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@jumorbeck A aorta e seus ramos ↠ As artérias sistêmicas transportam sangue oxigenado do coração para os capilares dos órgãos por todo o corpo. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ A aorta, a maior artéria do corpo, sai do coração, faz um arco superiormente e depois desce ao longo da face anterior dos corpos das vértebras até a parte inferior do abdome. Ao longo de seu curso, a aorta se divide nas seguintes partes: parte ascendente da aorta, arco da aorta e parte descendente da aorta. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Parte descendente da aorta: continuando do arco da aorta, a parte descendente da aorta segue na face posterior do coração e inferiormente, anterior aos corpos das vértebras torácicas e lombares. Ela possui duas partes: a torácica e a abdominal. ↠ A parte torácica da aorta passa pelo diafragma no nível da vértebra T XII e entra na cavidade abdominal como parte abdominal da aorta, anterior aos corpos vertebrais lombares na linha média. Ela termina no nível da vértebra L IV, onde se subdivide nas artérias ilíacas comuns direita e esquerda, que suprem a pelve e os membros inferiores. (MARIEB, 7ª ed.) Artérias dos membros inferiores ↠ No nível da articulação sacroilíaca na cavidade pélvica, cada artéria ilíaca comum bifurca em dois ramos: a artéria ilíaca interna, que supre principalmente os órgãos da pelve, e a artéria ilíaca externa, que supre o membro inferior. (MARIEB, 7ª ed.) Artéria ilíaca externa ↠ As artérias ilíacas externas direita e esquerda transportam sangue para os membros inferiores. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Originando-se nas artérias ilíacas comuns da pelve, cada artéria ilíaca externa desce ao longo da linha arqueada do ilío, emite alguns ramos pequenos para a parede anterior do abdome e entra na coxa passando abaixo do ponto médio do ligamento inguinal. A partir desse local, a artéria ilíaca externa passa a se chamar artéria femoral. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Na sequência, a ilíaca externa se torna a artéria femoral na coxa, a artéria poplítea posterior ao joelho e as artérias tibiais anterior e posterior nas pernas. (TORTORA, 14ª ed.) Artéria femoral ↠ A artéria femoral desce verticalmente pela região medial da coxa até o fêmur e ao longo da superfície anterior dos músculos adutores. Superiormente, a artéria desce pelo trígono femoral, uma região na parte proximal da coxa delimitada pelo músculo sartório lateralmente e pelo músculo adutor longo medialmente. Inferiormente, a artéria femoral passa por uma fenda no músculo adutor magno (o hiato do adutor) e emerge na face posterior e distal do fêmur como artéria poplítea. (MARIEB, 7ª ed.) Embora a parte superior da artéria femoral esteja confinada em uma formação tubular de fáscia densa, ela é relativamente superficial e não conta com a proteção de qualquer musculatura sobrejacente. Essa falta de proteção torna a parte proximal da artéria femoral em um local conveniente para tomar a pulsação ou aplicar pressão a fim de parar o sangramento de uma hemorragia distal no membro, mas também a torna suscetível à lesão. (MARIEB, 7ª ed.) No cateterismo cardíaco, insere-se um cateter através de um vaso sanguíneo, que é avançado até os grandes vasos para acessar uma câmara do coração. O cateter muitas vezes contém um instrumento de medição ou outro dispositivo em sua ponta. Para alcançar o lado esquerdo do coração, o cateter é inserido na artéria femoral e passado para a aorta até as artérias coronárias ou câmara cardíaca. (TORTORA) @jumorbeck ↠ Várias artérias surgem da artéria femoral na região da coxa. O maior ramo, que emerge superiormente e se chama femoral profunda (ou artéria profunda da coxa), é a principal fornecedora de sangue para os músculos da coxa: adutores, posteriores da coxa e quadríceps. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Os ramos proximais da artéria femoral profunda são as artérias circunflexas femorais medial e lateral, que circundam o colo e a diáfise superior do fêmur. (MARIEB, 7ª ed.) A artéria circunflexa medial é o principal vaso para a cabeça do fêmur. Se uma fratura do quadril romper essa artéria, o tecido ósseo da cabeça do fêmur degenera. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Um longo ramo descendente da artéria circunflexa femoral lateral segue ao longo da face anterior do músculo vasto lateral, suprido por ela. (MARIEB, 7ª ed.) Artéria poplítea ↠ A artéria poplítea, a continuação inferior da artéria femoral, situa -se na fossa poplítea (a região posterior ao joelho), uma região profunda que oferece proteção contra lesões. Você pode sentir um pulso poplíteo se flexionar a sua perna no joelho e empurrar seus dedos vigorosamente na fossa poplítea. (MARIEB, 7ª ed.) Se um clínico não conseguir sentir o pulso poplíteo, a artéria femoral pode estar estenosada pela aterosclerose. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ A artéria poplítea emite várias artérias do joelho (geniculares) que circundam a articulação do joelho como arcos horizontais. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Logo abaixo da cabeça da fíbula, a artéria poplítea se divide nas artérias tibiais anterior e posterior. (MARIEB, 7ª ed.) Artéria tibial anterior ↠ A artéria tibial anterior segue através do compartimento muscular anterior da perna, descendo ao longo da membrana interóssea lateral à tíbia e emitindo ramos para os músculos extensores ao longo do seu trajeto. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ No tornozelo, ela se transforma na artéria dorsal do pé que, na base dos ossos metatarsais, dá origem à artéria arqueada e emite ramos menores distais ao longo dos metatarsos. A parte terminal da dorsal do pé penetra na @jumorbeck planta do pé, onde forma a extremidade medial do arco plantar. (MARIEB, 7ª ed.) A artéria dorsal do pé é superficial e a sua pulsação pode ser palpada no espaço proximal entre o primeiro e o segundo metatarsal (ponto de pulsação do pé). A ausência dessa pulsação pode indicar que o suprimento sanguíneo para a perna é inadequado. A verificação de rotina do pulso do pé é indicada para os pacientes reconhecidamente com prejuízo circulatório nas pernas e para os pacientes que estão se recuperando de cirurgia na perna ou na coxa. (MARIEB, 7ª ed.) Artéria tibial posterior ↠ A artéria tibial posterior, desce pela parte posteromedial da perna diretamente abaixo do músculo sóleo. Na parte proximal, ela emite um grande ramo, a artéria fibular, que desce ao longo da face medial da fíbula. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Juntas, as artérias tibial posterior e fibular suprem os músculos flexores na perna, e as artérias fibulares, os músculos fibulares. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Inferiormente, a artéria tibial posterior passa posteriormente ao maléolo medial da fíbula, onde sua pulsação pode ser palpada. No lado medial do pé, ela se divide nas artérias plantares medial e lateral, que suprem a planta do pé. A artéria plantar contribui para a formação do arco plantar, de onde se originam as artérias metatarsais e digital para os dedos dos pés. (MARIEB, 7ª ed.) RAMO DESCRIÇÃO E RAMOS REGIÕES IRRIGADAS ARTÉRIAS ILÍACAS COMUNS Emergem da parte abdominal da aorta, aproximadamente no nível da vértebra L IV. Cada artéria ilíaca comum dá origem a dois ramos: as artérias ilíaca interna e ilíaca externa. Músculos da parede pélvica, órgãos pélvicos, órgãos genitais externos e membros inferiores. ARTÉRIAS ILÍACAS INTERNAS Principais artérias da pelve. Começam na bifurcação das artérias ilíacas comuns anteriormente à articulação sacroilíaca. Se dividem em divisões anterior e posterior. Músculos da parede pélvica, órgãos pélvicos, nádegas, órgãos genitais externos e músculos mediais da coxa. ARTÉRIAS ILÍACAS EXTERNAS Maiores do que as artérias internas. Começam na bifurcação das artérias ilíacas Parede inferior do abdome, músculo cremaster no homem e ligamento redondo do útero comuns. Descem ao longo da margem medial do músculo psoas maior seguindo a margem pélvica, passam posteriormenteà parte média dos ligamentos inguinais e tornam-se artérias femorais quando passam sob o ligamento inguinal e entram na coxa. na mulher, e membro inferior. ARTÉRIAS FEMORAIS Continuações das artérias ilíacas externas no ponto em que elas entram na coxa. No trígono femoral da parte superior das coxas são superficiais, juntamente com a veia e o nervo femorais. Passam sob o músculo sartório à medida que descem ao longo das faces anteromediais da coxa e seguem em direção à extremidade distal da coxa, onde atravessam uma abertura no tendão do músculo adutor magno para terminar na face posterior do joelho, onde se tornam as artérias poplíteas. Músculos da coxa (quadríceps femoral, adutores e isquiotibiais), fêmur e ligamentos e tendões em torno da articulação do joelho. ARTÉRIAS POPLÍTEAS Continuação das artérias femorais na fossa poplítea. Descem até a margem inferior dos músculos poplíteos, onde se dividem em artérias tibial anterior e tibial posterior. Músculos da coxa distal, pele da região do joelho, músculos da parte proximal da perna, articulação do joelho, fêmur, patela, tíbia e fíbula. ARTÉRIAS TIBIAIS ANTERIORES Descendem da bifurcação das artérias poplíteas na margem distal do músculo poplíteo. Menores do que as artérias tibiais posteriores; passam sobre a membrana interóssea da tíbia e fíbula para descer ao longo do compartimento Tíbia, fíbula, músculos anteriores da perna, músculos dorsais do pé, ossos tarsais, ossos metatarsais e falanges. @jumorbeck muscular anterior da perna; tornam- se as artérias dorsais do pé no tornozelo. No dorso do pé, as artérias dorsais do pé emitem um ramo transverso no primeiro osso cuneiforme medial chamado artérias arqueadas, que passam lateralmente sobre as bases dos ossos metatarsais. Das artérias arqueadas rami Ecam-se as artérias metatarsais dorsais, que passam ao longo dos ossos metatarsais. As artérias metatarsais dorsais terminam dividindo-se em artérias digitais dorsais, que passam para os dedos dos pés. ARTÉRIAS TIBIAIS POSTERIORES Continuações diretas das artérias poplíteas, descendem da bifurcação das artérias poplíteas. Descem pelo compartimento muscular posterior da perna profundamente ao M. sóleo. Passam posteriormente ao maléolo medial na extremidade distal da perna e curvam- se para a frente em direção à face plantar dos pés; passam profundamente ao retináculo flexor do lado medial do pé e terminam ramificando-se em artérias plantar medial e plantar lateral. Dão origem às artérias fibulares no terço superior da perna, onde correm lateralmente à medida que descem pelo Compartimentos musculares posterior e lateral da perna, músculos plantares do pé, tíbia, fíbula, ossos do tarso, metatarsais e das falanges. compartimento lateral da perna. As menores artérias plantares mediais passam ao longo da face medial da planta do pé e as maiores artérias plantares laterais angulam-se em direção à face lateral da planta do pé e se unem ao ramo das artérias dorsais do pé para formar o arco plantar. O arco começa na base do quinto osso metatarsal e se estende medialmente ao longo dos ossos metatarsais. Conforme o arco cruza o pé, emite as artérias metatarsais plantares, que passam ao longo da face plantar dos ossos metatarsais. Estas artérias terminam dividindo-se em artérias digitais plantares, que passam para os artelhos. Veias Embora a maioria das veias acompanhe as artérias correspondentes, existem algumas diferenças importantes nas distribuições das artérias e veias: (MARIEB, 7ª ed.) ➢ Enquanto apenas uma artéria sistêmica sai do coração - a aorta que sai do ventrículo esquerdo - três grandes veias entram no átrio direito do coração: as veias cavas superior e inferior e o seio coronário. ➢ Todas as artérias de tamanho médio são de localização profunda e são acompanhadas por veias profundas, frequentemente de nome similar. Além disso, as veias também são encontradas logo abaixo da pele, desacompanhadas de qualquer artéria.. Essas veias superficiais são clinicamente importantes porque proporcionam locais para retirar sangue ou estabelecer uma via intravenosa. Sua localização superficial também as torna suscetíveis a cortes ou lesões. ➢ Frequentemente, duas ou mais veias paralelas drenam uma região do corpo em vez de uma única veia maior. Em algumas regiões, várias veias anastomosam e formam um plexo venoso. @jumorbeck Veias cavas e seus principais tributários ↠ As veias cavas superior e inferior, as duas maiores veias do corpo, desembocam diretamente no átrio direito do coração. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Veia cava superior: recebe o sangue sistêmico de todas as regiões do corpo superiores ao diafragma, excluindo as paredes do coração. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Veia cava inferior: que sobe ao longo da parede posterior da cavidade abdominal e é o vaso sanguíneo mais largo do corpo, devolve ao coração o sangue proveniente de todas as regiões do corpo inferiores ao diafragma. (MARIEB, 7ª ed.) Drenagem venosa do membro inferior ↠ O membro inferior tem veias superficiais e profundas: as veias superficiais estão situadas no tecido subcutâneo e seguem independentemente das artérias correspondentes e as veias profundas situam-se profundamente à fáscia muscular e acompanham todas as grandes artérias. As veias superficiais e profundas têm válvulas, que são mais numerosas nas veias profundas. (MOORE, 7ª ed.) ↠ As veias que drenam os membros inferiores são profundas ou superficiais. (MARIEB, 7ª ed.) Veias superficiais do membro inferior ↠ As duas principais veias superficiais no membro inferior são as veias safenas magna e parva.. A maioria das tributárias não tem nome. (MOORE, 7ª ed.) ↠ A veia safena magna é formada pela união da veia dorsal do hálux e o arco venoso dorsal do pé.. A veia safena magna: (MOORE, 7ª ed.) ➢ Ascende anteriormente até o maléolo medial; ➢ Segue posteriormente ao côndilo medial do fêmur (cerca de quatro dedos posteriormente à margem medial da patela); ➢ Anastomosa-se livremente com a veia safena parva; ➢ Atravessa o hiato safeno na fáscia lata; ➢ Desemboca na veia femoral. Importância médica das veias safenas A veia safena magna é o vaso utilizado com mais frequência em pontes da artéria coronária (revascularização do miocárdio). Aqui, deve -se observar que, quando suturar essa veia em uma artéria coronária, o cirurgião precisa orientá-la de modo que o fluxo sanguíneo vá abrir, ao invés de fechar, suas válvulas. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ A veia safena magna tem 10 a 12 válvulas, que são mais numerosas na perna do que na coxa. Essas válvulas geralmente estão localizadas logo abaixo das veias perfurantes. As veias perfurantes também têm válvulas. (MOORE, 7ª ed.) As válvulas venosas são projeções de endotélio com seios valvulares caliciformes cujo enchimento vem de cima. Quando os seios estão cheios, as válvulas ocluem a luz da veia, evitando, assim, o refluxo distal de sangue e tornando o fluxo unidirecional. O mecanismo valvular também divide a coluna de sangue na veia safena em segmentos menores, reduzindo a pressão retrógrada. Os dois efeitos facilitam o trabalho da bomba musculovenosa para superar a força da gravidade e reconduzir o sangue ao coração. (MOORE, 7ª ed.) As veias safenas são mais propensas a enfraquecer e se tornar varicosas do que quaisquer outras veias no membro inferior, já que são mal sustentadas pelo tecido circundante. Além disso, quando as válvulas começam a falhar nas veias de um membro inferior, as contrações normais dos músculos da perna podem espremer o sangue para fora das veias profundas e impulsioná-lo para as veias superficiais através das anastomoses entre esses dois grupos de veias. Esse influxo de sangue intumesce e enfraquece as veias safenasainda mais. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Enquanto ascende na perna e na coxa, a veia safena magna recebe várias tributárias e comunica-se em vários locais com a veia safena parva. (MOORE, 7ª ed.) @jumorbeck ↠ As tributárias das faces medial e posterior da coxa costumam se unir para formar uma veia safena acessória. Quando presente, essa veia é a principal comunicação entre as veias safenas magna e parva. (MOORE, 7ª ed.) ↠ Além disso, vasos bem grandes, as veias cutâneas lateral e anterior, originam-se de redes venosas na parte inferior da coxa e entram na veia safena magna superiormente, logo antes de sua entrada na veia femoral. Perto de seu fim, a veia safena magna também recebe as veias circunflexa ilíaca superficial, epigástrica superficial e pudenda externa. (MOORE, 7ª ed.) ↠ A veia safena parva origina-se na face lateral do pé, a partir da união da veia dorsal do quinto dedo com o arco venoso dorsal. A veia safena parva: (MOORE, 7ª ed.) ➢ Ascende posteriormente ao maléolo lateral como uma continuação da veia marginal lateral; ➢ Segue ao longo da margem lateral do tendão do calcâneo; ➢ Inclina-se em direção à linha mediana da fíbula e penetra na fáscia muscular; ➢ Ascende entre as cabeças do músculo gastrocnêmio; ➢ Drena para a veia poplítea na fossa poplítea. Várias veias perfurantes atravessam a fáscia muscular para desviar sangue das veias superficiais para as veias profundas. (MOORE, 7ª ed.) ↠ Embora as veias safenas recebam muitas tributárias, seus diâmetros se mantêm razoavelmente constantes no trajeto de ascensão no membro. Isso é possível porque o sangue recebido pelas veias safenas é continuamente desviado dessas veias superficiais na tela subcutânea para as veias profundas, situadas internamente à fáscia muscular, através de muitas veias perfurantes. (MOORE, 7ª ed.) ↠ As veias perfurantes penetram na fáscia muscular perto do local onde se originam das veias superficiais e têm válvulas que permitem o fluxo sanguíneo apenas das veias superficiais para as veias profundas. (MOORE, 7ª ed.) @jumorbeck ↠ As veias perfurantes atravessam a fáscia muscular em um ângulo oblíquo, de modo que, quando os músculos se contraem e a pressão aumenta no interior da fáscia muscular, as veias perfurantes são comprimidas. A compressão também impede o fluxo sanguíneo das veias profundas para as veias superficiais. Esse padrão de fluxo sanguíneo venoso – da região superficial para a profunda – é importante para o retorno venoso apropriado do membro inferior, porque permite que as contrações musculares impulsionem o sangue em direção ao coração contra a força da gravidade (bomba musculovenosa). (MOORE, 7ª ed.) Veias profundas do membro inferior ↠ As veias profundas acompanham todas as grandes artérias e seus ramos. Em vez de ocorrerem como uma veia única nos membros (embora muitas vezes sejam ilustradas e denominadas como uma veia única), as veias acompanhantes geralmente são pares, muitas vezes interconectadas, situadas ao lado da artéria que acompanham. Estão contidas na bainha vascular com a artéria, cujas pulsações também ajudam a comprimir e deslocar o sangue nas veias. (MOORE, 7ª ed.) ↠ Embora o arco venoso dorsal drene basicamente pelas veias safenas, as veias perfurantes penetram na fáscia muscular, formando e suprindo continuamente uma veia tibial anterior no compartimento anterior da perna. As veias plantares medial e lateral da face plantar do pé formam as veias tibiais posteriores e fibulares, situadas posteriormente aos maléolos medial e lateral. (MOORE, 7ª ed.) ↠ As três veias profundas da perna fluem para a veia poplítea posterior ao joelho, que se torna a veia femoral na coxa. As veias que acompanham as artérias perfurantes da artéria femoral profunda drenam sangue dos músculos da coxa e terminam na veia femoral profunda, que se une à parte terminal da veia femoral. (MOORE, 7ª ed.) ↠ A veia femoral segue profundamente ao ligamento inguinal para se tornar a veia ilíaca externa. Em vista do efeito da gravidade, o fluxo sanguíneo é mais lento quando uma pessoa fica parada de pé. (MOORE, 7ª ed.) ↠ Durante o exercício, o sangue recebido pelas veias profundas proveniente das veias superficiais é impulsionado por contração muscular para as veias femorais e, depois, para as veias ilíacas externas. As válvulas competentes impedem o refluxo. (MOORE, 7ª ed.) ↠ As veias profundas são mais variáveis e se anastomosam com frequência muito maior do que as artérias que acompanham. Tanto as veias superficiais quanto as veias profundas podem ser ligadas, se necessário. (MOORE, 7ª ed.) VEIAS PROFUNDAS DESCRIÇÃO E TRIBUTÁRIAS REGIÕES DRENADAS VEIAS ILÍACAS COMUNS Formadas pela união das veias ilíacas interna e externa anteriormente às articulações sacroilíacas anteriores; anastomosam-se na altura da vértebra L V para formar a veia cava inferior. A veia ilíaca comum direita é muito mais curta do que a esquerda e também é mais vertical, visto que a veia cava inferior encontra-se à direita da linha mediana. Pelve, órgãos genitais externos e membros inferiores. VEIAS ILÍACAS EXTERNAS Acompanham as artérias ilíacas Parede inferior do abdome @jumorbeck internas. Começam nos ligamentos inguinais como continuações das veias femorais. Terminam anteriormente às articulações sacroilíacas, onde se unem às veias ilíacas internas para formar as veias ilíacas comuns. anteriormente, músculo cremaster nos homens e órgãos genitais externos e membro inferior. VEIAS FEMORAIS Acompanham as artérias femorais e são continuações das veias poplíteas ligeiramente superiores ao joelho, onde as veias passam através de uma abertura no músculo adutor magno. Recebem as veias femorais profundas e veias safenas magna pouco antes de penetrar na parede abdominal. Passam por baixo do ligamento inguinal e entram na região abdominopélvica para se tornarem as veias ilíacas externas. Pele, linfonodos, músculos e ossos da coxa, e órgãos genitais externos. VEIAS POPLÍTEAS Formadas pela união entre as veias tibiais anterior e posterior na extremidade proximal da perna; ascendem pela fossa poplítea com as artérias poplíteas e nervo tibial. Terminam onde passam através da janela no músculo adutor magno e passam para a frente do joelho para se tornarem as veias femorais. Também recebem sangue de veias safena parva e tributárias, que correspondem a ramos da artéria poplítea. Articulação e pele do joelho, músculos e ossos em torno da articulação do joelho. VEIAS TIBIAIS POSTERIORES Começam posteriormente ao maléolo medial na união das veias plantar medial e lateral da face plantar do pé. Ascendem pela perna com a artéria tibial posterior e o nervo tibial profundamente ao músculo sóleo. Unem-se às veias tibiais posteriores por volta de dois terços do trajeto até a perna. Unem-se às veias tibiais anteriores próximo do topo da membrana interóssea para formar as veias poplíteas. Na face plantar do pé, as veias digitais plantares se unem para formar as veias metatarsais plantares, que são paralelas aos ossos metatarsais. Estas, por sua vez, se unem para formar arcos plantares venosos profundos. As veias plantares medial e lateral emergem dos arcos plantares venosos profundos. Pele, músculos e ossos da face plantar do pé, e pele, músculos e ossos das faces posterior e lateral da perna. VEIAS TIBIAIS ANTERIORES Emergem no arco venoso dorsal e acompanham a artéria tibial anterior. Ascendem profundamente ao músculo tibial anterior na face anterior da membrana interóssea. Atravessam a abertura na extremidade superior da membrana interóssea para se juntar às veias tibiais posteriores e formar as veias poplíteas. Dorso do pé, tornozelo, face anterior da perna, joelho e articulaçãotibiofibular. @jumorbeck VEIAS SUPERFICIAS DESCRIÇÃO E TRIBUTÁRIAS REGIÕES DRENADAS VEIAS SAFENAS MAGNAS Veias mais longas do corpo; ascendem do pé à virilha na tela subcutânea. Começam na extremidade medial dos arcos venosos dorsais do pé. Os arcos venosos dorsais são redes de veias do dorso do pé formadas pelas veias digitais dorsais, que coletam sangue dos dedos dos pés, e depois se unem em pares para formar as veias metatarsais dorsais, que correm paralelamente aos ossos metatarsais. Quando as veias metatarsais dorsais chegam ao pé, se combinam para formar os arcos venosos dorsais. Passam anteriormente ao maléolo medial da tíbia e então superiormente ao longo da face medial da perna e coxa imediatamente abaixo da pele. Recebem tributárias dos tecidos super Eciais e também se conectam às veias profundas. Esvaziam-se nas veias femorais na região inguinal. Tecidos tegumentares e músculos superficiais dos membros inferiores, região inguinal e parede inferior do abdome. VEIAS SAFENAS PARVAS Começam na face lateral dos arcos venosos dorsais do pé. Passam posteriormente ao maléolo lateral da fíbula e ascendem profundamente à pele ao longo da face posterior da perna. Esvaziam-se nas veias poplíteas na fossa poplítea, Tecidos tegumentares e músculos superficiais do pé e face posterior da perna. posteriormente ao joelho. Contêm 9 a 12 válvulas. Podem se comunicar com as veias safenas magnas na parte proximal da perna. Retorno Venoso ↠ O retorno venoso, o volume de sangue que flui de volta ao coração pelas veias sistêmicas, é consequente à pressão produzida pelo ventrículo esquerdo por meio das contrações do coração. Embora pequena, a diferença de pressão entre as vênulas, em média de aproximadamente 16 mmHg, e o ventrículo direito, 0 mmHg, normalmente é suficiente para provocar o retorno venoso para o coração. (TORTORA, 2016) ↠ Se a pressão no átrio ou ventrículo direito aumentar, o retorno venoso irá diminuir. Uma das causas do aumento da pressão no átrio direito é uma valva atrioventricular direita incompetente, com extravasamento, que possibilita a regurgitação, refluxo, de sangue quando os ventrículos se contraem. O resultado é a diminuição no retorno venoso e o acúmulo de sangue no lado venoso da circulação sistêmica. (TORTORA, 2016) ↠ Uma característica singular das veias é a presença de válvulas em todos os segmentos venosos, as quais se encontram mais desenvolvidas nas extremidades inferiores. As válvulas venosas nada mais são que protrusões da túnica íntima das paredes venosas para o lúmen do vaso. Cada uma delas é formada por tecido fibroso, denso, revestida por endotélio, e orientada de modo a permitir o fluxo sanguíneo anterógrado. Porém, fechando totalmente o vaso quando o fluxo tende a se tornar retrógrado. Sendo assim, as válvulas são importantes estruturas direcionadoras do fluxo sanguíneo nas veias. (MARGARIDA, 2018) ↠ Um mecanismo funcional que ajuda no retorno do sangue venoso para o coração é o movimento normal do corpo e dos membros, por exemplo, durante a caminhada. A oscilação do membro move o sangue nesse membro e as válvulas venosas asseguram que esse sangue se mova apenas na direção adequada. (MARIEB, 2018) ↠ De acordo com a lei de Frank-Starling, o volume sistólico aumenta quando o volume diastólico final aumenta. O volume diastólico final é, em geral, @jumorbeck determinado pelo retorno venoso, que é a quantidade de sangue que retorna ao coração pela circulação venosa. (SILVERTHORN, 2017) ↠ Além do coração, dois outros mecanismos “bombeiam” o sangue da parte inferior do corpo de volta ao coração: (1) a bomba de músculo esquelético e (2) a bomba respiratória. Ambas as bombas dependem das válvulas existentes nas veias. (TORTORA, 2016) Bomba de músculo esquelético ↠ A bomba do músculo esquelético é assim denominada devida às contrações do músculo esquelético que espremem as veias, particularmente nas pernas, comprimindo-as e empurrando o sangue em direção ao coração. Durante exercícios que envolvem os membros inferiores, o músculo esquelético ajuda a bombear o sangue de volta para o coração. Durante os períodos em que se está imóvel, sentado ou em pé, a bomba do músculo esquelético não auxilia no retorno venoso. (SILVERTHORN, 2017) Funciona do seguinte modo: ➢ Na posição ortostática, tanto as válvulas venosas mais próximas do coração, válvulas proximais, quanto aquelas mais distantes, válvulas distais, nesta parte do membro inferior estão abertas, e o sangue flui para cima em direção ao coração. (TORTORA, 2016) ➢ A contração dos músculos das pernas, como quando você fica na ponta dos pés ou dá um passo, comprime a veia. A compressão empurra o sangue através da válvula proximal, em uma ação chamada ordenha. Ao mesmo tempo, a válvula distal do segmento não comprimido se fecha conforme um pouco de sangue é empurrado contra ela.. (TORTORA, 2016) ➢ Logo após o relaxamento muscular, a pressão cai na seção previamente comprimida da veia, o que faz com que a válvula proximal se feche. A válvula distal agora se abre porque a pressão arterial no pé está mais elevada do que na perna, e a veia se enche com o sangue que vem do pé. A válvula proximal então reabre. (TORTORA, 2016) As pessoas que estão imobilizadas em decorrência de uma lesão ou doença não têm essas contrações de músculos da perna. Como resultado, seu retorno venoso é mais lento e elas podem desenvolver problemas de circulação. (TORTORA, 2016) Bomba respiratória ↠ Também é baseada na compressão e descompressão alternadas das veias. Durante a inspiração, o diafragma se move para baixo, o que provoca uma diminuição da pressão na cavidade torácica e um aumento da pressão na cavidade abdominal. Como resultado, as veias abdominais são comprimidas, e um maior volume de sangue se move das veias abdominais comprimidas para as veias torácicas não comprimidas e então para dentro do átrio direito. Quando as pressões se invertem durante a expiração, as válvulas das veias evitam o refluxo do sangue das veias torácicas para as veias abdominais. (TORTORA, 2016) Silverthorn entende serem três os fatores que afetam o retorno venoso, incluindo a inervação simpática. Inervação simpática das veias. A constrição das veias devida à atividade simpática é o terceiro fator que afeta o retorno venoso. Quando ocorre constrição das veias, seu volume diminui, empurrando mais sangue para dentro do coração. Com um volume ventricular maior no início da próxima contração, o ventrículo contrai com mais força, enviando mais sangue para o lado arterial da circulação. Desse modo, a inervação simpática das veias permite que o corpo redistribua parte do sangue venoso para a parte arterial da circulação. (SILVERTHORN, 2017) Varizes ou Veias Varicosas ↠ Quando as válvulas nas veias se tornam ineficientes, o resultado são as veias varicosas. As veias deformam e incham com o sangue acumulado, e a drenagem venosa desacelera consideravelmente. 15% de todos os adultos sofrem de veias varicosas, geralmente nos membros inferiores. As mulheres são afetadas com mais frequência do que os homens. O membro inferior esquerdo é mais @jumorbeck suscetível às veias varicosas do que o direito. (MARIEB, 2018) ↠ Muitas vezes, a veia safena magna e suas tributárias tornam-se varicosas (tão dilatadas que as válvulas não se fecham). As varizes são comuns nas partes posteromediais do membro inferior e causam desconforto. (MOORE, 7ª ed.) ↠ Na veia saudável, as válvulas permitem o fluxo sanguíneo em direção ao coração (B) e impedem o fluxo retrógrado (C). Nas varizes (D), as válvulas são incompetentes em razão da dilatação ou rotação e não funcionam mais adequadamente. Consequentemente, o sangue flui em sentido inferior nas veias, provocando o surgimento devarizes. (MOORE, 7ª ed.) ↠ As veias varicosas podem ser hereditárias, mas também ocorrem nas pessoas cujas ocupações exijam que elas fiquem de pé na mesma posição por muito tempo, como é o caso dos balconistas de lojas, cabeleireiros, dentistas e profissionais de enfermagem. Nas pernas imóveis, o sangue venoso drena tão lentamente que acumula, estica as paredes venosas e as válvulas e faz que essas válvulas falhem. (MARIEB, 2018) Referências: AIRES, Margarida de Mello Fisiologia / Margarida de Mello Aires. - 5. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2018. MARIEB, Elaine. Anatomia humana. Tradução Lívia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz Cláudio Queiroz. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. SILVERTHORN, DeeUnglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Porto Alegre: Artmed, 2017. TORTORA, Gerard J. Princípios de anatomia e fisiologia / Gerard J. Tortora, Bryan Derrickson; tradução Ana Cavalcanti C. Botelho... [et al.]. – 14. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. MOORE, Anatomia Orientada para a Clínica, 7ª ed., Rio de Janiero: Guanabara Koogan, 2014.
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