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Alfabetização: Direito Negligenciado

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De acordo com a Constituição Federal, a educação é direito de todos é dever do Estado e da família, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa bem como seu preparo para o exercício da cidadania, porém, é amplamente negligenciado visto que 11,5 milhões de brasileiros não são alfabetizados. Nesse sentido, dentre as causas dessa problemática, podemos citar a falta de eficácia do letramento tal como escassez de compreensão da importância da alfabetização para a construção do indivíduo. Com isso, é necessário analisar tal quadro intrinsecamente ligado à aspectos educacionais e governamentais, para assim fomentarmos a alfabetização plena. 
É importante ressaltar, e, primeiro plano, que de acordo com os dados da Avaliação nacional de alfabetização 34% das crianças chegam ao final do 3 ano sem ler e escrever. Nessa lógica, destaca-se que os mesmos não possuem de forma eficiente o domínio da leitura, da escrita, interpretação bem como o conhecimento da linguagem pois os mesmos não recebem um acompanhamento individual e sim massificado, sendo que uma alfabetização com qualidade é direito de todos. Dessa forma, os indivíduos são vistos como cidadãos de papel- teoria do jornalista Gilberto Dimenstein- pois o direito dos mesmos a uma educação de qualidade é legitimado apenas no papel. Por fim, a alfabetização tem que ser oferecida para todos de forma mais holística e ampla.
Cabe mencionar, em segundo plano, que não se compreende que a alfabetização é a base para uma educação construtiva. Acerca disso, a mesma facilita as práticas sociais, constrói autonomia e desenvolve a consciência crítica, porém, numerosas pessoas não entendem a importância ou são afastadas, bem como desestimuladas tornando-se adultos marginalizados. Com base nisso, a falta da alfabetização acarreta menos oportunidades, pois os que não possuem domínio da leitura e escrita são vistos à margem da sociedade, tal como não se apropriam dos seus direitos. Logo, é importante destacar que precisamos ter bons professores para alfabetizar também jovens e adultos e não só crianças.
Infere-se, portanto, que a compreensão da importância da alfabetização está atrelado a aspectos governamentais e educacionais. Para tanto, é responsabilidade do Judiciário em parceria com o Ministério da educação fiscalizar e promover uma alfabetização de qualidade,pois é direito de todos, com o fito de assegurar uma cidadania plena. Além disso, cabe às instituições coordenadoras de ensino reconhecerem que a alfabetização é uma política pública, ou seja, deve chegar a todos principalmente os que estão na escola por meio do acompanhamento juntamente com a política e a gestão em todas as redes de modo a abandonar a massificação e fomentar um acompanhamento mais individual. Com isso, teremos um letramento mais plural, revitalizado, almejando uma cidadania plena.

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