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ComoCrescerNaVidaEspiritual-Aluno

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www.projeto-timoteo.org 1ª edição 
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 Apostila do Aluno 
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 Projeto Timóteo 
 
 
 Apostila do Aluno 
 
 
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Apostila preparada por: 
Dr. Raymond Brown 
 
Coordenador do Projeto 
Dr. John Barry Dyer 
Equipe 
Pedagógica 
 
Marivete Zanoni Kunz 
Tereza Jesus Medeiros 
Claudeci Costa Nobre 
Leonardo Araújo 
Projeto Timóteo 
 
 www.projeto-timoteo.org 1ª edição 
3 
 
 
 
COMO CRESCER NA VIDA ESPIRITUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. A VIDA DE LOUVOR 4 
2. ORANDO COM FÉ 8 
3. COMUNHÃO DIÁRIA COM DEUS 12 
4. ANGÚSTIA E ESPERANÇA 16 
5. ALEGRIA E AÇÃO DE GRAÇAS 21 
6. A VIDA VITORIOSA 26 
7. O DEUS ONISCIENTE 31 
8. A BÊNÇÃO PROMETIDA POR DEUS 35 
 www.projeto-timoteo.org 1ª edição 
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LIÇÃO 
 
Lesson 1 
 
 
 
 
Texto temático: “Aleluia! Louvem a 
Deus no seu santuário, louvem-no 
em seu magnífico firmamento. 
Louvem-no pelos seus feitos 
poderosos, louvem-no segundo a 
imensidão de sua grandeza! ” 
(Salmo 150:1-2). 
 
 
 
 
O Livro dos Salmos oferece um ótimo ponto de partida para iniciar este estudo da 
importância de crescimento em nossa vida cristã, por duas razões: 
 
(a) Os Salmos apresentam uma rica expressão da fé de Israel. Estes cânticos são afirmações 
públicas das verdades que os israelitas consideram ser de suma importância na vida. Para nós 
a leitura dos Salmos é um imenso privilégio porque expressaram as prioridades de Israel no 
culto público, preservadas no seu hinário ou livro de cânticos. Aqui é o tipo de fé que 
encoraja o crescimento. Martinho Lutero disse que o Livro dos Salmos bem poderia ser 
chamado de „uma Pequena Bíblia‟; „cada homem em qualquer ocasião pode achar no Salmos 
algo que conforma com suas necessidades ... como se tivesse sido colocado ali puramente 
para o seu benefício próprio‟. 
 
 (b) Além disso, um grande número dos Salmos são confissões pessoais de confiança ou 
esperança em Deus em meio a períodos difíceis. Eles registram os profundos desejos de 
crentes individuais no meio de dificuldade séria, orações íntimas tais como podiam ser 
incluidas num jornal espiritual contemporâneo, expressando uma ampla gama de experiências 
bem pessoais, desde o desespero esmagador à alegria exuberante. 
 1 
 A VIDA DE LOUVOR 
I A RELEVÂNCIA DOS SALMOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
 
 
 
 
 
Os Salmos tinham grande importância na vida espiritual de Jesus. Como outras pessoas (Mt 
21:9), Jesus tinha memorizado muitos deles, citando-os na conversa diária (Mt 21:16), na 
pregação pública (Mt 21:42; 22:44) e nas orações tanto de agonia (Mt 27:46) como também 
de confiança (Lc 23:46). Outrossim, os seus discípulos davam grande valor aos Salmos (Jo 
2:17), e os pregadores talentosos usaram os Salmos para explicar, confirmar, amplificar e 
ilustrar o seu ensinamento (At 2:25-28, 34; 4:25-26; 13:33, 35) e os escritores do Novo 
Testamento (por exemplo: Jo 19 24, 36; Rom 4:6-8, 8:36; 1 Co 10:26; 2 Co 4:13; 1 Pe 3:10; 
Hb1:5, 7, 8, 10, 12; 7:17; 10:5; Ap 2:27). Sendo de tanto valor para os crentes do Antigo 
Testamento, e mais significantemente para o nosso Senhor, e na vida dos primeiros cristãos, 
sem dúvida os Salmos são importantes para o nosso desenvolvimento espiritual também. 
Precisamos seguir o seu exemplo no uso desta coleção impressionante de louvor (público e 
privativo) para enriquecer a nossa vida espiritual dia após dia. 
 
 
 
 
 
 
O apóstolo Paulo foi convencido que estes grandes cânticos israelitas têm incomparável valor 
pedagógico. Ele afirmava que, como uma seção altamente estimada do Antigo Testamento, 
os Salmos foram “escritos para nos ensinar”; e quando compartilhou essa convicção (Ro 
15:3-4), ele tinha acabado de citar um Salmo! 
Uma das grandes verdades que os Salmos querem que aprendamos é a importância vital do 
louvor. 
 
Não estamos incitados a louvar a Deus porque Ele próprio precisa de louvor; quem o precisa 
somos nós! Não somos capazes de crescer na vida cristã sem o louvor; a vida sem louvor 
pode tornar-se egocêntrica, auto-dirigida e auto-motivada. O louvor a Deus identifica as 
nossas prioridades, expressa a nossa dívida, e reconhece a nossa dependência contínua dEle. 
Deve ser um ato deliberado do nosso louvor diário pessoal, que significa o „reconhecimento 
do valor de Deus‟. A palavra grega axios („tu es digno‟, Ap 4:11) foi o grito repetido da 
multidão exultante („Axios! Axios! ’), quando um atleta vitorioso fez uma volta de honra 
depois de ganhar uma corrida. Apreciação profunda é uma parte natural de prazer 
compartilhado (“Não foi maravilhoso?”, “Magnífico, não é!”, “Que lindos!”). Então, quando 
sentimos uma superabundância de louvor e admiração, queremos que outros vão compartilhar 
2 A IMPORTÂNCIA DOS SALMOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 O ENSINAMENTO DOS SALMOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 
 
a nossa alegria: “Proclamem a grandeza do Senhor comigo; juntos exaltemos o seu nome.” 
(Sl 34:3). 
 
Responder: O que é que persuadiría você a usar os Salmos do Antigo Testamento 
diáriamente no desenvolvimento de sua vida espiritual? 
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Embora a palavra “louvor” figura no Salmo 22 (3, 22, 23, 25, 26), podemos considerar que o 
tema de „Louvor‟ é uma escolha incomum aqui porque o salmista está em angústia profunda, 
e as suas dificuldades não são insignificantes. Isso nos lembra que o louvor não deve ser 
limitado aos dias mais alegres da vida. Mesmo na escuridão extrema, seríamos sábios se 
pensássemos naquelas coisas que nos dão motivos de magnificar a Deus, apesar da gravidade 
das adversidades da vida. Jesus pensou neste Salmo quando ele levou os nossos pecados na 
cruz, e as primeiras palavras deste salmo expressaram, de uma maneira assustadora, a sua 
angústia nas horas mais aflitas de sua vida (Sl 22:1; Mc 15:34). 
 
Sejam quais forem as circustâncias, o adorador verdadeiro louva a Deus por QUEM ELE É. 
Crescemos como cristãos quando, de propósito, ao invés de focalizar inicial ou 
primáriamente as nossas falhas, necessidades, dificuldades ou aspirações, concentrarmos na 
natureza, caráter e atributos imutáveis de Deus, tais como: 
 
O seu reino eterno (3) – o salmista fica abatido pelos insultos dos adversários (6-8), a sua 
fragilidade emocional (11) e fraqueza física (14-18), „porém‟ (3) reconheceu que Deus é 
“entronizado” nos céus. Na sua soberania, últimamente todas as coisas são sob o seu controle 
e Ele é capaz de transformar a angústia mais perigosa em algo que pode nos beneficiar 
sobremaneira.A sua fidelidade inexaurível (4-5, 9-10) para com outros (4-5 que clamaram, confiaram e 
foram libertados) e para si mesmo (9-10), desde a infância. O homem angustiado diz que 
“não há ninguém que me socorra” (11) agora reconhece que Deus é o seu ajudador de 
confiança, como inumeráveis outras provaram no passado. 
 
A sua força suficiente (19) – embora o vigor humano “secou-se” (15), a força divina é 
assegurada. Paulo o experimentou na prisão (Fp 4:13) e na dor (2 Co 12:9-10). Assim, 
mesmo nessas adversidades ferozes o salmista pode louvar, e a sua profunda angústia se torna 
um testemunho (22-24 „a meus irmãos‟) e ações de graça (25-31). O salmo que começou com 
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7 
 
o grito desnorteado de “por que ...?” (1) termina com repetidas afirmações de confiança no 
Senhor (22, 25, 26, 27, 29, 30, 31). 
 
O Salmo 89 é mais um salmo que enfatiza a importância de „louvor‟ no contexto de angústia, 
talvez aqui com as dificuldades nacionais do rei (38-45) ao invés de problemas pessoais. 
Nessas adversidades o „louvor‟ focaliza: 
 
O inalterável amor divino – a palavra hebraica hesed (que ocorre cerca de 250 vezes no 
Antigo Testamento) traduzida (nos versos 1, 2, 14, 24, 28, 33, 49) como „amor‟ ou „grande 
amor‟, e em outras partes do Antigo Testamento como „misericórdia‟, „devoção‟, „fidelidade‟ 
ou „benignidade‟ (Jr 31:3). Hesed descreve o amor de confiança total que se baseia numa 
aliança firme – com grande resolução Deus se compromete ao seu povo, e sempre nos amará 
(28) e nunca nos falhará porque tem prometido a cuidar de nós, em tempos bons e ruins (33), 
se vamos nos comprometer a Ele com amor e dependência dEle. A mesma palavra se 
encontra numa outra exortação para louvar em Sl 145 (veja o versículo 8) num salmo 
igualmente rico em termos de descrições da natureza de Deus. 
 
Muitos outros salmos nos incitam a „Louvar‟, uma importante dimensão de oração, mas 
frequentemente negligenciada. Louvor tem em foco os aspectos ricos do caráter de Deus, por 
exemplo Sl 67 com as lembranças de Sua graça (1), amor universal (2-4a), justiça, orientação, 
(4b) e generosidade (6, „colheita‟). E o Livro dos Salmos conclui com o convite repetido para 
todos a louvarem a Deus com uma grande variedade de instrumentos (Sl 150), usando 
diferentes talentos musicais para exaltar ao Deus de imenso poder segundo „a imensidão de 
sua grandeza‟. 
 
Responder: Num espírito de oração leia o Salmo 145, e anotar as descrições do caráter 
de Deus que nos encorajam a louvá-LO. 
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LIÇÃO 
 
 
 
 
 
Texto temático: “Portanto, que 
todos os que são fiéis orem a ti 
enquanto podes ser encontrado” 
(Salmo 32:6a). 
 
 
 
 
 
 
 
Oração assídua é uma indicação inconfundível de piedade genuína: „todos os que são fiéis orem a ti‟ 
(6). A ênfase em oração no Salmo 32 fornece um padrão impressionante para crentes que oram, 
ansiosos para crescer na vida cristã. As melhores personagens bíblicas são apresentadas como 
pessoas de oração (Gn 18:22-33; Êx 4:1-17; 5:22-6:13; 6:28-7:13; 33:7-23; 34:5-10; Nm 14:10-35; Dt 
9:25-29; Jz 6:11-40; 1Sm 1:9-20, 26-2:20; 1 Rs 17:17-24; 18:36-37; 19:9-18; 2 Cr 20:5-12; Jr 11:18-
12:17). Cristãos que não cultivam o hábito de orar diáriamente não podem esperar que vão 
desenvolver espiritualmente. A oração dá expressão prática da nossa dependência total de Deus. 
John Flavel (1627-1691), um puritano inglês, disse que „tudo que vem para você da parte de Deus, 
vem por meio deste canal (de oração)‟. Períodos diários de oração não são apenas oportunidades para 
falarmos a Deus, mas, sim, para Ele poder revelar-se a nós, especialmente (se vamos alocar tempo 
suficiente) através de Sua Palavra, a Bíblia. Dias sem oração são declarações silenciosas de auto-
suficiência: estamos dizendo claramente „Acho que estou à altura das coisas, e não preciso de 
qualquer ajuda hoje‟. Se o Senhor Jesus, numa vida de muitas demandas, considerava que foi 
necessário planejar períodos precisos de oração, é possível que podemos fazer menos? (Mt 14:23; Mc 
1:35; Lc 5:16; 6:12; 9:18, 28; 11:1). 
Neste salmo Davi fica convencido que a oração do crente é: 
 2 
 ORANDO COM FÉ 
1 ORAÇÃO DIÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(1-5) 
Ao orar, o nosso Senhor impecável não precisava pedir perdão – mas nós precisamos fazê-lo! 
O „canal‟ de oração fica sériamente entupido por pecabilidade humana. É só o pecado que 
estraga e atrapalha a nossa comunhão com Deus. Tanto profetas como reis reconheceram a 
sua própria necessidade de purificação interior (Is 6: 6-13; Sl 41:4; 51:4). No início do Salmo 
32, Davi usa três distintas palavras no hebraico para descrever o pecado: no primeiro 
versículo „transgressões‟ significa rebelião determinada, e „pecados‟ significa „desviando-se‟, 
enquanto „iniquidade‟ significa „maldade moral‟ ou „torcendo a verdade‟. Estes termos 
diferentes (e a „hipocrisia‟ [NVI] ou „dolo‟ [ARA] cobrindo o pecado, v. 2) enfatizam a 
seriedade da ofensa. Mas o pecado confessado pode ser perdoado totalmente e, como se 
fosse para enfatizar esta mudança que só Deus pode efetuar, mais três palavras hebraicas são 
usadas aqui para descrever o milagre do perdão: nos versículos 1-2 „perdoado‟ (o pecado é 
uma carga tirada), „apagado‟ (uma mancha removida) e „uma culpa não atribuida‟ (que 
significa uma dívida cancelada). Um tríplice curso de ação necessária („reconheci diante de 
ti o meu pecado ... e não encobri as minhas culpas ... confessarei as minhas transgressões‟) 
trouxe aquela convicção consoladora: „tu perdoaste‟. Enquanto Davi tentou esconder os seus 
pecados („hipocrisia‟ - uma alternativa tola e inútil à confissão: Ro 3: 9-19; Tg 3:2; 1 Jo 1: 8, 
10) a sua saúde física ficou seriamente afetada (3-4). A consciência culpada resulta em um 
interno conflito perturbador que rouba o crente sensitivo da felicidade (1), e da paz. Nossa 
sincera confissão de pecado garante a purificação imediata, porque Deus sempre cumpre as 
suas promessas. O seu revelado caráter garante que Deus é „fiel‟ em tudo quanto diz e „justo‟ 
em tudo quanto faz (1 Jo 1: 9). Agostinho comentou que a ferida de Davi foi sarada quase 
antes que a confissão tinha chegado à sua boca. 
 
 
 
 
 
 
(6-7) 
Uma vez perdoados, todos nós precisamos renovar a nossa oração, porque é provável que 
vamos encontrar novas e inesperadas tentações (1 Pe 5:8) como também as tentações do dia-
a-dia. Para todos nós, uma vez ou outra, a vida cotidiana pode tornar-se uma experiência 
tempestuosa. „Muitas águas‟ perigosas e ameaçadoras podem nos assolar de repente, e nos 
deixarem sem fôlego. Ao orarmos, vamos descobrir de novo que Deus é nosso „abrigo‟ 
seguro (7). Esta provisão protetiva foi uma experiência cotidiana para Davi e outros; a 
mesma palavra hebraica descrevendo Deus como um esconderijo seguro se encontra em 
outros salmos (27:5; 31:20; 91:1). 
 
2 PRAYING FOR FORGIVENESS2 ORAÇÃO POR PERDÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 ORAÇÃO POR PROTEÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
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Responder: Davi declara (32:6) ‘que todos os fiéis orem a ti’. Por que é assim? 
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(8-9) 
Note como, a partir deste ponto do Salmo mudamos o foco do que Davi diz (7, „tu és …‟) 
para o que o Senhor diz (8, „eu o instruirei ...‟). Ele sabe que a vida é perigosa e complexa ao 
mesmo tempo. Nem sempre é fácil saber qual é a coisa certa para fazer ou dizer. Um 
caminho desconhecido pode ser simples até chegarmos a uma bifurcação. Nesta altura 
precisamos de orientação, e Deus é o melhor navegador e diretor do caminho. Só Ele pode 
nos guiar seguramente no caminho de vida. Aqui há promessas generosas para nos instruir, 
ensinar, aconselhar, e cuidar de nós pessoalmente (8 „você‟ é singular aqui), e podemos 
exigir e aplicar estas promessas às circunstâncias variadas de vida quando oramos sobre o 
caminho que devemos seguir. Mas, no versículo 9, há uma mudança do singular ao plural 
quando Davi encoraja outros para que não sejam como animais sem entendimento, mas sim 
para serem conscientes dos propósitos de Deus quando Ele nos guia em caminhos 
específicos. Isto significa que temos de evitar alternativas (que talvéz às vezes vão aparecer 
mais atrativas). Tem sido dito que antes de alguém poder fazer algo devem haver outras 
coisas que a gente não fará. 
 
Então, oração deve incluir tempo generoso para escutar em silêncio. A pessoa cujas orações 
constantemente apresentam listas de pedidos achará dificuldade na área de ouvir o que Deus 
está dizendo em suas respostas. Por isso temos a injunção repetida „espere no Senhor‟ (Sl. 
27:14; 33:20; 130:5-6) para descobrir o que Ele dirá, e o que Ele quer de nós. 
 
 
 
 
 
 
 
 
(10) 
Como ouvintes de Deus, vamos descobrir que, sejam quais forem, as excolhas que Ele fará 
por nós são símbolos de Sua compaixão imútavel. Os dons de perdão, proteção e orientação 
mencionados neste salmo, que recebemos através de oração diária, são símbolos de um amor 
e de confiança total que nunca falharão. Aqui outra vez, a bem conhecida palavra hebraica 
hesed (que significa o amor dedicado de uma aliança) baseada no compromisso divino, ou 
num acordo de amor leal que nunca será retirado. A nossa parte deste compromisso é para 
4 ORAÇÃO POR ORIENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 COM A CERTEZA QUE SOMOS AMADOS 
 
 
 
 
 
 
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11 
 
amá-LO e confiar que Ele proverá todas as nossas necessidades variáveis. Às vezes a vida 
está dura e difícil, mas, mesmo nos tempos escuros e confusos, o crente agarra-se à grande 
garantia deste salmo que somos amados eternamente. 
 
 
 
 
 
 
(11) 
O salmo que começou com suspiros (3) termina com cânticos. „Os retos‟ tem sido justificado 
somente em Cristo, e por Cristo, o Único Justo (1 Co 1:30; 2 Co 5:21; Fp 3:9); não há outro 
capaz de fazê-los „íntegros de coração‟ como também na conduta exterior. „Alegrando-se no 
Senhor‟ é uma característica dominante na vida de oração dos crentes. Quando se encontram 
com Deus, não estão ali apenas para apresentar petições persistentes, mas diáriamente 
reconhecem tudo quanto recebem da generosidade divina. É aquele aspecto negligenciado 
de ação de graças que os faz „alegres‟, sempre lhes dando motivo de cantar. 
 
Responder: Tem sido dito que a maior tristeza no mundo é para ser (ou sentir-se) não-
amado. Por que é que esta expressão nunca podia ser usada a respeito de um crente 
dedicado, e como poderíamos convencer uma pessoa que duvida disso? 
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6 COM GRATIDÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LIÇÃO 
 
 
 
 
 
Texto temático: “Os meus olhos 
estão sempre voltados para o 
Senhor ...” (Salmo 25:15). 
 
 
 
 
 
 
Salmos 25 and 86 
O cristão que deseja crescer espiritualmente reconhece a importância vital de alocar um 
período de tempo cada dia para ficar na presença de Deus a fim de falar com Ele (orando) e 
escutar a Sua voz (lendo a Bíblia). A nossa comunhão com Deus é o maior tesouro da vida; 
mas nenhum relacionamento pode desenvolver bem se há pouca comunicação. É uma boa 
prática orar cedo de manhã (Sl 5:3; Mc 1:35), mas nem todos podem dedicar um período nas 
primeiras horas do dia, e talvez não seja o melhor arranjo para todo o mundo. Mas, é 
necessário planejar um período diário, mesmo que seja limitado. 
 
Este salmo indica que nestes períodos diários de comunhão com Deus podemos: 
 
 
 
 
 
 
 
(25:1-3) 
Diáriamente necessitamos ser lembrados de nossa dependência das promessas de poder, 
amor, paciência, graça, paz, e outros essenciais recursos espirituais. Davi „eleva a sua alma‟ 
a Deus com quem goza de um relacionamento pessoal de grande valor („meu Deus‟). Ele 
confia constantemente nEle; veja também o Salmo 86: 1-4. 
 3 
 COMUNHÃO DIÁRIA COM DEUS 
1 O MAIOR TESOURO DA VIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 RENOVAR A NOSSA CONFIANÇA 
 
 
 
 
 
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13 
 
 
 
 
 
 
 
(25:4-10) 
É precisamente nesta área que é tão relevante gastar tempo ouvindo a Deus. Além de usar 
uma boa Bíblia, é útil guardar um caderno ao lado dela a fim de registrar as nossas orações 
prioritárias e, de igual importância, para anotar o que o Senhor nos tem dito através da leitura 
bíblica daquele dia. Mais tarde, talvez no fim do dia, teremos a oportunidade de refletir 
naquelas lições: „Tenho podido colocá-las em prática?‟ 
 
„Mostra-me … ensina-me … guia-me‟ são orações prioritárias tanto nas decisões de vida (4, 
„veredas‟, especialmente ao chegarmos às bifurcações) como também para os recursos de 
vida (5, nas „verdades‟ bíblicas). Davi reconhece que, no passado, nem sempre tem 
obedecido os mandamentos de Deus e assim desviou em veredas rebeldes („transgressões‟, 
7). Mas, mesmo em sua desobediência, Deus o tem procurado com amor (6, 7); mais uma 
vez é aquela palavra hesed descrevendo o amor-da-aliança que é totalmente de confiança (e 
notar os versos 10 e 14). 
 
Precisamos ler uma passagem bíblica não somente para perceber o seu sentido para todo o 
mundo (mesmo que isso tem importância) mas, sim, para descobrir a sua mensagem para nós 
mesmos. Lembre-se que a Bíblia não só registra o que Deus disse no passado, mas também 
comunica o queEle está dizendo para nós hoje em dia. Leia cuidadosamente a passagem 
importante de Hb 3:7-15 („Assim, como diz (não „disse‟) o Espírito Santo, Hoje, se vocês 
ouvirem a sua voz …‟) – é um exemplo de como os eventos e ditados do Antigo Testamento 
foram aplicados diretamente aos cristãos do primeiro século; e, se para eles, então para nõs 
também. Depois de ler, sem pressa, uma passagem bíblica, seria útil fazer perguntas diretas 
para nós mesmos a respeito da mesma: „Exatamente o que é que este trecho está dizendo para 
mim sobre a minha vida hoje? ‟, e então, à luz do seu ensino, exemplo, apelo, promessas ou 
ameaças, „Quais as maneiras práticas em que posso responder hoje ao trecho que acabo de 
ler? ‟. „Há qualquer coisa que devo fazer, orar, dizer, ou considerar como minha resposta 
pessoal para esta orientação pessoal que recebi hoje (5, 9)?‟ 
 
 
 
 
 
 
(25:11-15) 
Quando Davi refletiu honestamente sobre a sua necessidade de instrução, foi lembrado de seu 
passado desobediente (7) e a necessidade de purificação contínua. „Pecadores‟ (8) são 
aqueles que, literalmente, „se desviaram‟ (Is 53:6) ou têm „seguido o caminho errado‟. Só 
Deus é capaz de dirigir os nossos passos nas veredas certas de vida (Pv 3:5-6). Davi 
reconheceu as suas falhas mais recentes, e não faz nada para minimizar ou desculpar tal 
„pecado‟. Este pecado é grande aos seus próprios olhos (11), então quanto mais é sério aos 
olhos de Deus? Mas o Senhor tem prometido perdoar e, pela honra de seu nome (11) e 
porque é um Deus misercordioso e fiel (Êx 34:6-7; Sl 86:5; 103:3), certamente não falhará. 
3 RECEBER AS NOSSAS INSTRUÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 CONFESSAR OS NOSSOS PECADOS 
 
 
 
 
 
 
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A confissão de pecado é uma necessidade diária para todos nós. Jesus lembrou os seus 
discípulos deste fato quando lhe pediram ajuda em sua vida de oração (Lc 11:1-4). É menos 
provável que aqueles com „os olhos fitos em Jesus‟ vão ficar com os pés nas armadilhas (15) 
ou se desviarem dos melhores e certos caminhos na vida (Hb 12:2-3; Cl 3:1-2). Mas note bem 
aqui que só o Senhor é capaz de liberar os pés machucados e sarar as feridas. 
 
Responder: Davi tinha uma consciência sensitiva. O que diria você a ele se tinha 
compartilhado o seu medo que Deus lembraria os pecados de sua juventude (7) e suas 
transgressões anteriores? 
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(25:16-21) 
Talvez as preocupações de Davi naquela altura não sejam iguais às nossas, mas a sua variada 
gama descrita aqui nos encoraja a crer que o Senhor deseja ouvir quando clamamos a Ele 
sobre as questões específicas e particulares do nosso cotidiano. Davi falou com o Senhor 
sobre a sua solidão desanimadora (16), os problemas que multiplicaram (17), os pecados que 
o pegaram em armadilha (18b) e a oposição cada vez mais feroz (19). Estas são adversidades 
dolorosas, mas os crentes cuja „esperança‟ está em Deus (21) nunca ficarão decepcionados 
(3a). 
 
 
 
 
 
 
 
(25:22) 
Depois de pensar em seus consideráveis problemas pessoais Davi focaliza a situação geral. O 
seu povo também enfrenta desafios inumeráveis („liberta Israel de todas as suas aflições‟). 
Louvor (a adoração a Deus) é uma prioridade, e a súplica (pedidos em favor de nós mesmos) 
também tem uma importância óbvia como elementos de oração, mas o aspecto de intercessão 
(oração em favor de outros) não deve ser neglicenciado. Aqui, Davi termina a sua oração 
com um pedido que Israel tenha libertação de suas adversidades. Daniel orou diante de 
janelas abertas (Dn 6:10); assim nós também quando oramos precisamos de uma „janela 
aberta que dá para o mundo‟ (1 Tm 2:1-2), tendo em vista as necessidades de outros ao invés 
de sermos auto-absorvidos. O Senhor Jesus orou sensitiva e confiantemente em favor de 
outros, mesmo no meio de experiências duríssimas (Lc 22:31-32) e ainda continua orando por 
nós (Hb 7:25; Rm 8:34). Apesar de ficar separado frequentemente de seus amigos, às vezes 
por causa de estar incarcerado, Paulo orou assíduamente em favour deles (Rm 1:9-10; 2 Co 
5 IDENTIFICAR AS NOSSAS NECESSSIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 LEMBRAR OS NOSSOS COMPANHEIROS 
 
 
 
 
 
 
 
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13:9; Fp 1:3-4; 1 Ts 1:2; 2 Tm 1:3; Fm 4-6) e deu imenso valor às suas orações por ele (2 Co 
1:10-11; Fp1:19; Fm 22). 
 
Os cinco temas mencionados acima são usados também no Salmo 86, às vezes numa 
linguagem quase igual àquela usada no Salmo 25, e com imagens e ilustrações semelhantes. 
Tudo isso confirma a importância destas prioridades na comunhão que Davi tinha com Deus. 
Vale a pena notar que o quase idêntico uso de orações, ditados, e ensinamentos em ambos os 
salmos, por exemplo: „Guarda a minha vida‟ (25:20; 86:2), „elevo a minha alma‟ (25:1; 86:4), 
„Mostra-me/Ensina-me os teus caminhos‟ (25:4; 86:11), „Volta-te para mim‟ (25:16; 86:16); 
a descrição do Senhor clemente como „bom‟ (25:6-7; 86:5), os inimigos ferozes (25:19; 
86:14) e o tema de decepcão e humilhação (25: 3, 20; 86:17). Talvez, caro aluno, você possa 
achar outros paralelos. 
 
Mas além dos cinco apectos que notamos no Salmo 25, o Salmo 86 apresenta mais um, que é 
a lembrança que em nossa comunhão diária com Deus nós vamos: 
 
 
 
 
 
 
(86:8-17) 
Davi gloria na imparidade de Deus (8a, 10b, „nenhum dos deuses é comparável a ti …só tu és 
Deus‟), incomparável poder (8b), creatividade (9, „todas as nações que tu formaste‟), 
grandeza (10), amor (5, 13, 15) e fidelidade (15). Davi crê que Deus é verdadeiramente 
magnífico e usa cada oportunidade para expressar isso para o Senhor. Estas grandes 
características e atributos da natureza de Deus inspiram as suas ações de graças diárias - um 
tema em que vamos pensar numa lição posterior. 
 
Responder: Qual seria sua resposta à alguem que pergunta, ‘Como podemos manter os 
nossos olhos ‘sempre voltados para o Senhor’ no meio de uma vida exigente (Salmo 
25:15)? 
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7 OFERECER A NOSSA ADORAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Texto temático: “Ó Senhor, Deus 
que me salva, a ti clamo dia e 
noite” (Salmo 88:1a). 
 
 
 
 
 
 
 
Salmo 88 
Todos somos inspirados pelos cânticos exultantes do culto coletivo de Israel e, em particular, 
encorajados pelas afirmações corajosas de fé e confiança, expecialmetne quando lembramos 
que estes grandes salmos foram cantados muitas vezes em períodos de dificuldade extrema. 
A lembrança coletiva da pessoa de Deus, e do que Ele tem dito e feito, encorajou o povo a 
crer que o Senhor não falharia mesmo quando tudo parecia estar contra eles. Mas há algo 
imensamente comovente nos muitos salmos pessoais que expressam confusão e dor quando 
homens e mulheres indivíduos os cantaram para expressar sua angústia e miséria.Há muitos 
salmos deste tipo (por exemplo: 6, 7, 9, 11, 12, 17, 22, 26, 30, 31, 35, e 38, além de muitos 
outros) e foram escritos para encorajar os crentes cristãos (Rm 15:3-4) como também o povo 
israelita. Vamos escolher um destes cânticos, o Salmo 88, para ver o que é que tem para nos 
dizer ao estarmos „na cova mais profunda‟ ou „na escuridão das profundezas‟ (6). 
 
Este cântico está atribuido a um indivíduo específico, Hemã, descrito como „ezraita‟, que 
talvez fosse um dos „sábios‟ de Israel (1Rs 4:31, como o „ezraita Etã‟ no título de Sl 89) ou „o 
músico Hemã‟ de 1Cr 6:33, ou o profeta de 1Cr 25:1, 4-5. A incerteza sobre a sua identidade 
nos lembra que este sentido de abandono espiritual é capaz de ameaçar ou engolfar qualquer 
pessoa. Seja qual fosse a sua ocupação, Hemã estava em grande dificuldade; não podemos 
ter certeza sobre a natureza de sua dor, mas sabemos que era intensa, e o levou ao desespero 
extremo. Não significa necessáriamente que tinha pecado ou falhado. Certamente Deus não 
tinha se afastado dele, apesar dos sentimentos contrários; temporáriamente o salmista tinha 
perdido a percepcão da presença de Deus, mas isso não foi a realidade. Parece que todos os 
seus amigos mais chegados tinham o abandonado (8, 18) e, até pior, Deus parecia distante 
(14). Não há qualquer indicação de alívio nem no final do salmo; tudo que o completamente 
deprimido Hemã diz ao terminar é que „as trevas são a minha única companheira‟ (18). 
 
O repetido tema é de „escuridão‟ e „trevas‟ (6, 12, 18), então o que é que Hemã faz na 
escuridão? 
 
 4 
 ANGÚSTIA E ESPERANÇA 
1 O SALMISTA CERCADO PELAS TREVAS 
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(1-2) 
Apesar de sentir que Deus o tem rejeitado (14), Hemã continua a orar. Está com medo que 
Deus o tenha rejeitado, mas não permite que esta noção modifique a sua relação com Deus, 
nem abandona a sua fé em Deus. Ao invés de negligenciar a oração, ele ora mais 
intensamente. Nenhum dia passa sem ele orar de mãos erguidas, para alcançar socorro (9). 
Ora a qualquer hora do dia e durante as horas compridas das noites sem conforto (1). Ao 
amanhecer o homem está de joelhos (13), para expressar a sua confusão e lançar perguntas ao 
Deus que parece ausente (14). Hemã tem muita coisa para nos ensinar aqui. Com certeza 
Deus está presente mesmo quando o homem não desfruta da percepção de sua presença. 
Jesus ensinou os seus discípulos que „deviam orar sempre e nunca desanimar‟ (Lc 18:1), por 
mais escuro seja o dia. Quando Jesus andou com seus amigos no jardim do Getsêmani as 
circunstâncias não podiam ser mais escuras; a tristeza intensa levou Jesus às fronteiras da 
morte (Mc 14:34). E a situação piorou; a sua angústia foi maior que qualquer coisa que 
Hemã podia ter sofrido quando clamou em seu abandono. Também, Jesus orou nas trevas 
(Lc 23:44); orou em favour dos seus inimigos (Lc 23:34); orou no seu abandono (Mc 14:34); 
e orou para o seu Pai (Lc 23:46); achando conforto num salmo de confiança calma (Sl 31:5). 
 
 
 
 
 
 
(3-9) 
Hemã fica resoluto em orar de dia e noite, mesmo gastando a maior parte do tempo com 
queixas. Apesar da fragilidade de sua fé, ele fica convencido que seus gritos de angústia 
profunda serão ouvidos. Ele deseja que Deus falasse, mas raramente tem dúvidas que o 
Senhor não ouve. Quando a vida fica dura é muito melhor expressar as nossas queixas ao 
invés de engarrafá-las dentro de nós, e é mais sábio falar com Deus sobre elas ao invés de 
outras pessoas. Por mais que nossos companheiros, colegas e vizinhos tenham simpatia, pode 
ser cansativo para eles quando repetimos as mesmas queixas. Os melhores amigos podem 
ficar fatigados, mas o Senhor nunca se fatigará. Os outros podem entender parcialmente; 
Deus sempre entende, e quer que nosso coração esteja completamente aberto para Ele. Hemã 
está profundamente deprimido (6); sente como se estivesse morando (3) ou morto de verdade 
(4-5). Às vezes tem a sensação de se afogar (7, 17) ou se sente numa armadilha, como um 
prisioneiro condenado na cadeia, sem a possibilidade de escapar (8b). Quanto mais, tais 
péssimas dificuldades não são de curta duração; a sua juventude foi caracterizada por 
experiências amargas (15) e os problemas continuaram implacávelmente na fase adulta de 
sua vida. Quando ansia por um ouvinte simpatizante, não há ninguem com quem pode falar; 
os amigos anteriores acham que é „repugnante‟ (8). Pensa que é possível que Deus o tem 
roubado de camaradagem humana e simpática (8,18). Tal angústia tem que ser 
compartilhada com o Deus que cuida de nós, mesmo quando há pouca evidência deste fato. 
 
2 ELE ORA NA ESCURIDÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 ELE SE LAMENTA NA ESCURIDÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(10-12) 
Em sua dor tão emocional, Hemã tem que lidar com pensamentos imensamente aflitivos. 
Durante aqueles dias desolados e noites aparentemente sem fim, a sua mente atormentada não 
tem outra coisa para fazer senão pensar nestas coisas tristes. Dá franca expressão aos seus 
pensamentos, mas nem tudo que passa por aquela mente atormentada pode ser considerado 
verdadeiro. Ele está assombrado por dois pensamentos perversos, e nenhum dos dois chega 
perto da verdade. 
 
Em primeiro lugar, nada é capaz de abalar a sua convicção que as adversidades penosas 
devem indicar que Deus está irado contra ele. Hemã sente que o sofrimento de tantas 
dimensões feias deve ser a expressão diária da ira contínua de Deus (7a,16). Com certeza, 
qualquer homem sensitivo poderia imaginar cem razões para explicar porque tem 
desagradado a Deus, mas será que merecem perseguição tão intensiva e prolongada? De 
fato, Hemã está totalmente errado ao inferir que Deus está desagradado com ele. Esta foi a 
mensagem dos amigos de Jó (que não lhe ofereceram qualquer alívio), e o veredicto de Deus 
a respeito de tais chavões e condenação mordaz foi bem claro e direto – „Vocês não falaram 
o que é certo a meu respeito‟ (Jó 42:7,8). Num mundo caído, o sofrimento é inevitável e 
misterioso; pelo menos os amigos de Jó entenderam bem esta verdade (Jó 5:7)! Não 
devemos culpar Deus pelas adversidades particulares na vida de cada indivíduo. Apesar do 
pensar de Hemã, Deus não estava irado contra ele; o sofredor estava errado. Deus o amava, 
como ama todo o mundo, e claramente Deus não deve ser representado como um todo-
poderoso adversário celestial que lança terrores em vítimas culpados. Hemã podia se sentir 
rejeitado (14) mas de fato não estava. Alguns dos contemporâneos bem influenciais de Jesus 
foram convencidos que ele era um impostor blasfemo (Mt 26:63-66); mas eram totalmente 
errados. Certas profundas convicções de pessoas genuinamente persuadidas podem ser 
totalmente falsas. O raciocínio de Hamã nem sempre foi correto. 
 
Em segundo lugar, em sua angústia Hemã desejava morrer, mas o seu entendimento do futuro 
estava igualmente errado. Repetidas vezes, o pensamento perverso entrou sua cabeça que ao 
morrer seria um supremo desastre, porque uma vez morto foi o fim de tudo. Ele acha que, 
„Deus não tem qualquer interesse nos mortos‟ – „dos quais não te lembras, pois foram tirados 
de tua mão‟ (5). Não há oportunidade para os mortos levantarem-se e louvarem o seu Criador 
(10); não são amados (11). O lugar das trevas é uma „terra de esquecimento‟ (12). Tudo isso 
fez com que o seu sofrimento ficou insuportável demais; ele achou que não podia conceber 
um melhor tempo futuro quando Deus ia retificar tudo, e quando a „vítima repugnante‟ podia 
ser considerado um santo que estava batalhando. Nos tempos do Antigo Testamento,os 
crentes não podiam enfrentar a morte com a mesma certeza que mais tarde os seus 
companheiros cristãos desfrutariam. Até um certo ponto os israelitas tinham alguma noção 
duma vida além do túmulo, mas foi vaga, velada e indefinida. Só o incomparável Filho de 
Deus é capaz de transformar tal noção, quando, na cruz cruel, a Vítima Inocente carregou os 
nossos pecados, tornou-se o nosso Salvador, e entrou no domínio da morte como o Vencedor 
Invençível, assim abrindo o caminho para o céu eterno. O sofredor tinha pensamentos 
4 ELE REFLETE NA ESCURIDÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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errados, registrados neste salmo (e em outras partes das escrituras) mas as suas idéias são de 
imensa ajuda porque nos trazem à memória que nem tudo que pensamos em tempos de 
adversidade é verdadeiro. Para os crentes, a morte é apenas uma porta. O céu é real. Não 
somos rejeitados (14); somos amados! 
 
 
 
 
 
 
O grito prolongado por socorro deste salmista é uma frágil afirmação de fé e, ao mesmo 
tempo, uma oração fervorosa. O seu pedido testifica à convicção, embora fraca, que está 
chamando para um Deus que ouve (1-2,9,13). Ademais, está implorando a um Deus que 
salva (v 1); náo somente escuta mas tem o poder para agir em favor do seu povo. Para Hemã, 
é uma espera prolongada, mas socorro vai chegar. Apesar do fato que é capaz de errar, este 
sofredor agonizado crê num Deus que reina. Está errado quando culpa Deus por todos os 
aspectos de sua angústia (6-8,16-18), mas tem uma convicção inegável da soberania de Deus. 
Estas adversidades não são acidentes desligados, totalmente sem sentido ou valor. O bem 
pode resultar das experiências péssimas de vida, porque ele busca um Deus que ajuda (13). 
 
Responder: Se você, como Hemã, se sentisse seriamente deprimido (e com razão), o que 
é que diria para si mesmo? 
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Lamentavelmente, o pessimismo do Salmo 88 não tem uma conclusão positiva, mas Hemã 
não tem a palavra final sobre o problema do sofrimento. Outros salmistas enfatizam que 
além de falar com Deus quando estamos sofrendo, como Hamã o fez, é de suma importância 
que devemos falar conosco mesmos. Esta noção se expressa bem eloqüentemente nos 
Salmos 42 e 43. 
Estes dois salmos (que dão início a um pequeno grupo colecionado para „o mestre de 
música‟, e identificado com „os filhos de Corá‟, 1 Cr 6:31-48; 25:1-8) talvez formassem um 
só salmo originalmente; além da precisa repetição neles há muito mais para uni-los. Este 
salmista está em dificuldades também, mas aqui o sofredor fica anônimo. Ao contrário de 
Hemã, não conhecemos o nome do salmista mas sabemos qual foi a ocupação dele; 
previamente tinha sido um cantor principal no culto público em Jerusalém, mas infelizmente 
aqueles dias já eram do passado distante. Talvez ele fosse um dos exilados na Babilônia, 
refletindo saudosamente naquelas ocasiões inspirativas quando tinha dirigido grandes 
prossições e os átrios do templo vibraram com aleluias (42:4). Agora, tudo aquilo parece 
5 ELE CONFIA EM MEIO ÀS TREVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 ELE CONTINUA A ESPERAR PELO FUTURO DE DEUS 
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bem distante e, como Hemã, a sua mente está pertubada com questões atormentadoras: 
Quando podia se encontrar com Deus? (3), e Como podia responder aos vizinhos cínicos 
quando o escarnecem constantemente, perguntando „Onde está o seu Deus?‟ (3). O templo 
em Jerusalém tinha sido queimado até o chão e ele está um cativo vencido numa nação 
alheia. Porque é que ele se sente tão deprimido? (5,11; 43:5). A depressão assume muitas 
formas e cria conflitantes reações emocionais. Às vezes, o salmista se considera como 
espiritualmente estéril, suspirando por água num deserto árido (42:1-2); e às vezes está 
esmagado, como se estivesse afogando, deseperado por ar, lutando para reemergir das 
profundezas da água (42:7). Aqui há muita coisa que nos lembra da aflição, queixas e 
lágrimas de Hemã (3); ambos se sentiram submergidos sob ondas ameaçadoras (Sl 88:7; Sl 
42:7). Outrossim, este salmista exiliado se sentiu abandonado, esquecido pela „Rocha‟ de 
confiança (42:9) e rejeitado por sua „fortaleza‟ segura (43:2), mas estes dois salmistas têm 
reações diferentes para os seus problemas. Como Hemã, nosso cantor também fala com 
Deus em sua adversidade, mas as suas recordações da natureza e caráter de Deus são 
infinitamente mais robustas. Ele fala para Deus e escreve sobre Deus. Os grandes temas 
destes majestosos salmos, cantados anos atrás em Jerusalém (agora tão distante) tinham 
achado um lugar bem seguro na sua mente. O sofredor confuso anseia pelo Deus vivo (42:1), 
Salvador (6), pessoal (6 „meu‟), que ama (8), é forte (9), justo (43:1), protetivo (43:2), e 
orientador (43:3). Tal Senhor cuidador assegura os seus filhos crentes de „luz e verdade‟ 
(43:3); em meio às dificuldades Ele iluminará os seus passos e enriquecerá as suas mentes. 
 
A contribuição única deste salmista ao nosso tema é que repetidamente fala consigo mesmo. 
Recusa deixar aquelas constantes incertezas assaltantes terem a última palavra. Sabe que a 
recitação incessante de queixas, dúvidas e perplexidades têm o efeito de abaixar o seu estado 
de espírito; não pode prevenir a chegada de tais sentimentos agitadores, mas resolutamente 
escolhe pensar de uma maneira diferente (42:5,11; 43:5). Deliberada e fortemente este 
realista fala consigo mesmo, perguntando sobre a razão porque se sente tão desanimado: „Por 
que você está assim tão triste, ó minha alma, e tão perturbada? ‟ Então, ainda falando para si, 
ele provê uma resposta apoiante e uma afirmação confiante. Há algo que ele deve fazer 
(esperar em Deus), e algo Deus vai fazer (dar lhe motivos de louvar). Esta não é uma 
recitação rotineira, mas sim um testemunho vibrante de fé pessoal. A sua confiança, resoluta 
e inabalável, está no seu Salvador e Deus (42:11b) que vai trazê-lo dias melhores. 
 
Responder: Quando não consegue dormir, este cantor busca motivos de cantar (42:8). 
Você pode imaginar quais os temas que podiam ser incluídos em sua canção noturna – e 
porque os mesmos podiam ser relevantes ainda hoje? 
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LIÇÃO 
 
 
 
 
 
Texto temático: “Dêem graças 
ao Senhor, porque ele é bom; o 
seu amor dura para sempre” 
(Salmo 118:1). 
 
 
 
 
 
Salmo 118 
Vários dos temas centrais deste salmo já têm sido salientados em lições anteriores, mas a sua 
mensagem (repetida no Novo Testamento: Mc 12:10-11; Jo 12:13; At 4:11; 1 Pe 2:7) tem em 
foco algumas características chave do culto coletivo do templo. Como vimos antes, alguns 
salmos são confissões pessoais de necessidades e relatam específicamente aosproblemas e 
dificuldades encontradas por indivíduos particulares. Ao contrário, o Salmo 118 é um 
daqueles que foram usados quando o povo de Deus se encontraram para cultuar juntos em 
ocasiões tais como a Festa dos Tabernáculos, quando manteram viva a memória da bondade 
divina para com eles durante a jornada momentosa do Egito para Canaã. Anualmente esta 
festa alegre de ações de graças foi celebrada para lembrar o amor, poder e bondade que 
fizeram possível esta transição milagrosa. Note o tema repetido de ações de graças e júbilo 
nesta canção impressionante (1,15,19,21,24,28,29). 
 
O salmo combina de uma maneira jeitosa os elementos de gratidão tanto pessoais como 
coletivos. É possível que os versículos mais pessoais (5-18) foram expressados inicialmente 
pelos reis israelitas. Esta possibilidade nos ajuda a entender melhor as referências tais como 
„a derrota dos meus inimigos‟ (7), „todas as nações me cercaram‟ (10-11), e „empurraram-me 
...‟ (13) numa batalha perigosa antes da divina libertação vitoriosa. Então, estes ditados e 
orações são pessoais (feitos pelo rei como um indivíduo) e coletivos ao mesmo tempo porque 
na presença de Deus o rei representa os seus sujeitos (igualmente necessitados e gratos 
quanto o rei). 
 
Este cântico de celebração alegre tem em foco a imensa bondade de Deus (1,29), lembrando 
com gratidão especial: 
 
 
 
 
 
 5 
 ALEGRIA E AÇÃO DE GRAÇAS 
 
 
 
 
1 PESSOAL E COLETIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(1-4) 
Nas ocasiões quando este salmo foi usado durante a Festa dos Tabernáculos, os adoradores 
não podiam falhar de lembrar que, durante a sua jornada no deserto, o povo de Israel nem 
sempre foi amoroso e leal para com Deus. Aqueles peregrinos que tinham sido libertados 
milagrosamente bem sabiam o imperativo divino que deviam amar o Senhor seu Deus (Dt 
6:4-5) e obedecer aos seus mandamentos (Dt 6:1-3) e que isso foi para o seu próprio bem-
estar. Mas, apesar de compreender este fato intelectualmente, eles desobedeceram 
intencionalmente, transferindo o seu amor para ídolos proibidos (Êx 32:1-14). Mesmo assim, 
o amor de Deus não foi semelhante ao deles, que era inconstante e falível. Moisés declarou 
que o amor divino seria imutável (Êx 34:5-6) e, nos séçulos subseqüentes, o culto no templo 
expressou a gratidão do povo por causa daquela promessa de amor eterno. Esta verdade 
imutável (Jo 3:16; Rm 5:8; Ef 2:4-5; 1 Jo 3:1; 4:7-10; Ap 1:5-6) é de suprema importância 
nas ações de graças diárias do cristão. 
 
 
 
 
 
 (5-7) 
O fato de que este salmo foi enraizado no contexto do culto público é sugerido pelas 
respostas e repetições, tais como – „A sua misericórdia dura para sempre‟. Outras seguem, 
sugerindo que uma seção da congregação fez respostas familiares para declarações ou 
perguntas entoadas por outros adoradores, tais com „O Senhor está comigo‟ – „Ele é o meu 
ajudador‟ (5-7). Outros versículos têm um padrão semelhante (8-9,10-12,15-16) e isso 
sugere formas de louvor congregacional que encorajaram a participação de todos os 
presentes. Os adoradores não eram espectadores passivos, mas sim profundamente 
involvidos, e ansiosos para darem expressão pessoal às declarações públicas de fé e 
confiança. 
 
Uma daquelas aclamações afirma „O Senhor está comigo‟ (6-7), uma fiança que foi 
valorizada sobremaneira pelos personagens do Antigo Testamento que enfrentaram uma 
variedade de desafios em suas vidas, como por exemplo José, o cativo inocente (Gn 39:2, 3, 
21, 23), Moisés, o líder sobrecarregado (Êx 33:14), Josué, o seu nomeado sucessor (Dt 31:6), 
Gideão, o comandante hesitante (Jz 6:12-18), Josafá, o rei medroso (2 Cr 20:5-17), e 
Jeremias, o profeta relutante (Jr 1:6,8,19). O Novo Tetamento tem a mesma mensagem 
resseguradora. Jesus prometeu sempre estar com os seus seguidores „até o fim dos tempos‟ 
(Mt 28:20). Paulo testificou à realidade desta presença (2 Tm 4:17) como o fez João, exilado 
em Patmos (Ap 1:12-18). A epístola aos Hebreus cita este salmo diretamente (6) ao afirmar a 
ajuda do Senhor para encorajar crentes vulneráveis na face de persegição ameaçadora (Hb 
13:6). 
 
 
 
2 A COMPAIXÃO DURADOURA DE DEUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 A PRESENÇA TRANSFORMADORA DE DEUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(8-16)- 
Nestes versículos particularmente estamos ouvindo sem dúvida o testemunho grato de um rei 
israelita que tinha passado por provas severas, e reconheceu que às vezes as suas tropas 
foram bem superadas em número (10-12) e em perigo de serem conquistadas por tropas 
inimigas (13-14). Mas, no momento quando estava a ponto de cair (a necessidade de vitória), 
o Senhor o ajudou (a fonte de vitória), tornou-se a sua força (a causa de vitória), a sua canção 
(a celebração da vitória) e a salvação (o resultado da vitória). Nos conflitos cotidianos da 
nossa vida podemos nos sentir „cercados‟ por oposição opressiva, como „os fortes touros de 
Basã‟ ou um „leão voraz rugindo‟ (Sl 22:12-13) ou irritações relativamente pequenas como 
„um enxame de abelhas‟ (Sl 118:12) mas, sejam os problemas grandes ou pequenos, 
precisamos da ajuda que só a poderosa „mão direita‟ do Senhor é capaz de nos trazer. 
 
 
Responder: O que é que o salmista quer dizer quando afirma repetidas vezes (10-12) 
que quando foi cercado por oponentes inumeráveis ele os derrotou ‘em nome do 
Senhor’? 
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(17-18) 
É pouco realista imaginar que vamos ser completa e constantemente vitoriosos em todos os 
conflitos da vida. Nem sempre estamos em forma e o Diabo sabe exatamente como nos 
desanimar quando não fazemos muito bem. Talvez possamos aprender mais dos aparentes 
fracassos do que dos aparentes sucessos. Em cada situação há lições importantes para 
aprender. Algumas experiências de vida causaram o salmista a ficar „castigado com 
severidade‟ (18); uma noção que vemos em outros salmos (94:12; 119:75). A disciplina 
carinhosa é o elemento chave em nosso andar com Deus e, embora naqueles momentos não 
nos sentimos alegres, com certeza devemos ser agradecidos. O povo israelita freqüentemente 
aprenderam muito por meio de suas derrotas (Êx 17:11; Js 6:18-19; 7:1-26; 1 Sm 4:1–7:14) e 
indivíduos foram trazidos mais perto de Deus através de seus fracassos (Jz 16:15-30; 2 Sm 
11:1–12). O povo de Deus foi instruido que depois da disciplina do exílio em Babilônia ia 
regressar para a sua terra, perdoado e restaurado (Jr 31:16-20). A disciplina corretiva é um 
sinal da compaixão do Pai; Ele nos ama demais para permitir que vamos estragar a nossa vida 
4 O PODER FIDEDIGNO DE DEUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 A CORREÇÃO AMOROSA DE DEUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
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por erros sérios; e por isso, frequentemente, Ele intervem com amor (Hb12:5-11). Alguns 
estudantes da Bíblia consideram que este salmo foi composto para marcar a ocasião quando 
Davi conquistou e entrou em Jerusalém (2 Sm 5:6-10), se fosse assim talvez a frase no 
versículo 18, „O Senhor me castigou severamente‟,se refira ao erro cometido quando a Arca 
da Aliança foi levada à cidade. Este evento da história de Davi está pormenorizado nas 
escrituras (2 Sm 6:1-19; e 1Cr 13:1-14; 15:1-15). 
 
 
 
 
 
(19-21) 
Aqui, o salmo retrata uma procissão de adoradores gratos. Se foi usado na entrada triunfal da 
Arca da Aliança, é um reconhecimento animador da ajuda do Senhor quando Ele respondeu 
às orações do rei (21) e lhe deu a vitória que necessitou sobre os ocupantes de Jerusalém que 
tinham confiança em si mesmos (2 Sm 5:6). Foi uma ocasião única para o povo unidamente 
expressar ações de graças (19,21) mas os últimos versos do salmo têm em foco o que é de 
longe a maior causa de ação de graças na história do mundo (2 Co 9:15). 
 
 
s 
 
 
 
(22-29) 
Neste contexto do templo, descrevendo o culto num edifício impressionante, a „pedra 
rejeitada‟, considerada pelos construtores como de sem valor, talvez se refira ao rei israelita, 
zombado pelos hostis vizinhos geográficos (10), mas aceito e usado pelo Senhor, ou talvez 
ilustre a experiência do povo israelita, desprezado e atacado ferozmente pelas nações 
cercantes (10), mas salvos (14b) pelo Senhor cuja força (14a) causou a sua vitória sobre os 
inimigos (7). Aquela „Pedra‟ rejeitada tornou-se a pedra angular, ou posta estratégicamente 
para criar estabilidade essencial (Jó 38:6; Is 28:16; Jr 51:26), ou uma proeminente pedra de 
cobertura para completar o edifício. 
 
Mas aqui, Davi está dizendo muito mais que ele mesmo podia compreender, porque 
claramente o Espírito Santo está apontando mais além das circunstâncias imediatas para a 
chegada do próprio Filho de Deus. Ele mediará para nós todas estas realidades anteriores (1-
21), fazendo-as infinitamente mais especiais que podiam ser para os crentes do Antigo 
Testamento: o incomparável amor de Deus em Cristo (Ef 3:18; 1Jo 4:10), a sua presença que 
nunca se afastará (Mt 18:20; 28:20b), o seu poder sem par (Fp 4:13; 1 Tm 1:12), a sua 
disciplina mansa (Mt 11:29-30; Jo 15:2) e a sua ajuda infalível (Jo 14:13-14). O Senhor Jesus 
faz referência a esta passagem em seus ensinos (Mt 21:42), e Pedro expõe o tema tanto em 
sua pregação como por escrito (At 4:11; 1 Pe 2:7). As palavras memoráveis deste salmo 
estavam nos lábios da multidão exultante durante a procissão festal do primeiro Domingo de 
Ramos quando Jesus entrou em Jerusalém, não como um vencedor intimidador, mas sim 
como um rei humilde (23-27; Mt 21:4-9). Exercendo um ministério de correção necessária, 
Jesus foi para o átrio dos gentios no templo e derrubou as mesas dos cambistas que estavam 
restringindo acesso à „casa de oração para todas as nações‟ (Mt 21:12-13; Is 56:6-7). As 
6 A AJUDA PROMETIDA POR DEUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 O INCOMPARÁVEL FILHO DE DEUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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„hosanas‟ do povo, uma oração que significa „Salve agora!‟, foram respondidas pelo único 
Salvador que no templo curou os cegos e coxos (Mt 21:14). O salmo termina com uma 
oração de graças (28), e repete a mesma exortação com qual o salmo começou. 
 
Ações de graças são uma dimensão essencial do crescimento cristão. Diferenciam o crente 
do impiedoso, pois uma das características tristes dos impiedosos é que não dão graças ao seu 
generoso Deus (Rm 1:21). Note o contraste evidente na prática de dar graças na vida de 
Jesus (Jo 6:11, 23; 11: 41; Lc 22:17, 19; 24:30) e nos ensinos e exemplo do seu servo Paulo 
(Rm 1:8; 1 Co 1:4; Fp 1:3; 1 Tm 1:12; 2 Tm 1:3). Veja, por exemplo, o tema recorrente de 
graças ao longo da Epístola aos Colossenses (1:3,12; 2:7; 3:15-17; 4:2). Não podemos 
enfatizar demais a sua importância. 
 
Responder: Salmo 118 dá graças ao Senhor por ser ‘bom’ (1,29), uma exaltação e 
afirmação expressadas tanto quando Davi trouxe a Arca para a recém cativada 
Jerusalém (1 Cr 16:34-35) como também à dedicação do templo por Salomão (2 Cr 7:3). 
Qual é a prova daquela bondade divina encontrada neste salmo? 
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 LIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Texto temático: “Tu me livraste 
dos meus inimigos ... e de 
homens violentos me libertaste. 
Por isso eu te louvarei entre as 
nações, ó Senhor; cantarei 
louvores ao teu nome” 
(Salmo 18:48-49). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salmo 18 
O título deste salmo fornece um contexto histórico específico para sua mensagem (veja 
também 2 Sm 22) e provávelmente refere às dificuldades, façanhas, e libertações da 
juventude e idade media de Davi: nos dando a lembrança que cada crente tem que lidar com 
conflitos de vários tipos. Tais conflitos são inevitáveis e variados; diferentes para cada um de 
nós e desafiantes para todos. Tanto a biografia extensiva como os cânticos de Davi têm 
lições práticas para nossa própria vida (Rm 15:4). Davi encontrou (a) oposição dentro da 
família: quando era jovem, enfrentou a hostilidade, e talvez ressentimento, dum irmão mais 
velho (1 Sm 16:6-7; 17:26-29) e, depois, a falta de compreensão e cooperação da parte de sua 
primeira esposa (1 Sm 18:20-21; 2 Sm 6:16-23) e, mais tarde, tinha dois filhos ambiciosos e 
usurpadores, Absalão (2 Sm 15:1-12) e Adonias (1 Rs 1:5-6); (b) inveja no palácio: as 
tentativas repetidas de Saulo para matá-lo, mencionadas especificamente no título deste salmo 
(1 Sm 18:6-11; 19:1,9-10; 20:30-34); (c) contínua divisão nacional depois da morte de Saul 
(2 Sm 2:8-4:12), (d) oficiais traiçoeiros no palácio (1 Sm 21:7; 22:9,18-22); (e) nações 
vizinhas hostis (2 Sm 8:1-14; 10:1-19), e (f) servos instáveis, como, por exemplo, o seu 
sobrinho Joabe que era leal mas sem piedade (2 Sm 18:9-19:8). Além destes problemas já 
mencionados, Davi tinha que enfrentar as tentações insidiosas da vida que todos nós 
encontramos. A história de Davi, que os seus biógrafos apresentam com tantos pormenores, 
o representa sucessivamente como um defensor jovem, amigo leal, líder amado, fugitivo 
inocente, refugiado irado, poeta dotado, adúltero intrigante, pecador penitente, e líder 
usurpado. Aqui vemos um homem que enfrentou um grande sortimento de adversidades e 
oportunidades fora do comum, então há muita coisa aqui para nos ensinar a respeito de 
conflito e conquista na vida cristã. 
 
 6 
 A VIDA VITORIOSA 
 
 
 
 
 1 CONFLITO E CONQUISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pensando em Davi, tanto os seus fracassos como também os triunfos têm uma aplicação 
relevante para nossa vida, e este salmo oferece um resumo impressionante. 
 
Aqui há sete dimensões da vitória: 
 
 
 
 
 
 
(1-2) 
O salmo começa (1) com uma expressão ardente, até apaixonada, com uma ênfase na língua 
hebraica que significa „Eu te amo, mesmo‟ – uma confissão expressando o relacionamento 
bem chegado que Davi tinha com Deus, e o segredo de sua imensa confiança em Deus como 
„minha força ... minha rocha ... minha fortaleza‟, ‘meu libertador ... meu escudo... o poder que 
me salva‟ (literalmente „chifre‟, como de uma besta feroz, simbolizando poder superior), e 
„minha torre alta‟. A confiança de Davi não se baseia nos seus consideráveis talentos 
humanos, masno Deus que possibilita todas as suas proezas. O primeiro passo para a vitória 
é amar a Deus, sem reserva (Dt 6:4-5; Jo14:21-23). 
 
 
 
 
 
 
(3-6) 
A sua experiência quase-morte (4-5) o roubou de senso algum de auto-suficiência e as suas 
vitórias são o resultado direto de suas orações sérias por aquilo que precisava (note o 
quádruplo pedido – „clamo‟, ‟clamei‟, „gritei‟ e „grito‟), e seu louvor grato para o Doador 
Generoso. Não há vitórias substanciais sem oração assídua. 
 
 
 
 
 
 
(7-15) 
Esta descrição vívida de uma tempestade ou terremoto tornou-se um símbolo da majestade e 
poder imponente de Deus que encorajou Davi, em especial a sua „presença‟ iluminativa (12) 
e a „voz‟ ressoante (13). Aqui foi a „voz‟ efetiva de Deus respondendo à „voz‟ suplicante de 
Davi (6), dando ao crente assolado um resseguro de socorro divino e apoio infalível. 
 
2.1 O NOME DE DEUS EXALTADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 BUSCAR O SOCORRO DE DEUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 A GRANDEZA DE DEUS MANIFESTADA 
 
 
 
 
 
 
2 SETE DIMENSÕES DA VITÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(16-19) 
A poderosa intervenção divina na natureza é seguida imediatamente por sua misericórdia 
compassiva em experiência. O verbo „tirar‟ („tirou-me‟, 16) tem um significado especial. 
Somente se usa uma vez mais no Antigo Testamento (Êx 2:10) para descrever uma outra 
intervenção misericordiosa, isto é o resgate do nenê Moisés (cujo nome em hebraico significa 
„tirar‟) da ameaça de morte (Êx 1:22). Outrossim, Davi tinha encontrado um „inimigo 
poderoso‟ (17), adversários „fortes demais para mim‟ (como os egípcios homicidas eram 
fortes demais para o vulnerável nenê Moisés), mas o Senhor interveio, transformando um 
cenário potencialmente desastrosa (18) num resgate milagroso. 
 
 
Responder: O testemunho pessoal de Davi foi que no conflito ‘O Senhor foi o meu 
amparo’ (18). Como podia falar assim tão confiantemente? 
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(20-24) 
Aqui Davi faz repetidas declarações de sua „justiça‟ pessoal e da pureza de suas mãos (20, 
24), mas devemos entendê-las dentro do seu contexto. Isso não pode significar que Davi é 
inocente de todo pecado, como podemos ver em outros salmos (Sl 19:12-13, 25:11; Sl 32:1-
2). Os seus protestos de retidão aqui podiam significar que é inocente do „crime‟ específico 
de traição contra Saul (veja o título deste salmo, e outros protestos semelhantes em Salmo 17, 
e 1 Sm 20:1-3, 30-31; e capítulos 24 e 26). Mais provávelmente Davi está opondo a opinião 
(que os amigos de Jó mantinham – veja, por exemplo, Jó 4:7-9) que tais adversidades tão 
graves e ameaçadoras (4-6, 16-18) eram o castigo divino causado por seus pecados. Mas o 
servo resgatado aqui declara a sua lealdade total e sua dependência constante do Deus que o 
ama, apesar de suas imperfeições (19). 
 
Cristãos lêem qualquer declaração sobre justiça à luz da mensagem de Paulo que nossa 
justiça se baseia somente em Cristo, e não em nossos próprios méritos, obras ou proezas 
morais (Rm 3:20-26). No seu testemunho escrito („Graça Abundante ao Principal dos 
Pecadores‟ - Grace Abounding to the Chief of Sinners) John Bunyan (1628-1688) disse que, 
2.4 O SERVO DE DEUS AJUDADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5 A PALAVRA DE DEUS OBEDECIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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quando se sentia esmagado pela culpa, ele achou paz através destas palavras de segurança 
(não da Bíblia) que de repente entraram na sua mente atribulada: „A sua justiça está nos 
céus‟, quer dizer: „você é santificado pelo único sacrifício do Cristo exaltado‟ (1 Co 1:30; 2 
Co 5:21). 
 
Davi tinha muitas culpas, mas, mesmo assim, tentava honrar e obedecer à Palavra de Deus 
(21-22). A Palavra de Deus é sempre relevante, e nossa resposta primária a ela deve ser para 
reconhecer a sua mensagem sobre a vida vitoriosa: se confessarmos a nossa carência pessoal 
de Cristo como nosso Justo Salvador e Senhor, Ele nos recompensará (24) não conforme à 
nossa justiça, mas pela justiça de Cristo e a Sua obra salvadora na cruz. A „pureza‟ das 
nossas mãos (24) é só possível em Cristo, mas, pelo Seu poder, queremos viver de uma 
maneira justa, a fim de mostrar evidência e servir como testemunho de Sua obra 
transformadora em nossa vida. 
 
 
 
 
 
 
 
(25-45) 
Crentes fiéis dependem totalmente da fidelidade de Deus (25). Ao enfrentar os oponentes, 
este líder militar cria que era de maior importância ter uma atitude correta para com Deus ao 
invés de ter confiança em si mesmo. Apesar de ter talentos naturais, Davi deliberadamente 
escolheu o caminho de humilidade; „os humildes‟ (27) não gloriam em suas próprias 
habilidades, experiências e recursos. Uma série de quadros-em-palavras enfatiza a 
dependência de Deus que „transforma em luz as trevas‟ (28), supera obstáculos ameaçadores 
(29), protege os vulneráveis (30b), fornece recursos únicos (31), fortifica os fracos (32a) para 
que possam realizar o que é impossível (33), e equipa para o conflito (34-35). Este 
testemunho radiante da abundante bondade de Deus para Davi em circunstâncias perigosas é 
uma lembrança da promessa para „revestir de força‟ (32,39) todos os que genuinamente 
confessam a sua carência. Muitos dos grandes personagems da Bíblia provaram com Davi 
que mesmo nas experiências difíceis a „mão direita‟ divina (35, Sl 63:8; Sl 98:1) nunca 
deixou de os sustentar. Ao longo dos séculos, estas ricas promessas de ajuda assegurada têm 
sido cumpridas maravilhosamente na vida dos crentes cristãos que insistem que a vitória 
sobre a tentação é devido ao poder do Espírito Santo que os capacita (At 1:8). 
 
 
 
 
 
 
 
(46-50) 
Davi reconheceu com gratidão que as „grandes vitórias‟ (50) foram realizações desmerecidas 
porque Deus tem tanto a habilidade (poder) como o desejo (amor) para socorrer aqueles que o 
buscam num espírito de dependência. Então, Davi conclui este cântico com uma apropriada e 
exemplar aclamação (46), louvando (49) o poder invencível do Deus que é vivo (46) (ao 
contrário dos ídolos inanimados que as nações vizinhas adoravam), poderoso („Rocha‟), 
2.6 O PODER DE DEUS RECEBIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.7 O LOUVOR A DEUS DECLARADO 
 
 
 
 
 
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determinado a resgatar (47-48) – por causa de Seu amor inalterável, e que age para salvar não 
só Davi e seus sucessores (50) mas todos os que ao longo da história respondem 
positivamente. Aqui „bondade‟ ou „benignidade‟ traduz aquela bem usada palavra hebraica 
hesed (notada antes) que indica um amor especialmente rico e confiável - amor leal baseado 
no firme vínculo estabelecido pela aliança. O amor de Deus é infinitamente maior que 
qualquer experiência de amor humano, por mais rico e belo que seja. 
 
Karl Barth, um teólogo do século vinte, salientou que Deus nos amou antes de qualquer outra 
pessoa pensou em nos amar; agora Deus nos ama melhor que mais alguem é capaz de nos 
amar; e que seu amor por nós continuará, quando outras pessoas têm esquecido de nós. É 
este amor que nunca falhará (50) que inspira o louvor de Davi. Os vencedores cristãos são 
notáveispor canções de agradecimento exultante bem como por suas orações de carência 
urgente. 
 
Responder: Davi clamou ao Senhor e foi ‘salvo’ (3). Outrossim, os seus oponentes 
pediram socorro e ‘clamaram ao Senhor, mas ele não respondeu’ (41). Porque foi 
assim? Será que Deus tem ‘prediletos’? 
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LIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Text temático: “Antes mesmo que a 
palavra me chegue a língua, tu já a 
conheces inteiramente, Senhor” 
(Salmo 139:4). 
 
 
 
 
Salmo 139 
Nem sempre é fácil ser cristão. Jesus deixou isso bem claro (Mc 8:34-35; Jo 16:35) como 
também o apóstolo Paulo (At 14:22; 2 Tm 3:12). Vivemos num mundo hostil e às vezes 
podemos ficar profundamente descontentes com o nosso próprio desenvolvimento espiritual. 
Naqueles momentos precisamos lembrar os recursos ao nosso dispor. Como Davi, devemos 
ter uma grande visão de Deus para que possamos compreender de novo tudo quanto Ele 
almeja dar e fazer por nós. Há anos, o talentoso tradutor da Bíblia, J. B. Phillips, escreveu 
um livro intitulado „Seu Deus é Pequeno Demais‟ („Your God is too Small‟). 
Apesar de Deus ser invisível (1 Tm 6:16), neste salmo familiar, Davi tem cinco retratos 
vívidos do nosso grande Deus singular: 
 
 
 
(1-4) 
Absolutamente nada fica escondido diante de Deus; Ele sabe exatamente o que somos e o que 
somos capazes de ser. Ele conhece os nossos pensamentos íntimos (2), caminhos secretos (3), 
e nossas palavras inexpressadas (4). Ele sabia tudo sobre os diversos personagens bíblicos 
como, por exemplo, Hagar afligida (Gn 16:13), Jacó temeroso (Gn 28:15), Acã desobediente 
(Js 6:18-19; 7:1,18-21), e Jonas rebelde (Jn 1:2-4,10; 2:7; 3:1-5,10; 4:1-3). Como nós, todos 
eles podiam dizer, „Tu és o Deus que me conheces‟ – a minha necessidade de crescer e o meu 
desejo de crescer, os obstáculos que enfrento, as frustrações, falhas, e meu imenso potencial. 
 7 
 O DEUS ONISCIENTE 
 
 
 
 
 
2 NOSSO DEUS ONISCIENTE 
 
 
 
 
 
 
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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32 
 
Este tema do nosso „Deus onisciente‟ se encontra em outras partes da Bíblia (Sl 17:3;13-15; 
Jr 12:3; 16:16-18; 23:24; Hb 4:13). 
Nos evangelhos, Jesus está descrito sensitivamente como o Salvador que “vê” dentro e além 
do que era visível para os seus contemporâneos (Jo 1:47-49; 2:24-25; 4:16-18; 13:18-30, 37-
38; 20:24-25,27; 21:18-19); „seus olhos eram como chama de fogo‟ (Ap 1:14; 2:18; 19:12) e 
podiam ver tudo escondido nos lugares secretos do coração humano, tanto os elementos 
prejudiciais como os belos e louváveis (Jo 21:17). Nunca devemos esquecer que Aquele que 
sabe tudo sobre nós é resoluto em nos amar. A covardia do discípulo não o supreendeu (Lc 
21:31-34) e, embora Pedro tivesse dito publicamente que não era um dos discípulos do 
Senhor (Jo 18:25), Jesus fez questão de o incluir no convite enviado aos seus discípulos para 
um encontro na Galiléia (Mc 16:7). Assim, vemos que mesmo quando Pedro negou Jesus, o 
Senhor entendeu a sua fragilidade, e o seu remorso (Lc 22:62), mas valorizou o seu amor, 
antecipou a sua restoração (Jo 21:15-17) e reconheceu o seu potencial (At 2:14, 37-41). 
 
 
 
(5-12) 
O nosso Guia infalível sabe todos os passos que temos feito („por trás‟, incluindo os erros do 
passado) e que vamos fazer („pela frente‟, antecipando necessidades futuras), e a sua mão 
amorosa (expressando o seu cuidado constante) está sobre nós (5). Ele tem todos os recursos 
de que precisamos, e assim é impossível descrever a sua grandeza (6); não é possível escapar 
a sua presença (7-9), e o seu amor é incomparável (10). Este único Deus guia o seu povo 
através das experiências perigosas da vida – sejam distantes (8a), desalentadoras (v 8b 
„sepultura‟ [NVI] ou „profundo abismo‟ [ARA] = Sheol no hebraico, o lugar dos mortos), 
perigosas (9, „mar‟ sempre simboliza ameaças para os hebreus – veja Is 57:20; Jd 13; Ap 
21:1). Aonde quer que estejamos, nas alturas ou profundezas (8), no oriente (9 „alvorada‟) ou 
no oeste (9 „mar‟ = o Mediterrâneo para os israelitas), na luz reveladora ou escuridão 
desnorteante (11-12), nosso Guia também é o nosso Guarda; a sua mão que está sobre nós 
(5), nos segura e sustera também (10). 
 
Responder: Este salmo mostra a convicção que Deus sonda e conhece o nosso coração 
(1, 23). Em que sentido é este ensino um conforto sustentador e, ao mesmo tempo, um 
desafio penetrante? 
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3 NOSSO GUIA SEMPRE PRESENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(13-16) 
Deus não só conhece o vasto cenário do espaço distante (8) mas também o mundo bem 
pessoal do „espaço interior‟, a intimidade de cada vida individual, porque Ele nos formou no 
ventre. Davi ficou esmagado diante da distintiva obra de arte que é cada vida humana: o 
pensamento majestoso sobre a singularidade do ser humano (13a „Tu criaste‟); a perfeição 
(13-14) e a pura admiração (15) tanto de nossa origem (13-15) como também da história 
subseqüente (16). Porque Ele nos fêz, Deus sabe o que poderia nos prejudicar (1 Co 10:13), 
tudo de que somos capazes, e quanto melhores poderíamos ser (1 Co 9:24-27; Fp 3:12-15). 
 
 
 
 
 
 
(17-18) 
Deus inspira os „pensamentos‟ que seus filhos têm sobre Si e sobre nós mesmos, e em 
especial sobre os Seus desejos mais profundos por nós; a frase „como preciosos para mim‟ 
pode ser traduzido „a respeito de mim‟. Tais pensamentos, planos e propósitos divinos são 
inestimáveis (17a „preciosos‟), e inumeráveis (17b-18a), e nosso Mestre Divino, com grande 
paciência, almeja comunicar estes pensamentos não só para nós, mas ao lado de nós, como 
nosso Amigo amoroso que sempre está conosco, dia após dia (18). 
 
 
 
 
 
 
(19-24) 
Deus tem revelado aspectos majestosos de Si mesmo e sobre a humanidade, mas certas 
pessoas deliberadamente rejeitam a Sua mensagem e fomentam intenções destrutivas (19, 
„assassinos‟ [NVI] ou „ homens de sangue‟ [ARA]) e blasfemam (20). Tais ações são pecados 
tanto contra o seu próximo como também contra Deus. Um Deus santo e justo não pode 
ignorar tais pessoas rebeldes (21-22, „que se revoltam‟). Mas Davi sabe que Deus não só 
julgará „os ímpios‟ (19) mas ele mesmo será julgado também; talvez houvesse ofensas em sua 
própria conduta (24). Davi retorna ao tema de sondagem com qual o salmo começou (1); as

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