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direito das coisas _posse_ - Documentos Google

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As Coisas 
No Direito Romano, em sentido amplo, coisa é aquilo que tem existência 
determinada no espaço e tempo. No sentido jurídico, é aquilo que é suscetível de 
apropriação pelo homem e torna- se objeto de direito por ter valor econômico. 
O Código Civil de 2002, no entanto, adota a concepção de que coisas são gênero e 
bens, espécie – diferenciando- os. César Fiuza o faz da seguinte forma : "bem é 
tudo aquilo que é útil às pessoas. Coisa, para o Direito, é todo bem econômico, 
dotado de existência autônoma, mas é capaz de ser subordinado ao domínio das 
pessoas ”. Para um bem ser considerado coisa, portanto, é necessário o interesse 
econômico – a possibilidade do bem ser individualizado e valorado e, por último, sua 
subordinação jurídica. 
A Propriedade 
O direito de propriedade é erga omnes, oponível contra todos. Atribui ao ser titular 
direito subjetivo sobre o objeto. É um direito natural e inalienável do homem. 
Os romanos não tinham um conceito claro do que fosse propriedade, tal como hoje 
conhecemos. As grandes áreas de terra pertenciam ao Estado, mas podiam ser 
utilizadas pelos cidadãos romanos para fins de agricultura. O direito de propriedade 
compreende, unificadamente, um conjunto de poderes sobre a coisa adquirida : ius 
utendi (direito de posse e uso da coisa adquirida), ius fruendi ( faculdade de gozar 
das vantagens que a coisa oferece), ius abutendi (direito de dispor, alienar e abusar 
do bem da sua propriedade ). No Direito Roma no, assim como no Direito Civil 
brasileiro, a propriedade é elástica, pois o proprietário pode abrir mão de uma 
dessas faculdades, transferindo - a para a terceiros. A propriedade de um bem 
podia ser adquirida a título derivado, por meio da emancipation, in iure cessio e 
traditio ; ou a título originário, por meio da ocupação, acessão, especificação, 
aquisição de tesouros e frutos, adjudicação e ex lege. A perda da propriedade 
ocorria por extinção, perecimento, abandono, falta de intenção em querer a coisa e 
transferência do domínio a outrem. O poder jurídico do proprietário sobre a coisa 
podia ser limitado em defesa do interesse público ou privado. Na Constituição 
Federal brasileira – título III, dos direitos e garantias fundamentais, capítulo I, dos 
direitos e deveres individuais e coletivos – o direito de propriedade e é garantido no 
Art. 5º que diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade ”. É, basicamente, conceituada como o poder d e usar, gozar dispor de 
uma coisa, bem como reavê-la de quem injustamente a ocupe. É considerado um 
direito complexo, pois reúne três atributos, e elástico, pois eles podem 
apresentar-se separadamente. E lá pode ser adquirida de forma originária, sem 
vínculo com o dono anterior, o u derivada, onde se recebe a propriedade do dono 
anterior. As formas de aquisição da propriedade imóve l no Brasil são o registro, 
a acessão, usucapião sucessão. Já a aquisição da propriedade móvel se dá pela 
tradição, ocupação de coisa abandonada, pelo quase impossível achado de tesouro, 
pela especificação, pela pelos raros confusão, comistão e adjunção, e também pela 
usucapião. 
Além disso, o Código Civil prevê as formas de perda da propriedade, que são elas : 
morte, usucapião, dissolução do casamento, alienação, renúncia, abandono, 
perecimento da coisa, desapropriação, execução e, finalmente, o advento de 
condição resolutiva. Sua limitação se dá pelas normas do direito de vizinhança e da 
necessidade de função social da propriedade. 
No Código Civil, o Art. 1228 torna cristalina a influência do Direito Roma no 
Direito atual ao dizer que : “o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor 
da coisa, e o direito de reavê - la do poder de quem quer que injustamente a 
possua ou detenha ”. 
Divisão das coisas 
Das coisas em relação à si mesmas corpóreas e incorpóreas 
No Direito Roma no, coisas corpóreas são aqueles que podem ser percebidas pelos 
sentidos. Já as incorpóreas são apreendidas por meio da inteligência, não são 
tangíveis e possuem apenas existência jurídica. 
O Código Civil não apresenta tal distinção, pois as coisas que, no Direito Romano, 
eram aprendidas por meio da inteligência, atualmente, são consideradas bens. 
Móveis e imóveis 
No Direito Romano, coisas imóveis são aquelas que não podem ser deslocadas de 
um local para outro, enquanto às moveis podem, sem deterioração. Tal distinção 
existia para definir os prazos de usucapião e pelo interdito pretoriano concedido. 
No Código Civil brasileiro, o art. 79 . define que são bens imóveis o solo e tudo 
quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. Já o Ar t. 82 . define como 
móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, 
sem alteração da substância ou destinação econômico - social. 
Fungíveis e infungíveis 
No Direito Romano, coisas fungíveis são aquelas que podem ser substituídas 
por outras do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Já as infungíveis são 
consideradas em sua individualidade, não permitindo, portanto, substituição. 
O Código Civil brasileiro define bens fungíveis no Ar t. 85 : “são fungíveis os móveis 
que podem substituir- se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade ”, 
claramente demonstrando a importância do estudo do Direito Roma no para a total 
compreensão do atual. 
Consumíveis e inconsumíveis 
No Direito Romano, coisas consumíveis são aquelas nas quais o uso importa 
destruição imediata. Enquanto isso, inconsumíveis são as coisas que pode ser 
usadas reiteradamente, sem destruição de sua substância. 
No Código Civil brasileiro, a definição de bens consumíveis está no Art. 86 : “são 
consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação ”. 
Divisíveis e indivisíveis 
Para o Direito Romano, coisas divisíveis são aquelas que podem ser divididasem 
diversas partes, sem acarretar alteração em sua substância ou destinação 
econômica. Já as indivisíveis são as que não podem ser divididas sem terem suas 
características comprometidas. 
O Código Civil brasileiro possui dois artigos que versam sobre tal classificação. 
São eles : 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua 
substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se dedicam. 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por 
determinação da lei ou por vontade das partes. 
Singulares, compostos e coletivos 
Para o Direito Romano, coisas simples são aquelas que formam um todo 
independentemente. As compostas compreendem uma união mecânica de coisas 
simples, formando um todo unitário. Coisas coletivas são as simples reunidas em 
um todo ideal. 
O Código Civil brasileiro apresenta os seguintes artigos referentes a esta 
classificação : 
Art. 89. São singulares os bens que, embora a ré unidos, se consideram de 
per si , independentemente dos demais. 
Art. 90 . Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singular que, 
pertinentes à mesma pessoa, tenham distinção unitária. 
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objetos 
de relações jurídicas próprias. 
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma 
pessoa, dotadas de valor econômico. 
Das coisas reciprocamente consideradas 
Principais e acessórias 
No Direito Romano, coisas principais são aquelas que possuem existência própria, 
independente de outras. Já as coisas acessórias estão subordinadas às principais, 
em uma relação de dependência. 
No Código Civil brasileiro, os seguintes artigos versam sobre esta divisão : 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata o u concretamente; 
acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se 
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem 
as 
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou 
as circunstâncias do caso. 
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e 
produtos podem ser objeto de negócio jurídico. 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso 
habitual do bem, ainda que o torne mais agradável vê-lo ou sejam de elevado valor. 
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se 
deteriore. 
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos 
sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
 
 
Dos bens considerados quanto à sua comercialidade 
Res in patrimonium 
São os bens que estão no comércio, suscetíveis de serem apropriados e alienados 
Res extra patrimonium 
São as coisas não suscetíveis de apropriação. 
São divididas em: Res divini iuris e Res sacrae . 
Coisas consagradas aos deuses superiores, pertencentes a eles, como os templos 
e objetos de cultos. 
Res religiosae 
Coisas inferiores, infernais ou de deuses divinizados, como os túmulos e tudo aquilo 
dedicado aos mortos. 
Res sanctae 
Embora não consagradas aos deuses, por serem de grande importância, eram 
protegidas por eles, como as portas e os muros das cidades. 
Res humani iuris 
Res communes omnium 
Coisas da natureza, colocadas à disposição de todos, como o ar, a água e o céu. 
Res publicae 
Coisas públicas, pertencentes às pessoas que formam uma comunidade 
politicamente organizada, colocadas à disposição de todos, como a s praças, 
parques e bibliotecas. 
Res universitatis 
Coisas que pertencem às cidades, como teatros e banheiros públicos. 
No Código Civil brasileiro, os seguintes artigos tratam deste tópico : 
Art. 98. São púb lico s os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas 
jurídicas 
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a 
que pertencerem. 
Art. 99. São bens públicos : 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive 
os de suas autarquias ; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito 
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os 
bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado 
estrutura de direito privado. 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são 
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei de 
terminar. 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as 
exigências da lei. 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme 
for estabelecido legalmente pela entidade cuja administração pertencerem. 
Dos bens considerados quanto à ordem socioeconômica 
Res mancipi 
São coisas relevantes, de grande valor, de interesse social. 
Res nec mancipi 
São coisas de interesse individual. 
 
DA POSSE 
 
CONCEITOS POSSE: 
 
Artigo 1.196: "Considera-se possuidor, todo aquele que tem de fato o exercício, 
pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade”. 
É o ato de possuir ou ter uma coisa (corpórea ou incorpórea) com ânimo de 
conservá-la para si ou para outro. É a relação, poder de fato entre uma pessoa é 
uma coisa . 
É uma situação de fato em que uma pessoa, independente de ser ou não 
proprietária, exerce sobre uma coisa poderes ostensivos, conservando-a e 
defendendo-a. Assim tal como faz o proprietário, o locatário,o comodatário, o 
usufrutuário, o administrador, o inventariante e o síndico . 
É um fato; é filha da prática social; Está fora do campo dos direitos; Produz efeitos 
jurídicos : conduz à propriedade (usucapião , ocupação, traditio) 
É tutelada ex occasione (excepcionalmente ) pelo pretor através de interditos. 
ELEMENTOS DA POSSE: 
Elemento material: corpus (detenção material) 
Elemento subjetivo : animus possidendi (intenção de ter completa e exclusivamente 
a coisa para si ). 
MODALIDADES: 
a)Possessio bonae fidei: o possuidor ignora que está lesando o proprietário da 
coisa; é protegida até contra o proprietário). 
b) possessio malae fidei: o possuidor sabe que está lesando o proprietário da coisa; 
é protegida contra terceiros; não dá margem ao usucapião. 
c) Possessio iusta: nec vi nec clam nec precario. É protegida contra todos inclusive 
contra o proprietário. 
d) possessio iniusta. É protegida contra terceiros. 
e) Possessio ex iust o título : decorrente de doação (pro donato); compra e venda 
(pro emptore); pro legato causa. 
f) possessio ex injust o título : doação entre cônjuges > capaz de impedir a 
transferência da propriedade. 
OBJETO DA POSSE: 
a) Res in commercio 
b) Res corpórea (Justiniano: corpóreas e incorpóreas) 
c) Coisa com individualidade própria 
TIPOLOGIA: 
Possessio naturalis, corpo ralis, detentio: detenção do corpus: tem a possessio 
naturalis aqueles que têm em seu poder o uso ou a guarda de uma coisa que é de 
outro, sem a intenção de t ê-lo para si. Não conduz ao direito de propriedade. 
Ex:locatário, comodatário, usuf rutuário. 
Possessio ou possessio ad interdi ctas:reúne o corpus e o animus possidendi; é 
protegida pelos interditos pretorianos. 
Possessio civilis ou possessio ad usucapionem: reúne as condições 
necessárias à usucapião; produz efeitos jurídicos; conduz a propriedade pela 
usucapião. É protegida por interditos;defendida pela actio Publiciana; trata -se de 
uma propriedade que vai se construindo a caminho de ganhar garantia jurídica. 
 
 
 
PROTEÇÃO POSSESSÓRIA: 
Interdicta retinendae possessionis causa: destinados à conservação da posse 
turbada. Eram proibitórios e duplos. 
a) Interdito Uti possidentis: destinado ao s bens imóveis.:“Continuai a possuir o 
imóvel, de que se trata, como agora o possui, desde que a posse não seja violenta, 
clandestina ou pr ecária”. 
b) Interdito Utrubi: destinado aos bens móveis: “De onde o escravo, de que se trata, 
esteve durante maior parte deste ano, sem violência, clandestinidade ou 
precariedade, proíbo a uma e outra parte que façam violência para levar o escravo". 
Interdicta recuperanda e possession is causa: destinados à recuperação ou 
reintegração da posse da coisa esbulhada. 
a) Interdito un de vi: destinado a reintegrar na posse de coisa móvel aquele que fora 
despojado violentamente. 
Vi cottidiana : violência comum “O imóvel do qual tu, ou teus escravos, com 
violencia, expulsastes este indivíduo, que o possuía sem violência, ou 
clandestinidade, ou precariedade com relação a ti, devolve-o a ele, bem como tudo 
o que ai existia”. 
Vi armata: violência armada: “Aquele que do imóvel tu, ou teus escravos, 
violentamente, com homens reunidos em bando ou armados, expulsastes, 
devolve-o, bem como tudo que existia nele”. 
b) De precário: concedido ao proprietário contra o precarista que se recusava a 
entregar a coisa. 
c) De clandestin a possession e : concedido para que o desapossado obtivesse a 
recuperação da posse do imóvel ocupado clandestinamente por terceiro. 
JUSTINIANO: 
Os interditos se transformam em ações (actiones ex causa interdicti): processo 
rápido e sumário. 
Os interditos de manutenção da posse de móveis e imóveis eram concedidos 
àqueles que tinham posse atual. 
Fusão dos interditos de recuperação da posse: interdito de unde vi, usado até 1 
ano do desapossamento. 
Possessio naturalis passa a ser protegida. 
 
 
USUCAPIÃO – USUCAPIÃO (forma de aquisição da propriedade) 
CONCEITOS : 
Este parece haver sido admitido para que o dominium sobre a coisa não 
permanece-se incerto por muito tempo , já que era suficiente ao dono, para 
recuperar a sua coisa, o lapso de tempo de 1 ou 2 anos que é o tempo exigido ao 
possuidor para usucapi o (Gaio, 2.44) “Usucapião é a aquisição do domínio pela 
posse continuada durante um ou dois anos : um ano, para as coisas móveis; dois, 
para as imóveis” (Ep. Ulpiano, 19.8 ). 
“Usucapião é a agregação (aquisição ) do domínio continuado mediante a continuação da posse pelo 
tempo determinado na lei” (Modestino, D. 41.3.3). 
“Usucapião é uma forma de adquirir a propriedade mediante a pos se legitimamente 
justificada e continuada, pelo tempo que determina a lei” (Al ba Crespo, 1998). 
“Modo de aquisição da propriedade sobre uma coisa pela sua posse prolongada por certo tempo, 
nas condições estabelecidas pela lei” 
M. Alves. 
Objetivo: 
Pré-clássico – clássico : converter em proprietário de uma coisa quem não o era, ou 
porque havia adquirido de quem não era dono, o u porque não se observará o modo 
de aquisição correto para adquirir a propriedade (res mancipi). 
Pré-clássico 
A) Regime das XII Tábuas : dispunha que a usucapião para coisas imóveis era de 2 
anos e de 1 ano para coisas móveis; proibia a usucapião das coisas furtadas; forma 
de aquisição propriedade quiritária por cidadãos romanos. 
Lex Atinia : proíbe o usucapião das coisas roubadas; 
Lex Julia et Plautia: proíbe o usucapião das coisas possuídas violentamente. 
Não eram passíveis de usucapião: coisas furtadas; coisa s que pertenciam ao 
estrangeiro (princípio da reciprocidade); coisas alienadas por mulher sem a 
assistência do tutor (auctoritas ); os limites entre propriedades rústicas; o lugar 
destinado a incineração; as coisas possuídas violentamente 
B) Clássico 
Usucapião: 
Requisitos: 
a) Coisas passíveis de dominium ex iure Quiritium 
b) Cidadão romano ou equiparável (modo iuris civilis) 
 c) Possessio, tempus (1 e 2 anos), res habilis (in patrimônio, não roubadas, não 
possuídas violentamente etc), iusta causa e bona fides. 
 2. Longi temporispraescriptio > Terrenos situados nas províncias não suscetíveis 
de dominium ex iure Quiritium , a favor de estrangeiros: o magistrado autoriza a 
seguir possuindo a coisa a quem por largo tempo possui. Concede segurança 
jurídica com relação à posse das terras provinciais que não podem ser objeto de 
direito quiritário. Trata -se de um meio de defesa oposto contra uma reivindicatio do 
proprietário, não de aquisição de propriedade . 
 
Requisitos: 
 
a) Posse de 10 anos entre presentes e 20 entre ausentes. 
b) Justa causa 
c) Boa fé 
Estavam protegidos da ação reivindicatória do proprietário pelos magistrados 
provinciais . 
 
Pós-clássico: 
 
Constantino: Longissimi temporis praescriptio (usucapião extraordinário): aquele 
que tivesse a posse por 40 anos de boa fé, mas sem justa causa ou título podia 
defender-se contra a rei vindicatio do proprietário. 
Diocleciano: desaparece a diferença entre terras provinciais e itálicas, em 
consequência, a distinção entre usucapião e longi temporis praescriptio. 
Justiniano: 
a) Funde os dois institutos, convertendo a temporis praescriptio em forma de 
aquisição da propriedade. 
Prazos de 3 anos para móveis(usucapião) e 10 e 20 anos para imóveis 
(praescriptio). 
Requisitos: possessio, tempus, res habilis, iusta causa e bona fides. 
b) Deu eficácia aquisitiva ao longissimi temporis praescriptio 
Prazos : 30 ano s e 40 anos (coisas da igreja, do fisco do imperador etc) 
 
 
 
Conclusão 
Fica claro, portanto, que o Direito brasileiro possui importantes raízes romanas. Por 
meio deste estudo comparativo, foi possível perceber a influência direta das 
definições e classificações existentes no Direito das Coisas no Direito Romano e no 
Código Civil brasileiro. Sendo assim, o conhecimento da história jurídica de Roma é 
de suma importância para a compreensão dos mecanismos responsáveis pelo 
funcionamento do mundo jurídico atual. 
 
 
 
 
Referências bibliográficas : 
ALV EZ, José Carlos Moreira. Direito Romano; 
As Intitutas do Imperador Justinia no, Livro II ; 
Código civi l, disponível e m: 
ht tp :// ww w.p la na lto. go v.br/c c ivil_03/ le is/2002/ L10406co mp ilada. ht m# ind 
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Constituição Federal, disponível em: 
ht tp :// www.p la na lto. go v.br/c c ivil_03/co nstit uicao/co ns t ituicao. ht m 
DINIZ, Maria Helena . Curso de Direito Civil Brasileiro; 
FIUZA, Cezar. Direito Civil: Curso Completo ; 
ROLI M, Luiz Antô nio. Instituições de Direito Romano.

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