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Controle de Qualidade Microbiológico Controle de Qualidade Microbiológico Prevenção e Redução da Contaminação Microbiana Controle da população microbiana Distribuir, inibir ou remover microrganismos Agentes físicos Agentes químicos Microrganismos em números aceitáveis ou ausência dos mesmos É inodoro, estável, compatível com os componentes das formulações, ter amplo espectro de ação (ativo con- tra os microrganismos mais frequentes, bactérias e fun- gos), coeficiente partição óleo-água adequado para a for- mulação, ter uma ampla faixa de pH e não deve ser tóxico. Com relação ao pH, ácido benzoico e sórbico são melhores como conservantes na maior proporção na for- ma não ionizada em pH mais ácido. Clorexidina e parabe- nos são melhores na maior proporção na forma não ioni- zada em pH mais neutro. Amônios quaternários (cloreto de benzalcônio cetrimida) são melhores na maior propor- ção na forma não ionizada em pH mais alcalino. O coeficiente partição óleo/água representa a razão entre a concentração do conservante dissolvido em óleo e a quantidade dissolvido em água. Sendo: CP = óleo (apolar) / água (polar) Quanto maior o coeficiente, mais apolar e maior a dissolução na fase oleosa. Quanto menor o coeficiente, Conservantes Prevenção e Redução da Contaminação mais polar e maior a dissolução na fase aquosa. Quando existe incompatibilidade do conservante com componentes da formulação, pode ocorrer a inativação do mesmo. Os principais mecanismos de ação dos conservantes são o rompimento da membrana celular/parede celular, desnaturação de proteínas, ligação à proteínas, síntese de ácidos nucleicos e inibição enzimática. Parabenos tem espectro de ação mais ativos contra fungos e algumas bactérias gram positivas, ao fazer a inibição enzimática e da síntese de ácidos nucleicos. São solúveis em propilenoglicol, etanol e solubilidade limitada em água. Tem perda de atividade em pH > 8. RDC 29/2012: permite o uso de no máximo 0,4% de cada parabeno e um máximo de 0,8% de parabeno total no produto cosmético. Aldeídos e liberadores de formol tem espectro de ação maior contra bactérias e menor ou ausente contra fungos. A liberação do formol por hidrólise tem ação antimicrobia- na. É permitido o uso do formol como conservante mas não como ativo de cosméticos, em uma concentração de 0,2%. Isotiazolinonas (CMIT e MIT) são miscíveis em água e proprilenoglicol e são insolúveis em óleo. Tem amplo es- pectro de ação contra fungos e bactérias. Perdem a ati- vidade na presença de bissulfitos, aminas secundárias e forte nucleófilos (proteínas). Álcoois e fenólicos causam o rompimento de membra- na e parede celular. O triclosan é permitido no Brasil em até 0,3%; pois apresenta riscos de alterações hormonais e aumento de resistência bacteriana. O fenoxietanol é um ativo contra bactérias gram negativas e é sempre asso- • M E E Controle de Qualidade Microbiológico Controle de Qualidade Microbiológico Prevenção e Redução da Contaminação Microbiana Desinfetantes/Antissépticos/Detergentes A desinfecção é a destruição de microrganismos patogênicos presentes num material inanimado. (Desinfetantes). A esterilização é a destruição de toda e qualquer forma de vida (formas vegetativas, espors, fungos, vírus, etc) de um material. Anti-sepsia é a destruição de microrganismos pato- gênicos num tecido vivo. Assepsia é o conjunto de medidas para previnir a entrada de microrganismos num material (vivo ou não) ou reduzir o número dos já presentes (profilaxia). A desinfecção possui níveis, em que: - Baixo: matam bactérias, alguns fungos e eliminam alguns vírus. Não matam esporos e micobactérias; - Médio: matam bactérias, fungos, bacilos ácido resistentes, vírus. Não matam esporos (alguns são esporocidas em altas concentrações); - Alto: matam bactérias, fungos, bacilos ácido resistentes, vírus e esporos. Sanitizantes Usado normalmente em superfícies, ajuda a manter o equipamento de fabricação, envase ou até utensílios, livres de microrganismos por determinado tempo. Ele precisa de um intervalo de tempo para começar a agir. ciado à outros conservantes. Muitos ácidos orgânicos funcionam como conservan- tes em sua forma acídica, mas não apresentam nenhuma atividade na forma de sais. Todos são pH dependentes. Tem espectro de ação principalmente contra fungos. Higienização/Sanitização A higienização é composta de duas etapas bem definidas: a limpeza e a sanitização A limpeza é a remoção das sujidades. Pode, se bem executada, eliminar até 80% das partículas de sujidades. Normalmente, utilizam-se detergentes nessa etapa. A sanitização é a etapa de higienização que visa reduzir os microrganismos (células vegetativas), ainda presentes na superfície limpa, para níveis aceitáveis, além de eliminar os patogênicos. Estes microrganismos podem estar abrigados nos resíduos imperceptíveis, ainda presentes na superfície após a limpeza. Métodos Físicos São dividos em classes: térmica (calor seco e calor úmido), gases oxidantes, vapores e irradiação. Calor úmido: é feito pela autoclave, que consiste em um vapor saturado sob pressão. É feito em 121º C por pelo menos 15 minutos. Usado em material seco (frascos, polímeros, materiais plásticos) e material líquido (frascos contendo líquidos como medicamentos e água). Calor seco: é feito por estufas, túneis de lavagem e esterilização. Faz a distribuição homogênea do calor, que pode ser obtida por circulação forçada de ar. A esterili- zação é feita em 170º - 190º C e a despirogenização acima de 250ºC. Usado em vidros, metais, pós, vaseli- nas, gorduras, ceras, soluções e suspensões oleosas e tecidos especiais. O calor úmido tem maior capacidade de transferir calor ao material esterilizado, tem ciclos mais rápidos e maior uniformidade na temperatura. Enquanto que o calor Controle de Qualidade Microbiológico Controle de Qualidade Microbiológico Prevenção e Redução da Contaminação Microbiana o calor seco tem a possibilidade de promover despiroge- nização e o material seco ao final do processo. Gases como o óxido de etileno são mais penetrantes e não condensam sob condições de esterilização, sendo mais utilizados que o vapores (peróxido de hidrogênio e formaldeído). É utilizado para materiais que não resistem a altas temperaturas como artigos respiratórios, cateteres, conexões plásticas, etc. Faz a alquilação de proteínas microbianas impedindo a multiplicação celular, é um gás incolor e altamente inflamável e misturado com outros gases inertes se torna não inflamável. Tem risco de efeitos neurológicos e mutagênicos reprodutivos e teratogênicos. A radiação é utilizada para esterilização de produtos termossensíveis, e tem vantagens como a baixa reativida- de química, poucos parâmetros a serem controlados, produtos esterilizados em sua embalagem final, alto poder de penetração no material a ser esterilizado e grande quantidade de materiais compatíveis. É feito através de radiação gama (cobalto 60) que faz emissões de alta energia sob a forma de ondas eletromagnéticas ou partículas. A filtração faz a esterilização de fluidos farmacêuti- cos termolábeis como soros, vitaminas, antibióticos, etc. É feito através de uma filtração à vácuo com uso de membranas. Os microrganismos ficam retidos nessas membranas filtrantes.
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