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Farmacologia, Rogério, 14/05/19 Agonistas e Antagonistas Adrenérgicos A regulação e polimorfismo dos receptores pode ser em numero e função, pela própria catecolamina, outros hormônios, idade e doenças, pela dessensibilização, geralmente por adrenoreceptores + catecolaminas por mais tempo, menor resposta do que aqueles não expostos, homóloga ou heteróloga e ao polimorfismo, individualidade genética, Adrenoreceptores: alfa1A, alfa1B, alfa1D, alfa2A, alfa2B, alfa2C Alfa1A: células efetoras, principalmente na musculatura lisa. Fenilefrina é um agonista seletivo do receptor adrenérgico alfa1 que é utilizado como agente midriático, descongestionante nasal e agente cardiotônico. Na proteína G se liga ao Gaq (alfa 11, alfa 14 e alfa 16). Seus principais efeitos são como receptor dominante para contração do musculo liso vascular, o crescimento da estrutura cardíaca e a vasoconstrição de grandes arteríolas no músculo esquelético. Alfa1B: localização e ação nos terminais adrenérgicos, rim, pulmão, baço, veias, córtex e tronco cerebral. Inibe a adenililciclase (enzima amplificadora que transforma ATP em AMPc), diminui o AMPc. Na proteína G se liga ao Gaq (alfa 11, alfa 14 e alfa 16). Além de ser o subtipo mais abundante no coração, promove o crescimento e estrutura cardíaca. Alfa1D: Está nas plaquetas, aorta, coronária, próstata, córtex e hipocampo. Na proteína G se liga ao Gaq (alfa 11, alfa 14 e alfa 16). Principal efeito é ser o receptor dominante para vasoconstrição na aorta e coronárias. Alfa2A: Localizado nas plaquetas, neurônios simpáticos, gânglios autônomos, pâncreas, coronárias, SNC, tronco cerebral e medula espinhal. Na proteína G se liga ao Gai e Gao (alfao1 e alfao2). Efeitos: receptor inibitório dominante em neurônios simpáticos, vasocontrição de vasos pré-capilares no músculo esquelético, e tem a clonidina como um agonista adrenérgico de ação direta do receptor adrenérgico alfa2, prescrito historicamente como agente anti- hipertensivo. Alfa1B: Está nos gânglios basais, córtex, cerebelo e hipocampo. Na proteína G se liga ao Gai e Gao (alfao1 e alfao2). É o receptor dominante modulando a neurotransmissão DA e liberação do hormônio da medula adrenal. Alfa2B: Está no fígado, rim, veias, coronárias, SNC, diencéfalo, pâncreas e plaquetas. Na proteína G se liga ao Gai e Gao (alfao1 e alfao2). É um mediador dominante da vasoconstrição alfa2. Alfa2C: Nos gânglios basais, córtex, cerebelo e hipocampo. Na proteína G se liga ao Gai e Gao (alfao1 e alfao2). É receptor dominante modulando a neurotransmissão DA e liberação do hormônio da medula adrenal. Beta1: Nos corações, rim, adipócitos, musculo esquelético, núcleo olfativo, córtex, tronco cerebral, núcleos cerebelares e medula espinhal. É do acoplamento Gas. É um mediador dominante inotrópico+ e cronotrópico+ no coração. É estimulador da adeniliciclase mas diminui o AMPc. Isoproterenol simpaticomimético é usado para tratamento da asma, bronquite e enfisema relaxando as vias aéreas. Seu uso primário é nos bloqueios cardíacos ou nas bradicardias. Ativando os receptores Beta1 cardíacos, tem efeitos cronotrópico, inotrópico e dromotrópico+. Beta2: No coração, pulmão, rim, veias, musculo liso brônquico, musculo liso gastrointestinal, musculo esquelético, bulbo olfativo, córtex e hipocampo, principalmente MLGI e músculo cardíado. Proteina de acoplamento é a Gas. Seu efeito é relaxar suavemente o musculo e hipertrofiar o musculo esquelético. Ele estimula a adenililciclase, aumenta o AMPc e ativa G1 cardíaca. B3, c e d: Tecido adiposo, trato gastrointestinal e coração. É Gas e possui efeitos metabólicos. Para ativar NT adrenérgico: ativa uma fosfodiesterase de membrana, a Fosfolipase C que quando ativada libera dois fragmentos, o Fosfatidil Inositol Trifosfato (IP3) e o Diacilglicerol (DAG), que são sinérgicos. Agonistas adrenérgicos: catecolaminas + receptores são dependentes da proteína G (GPCR), que é transmembrana, formada por subunidades alfa, beta e gama, que podem ser classificadas em: • Gs, estimula adenililciclase: beta 1, 2, 3, D1 e D5. • Gi/Go que inibe a adenililciclase: alfa 2, D2, D3 e D4. • Gq/G11, que ligam receptores alfa com a fosfolipase C (IP3 e DAG): alfa 1. Agonistas adrenérgicos são reguladores da PA (simpático estimulado libera norepinefrina nos terminais nervosos e ativa os receptores pós sinápticos). Sob stress a medula suprarrenal libera epinefrina/adrenalina que agem como hormônio e neurotransmissor, respectivamente. Fármacos simpaticomiméticos mimetizam a epinefrina ou noradrenalina. Podem ser classificados por modo de ação ou receptores ativados, como agonistas diretos: epinefrina e noradrenalina se ligam aos adrenoceptores ou agonistas indiretos, que aumentam as catecolaminas endógenas (deslocam as catecolaminas armazenadas [tiramina]), diminuem a recaptação de catecolaminas [cocaína e antidepressivos tricíclicos] e impedem o metabolismo da norepinefrina [inibidores da MAO]. Anfetamina inverte o transporte de NE e cocaína o bloqueia. Simpaticomiméticos Nos simpatomiméticos não catecolaminas há substituições no anel benzênico. Primeiro retira OH (aumenta duração da ação) e depois retira 2 OH, aumentando a concentração no SNC e Vo, ação prolongada e efeitos no SNC. Substituições no grupo amina: quanto maior o radical maior a atividade Beta e menor a atividade alfa, ex: metil + norepinefrina = epinefrina com maior atividade beta2 ou isopropil + norepinefrina = isoproterenol que reduz forte em Beta com atividade reduzida alfa. Substituições no carbono alfa bloqueiam a oxidação pela MAO, prolongando a ação (efedrina e anfetamina). Substituições no carbono beta têm ação direta com atividade nos adrenoreceptores, mas também atuam nas vesículas neurais, como armazenagem das aminas simpaticomiméticas. Norepinefrina diminui a frequência do pulso, aumenta a pressão sanguínea e aumenta muito a resistência periférica. Epinefrina aumenta a frequência, mantem a pressão sanguínea estável e abaixa a resistência periférica. Isoproterenol aumenta muito a frequência de pulsação, mantem a PA estável e abaixa muito a pressão nas pernas. Usos terapêuticos da epinefrina (adrenalina): alívio rápido emergencial de reações de hipersensibilidade e de anafilaxia, prolonga a ação dos anestésicos locais por diminuir o fluxo sanguíneo local e reduzindo o ritmo cardíaco em pacientes com parada cardíaca e agente hemostásico tópico em superfícies com sangramento, como na boca e nas ulceras pépticas. A noraepinefrina é um equipotente a epinefrina na estimulação dos receptores beta1, além de ser um potente agonista alfa e ter relativamente pouca ação nos receptores beta2. Principal efeito de agonista de receptor adrenérgico de alfa1 é a ativação de receptores alfa no musculo liso vascular. Dessa forma, a resistência vascular periférica é aumentada e a PA é mantida ou elevada. Sua utilidade clinica é a hipotensão. Já os agonistas dos receptores adrenérgicos alfa2 são usados no tratamento de hipertensão sistêmica. Seu efeito é vasoconstrição. A clonidina é um agonista alfa2 que funciona como descongestionante nasal vasocontritor, reduzindo a PA ao ativar receptor alfa2 no SNC, suprimindo o fluxo simpático do cérebro. Alfa2 agonistas reduzem a pressão intra-ocular, diminuindo a produção de humor aquoso. A seletividade dos receptores é sua ligação preferencial. Em alta concentração de fármaco há interação com outros receptores correlatos. Em baixa concentração há preferência e ligação a determinados receptores. Efeitos simpaticomiméticos: • Coração: adrenoreceptores alfa e beta. Alfa 1 e 2 estão nos músculos lisos vasculares causando contração. Alfa1 aumenta a força de contração, beta1 aumenta a força e a frequência da contração (nos rins libera renina). Nos vasos da pele e do baço alfa está para constrição, nos vasos dos músculosesqueléticos alfa está para constrição enquanto beta está para dilatação. Nos vasos da mucosa nasal alfa causa constrição pelos simpatomiméticos (descongestionantes nasais). Mnemônico para uso terapêutico da adrenalina: A = anafilático, choque B = brônquica, asma C = cardíaca, parada D = delay (absorção atrasada de anestésico local) E = epistaxe G = glaucoma Outros: reduz congestão nasal e induz midríase. Quanto aos efeitos dos simpaticomiméticos no coração: devem apresentar efeito cronotrópico, dromotrópico e inotrópico positivos. Assim, a ativação beta vai interferir no influxo de calcio com alterações elétricas e mecânicas. Essas ativações serão percebidas no nodo sinoatrial (AS), interferindo no ritmo cardíaco, chamado Efeito Cronotrópico Positivo, vão ser percebidas no nodo átrio ventricular (AV), aumentando a velocidade, chamado de Efeito Dromotrópico Positivo e percebida na contralidade intrínseca das fibras cardíacas, chamado de Efeito Inotrópico Positivo. A tiramina é um simpaticomimético de ação indireta. Antagonistas dos receptores Alfa1 não seletivos: tratamento de feocromocitoma (tumor da medula da supra-renal ou células ganglionares simpáticas) (secretor de catecolaminas). Antagonistas dos receptores Alfa1 seletivos: tratamento da hipertensão primária e da hiperplasia benigna da próstata. Antagonistas dos receptores Beta: tratamento da hipertensão, cardiopatia isquêmica, arritmias, distúrbios neurológicos e endócrinos e glaucoma. Antagonista não seletivo de Alfa1 e Alfa2: taquicardia significativa se queda de PA abaixo do normal. Hipotensão ortostática: antagonismo Alfa1 simpático nos mm lisos vasculares + taquicardia no bloqueio Alfa2 pré-sináptico no coração. Antagonistas adrenérgicos dos receptores Beta: Absorção via oral boa, baixa biodisponibilidade e rápida distribuição, lipossolúveis. Propranolol reduz a frequencia e intensidade das enxaquecas, reduz tremores, reduz a ansiedade em baixa dose e reduz a pressão portal em cirróticos. Tem baixa toxicidade como, bradicardia e mãos e pés frios, sedação leve, pode piorar asma, e não deve ser interrompido abruptamente, precisa de redução gradual. Se possível não usar em diabéticos.
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