição da quantia paga (24.000,00) + indenização por danos materiais - lucros cessantes (45.000,00).
5) A lei/ordenamento permite? Tendo em vista que não sendo o vício sanado no prazo máximo de 30 dias, pode o consumidor exigir, dentre outras opções, a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos, conforme preconiza artigos 6º, VI, 18, caput e §1º, II do Código de Defesa do Consumidor e Artigo 402 do C.C.
Acerca da condenação solidária: APELAÇÃO. Compra e venda de bem móvel. Vício do produto. Ação de restituição de quantia paga cumulada com indenização por danos morais, julgada procedente. Defeito em "notebook" constatado logo após a compra, não sanado no prazo legal. Recurso da ré vendedora. Responsabilidade objetiva (art. 14, § 3º, I, CDC). Inércia das rés quanto à substituição do bem por outro de igual característica ou a devolução do valor equivalente. Apelante revendedora do produto, integrante da cadeia de fornecimento de produtos e/ou serviços. Responsabilidade solidária caracterizada nos termos dos arts. 7º, parágrafo único,18, 25, § 1º, todos do CDC. Negligência na prestação do serviço. Descaso que gera o dever de indenizar os danos morais experimentados pela consumidora. Dano moral caracterizado. Valor arbitrado compatível com o dano experimentado e que não comporta alteração. Aplicação dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, atendidas as diretrizes do art. 944 do Código Civil. Sentença mantida. RECURSO DESPROVIDO, sem a majoração dos honorários advocatícios sem favor do patrono da autora, com base no art. 85, § 11, do CPC, por já terem sido arbitrados em seu grau máximo. (TJSP; Apelação Cível 1003310-13.2017.8.26.0483; Relator (a): Sergio Alfieri; Órgão Julgador: 28ª Câmara de Direito Privado; Foro de Presidente Venceslau - 2ª Vara; Data do Julgamento: 02/10/2020; Data de Registro: 02/10/2020).
Acerca da restituição do valor do objeto: Bem móvel. Ação de indenização. Decadência. Inocorrência. Aplicação, na espécie, do artigo 27 do CDC, que estabelece a prescrição para a reparação do dano em cinco anos, não decorrido referido prazo. Teoria da causa madura. Aplicabilidade. Questão meramente de direito e fartamente documentada nos autos. Incidência do artigo 1.013, § 4º, do Código de Processo Civil de 2015. Defeito nas telas que impossibilitou o uso dos produtos. Dano constatado pela assistência técnica. Alegação de ausência de prova de que os vícios decorrem de defeito de fabricação. Ônus de quem alega o fato. Exegese do art. 373, inc. II, do CPC. Substituição do produto ou devolução do preço pago que pode ser exigida pelo consumidor se a mercadoria apresenta vício de qualidade que a torna imprópria ou inadequada ao uso a que se destina. Retorno das partes ao status quo ante. Necessidade. Recurso provido. (TJSP; Apelação Cível 1001276-83.2020.8.26.0152; Relator (a): Cesar Lacerda; Órgão Julgador: 28ª Câmara de Direito Privado; Foro de Cotia - 2ª Vara Cível; Data do Julgamento: 05/05/2021; Data de Registro: 05/05/2021).
6) Como? Ação de obrigação de fazer cumulada com indenização por danos materiais. Procedimento comum.
7) Onde? Domicílio do autor - São Paulo - Artigo 101, I do CDC.
“Ao Juízo da __ Vara Cível da Comarca de São Paulo”.
8) Tem dinheiro? Não tem dinheiro. Benefício da justiça gratuita - artigo 98 do CPC. 9) É idoso/doença grave? Não tem prioridade na tramitação, pois não há hipótese do artigo 1.048 do CPC.
10) É caso de intervenção do MP? Não, pois não há hipótese do 178 do CPC.
11) É caso de segredo de justiça? Não, não tem hipótese do artigo 189 do CPC.
12) Intervenção de 3º? Não.
13) Tem provas? Sim. a compra realizada com o valor debitado no cartão de crédito do autor; a cópia de uma ordem de serviço para comprovar o envio do produto ao conserto que o autor assinou; e o documento informando sua insatisfação e exigindo a devolução do dinheiro que foi protocolado pelo autor.
14) Cabe tutela provisória? É urgente? Sim, cabe a tutela provisória de urgência antecipada, pois o autor tem provas que demonstram o seu direito e há o perigo de dano, uma vez que ele não possui dinheiro para comprar outro produto que é utilizado para o seu trabalho, tendo em vista que não conseguiu concluir seu projeto por causa do defeito do produto comprado. Logo, cumpre todos os requisitos do artigo 300 do CPC.
15) Valor da causa? R$ 69.000,00, artigo 292, VI do CPC.
CASO 2: Joana, grávida, residente em São Paulo /SP, após visita aos seus pais, que estavam gripados, retorna à sua casa e percebe que acabou contraindo a mesma gripe. Diante das recentes notícias, e da sua preocupação com seu filho, Joana liga para Pedro Sampaio, médico e agenda uma consulta. No dia e hora agendados, Joana comparece ao consultório de Pedro, localizado na mesma cidade, que a examina. Ao final, no momento de despedir-se, Joana descobre que seu médico não aceita mais seu convênio médico, devendo arcar comR$ 850,00 referente ao valor da consulta. Como não havia levado qualquer meio de pagamento, Pedro, na presença de sua secretária e mais quatro pacientes que estavam presentes, forneceu os dados de sua conta bancária para depósito ou transferência do valor na mesma semana. Passados três meses da consulta, nada foi depositado na conta do médico.
CASO 2:
1)Quem? (Legitimidade ativa / litisconsórcio) PEDRO SAMPAIO
2)Contra quem? (Legitimidade passiva / litisconsórcio) JOANA
3) Por quê? (Fatos - causa de pedir remota / documentos / identificação da relação jurídica) - O convenio já não cobria mais a consulta médica quando Joana, que estava grávida decidiu passar em uma consulta com Dr. Pedro Sampaio, sendo a paciente informada ao final de que deveria efetuar o pagamento do valor de 850,00 reais, momento em que lhe foi passado os dados bancários para depósito ou transferência, ficando ser acertado na mesma semana, porém não foi efetuado mesmo tendo decorrido já 3 meses do referido fato.
4) O que quer? (Pedido(s) / natureza) - Pagamento da consulta
5) A lei/ordenamento permite? (Fundamentos jurídicos - causa de pedir próxima - lei/jurisprudência/doutrina) - Art 394 e 395 cc, súmula 54 STJ- Houve inadimplemento por parte de Joana, devendo, portanto, responder pelo valor da dívida, inclusive juros em mora e atualização monetária; Art. 700, I do CPC, visto que A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz o pagamento de quantia em dinheiro	
6) Como? (Ação a ser ajuizada / procedimento comum ou especial?) - Ação de cobrança pelo procedimento comum, com fulcro nos arts. 318 e 319 cpc.
7) Onde? (competência)
SÃO PAULO ART 53 DO CPC, III, ALÍNEA D 
Ao DOUTO JUÍZO DA .... VARA CÍVEL DE SÃO PAULO
8) Tem dinheiro? (Gratuidade da justiça) - Não
9) É idoso/doença grave? (prioridade na tramitação) - Não, portanto não tem prioridade na tramitação.
10) É caso de intervenção do MP? - Não
11) É caso de segredo de justiça? - Não, não tem hipótese do artigo 189 do CPC.
12) Intervenção de 3º? - Não
13) Tem provas? (inversão do ônus) - Testemunhas, no momento em que foi informada do pagamento, algumas pessoas presenciaram a confirmação de que o pagamento seria realizado na mesma semana e podem confirmar que os dados para a realização foram devidamente passados. 
14) Cabe tutela provisória? É urgente? (tutela provisória de urgência antecipada ou cautelar/ tutela da evidência) - Não.
15) Valor da causa? - 850,00 reais, além de correção monetária e juros em mora. 
CASO 3: José dos Santos, publicitário, domiciliado em Campinas/SP, assinante da Clarear (empresa de telefonia celular), recebeu e-mail e carta da empresa cuja sede está em Curitiba/ PR, informando que havia uma fatura em aberto no valor de R$ 1.000,00 ref. ao mês de fevereiro de 2019 e que se não houvesse pagamento no prazo de 10 dias, do recebimento da carta, seu nome seria negativado perante os órgãos de proteção ao crédito. José, estranhando o fato, pesquisou em seus arquivos e encontrou o comprovante do pagamento da referida fatura, enviando por e-mail à empresa Clarear para esclarecer o mal entendido. No entanto, dois meses depois, ao tentar adquirir uma televisão de forma parcelada, o financiamento lhe foi negado sob o argumento de que seu nome constava no rol dos maus pagadores em razão da referida dívida perante a Clarear.
1) Quem? – José dos Santos
2) Contra quem? – Clarear (Empresa de telefonia celular)
3) Por quê? – José recebeu um e-mail da referida empresa informando a respeito de uma fatura em aberto no montante de R$ 1.000,00 (mil reais), referente ao mês de fevereiro de 2019, sendo que se não houvesse o pagamento desta no prazo de 10 dias do recebimento da carta, o nome de José seria negativado perante aos órgãos de proteção ao crédito. Ocorre que, José enviou o comprovante de pagamento da fatura a fim de esclarecer a situação. No entanto, após dois meses do ocorrido, José ao tentar adquirir uma televisão de forma parcelada, teve o financiamento negado sob o argumento de que seu nome constava no rol dos maus pagadores em razão da dívida em aberto perante a Clarear. 
4) O que requerer? – Retirada de seu nome dos órgãos de proteção ao crédito no prazo de 5 dias úteis.
5) A lei/ordenamento permite? – Uma vez confirmada a inscrição irregular, o órgão responsável terá até 5 dias úteis para realizar a retirada do nome nos órgãos de proteção ao crédito, com base no artigo 542 do Código de Defesa do Consumidor, vê-se: “Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito.” Entendimento este também fixado pelo STF no recurso especial (REsp. 1.424.792): “Diante das regras previstas no Código de Defesa do Consumidor, mesmo havendo regular inscrição do nome do devedor em cadastro de órgão de proteção ao crédito, após o integral pagamento da dívida, incumbe ao credor requerer a exclusão do registro desabonador, no prazo de 5 dias úteis, a contar do primeiro dia útil subsequente à completa disponibilização do numerário necessário à quitação do débito vencido[...]".
6) Como? – Ação de inexigibilidade de débito c/c indenização por danos morais
7) Onde? – Domicílio do autor [artigo 101, I, CDC]. A propositura da ação deverá ocorrer em Campinas/SP
8) Tem custas? – não há previsão expressa no Código de Defesa do Consumidor sobre o pagamento de custas nas ações individuais. O artigo 90, manda aplicar, no que não contrariar o código, as disposições da lei de ação civil pública, que por sua vez isenta o pagamento. Ainda, a presunção de vulnerabilidade do consumidor é absoluta (art. 4º, inciso I, CDC).
9) É idoso/doença grave? – Não, portanto não tem prioridade na tramitação. 
10) É caso de intervenção do MP? – Não! A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor só atua em defesa dos interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos que possuam relevância social dos consumidores, o que não ocorre no caso em comento.
11) É caso de segredo de justiça? – Não, não tem hipótese do artigo 189 do CPC.
12) É caso de intervenção de terceiro? – Não
13) Tem provas? Sim, o comprovante do pagamento da fatura a qual foi enviada para o e-mail da empresa.
14) Cabe tutela provisória? É urgente? – SIM! Nos termos do Art. 300 do CPC, "a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo." No presente caso tais requisitos são perfeitamente caracterizados, vejamos: PERICULUM IN MORA - O risco da demora fica demonstrado diante da continuidade da cobrança indevida, bem como pela provável inscrição irregular em cadastro negativo de crédito, fato que vem gerando inúmeros transtornos e constrangimentos - FUMUS BUNI IURIS - A probabilidade do direito fica perfeitamente demonstrada diante da comprovação do abuso sofrido pela Autora, diante de um constrangimento ilegal. Assim, cumpre ressaltar que estão presentes todos os requisitos legais para o deferimento do pedido de tutela provisória de urgência, haja vista que tal fato pode repercutir em sua vida negocial, cerceando o Autora em direitos, além de manchar seu bom nome. 
15) Valor da Causa? – R$10.000,00 [artigo 292, V do CPC.]
CASO 4: Valéria, professora da rede pública, depois de longos 20 anos de magistério, poupou quantia suficiente para comprar sua casa própria à vista. Para tanto, procurou João com objetivo de adquirir o apartamento que ele colocara à venda na cidade de Teresópolis/RJ. Depois de visitar o imóvel, tendo ficado satisfeita com o que lhe foi apresentado, soube que este se encontrava ocupado por Luciana, que reside no imóvel na qualidade de locatária há dois anos. O contrato de locação celebrado com Luciananão possuía cláusula de manutenção da locação em caso de venda e foi oportunizado à locatária o exercício do direito de preferência, conforme previsto em lei, mediante notificação extrajudicial, certificada a entrega a Luciana. Valéria firmou contrato de compra e venda por meio de documento devidamente registrado no competente Cartório de Registro de Imóveis, tendo adquirido sua propriedade e notificou a locatária a respeito da sua saída. Contudo, ao tentar ingressar no imóvel, para sua surpresa, Luciana ali permanecia instalada. Questionada, respondeu que não havia recebido qualquer notificação de João, que seu contrato foi concretizado com João e que, em virtude disso, somente devia satisfação a ele, dizendo, por fim, que dali só sairia a seu pedido. Indignada, Valéria conta o ocorrido a João, que diz lamentar a situação, acrescentando que Luciana sempre foi uma locatária de trato difícil. Disse, por fim, que como Valéria é a atual proprietária cabe a ela lidar com o problema, não tendo mais qualquer responsabilidade sobre essa relação. Com isso, Valéria procura o(a) advogado(a), que a orienta a denunciar o contrato de locação, o que é feito ainda na mesma semana. Diante da situação apresentada, na qualidade de advogado(a) constituído por Valéria, proponha a medida judicial adequada para a proteção dos interesses de seu cliente para que adquira a posse do apartamento comprado, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes.
1) Quem? (Legitimidade ativa / litisconsórcio) - Valéria
2) Contra quem? (Legitimidade passiva / litisconsórcio) - Luciana
3) Por quê? (Fatos - causa de pedir remota / documentos / identificação da relação jurídica) – Valéria adquiriu imóvel a vista na cidade de Teresopolis/RJ. Acontece que o imóvel encontrava-se alugado pela parte ré, que foi devidamente notificada para retirar-se do imóvel adquirido pelo autor. A parte ré mesmo tendo sido devidamente notificada recusa-se a sair do imóvel afirmando que devia satisfação ao antigo dono deste. 
4) O que quer? (Pedido(s) / natureza) – Querendo Luciana que responda a presente ação na pessoa de seu advogado; seja concedida a antecipação de tutela para despejo da parte ré e confirmada ao fim por sentença; seja o réu condenado a custas e honorários advocatícios conforme art. 20, III CPC. 
5) A lei/ordenamento permite? (Fundamentos jurídicos - causa de pedir próxima - lei/jurisprudência/doutrina) Conforme existência de relação jurídica material entre as partes decorrente da sub-rogação de Valéria nos direito de propriedade, bem como no preceito legal disposto no art. 8º da Lei nº 8.245/91, que permite a alienação do imóvel durante o prazo da locação, concedendo o prazo de 90 dias para a desocupação, após a denunciação do contrato. 
6) Como? (Ação a ser ajuizada / procedimento comum ou especial?) – Ação de despejo c/c tutela antecipada; justiça comum 
 7) Onde? (competência) – Vara Cível da comarca de Teresópolis
8) Tem dinheiro? (Gratuidade da justiça) – Não possui gratuidade de justiça
9) É idoso/doença grave? (prioridade na tramitação) - Não
10)É caso de intervenção do MP? - Não
11)É caso de segredo de justiça? - Não
12)Intervenção de 3º? - Não
13)Tem provas? (inversão do ônus) – Não cabe inverção do ônus de prova. 
14)Cabe tutela provisória? É urgente? (tutela provisória de urgência antecipada ou cautelar/ tutela da evidência) – Cabe tutela antecipada
15)Valor da causa? – Valor da causa de 12x o valor do aluguel, conforme art. 58, III da Lei n. 8245/91.