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Suspensoes Coloidais

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SUSPENSÕES COLOIDAIS
Consideram-se como dispersões aqueles sistemas constituídos de um meio no qual se distribuem partículas de um outro componente. As dispersões coloidais são constituídas de partículas de 1 a 100nm e encontram-se localizadas entre dois extremos, as soluções verdadeiras e as suspensões. Assim, toda dispersão coloidal é formada por duas fases, o meio de dispersão e o componente que se encontra disperso, que pode assumir forma sólida, líquida ou gasosa.
As dispersões coloidais mais importantes são os sóis (soluções coloidais), constituídos de partículas sólidas de dimensões coloidais, dispersas num meio líquido. Dependendo do meio de dispersão desses sóis, eles podem receber classificações diferentes. Assim, quando o meio de dispersão é a água, estes são chamados de hidrossóis, e quando se trata de um solvente orgânico, organossóis.
Em relação ao tamanho das partículas, quando estas apresentam um mesmo tamanho e são uniformes, tem-se sóis monodispersos. Já quando os tamanhos são diferentes, trata-se de sóis polidispersos.
Quanto à morfologia das partículas, estas podem ser classificadas em lineares, lamelares ou corpusculares, dependendo do tipo de desenvolvimento que apresentem, sendo este considerado uni,di e tridimensional, respectivamente. Essa classificação torna-se mais complexa à medida em que vão surgindo novas formas intermediárias e/ou derivadas.
A viscosidade é uma propriedade que se encontra intimamente relacionada à forma das partículas dispersas. Quando o formato é esférico, as partículas deslizam facilmente umas sobre as outras, o que as torna de baixa viscosidade. Já quando estas apresentam um formato linear, as partículas aderem melhor umas às outras, o que as torna mais viscosas ainda que em baixas concentrações.
Quando a concentração das partículas lineares é suficientemente grande, a solução viscosa adquire uma consistência gelatinosa, passando a ser chamada de gel.
Quanto à estrutura das partículas dispersas, os coloides podem dividir-se em moleculares, quando as partículas são moléculas com dimensões coloidais ou macromoléculas, ou micelares, quando as partículas são agregados de pequenas moléculas ou micelas, unidas por forças de van der Waals. São exemplos de colóides micelares os compostos inorgânicos, os sabões e os detergentes
Além disso, as partículas coloidais são dotadas de movimento contínuo e caótico, o movimento browniano, causado pela agitação térmica das moléculas no meio. Quanto menores as partículas mais rápido será o movimento. Neste caso, os impactos podem ser momentaneamente mais intensos numa determinada direção, formando um movimento desordenado e em zigue zague, o que permite que estas se distribuam por todo o meio da dispersão.
As partículas das soluções coloidais possuem carga elétrica e, quando estas apresentam cargas de mesmo sinal, elas se repelem mutuamente, fator que as mantêm dispersas no meio. Essa carga, pode resultar da dissociação de grupos ionógenos, da ionização de eletrólitos arrastados no processo de formação do colóide ou absorvendo íons presentes no meio.
A estabilidade de uma solução coloidal é maioritariamente determinada pelas forças repulsivas que se manifestam entre as duplas camadas elétricas que envolvem as partículas ou ainda por meio da solvatação das partículas coloidais
Os colóides são ainda classificados como liófilos e liófobos, conforme as partículas exibam ou não afinidade pelo solvente, respectivamente. Além disso, os liófobos possuem uma tensão superficial e viscosidade semelhantes à do meio de dispersão, uma pressão osmótica muito pequena, uma visibilidade no microscópio boa e partículas que migram em uma direção quando submetidas à ação de um campo magnético. Já quando se trata de liófilos, a sua tensão superficial é frequentemente mais baixa, a viscosidade muito maior, pressão osmótica considerável, visibilidade no microscópio má e partículas que não migram ou que migram em qualquer direção quando submetidas a um campo magnético.
Outro ponto importante a ser mencionado é a floculação, que consiste na aglomeração de partículas coloidais. Além disso, tem-se a peptização, que pode ser conseguida por meio de uma simples lavagem do coloide floculado com água. Quanto ao grau de solvatação, este depende do tamanho e da forma das partículas coloidais e aumenta com a diminuição destas.

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