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Anna Clara Legal – Anatomia (FASM) ANATOMIA – EXERCÍCIOS SISTEMA CAVA SUPERIOR 1) Descreva a formação das veias superficiais e profundas do membro inferior. As duas principais veias superficiais do membro inferior são as Vv. safena magna e safena parva. A V. safena magna é formada pela união da veia dorsal do hálux e o arco venoso dorsal do pé. Ascende anteriormente até o maléolo medial, segue posteriormente ao côndilo medial o fêmur, anastomosa-se livremente com a veia safena parva, atravessa o hiato safeno na fáscia lata e desemboca na veia femoral. Recebe veias tributárias e comunica-se com vários locais com a V. safena parva. As tributárias das faces medial e posterior da coxa costumam se unir para formar uma veia safena acessória (quando presente, é a principal comunicação entre Vv. safena magna e parva. Há também as veias cutâneas lateral e anterior (vasos bem grandes), que se originam de redes venosas na parte inferior da coxa e entram na veia safena magna superiormente, logo antes da entrada na veia femoral. Veia safena magna recebe também as veias circunflexa ilíaca superficial, epigástrica superficial e pudenda externa. A V. safena parva origina-se na face lateral do pé, a partir da união da veia dorsal do quinto dedo com o arco venoso dorsal. Ascende posteriormente ao maléolo lateral como uma continuação da veia marginal lateral, segue ao longo da margem lateral do tendão do calcâneo, inclina-se em direção à linha mediana da fíbula e penetra na fáscia muscular, ascende entre as cabeças do M. gastrocnêmio e drena para a V. poplítea na fossa poplítea. Recebem muitas tributárias também. As veias perfurantes penetram na fáscia muscular perto do local onde se originam das veias superficiais e têm válvulas que permitem o fluxo sanguíneo apenas das veias superficiais para as veia profundas. Já as veias profundas acompanham todas as grandes artérias e seus ramos. São mais variáveis e se anastomosa com frequência muito maior do que as artérias que acompanham. As veias acompanhantes geralmente são pares, interconectadas e situadas ao lado das artérias que acompanham. São contidas na bainha vascular com a artéria, cujas pulsações também ajudam a comprimir e deslocar sangue nas veias. As veias perfurantes penetram na fáscia muscular, forma e supri continuamente uma veia tibial anterior no compartimento anterior da perna. As veias plantares medial e lateral da face plantar do pé formam as veias tibiais posteriores e fibulares, situadas posteriormente aos maléolos medial e lateral. Fluem para a veia poplítea posterior ao joelho, que se torna veia femoral na coxa. As veias que acompanham as artérias perfurantes da artéria femoral profunda drenam sangue dos músculos da coxa e terminam na veia femoral profunda, que Anna Clara Legal – Anatomia (FASM) se une à parte terminal da veia femoral, seguindo profundamente ao lig. inguinal para se tornar a veia ilíaca externa. 2) Descreva a formação das veias cava inferior e porta. A veia cava inferior (VCI) começa sua formação anteriormente à vértebra LV pela união das veias ilíacas comuns direita e esquerda. União ocorre à direita do plano mediano, inferiormente à bifurcação da aorta e posteriormente à parte proximal da artéria ilíaca comum direita. Os ramos correspondentes aos ramos viscerais pares da parte abdominal incluem a veia suprarrenal direita, as veias renais direita e esquerda e a veia gonadal direita (testicular e ovariana). As veias suprarrenal e gonadal esquerdas drenam indiretamente para a veia cava inferior porque são tributárias da veia renal esquerda. Já os ramos parietais da VCI incluem as veias frênicas inferiores, veias lombares e as veias ilíacas comuns. Há também presença das veias hepáticas para formação da VCI. As veias lombar ascendente e ázigo unem a VCI e a VCS direta ou indiretamente pelas vias colaterais. A veia porta do fígado é o principal canal do sistema venoso porta. Forma- se anteriormente à veia cava inferior e posteriormente ao colo do pâncreas pela união das veias mesentérica superior e esplênica, ascende anteriormente à VCI como parte da tríade portal no ligamento hepatoduodenal. É um grande vaso, mas segue um trajeto curto e a maior parte está contida no ligamento hepatoduodenal. À medida que se aproxima da porta do fígado, a veia porta divide-se em ramos direito e esquerdo. 3) Descreva a anastomose portocava. A veia porta do fígado é calibrosa e curta, formada posteriormente ao colo do pâncreas pela união da veia mesentérica superior com a veia esplênica e conduz todo o sangue venoso e nutrientes presentes no sangue do sistema digestório para o fígado. Essa veia termina no fígado, bifurcando-se em ramos direito e esquerdo, que são distribuídas em padrão segmentar para as partes direita e esquerda do fígado. A anastomose portocava é a junção entre o sistema da veia mesentérica superior com o da veia mesentérica inferior, das artérias gástricas, esplênicas que tem função de permitir a comunicação do sistema porta com o sistema cava. 4) Quais fatores biodinâmicos da circulação venosa que mais atuam quando se recomenda que pacientes diabéticos devem sempre fazer caminhadas. Os fatores biodinâmicos que mais auxiliam pacientes diabéticos quando é recomendado caminhadas são a contração muscular (que espreme o conteúdo venoso e obriga o deslocamento no sentido centrípeto, imposto pelas válvulas), a fáscia muscular (que funciona como meia elástica natural) e o coração venoso plantar (com a “pseudo-sístole”).
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