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PEDAGOGIA DO OPRIMIDO DE PAULO FREIRE Professor: Victor Soares Influências no pensamento freireano Sartre: existencialismo; Husserl: fenomenologia ; Hegel e Marx : dialética; Bergson: duração; Martin Buber: Eu e Tu. Livro escrito durante o exílio no Chile, pós Regime Militar em 1964. Obra publicada primeiro em inglês em 1970 e depois em português em 1975. Continuação... Qual é o papel do saber no processo de liberdade? Capítulo 01- Justificativa da «pedagogia do oprimido» Desumanização: do opressor sobre o oprimido A desumanização se dá tanto naquele que tem a humanidade roubada quanto naquele que roubou a vocação de ser uma pessoa. Oprimido: Não consegue se enxergar como ser humano. Chamado de ser menos. É negado ao homem a vocação de ser humano. Humanização: E esta luta somente tem sentido quando os oprimidos, ao buscar recuperar sua humanidade, que é uma forma de criá- la, não se sentem opressores, nem se tornam, de fato, opressores dos opressores, mas restauradores da humanidade em ambos. E aí está a grande tarefa humanista e histórica dos oprimidos – O restaurador das relações humanizadas: A grande generosidade está na luta para que as mãos dos oprimidos e desfavorecidos se levanta em cada vez menos em gesto de súplica a poderosos. Essas mãos devem se transformar em mãos humanas que trabalhem e transformem o mundo. Essas mãos devem lutar pela restauração da humanização dos menos favorecidos, para que aconteça a verdadeira restauração da generosidade. O grande desafio da pedagogia do oprimido retirar o opressor que há em alguns oprimidos ponto final só após essa libertação é que é possível o desenvolvimento de uma pedagogia Libertadora. Pedagogia do oprimido deve fazer da opressão e de suas causas objeto de reflexão no oprimido para que haja um engajamento na luta por sua libertação. Pedagogia do oprimido deve ser forjada com ele e não para ele na luta pela recuperação de sua humanidade. Pedagogia Libertadora Educação como ato político; Currículo político; Comprometido na prática transformadora e libertadora; Aprendizagem dialética; Deixa de ser a Pedagogia do Oprimido e passa a ser a Paulo Freire chama esse fenômeno de prescrição, que é a imposição de uma consciência sobre a outra onde a pauta dos oprimidos passa a ser a pauta dos opressores. Os oprimidos tem medo da Liberdade ao abandonarem a pauta dos opressores por não conhecer o outro lado, autonomia preferem ficar alienados. O medo do Oprimido é a responsabilidade de ser livre, uma liberdade que ele não tem e que deve ser conquistada. A busca pela Liberdade é condição indispensável para superar a situação opressora. “Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.” Não se trata de mero ativismo; É necessário reflexão para a transformação; É necessário um engajamento entre os oprimidos em prol da causa de transformar a realidade; Capítulo 02 - A concepção bancária da educação como instrumento da opressão Educação Bancária e Educação Problematizadora Educação Bancária: narrar, dissertar, “encher” os educandos, memorização mecânica, ato de depositar; • Narração ou dissertação que implica um sujeito – o narrador – e objetos pacientes, ouvintes= os educandos; Educação Bancária O professor detém o conhecimento O papel do professor: depositar conhecimento no aluno Educando: supostamente aquele que não conhece nada Educação bancária: educação dos depósitos Reprodutora do saber, faz uso da vigilância, da punição e do exame Cultura do silêncio Educação Bancária e Educação Problematizadora Educação Problematizadora: problematiza a realidade, os conteúdos, o currículo escolar; • Aprender é um ato de conhecimento da realidade; • A educação é uma prática política; • Visa transformação por uma educação crítica. Educação Problematizadora “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo. Os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo”. Tanto o professor quanto aluno são midiatizados pelo mundo e pela realidade que o apreende e da qual extraem o conteúdo da aprendizagem. Possibilita ao educando participar ativamente da construção do seu conhecimento. Educação Problematizadora De caráter reflexivo Contribui para o desvelamento da realidade Comprometida com a libertação O diálogo é indispensável como ato cognoscente Capítulo 03 - A dialogicidade- essência da educação como prática da liberdade Não há palavra verdadeira que não seja práxis. A dialogicidade O diálogo é uma exigência existencial, um fenômeno humano ou, em outras palavras, o homem é um ser de palavra. O desenvolvimento do diálogo é importante no processo educativo O diálogo deve ser marcado pela verdade na relação professor/aluno A palavra, sem a dimensão da reflexão, é ativismo ingênuo, ação pela ação Palavra: ação/reflexão= práxis Educação dialógica e diálogo (horizontal)Temas geradores Capítulo 04 - A teoria da ação antidialógica A construção do conhecimento é uma ação dialógica entre educandos e educadores e mediatizadas pelo mundo. A dialogicidade é a essência de uma educação como prática da liberdade. Os homens e as mulheres não foram feitos pra continuarem na cultura do silêncio. Os homens e as mulheres devem dizer a sua palavra em comunhão mediatizadas pelo mundo. Teoria antidialógica Conquista; Dividir para manter a opressão ; Manipulação; invasão cultural. Conquista Pode ser feita de maneira dura ou sutil. A conquista é um traço marcante da ação antidialógica. Conquista cultural, econômica, da palavra. Dividir, para manter a opressão A de visão é condição indispensável à continuação do poder do opressor. reunião das massas populares significaria uma séria ameaça à hegemonia opressora. Dividir, para manter a opressão Metodologias: Violência; Métodos repressivos da burocracia estatal; Formas de ação cultural que manejam as massas, dando a impressão de ajuda. Manipulação Instrumento fundamental para a manutenção da dominação. Historicamente se dá por meio de pacto entre as classes dominantes e as massas dominadas, dando impressão de diálogo. Instrumento de conquista. Invasão Cultural Penetração que fazem os invasores no contexto cultural dos invadidos, impondo uma visão de mundo, freando a criatividade e inibindo a expansão. Indiscutivelmente alienante. Os invasores modelo e os invadidos são modelados. Características da ação dialógica Co-laboração União Organização Síntese cultural Co-laboração A co-laboração se realiza na comunicação e na ação dialógica, isto é, o diálogo funda a co-laboração e não se impõe, não maneja e não domestica. Na teoria da ação dialógica os sujeitos se encontram para a transformação do mundo em co-laboração. A necessidade do trabalho conjunto de educadores mediatizados pelo conteúdo programático ou currículo. União A ação para a libertação se dá na práxis. Não pode haver união sem práxis. Organização O diálogo: vetor de organização dos oprimidos contra os opressores. Organização é ação revolucionária que objetiva a libertação, a transformação. Síntese Cultural Nega a invasão de uma cultura sobre outra e fortalece a cultura das massas. Integração dos homens do povo e sua ação no mundo e se apresenta como instrumento de superação da cultura alienante. QUESTÕES 01 - (AMEOSC - 2019 - Prefeitura de São João do Oeste - SC – Professor) A pedagogia que, partindo dos interesses egoístas dos opressores, egoísmo este camuflado de falsa generosidade, faz dos oprimidos objetos de seu humanitarismo, segundo Paulo Freire: A. Busca a superação da relação vigente para o surgimento de um homem novo, o opressor. B. Inaugura a violência que os oprime, os explora e os reconhece como outro. C. Mantém e encarna a própria opressão, sendo um instrumento de desumanização. D.Eventualmente desvelará o mundo da opressão através de seu descomprometimentocom a práxis. 02 - (AMEOSC - 2019 - Prefeitura de São João do Oeste - SC – Professor) Segundo o autor Paulo Freire, na superação da contradição opressores-oprimido, que somente pode ser tentada e realizada por estes, está implícito: A. O enrijecimento de uma burocracia dominadora de dimensão humanista. B. A luta no sentido de se fazer homem, o que não estão proibidos de ser. C. O desaparecimento dos primeiros, enquanto classe que oprime. D.A ânsia do oprimido em ser opressor e do opressor em ser oprimido. 03 - (IF-MS - 2019 - IF-MS - Técnico em Assuntos Educacionais) Para a superação da educação bancária, Paulo Freire (2005) preconizou um processo de ensino e aprendizagem pautado na superação da relação opressor-oprimido, configurando uma visão ampla da educação. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005, 42.ª edição. Assinale a alternativa que se relaciona a essa forma de conceber a educação. A. A aprendizagem consiste em adquirir informações e demonstrações transmitidas. B. A educação é um produto baseado em modelos pré-estabelecidos, estruturado na transmissão de ideias selecionadas e organizadas logicamente. C. O processo de educação deverá assegurar a transmissão de conhecimentos, comportamentos éticos, práticas sociais e habilidades consideradas básicas para a manipulação e controle do ambiente cultural, social etc. D. A verdadeira educação consiste numa ação problematizadora, libertadora. E. O ensino corresponde ao arranjo ou à disposição de contingências para uma aprendizagem eficaz. 04 - (IBADE - 2018 - Prefeitura de Ji-Paraná - RO - Supervisor Escolar) Paulo Freire, o mais célebre educador brasileiro, autor da Pedagogia do Oprimido, defendia que o objetivo da escola deve ser ensinar o aluno a "ler o mundo", para poder transformá-lo. Nesse sentido, é correto afirmar que, segundo Paulo Freire, a Educação deve priorizar a: A. conscientização dos alunos. B. alfabetização plena. C. aculturação de herança. D.transformação econômica. E. competição social. 05 - (FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP – Pedagogo) O termo “educação bancária” foi cunhado pelo educador: A. Anísio Teixeira. B. Darcy Ribeiro. C. Jean Piaget. D.Paulo Freire. E. Ivan Illich. 06 - (CESPE - 2015 - MPOG - Técnico em Assuntos Educacionais) Com base na teoria da educação bancária, julgue o próximo item. De acordo com essa teoria, o processo dialógico está presente constantemente em sala de aula. 07 - (AMEOSC - 2019 - Prefeitura de São Miguel do Oeste - SC - Coordenador Pedagógico) Segundo Paulo Freire, ao fazer-se opressora, a realidade implica na existência dos que oprimem e dos que são oprimidos. Estes, a quem cabe realmente lutar por sua libertação juntamente com os que com eles em verdade se solidarizam, precisam: A. Buscar a práxis autêntica na dialética entre egoísmo e opressão. B. Funcionar como uma força de imersão das consciências oprimidas. C. Ganhar a consciência crítica da opressão, na práxis desta busca. D.Libertar-se de sua força através do ativismo e da ação-reflexão. GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 C C D A D ERRADO C PEDAGOGIA DO OPRIMIDO DE PAULO FREIRE Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28 Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 Número do slide 32 Número do slide 33 Número do slide 34 Número do slide 35 Número do slide 36 Número do slide 37 Número do slide 38 Número do slide 39 Número do slide 40 Número do slide 41 Número do slide 42 Número do slide 43 Número do slide 44
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