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UNIDADE III

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UNESA – CURSO POLITÉCNICO – COMÉRCIO EXTERIOR 3O. PERÍODO
DISCIPLINA: GERÊNCIA DE EXPORTAÇÃO
INIDADE III
 
DOCUMENTOS NA EXPORTAÇÃO:
Cada embarque de exportação deve ser acompanhado de um conjunto de documentos que devem ser preparados corretamente de acordo com as exigências dos importadores porque são eles que terão problemas no desembaraço da carga quando chegar em seu país. Para isso o exportador deve solicitar um “SHIPPING INSTRUCTIONS” que são as instruções relevantes que o exportador deverá seguir para proceder corretamente com o embarque.
A documentação de exportação assume um papel significativo nos contratos de transporte, na forma de pagamento, na contratação de seguro, etc...
Documentos exigidos na exportação
Os documentos exigidos nas operações de exportação são os seguintes: 
Documentos referentes ao exportador: 
Inscrição no REI - Registro de Exportadores e Importadores da SECEX/MDIC 
As operações de exportação e de importação poderão ser realizadas por pessoas físicas ou jurídicas que estiverem inscritas no Registro de Exportadores e Importadores – REI da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
De acordo com a Portaria SECEX nº 12, de 15 de dezembro de 1999, os exportadores e importadores são inscritos automaticamente no REI, ao realizarem a primeira operação, sem o encaminhamento de quaisquer documentos, os quais poderão ser solicitados, eventualmente, pelo Departamento de Comércio Exterior da SECEX, para verificação de rotina.
Cabe salientar que antes da vigência da referida Portaria havia a necessidade de a empresa providenciar a sua inscrição prévia no REI e fornecer uma série de documentos.
Documentos referentes ao Contrato de Exportação: 
a) Fatura Pro Forma:
O ato de exportar sempre tem origem em um contato preliminar entre o exportador e o potencial importador de sua mercadoria no exterior, cuja identificação pode ser facilitada pela consulta à BrazilTradeNet. Após a manifestação de interesse por parte do importador, o exportador deverá enviar ao importador um documento - FATURA PRO-FORMA - em que são estipuladas as condições de venda da mercadoria. A FATURA PRO-FORMA pode conter as seguintes informações:
descrição da mercadoria, quantidade, peso bruto e líquido, preço unitário e valor; 
quantidades mínimas e máximas por embarque; 
nomes do exportador e do importador; 
tipo de embalagem de apresentação e de transporte; 
modalidade de pagamento; 
termos ou condições de venda - INCOTERMS; 
data e local de entrega; 
locais de embarque e de desembarque; 
prazo de validade da proposta; 
assinatura do exportador (ENTENDENDO-SE A FATURA COMO UM CONTRATO INTERNACIONAL); e 
local para assinatura do importador, que com ela expressa a sua concordância com a proposta (MESMO COMENTÁRIO ACIMA). 
OBS.: A FATURA PRO-FORMA DEVE SER O ESPELHO DA FATURA COMERCIAL E PODEREMOS TOMAR POR BASE AS EXIGÊNCIAS DO REGULAMENTO ADUANEIRO EM SEU ART. 557 
b) Carta de Crédito ou borderô, em caso de cobrança documentária; 
Documento específico para a forma de pagamento com Carta de Crédito exigida pelo exportador, onde o importador avaliza o seu compromisso de pagamento junto a uma instituição financeira. 
c) Contrato de Câmbio. 
Documentos referentes à mercadoria:
Acompanham todo o processo de traslado da mercadoria desde o estabelecimento do exportador até o local de destino designado pelo importador: 
a) Registro de Exportação (RE) no SISCOMEX; 
b) Registro de Operação de Crédito (RC); 
c) Registro de Venda (RV); 
d) Declaração de Despacho de Exportação (DDE) com a presença de carga no SISCOMEX (Informa no sistema que a carga está presente junto ao fiel depositário pronta para ser desembaraçada); 
e) Nota Fiscal: A NF deverá ser emitida em moeda nacional com base na conversão do preço FOB pela taxa comercial de compra no fechamento do câmbio do dia anterior à sua emissão.
NAS EXPORTAÇÕES DIRETAS: Emitir em nome do importador. Fazer constar no corpo da nota o código de exportação com a imunidade do IPI (Art. 153; parágrafo 3o.; inciso III da CRFB/88) e a não incidência do ICMS conforme legislação vigente.
NAS EXPORTAÇÕES INDIRETAS ATRAVÉS DE TERCEIROS: Emitir em nome da empresa que realizará a exportação. Fazer constar no corpo da nota o código de exportação com a suspensão do IPI e do ICMS conforme legislação vigente.
NAS VENDAS REALIZADAS PARA “TRADING COMPANIES”: Emitir em nome da “Trading”. Fazer constar no corpo da nota o código de exportação com a imunidade do IPI e a não incidência do ICMS conforme legislação vigente.
Particularidades que devem ser observadas na emissão deste documento:
Natureza da operação: Exportação;
CFOP (Código Fiscal da Operação): 7.11, quando se tratar de operação conduzida pelo próprio fabricante da mercadoria exportada;
Nome do importador e respectivo país de destino;
Pormenores relativos às mercadorias, quantidade e valor unitário e total;
Apesar de não haver qualquer determinação legal, deve-se mencionar no corpo da Nota Fiscal de exportação o número do respectivo RE que ampara a exportação. Este expediente, além de criar vínculo, auxiliará na localização da operação para fins de desembaraço.
f) Conhecimento de Embarque (bill of lading):
O Conhecimento de Embarque é o documento mais importante no Comércio Exterior, é o documento responsável pela transmissão da propriedade da carga.. Funciona como um título de crédito.
O Conhecimento de Embarque é um contrato internacional entre transportador e embarcador que atesta o recebimento da carga a bordo do navio.
Normalmente emitido e assinado pela Ag. Marítima, também podendo ser assinado pelo comandante do navio, em nome do armador, ou pelo próprio armador.
DADOS QUE DEVEM CONSTAR NUM BL.:
. Número do BL;
. Nome e viagem do NAVIO;
. Tipos de mercadorias, NCM e suas características gerais quanto ao peso bruto, volume, embalagem e unitização;
. Portos de origem e destino – OU TRANSBORDO, SE HOUVER;
. Dados do embarcador;
. Dados do consignatário;
. Dados do notificado;
. Data de embarque.
. Entre outras informações menos relevantes.
No verso do BL estão relacionadas todas as cláusulas referentes ao contrato de transporte celebrado entre armador e embarcador, constituindo um contrato de adesão, já que não é discutido nem alterado, sendo respeitado o que está impresso.
CONSIGNAÇÃO DO BL:
. TO ORDER: Ao portador.;
. CONSIGNATARIO DEFINIDO: Nominal e endossável.
NÚMERO DE ORIGINAIS: 03 auto-anuláveis, quando um deles for apresentado para a retirada da mercadoria, os demais perderão o seu valor. 
Para que seja emitido um número maior que três BLs, deverá estar mencionado na LC ou na Invoice. É obrigatório estar mencionado no corpo do BL o número de originais emitidos, pois armador, agentes, importador e exportador deverão saber quantos originais desse documento estão circulando no mercado.
Tipos de Pagamento de frete:
. Pré-pago;
. Pagável no destino;
. Frete a pagar (collect): Pago em qualquer lugar do mundo.
O termo: CLEAN ON BOARD caracteriza que a carga foi recebida em boas condições. Esse termo é desnecessário, uma vez que não haja ressalvas no BL quanto o estado da carga.
 
g) Fatura Comercial (commercial invoice): 
Confirmação da venda. A fatura comercial deverá ser NUMERADA, ASSINADA ( com a identificação de quem a assinou) e DATADA. A fatura comercial deverá ser emitida em inglês ou no idioma do Importador e deverá confirmar as mesmas informações impressas na fatura pro-forma (VER OBS DA FATURA PRO-FORMA).
h) Romaneio (packing list): Romaneio dos itens em cada volume. É um complemento da fatura comercial. Este documento auxilia a conferência física da carga pelas autoridades fiscais;
i) Outros documentos: Certificado de Origem, Visto Consular, Certificado ou Apólice de Seguro, Borderô ou Carta de Entrega. 
O Certificado de Origem é o mais comum. Tal exigência está vinculada ao cumprimento de normas administrativas impostas pelo país importador,tendente a inibir a triangulação de mercadoria especialmente originárias de países acusados de praticar “dumping”. Podemos citar também os Certificados Fito-Sanitários para plantas e animais, Certificado de Inspeção, peso e qualidade para ratificar especificações técnicas, entre outros. O Certificado de origem é imprescindível para exportações negociadas sob o benefício de acordos internacionais como o MERCOSUL por exemplo.
3.4) Documento para fins contábeis internos e arquivo:
. CONTRATO DE CÂMBIO;
. FATURA COMERCIAL;
. CONHECIMENTO DE EMBARQUE;
. COMPROVANTE DE EXPORTAÇÃO (CE) e
. NOTA FISCAL
Modelos de documentos de EXPORTAÇÃO em anexo:
 
Acompanha a mercadoria desde a saída do estabelecimento até o efetivo desembaraço físico junto à Secretaria da Receita Federal.
PAPEL TIMBRADO DA EMPRESA EMBARCADORA 		
						COMMERCIAL INVOICE NR.
								
								DATE:
EXPORTER:
O/REF:
IMPORTER:
Y/REF:
MANUFACTURER:
PAYMENT TERMS:
INCOTERM:
PORT / AIRPORT OF LOADING:
PORT/AIPORT OF DESTINATION:
RE Nr. :
DDE Nr.:
BL/AWB Nr.: 
MANUFACTURER:
MATERIAL:
	ITEM
	QUANTITY
	DESCRIPTION
	NCM
	UNIT PRICE
	AMOUNT
	
	
	
	
	US$
	US$
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
MARKS:
NET WEIGHT:
GROSS WEIGHT:
NR. OF BOXES:
CUBIC VOLUME:
É o documento internacional, emitido pelo exportador, que, no âmbito externo, equivale à Nota Fiscal, cuja validade começa a partir da saída da mercadoria do território nacional e tem importância para o importador desembaraçar a mercadoria em seu país.
Deve ser emitido pelo exportador.
É necessário para o desembaraço da mercadoria e para orientação do importador quando da chegada do produto no país de destino.
Na verdade, é uma simples relação, indicando os volumes a serem embarcados e os respectivos conteúdos.
	Shipper
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	Consignee (Carrier not responsible for failure to notify)
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	Notify address (Carrier not responsible for failure to notify)
	 
	 DELIVERY AGENT:
	 
	 
	 
	MACROLINK INTERNATIONAL S/C LTDA
RUA BUENOS AIRES, 02 - SALA 501
CENTRO RIO DE JANEIRO RJ 20.070-020
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	Place of receipt
	Port of loading
	Port of discharge
	Place of delivery
	 
	
	
	 
	Vessel
	Voyage number
	N. Of original Bs/L
	Bill of lading N.
	 
	Final destination (for the Merchant's ref. Only)
	
	
	 
	001
	 
	PARTICULARS FURNISHED BY THE SHIPPER
	Marks and numbers
	Number and kind 
of packages
	Description of goods
	Gross Weight KOS.
	Meisurement CBM.
	N/M , N/N
	 
	
FIRST ORIGINAL
	 
	 
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	 
	
	
	
	 
	
	
	
	 
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	 
	 
	
	
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	SPECIFICATION OF FREIGHT
	RECIVED by the Carrier the goods as specified above in apparent good order and condition unless otherwise stated, to be transported to such place as agreed, authorised or permited herein and subject to all the terms and conditions appearing on the front and reserve of this Bill of Lading to which the Merchant agreess by accepting this Bill of Lading, any local privileges and customs notwhithstanding.
The particulars given above as stated by the shipper and the weight, measure, quantity, conditions, contents and value of the Goods are unkown to the Carrier.
In WITNESS, whereof one (1) original BILL of Lading has been signed if not, to be avoid, if required by the Carrier one (1) original BILL of Lading must be surrenderec duly endorsed in exchange for the Goods or delivery order.
"Any clain or disput ansing under this BILL of Lading shall be the determined by the couris of the country where the Carrier's operation office, as mentioned on the front of this Bill of Lading, is domiciled and according to the been dealt with by the provisions of this Bill of Lading."
Excess value declaration refer to clause 6(4)+(c) on reverse side.
(Terms to continue on back hereof)
	Freight paid or not, shall be considered as fully earned to all
	
	Effects, ship and/or cargo lost or not
	
	 
	 
	 
	PREPAID
	COLLECT
	
	
	
	 
	
	
	 
	 
	 
	 
	
	
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 In accepting this bill of lading the Merchant expressly accepts and agrees to all its stipulations, whether written, typed, stamped or otherwise incorporation, as fylly as they were all signed by the Merchant.
	Date NOVEMBER 26, 2003
	 
	 
	
	By
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	The Shipper
	 
Documento emitido pela companhia transportadora que atesta o recebimento da carga, as condições de transporte e as condições de entrega das mercadorias ao destinatário legal, no ponto de destino pré-estabelecido, conferindo a posse das mercadorias. É, ao mesmo tempo, um recibo de mercadorias, um contrato de entrega e um documento de propriedade, constituindo assim um título de crédito.
Este documento recebe denominações com o meio de transporte utilizado.
É o documento providenciado pelo exportador e emitido pelas Federações de Agricultura, da Indústria e do Comércio, por Associações Comerciais, Centros e Câmaras de Comércio. O importador o utiliza para comprovação da origem da mercadoria e habilitação à isenção ou redução do imposto de importação, em decorrência de disposições previstas em acordos internacionais, ou em cumprimento de exigências impostas pela legislação do país de destino.
Os certificados de origem são fornecidos mediante a apresentação de cópia da Fatura Comercial e documentos de análise previstos em cada acordo internacional.
PROFESSOR: JOSÉ MARCOS MONTEIRO FERREIRA

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