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CASO CLÍNICO 23: HIV

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CASO CLÍNICO 1 
Paula é acadêmica do primeiro ano do curso de medicina da Universidade Federal 
de Mato Grosso do Sul, no campus de Campo Grande. Apesar de estar iniciando seu 
curso, Paula conseguiu entrar na Liga de Infectologia do curso de Medicina. Em uma das 
reuniões da liga, um médico infectologista, convidado, apresentou um caso clínico de 
Infecção por HIV avançada, com apresentação de infecções oportunistas associada a 
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA): 
Paciente BIB, 48 anos, masculino, divorciado, natural e procedente de Palmas -
TO, deu entrada na unidade de emergência do Hospital Universitário, com queixa 
principal de tosse seca, que piorava a noite, associada a febre há 6 dias de até 39 graus, 
que cedia com uso de 30-40 gotas de dipirona. Há 2 dias associou-se ao quadro atual um 
esforço respiratório e dispneia progressiva, com consequente fadiga. 
 O paciente relatou que há dois meses desenvolveu lesões cutâneas causadas por 
herpes-zoster no membro inferior esquerdo, que após tratamento com o antiviral 
Aciclovir regrediram. Relatou também no momento da consulta, que vem sofrendo a uns 
seis meses de episódios de diarreia líquida, com odor fétido, que dura alguns dias, e que 
regridem e reaparecem periodicamente. Após ser questionado, o paciente confirmou que 
é portador do vírus HIV, e que contraiu o vírus quando tinha cerca de 32 anos, mas que 
nunca procurou tratamento, já que nunca teve nenhuma sintomatologia. 
 Ao exame físico, o paciente apresentou-se consciente e em domínio de todas suas 
funções psíquicas e motoras. Febril, temperatura axilar 37,8ºC aferida no momento da 
consulta, emagrecido, sem gânglios palpáveis. Na ausculta pulmonar observou-se 
murmúrio com presença de sibilos e roncos difusos. Ao RX de tórax observou-se 
infiltrado intersticial difuso e peri-hilar. PA: 118/84 mmHg; FC: 83 bpm; FR: 29 irpm e 
Saturação de O2: 90%. Trato gastrointestinal: abdome plano, flácido, ruídos hidroaéreos 
positivos, sem visceromegalias ou massas palpáveis. 
 Foram solicitados exames aos pacientes que evidenciaram: Hemograma: Hb 
11,5g/dL; 4600 leucócitos com 19 % de linfócitos e 70% de neutrófilos, sem desvio; 
141.000 plaquetas; DHL 680 UI/L; Contagem de linfócitos CD4: 146 células/mm³. 
Bacterioscopia e pesquisa no escarro do Pneumocystis jiroveci: positivas. 
O paciente foi internado e medicado com sulfametoxazol + trimetroprima, com 
15-20 mg de trimetoprima/kg/dia via oral de 6/6 horas por 21 dias. Indicado Dipirona 2ml 
de 6/6 horas se a temperatura corporal estiver acima de 37,5 graus. Foi indicado também 
terapia para HIV com Zidovudina + Lamivudina (AZT + 3TC) 1 comprimido via oral 
combinado 12/12h e Efavirenz (EFZ) comprimido via oral 600mg 1x/dia. 
Paula então ficou se questionando, sobre o porque a infecção pelo HIV em seus 
estágios mais avançados, impedem que o sistema imune seja capaz de controlar infecções 
por outros microrganismos, e decidiu estudar o tema.

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