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aula 22-08

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CHINA 22-08-2012
GUERRAS DO ÓPIO
As guerras do ópio marcam o que poderia ser considerado como o inicio da história contemporânea das relações internacionais da China. E é um início de antagonismos e de tensões e vai desembocar em guerra.
Voltando um pouco a nossa primeira abordagem teorica, só para lembrar:
- A abordagem de sistemas mundiais classifica o mundo (nao apenas o contemporâneo, mas o mundo histórico) em tres tipos de centro de poder e nao- poder: 1- Centro; 2- Semi-periferia; 3- Periferia.
Relação do centro e da periferia dentro da abordagem dos sistemas mundiais: Exploração. Esta se dá de variadas formas, dependendo so período.
E dentro do sistema capitalista, como fuinciona essa relação?
- Por meio de tratados comerciais (comercio desigual, nem sempre feito por meio de tratados. Históricamente, as vezes são impostos;
Qual a função da semi-periferia?
- É um intermédio entre o centro e a periferia, um mediador das relações entre eles e de certa forma se beneficia a té um certo ponto dessa relação de exploração das periferias.
É imortante entender que nessa abordagem, o centro também existe dentro da periferia. O que eu quis dizer com isso? A ideia basica é que geralmente certas elites dentro da periferia tem quase enteresses em comum com os interesses do centro que o resto da periferia.
EX.: Há elites aqui no rio de janeiro que olham mais para os EUA ou Europa que para o interior do brasil, isso no sentido de inspirções culturais, etc.- Interpretação do sistema mundial capitalista, que é apenas uma das manifestações. Nós lemos ,por exemplo, Abul Mungov que fala de um sistema mundia pré capitalista, ela tá escrevendo sobre a rota da seda e é importante a gente entender que a China é incorporada a esses sistemas mundiais de diferentes formas. Durante a rota da seda, a China era um centro paralelo ao mundo ocidental, não era periferia (Dinastia Tang). Acaba com aquela visão de que só a europa era o centro e mostra a china como um centro paralelo.
E análises mais recentes da segunda grande incorporação da china dentro do sistema atual (capitalista) começa a partir das Guerras do Ópio. Então, quando a gente fala das guerras do opio, para propósitos de relações internacionais, uma maneira de se entender a relação entre a china e, nesse caso, a europa é através do que começou a acontecer entre a grã-bretanha e a china. É importante lembrar que nao apenas a rota da seda, mas alguns vínculos marítimos já ligavam a china a europa, mas tbm a africa e que garndes exploradores chineses chegaram a costa da africa, ao egito, ao que hoje em dia é moçambique, madagascar. Entao a china nao era completamente isolada, entao, durante esse periodo das guerras do opio (sec.xix) ela passava por um periodo de isolacionismo, que em sua vez era em decorrencia de uma grande batalha entre facções Quing e Ming. Então, tem-se ainda, apos o final formal da dinastia Quing, algumas facções Ming existentes ainda sobre domínio Quing, então, vc tem garndes batalhas travadas entre os Manchus e os Ming (que são de entia Han). Isso é um dos fatores que vai levar ao enfraquecimento da dinastia Quing, pq vai chegar um momento que os Machus nao conseguem controlar certas partes do territorio chines. 
Há tbm uma certa reação conservadora em relação ao comércio. Vimos que houve o auge da seda, mas com a dinastia Quing, veio a tentativa de ressussitar as bases confucionistas da burocracia chinesa, e um aspecto dessa ideologia chinesa tem a ver com o desdém ao comercio. Segunda feira descutimos a enfase do confucionismo sobre a ordem social, a que mantém o equilibrio e as estruturas hierarquicas da sciedade chinesa. O confucionismo exerga o comercio como um fator de disordem. Pq isso? Um fator é a possibilidade de uma prosperidade que nao se encaixa na estrutura; a extratificação tradicional chinesa, de acordo com a qual vc sobe na vida por meio da suposta meritocracia do concurso publico, isso nao inclui o talento comercial. Mas há um outro fator e que a rota da seda ilustra isso muito bem-> O comercio não é apenas a troca de bens materiais, ele implica na introdução de ideias novas (religiosas, etc)- o que se torna algo muito perigoso para quem governa, que pode acabar implicando numa possibilidade de desordem em grande escala, sobretudo no contexto da China que possui uma massa demog´rafica já muito grande nessa época. Então, o comerciante que volta da costa da africa, que teve mais contato com o mundo muçulmano ou as grandes ideias da matematica ou da astrologia árabe, da filisofia judaica, das ideias do cristianismo, ele acaba representando uma ameaça pra um sistema que é por natureza bastante conservador. Então, a dinastia Quing, os Manchus, essa é uma das grandes ironias dessa dinastia, é uma dinastia fundada por estrangeiros que adotam a base da ideologia, da filosofia chinesa e aí tentam reforçã-la de uma maneira que nunca havia existido antes. E isso representa, então, o fechamento da China e a proibição, por exemplo, da permanencia de estrangeiros. 
Então, como começa a era que era comercial adota uma mentalidade que na verdade nunca existiu. O imperador proibiu todo o comercio oficial. Havia ainda o comercio privado, ao logo do que era a rota da seda, chá, porcelana, que continuavam e tbm ali na regiao dos himalaias entre o que é hoje a china e o que é hj a india. No entanto, o comercio marítimo, era nessa época o unico comercio em grande escala e ocorria bla bla ba de Cantão (guanjou em mandarim- como se fala, nao como se escreve). *Cantão foi um nome dado pelos portugueses (grandes precursores do comercio na regiao), no séc. XVI apos chegarem a Macao*. Contudo, o comercio no Cantão era permitido numa proporção muito restrita. Então, para fazer comercio com a china, vc tinha que enviar no máximo 2 navios, era uma quantidade muito limitada de bens e suas categorias, vc nao podia permanecer na china. ENtão, o comandante podia chegar perto do Cantão, mas a mercadoria seria inspecionada e levada ao porto pelos chineses. O comandante podia pisar em solo chines mas nao podia permanecer mais que uma noite, além de nao poder aprender chines. Então, esses comerciantes dependiam dos comerciantes do Cantão para conduzior esse comercio bastatante limitado. No que diz respeito a saída de chineses do país, tbm nao era algo oficialmente permitido. No entanto, era muito dificil controlar as fronteiras- A dinastia Quing chegou a desenvolver politicas bastante desesperadas quanto a isso. Houve um episodio, nao se sabe exatamente a escala do mesmo, mas nessa serie de batalas entre Quing e Ming ocorreu sobretudo no sudeste da china, onde fica o Cantão, Hong Kong e Macao e a dinastia Quing ordenou a evacuação de toda a população da costa sudesta da china, então parte dessa pop. foi pra area central da china e a outra parte foi para o exterior, inclusive pra Taiwan, mas tbm prara oq uue é hj o vitna, a tailandia, indonésia, que são os over sea chinese. E é por isso que esses países, sobretudo do susdeste da ásia, tem pop. etinicamente chinesas muito grandes que estao lá ha muitos seculos. Há casos (hoje em dia), que esse fluxo de chineses que vão para os países do sudeste asiatico acabam desenvolvendo conflitos etnicos- na malasia exitem cotas que favorecem os malaios (grande maioria dos malaios são da parte elitizada), para mostrar a pop. chinesa (bastante grande lá) o seu favorecimento a pop. local, o que faz com que os chineses se sintam ameaçados.
 Então, essa época tem grande repercusão, nao apenas no territorio continental da china, mas por toda a regiao, pq a historia etnica desses países (do sud. asiático) que influenciam a relação intenacional dento ra regiao, hoje em dia, tem a ver com isso. Essa comunidades de etinia chinesa tem afinidades culturais com o continente, entao eleas tentam influenciar, por exemplo, as politicas externas de cingapura, da malasia, vietnã, de forma criar vínculos com achina continental. A mesma coisa acontece com Taiwan. A pop. de origem de taiwan é de uma etnia muito diferente e com um grupo linguistico totalmente diferente, nao sao chineses Han. Hoje em dia, acho que boa parte da pop. é Han por causa dos fluxos que datam mais ou menos dessa epoca. 
Então, é uma era de bastante turbulencia. Aprimeira parte da dinastia Quing, os Manchus conseguiram manter o controle, mas em parte a teimosia de certos grupos Ming conseguiram tomar o controle do sud. do país, acabaram contruibuindo pro enfraqueciemneto do sistema do ponto de vista interno. E ao mesmo tempo tem-se a entrada, mesmo que gota a gota, dos estrangeiros ociedentais atraves do porto de Cantão. E o que o sistema imperial tenta fazer ao longo das decadas é controlar esse fluxo, a quantidade de produtos, os tipos e quem entrava. Não havia o que no ociedente se desevolvia como direito internacional. O entrangeiro que ia a china, estava totalmente sujeito as leis chinesas, que eram draconianas, sobretudo em relação a estrangeiros- estava sujeito até a pena de morte, que era aplicada a rodo bastava falar mal do imperador. 
(DAR UMA OLHADA NO CASO DO CARA DO WIKILEAKS- REFUGIADO NA ITALIA APOS SER ACUSADO DE ESTUPRO) tentar relacionar com a situação chinesa.
E isso vinha acontecendo com alguns marinheiros que vinham nesses navios, o que acabava se tornando verdadeiros casos internacionais. A corte britanica, a rainha, tinha o interesse em manter a soberania inglesa, mesmo que por meio do comercio feito pela Cia. das Indias houve dois ou tres casos de marinheiros que foram decepados pelos chines, contra as leis que ja vigoravam no ocidente. ENtão, parte das tensões que foram surgindo no Cantão, tinhama ver com o direito internacional. Outro aspecto tinha a ver com os interesses comerciais (mercantilistas) da grã- bretanha, porque havia grande demanda na europa por produtos chineses (porcelana, chá e seda). Por outro lado, nao havia demanda chinesa por produtos chineses, apenas por um commodity, a prata (a grande moeda). Então, o que aconteceu? Uma balança comercial muito desequilibrada que favorecia os chineses e uma grande preocuação dos ingleses com duas questoes: (1) as escassez da prata e os interesses chineses como fator contruibuinte e (2) a necessidade de expandir mercados e oportunidades de exploração. Qual era o pricipal foco das atenções mercantilistas inglesas durante esse período? A Índia, por causa do chá e dos tecidos de algodao (industria familiar bem desenvolvida). Então, o que estimulava entãoa ida dos ingleses para a china, nao era apenas a demanda pelos produtos chineses. Era a necessidade de expansão forçada de novos mercados e isso foi acontecendo no Cantão d euma forma ainda mais clara do que, por exemplo, ocorreu aqui no brasil- tratados desiguais. No entanto, no caso da china, vc tem o uso da força em vários episodios e os dois principais são nas duas guerras do ópio.
A primeira Guerra do Ópio começou em 1839 e só foi terminar em 1842, no porto de Cantão que tinha esse sistema de comercio bastante limitado, onde a Cia. das Indias atuava dentro desse balanço comercial que favorecia a Índia (?, nao seria inglaterra?). E aí os ingleses tiveram uma ideia genial: como aproveitar mais a explorção da India (?, nao seria china?) e ao mesmo tempo abrir novos mercados? Introduzindo o ópio- droga altamente viciante que torna as pessoas incapazes de ralizr qualquer tipo de atividade por se encontar em estado de calma extrema- assim, as pessoas só queriam consumir a droga e nada mais, nao trabalhavam mais e nem comiam. Sendo assim, o opio se espalhou pelos portos do Cantão e vmuitas casas de opio foram sendo abertas clandestinamente. Então, tem-se uma população cada mais mais dependente na regiao, o que desencadeia um efeito avassalador, pq perde-se mao-de-obra, pensadores e etc. Então, o imperador tenta restringir a entrada do opio, só que isso vai contra os interesses dos ingleses, que agora possuem, finalmente, um produto que tem uma demanda cada vez maior, mesmo que por meio de contrabando. Então, os ingleses começam a forçar cada vez mais a barra, trazendo mais opio clandestinamente em seus navios, tentando driblar as regras impostas pelo imperador. Aí acontece mais um incidente de tripulação degolada pelo imperador por causa do contrabando e a inglaterra usa isso como um pretexto para entao entrar com força. E aí, a superioridade naval inglesa se torna muito clara. A china ja possuia experiencia com comercio marítimo, mas aí, basicamente abandonada as grandes empreitadas marítimas. Então, a superioridade naval com as novas tecnologias inglesas facilitaram uma vitoria relativamente rapidida após o envio de uma tropa um pouco maio. Aí, os chineses sao obrigados a assinar o Tratado de Nanjing. 
Esse tratado é muito importanta para nós, internacionalistas, pq ele abre o periodo moderno de ralaçoes internacionais na china de uma forma extremamente tensa e desfavorecendo o governo chines. Então, ele começa já provocando a ira dos chineses. O que foi estabelecido nesse tratado? (1) A china teve que ceder uma serie de territorio aos ingleses, dentre os quais: Hong Kong (que naquela época nao era nada), Macao; (2)Foram estabelecidas (a força) tarifas para manter as baixas que favorecessem os ingleses; (3) o direito extraterritorial- os ingleses que agora fossem para a china, estariam submeritos nao mais ao direito chines, mas sim ao ingles a nao ser em casos extremos, mas mesmo assim nao poderiam ser submetidos a pena de morte; (4) E a "abertura"(pq a china nao abriu, teve que ceder) de vários portos. A china então, é um dos primeiros casos de status de nação "favorecida" (explorada), que ainda exercem um papel importante comercial. A china tornou-se nação "favorecida" pra inglaterra, que no fundo era uma forma de dizer que a china tinha que aceitar uma variedade muiot maior de produtos com uma balança comercial desequilibrada, só que num outro sentido, a situação foi muito dificil. Eles acabaram com as restrições quanto ao tipo e categoria das mercadorias que a china deveria comprar, incluindo o opio, mas que com o tempo foi negociado e foi vetado, já que estava degenerando a pop. chinesa mais adiante. E a grande ultima clausula do tratatdo tem a ver com (5) representação diplomática, que antes nao era permitido- outros países nao podiam ter representantes em territorio chines. A historia diplomatica contemporanea começa a partir dessa representação oficial dentro do direito internacional que foi evoluindo a partir da ciração do estado moderno na europa tbm. Pq é uma uma segunda guerra? Pq basicamente de um lado a inglaterra achou que essas concessoes nao foram suficiente e por outro lado, a imperador nao gostou nem um pouco das mudanças que estavm se passando ali na costa chinesa, com a entrada de merdadorias e de IDEIAS DO OCIDENTE, inclusive a entrada cada vez maior de missionarios. Então o imperador tentou revogar essas concessoes e isso acabou por provocar a segunda guerra do opio.
A segunda guerra do ópio começou em 1856, tbm durou cerca de 4 anos e terminou com o tratado de Tianjin. Esse tratado reforçou e renovou as concessoes do primeiro tratado e expandiu a abertuda dos portos e o direito de presença da grã-bretanha e mais tarde frança e EUA, depois chegaram tbm os alemaes e os russos. ENtão tem-se a abertuda forçada desses portos e o enfraquecimento, na prática , mas tbm simbóolico da figura do imperador. Então, muitos vao chamar os proximos 100 anos da historia da china de "o século de humilhação da China" e os grandes cartoonistas passarama desenvolver charges retratando esse século d ehumilhação pela qual o imperador passava. Isso marca a presença ocidental em grande escala e a perda de controla da dinastia Quing sobre parte da costa da China. Vamos ver na semana que vem queoutro grande fator é a presença japonesa e as invasoes japonesas que foram ocorrendo. Então, nós temos dois fatores internos de enfraquecimento: (1) colonialismo/imperialismo europeu dentro do territorio chinese (2) uma série de invasoes japonesas vindas do norte. "O japao estava integrado dentro dessas novas nações que passariam a explorar comercialemente os portos chineses?" "Durante uma época, mas o interesse dos europeus era favorecer os europeus. Houve uma aliança com o japão pq... Como que aconteceu a presença europeia dentro do japao?" "A abertura do japao aconteceu de uma forma diferente: houve uma abertura forçada, mas houve então uma aceitação da modernização. A corte japonesa quis se modernizar de acordo com modelos ocidentais. ENtão, eles importavam ocidentais dotados das tecnologias para estabelecer fabricas, por exemplo. O imperador Meiji ficou fascinado com a invenção do motor a vapor, o contrário do que aconteceu com o imperador chines, o que contribuiu muito para a decadencia dele". Então, há um contraste bastante interessante entra a abertura do japão e a da china- praticamente opostos. Isso ajuda a explicar pq que a industrialização (veremos na semana que vem) na china ocorreu muito mais tarde e de forma muito mais limitada. Na china, a fase inicial da industrialização foi feita pelos europeus e (a grande ironia) pelos japoneses que invadiram a china.
Vamos voltar um pouco pra questão interna: O imperador (corte imperial) nao operava num vacuo de poder. Então, vamos visitar a cidade imperial? Como é o layout da cidade imperial? É uma pequena cidade cercada de muralhas onde a corte imperial fica no meio. Então, esse layout reflete a visao do poder concentrado na figura do imperador e na corte imperial. Quem mora nessa cidade além do imperador e sua corte são os eunucos, que são os mandarins de mais alto escalão, são os "ministros". Mas o poder do imperador/imperatriz, depende tbm do controle que ele(a) tem sobre a estrutura dessa cidade, pq quqlquer facção dentro da cidade vai amaeçar seu poder, e é exatamente isso que acontece no final da dinastia Quing. Acontece a emergencia de várias facções dentro da cidade imperial, que vao lutando pelo poder. Em parte porque havia um vácuo, pq o imperador era apenas uma crinça e a imperatriz regente fechou-se na cidade imperial, nao buscava compreender o que acontecia no seu império e uma série de eunucos poderosos foram usurpando o poder. Então isso tbm enfraqueceu a base, pq os eunucos cortavam toda a comunicação (emissários que viajavam para a capital e para escritorios de representação nas provincias) imperial com as províncias, eles passaram a controlar essa comunicação. Entao, havia uma descontinuidade na estrutura de poder entre o centro e aquele vasto territorio chines. Então, o modo de inserção da china dentro do que começava a constituir um sistema mundial foi ocorrendo por meio da imposição da presença estrangeira na china, do imperialismo ocidental, da presença japonesa, que por sua vez ia se incorporando cada vez mais e tbm do esfacelamento da base do poder chines, refletida na cidade imperial. E aí, por isso que dentro dos sistemas mundiais a china passa a ser considerada (dependendo do autor) uma "china periferia" ou "semiperiferia". No final da dinastia Quing, provavelmente, periferia, mas o que vai acontecer ao longo das proximas decadas podemos travar esse debate: A china passa a ser semiperiferia ou permanece periferia de acordo com a abordagem dos sistemas imperiais? (vamos retomar essa questao como uma maneira de entender a formação de uma politica exterma mais autonoma da china a partir da queda da dinastia Quing).
"Pode-se dizer entao que ocidente quis manter a china como periferia devido ao seu potencial de crescimento? Talvez se ela se estabelecesse como semiperiferia poderia se acelerar mais rapidamente e rivalizar com esse centro europeu?" - pergunta aluno
"Em geral havia e ainda há uam crença muito forte sobretudo na europa de que a rev. industrial no norte da europa por razoes culturais, é um argumento muito simplista, mas que dizia que os chineses, por uma série de fatores culturais, apesar do alto grau de sofisticação tecnologica, nao eram capazes de passar por uma revolução cultural. pq? Aí tem todo um debate... confucionismo desdenhava o comercio; o confucionismo aceita a hierarquia e rejeita a inovação. Isso são caricaturas da cultura chinesa. Mas eu acho que nao havia tanta preocupação, os Quing eram bem fracos, agora, veremos, por exemplo, que há uma teoria que dizia que o sistema precisa sempre ter as suas partes mais fracas, em que o centro tenta manter a periferia como periferia pq precisa, por exempo, de uma reserva de mao de obra barata, ou de fontes para aexploração de recursos. Eu acho muito dificil imputar motivaçãoa esse nivel e a abordagem dos sistemas mundiais é um dos pontos fracos, pq tudo parece um grande complô... o centro ter um complô para manter as periferias periféricas. É dificil vc imputar uma motivação, mas ha um projeto imperialista que por uma serie de motivos vai extratificando o sistema. Agora, o japao mais adiante passou da extrema periferia para semiperiferia e discutivelmente para o centro, certamente até o final dos anos 80. Então podemos voltar nessa abordagem.." - resp. professora.

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