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CONFLITO ENTRE NORMAS Para saber qual a norma mais favorável: 1. Teoria da Acumulação/Atomista: havendo conflito de normas, o aplicador deve pegar o que há de melhor em cada uma, juntar e aplicar. Aqui existe a criação de uma terceira lei. 2. Teoria do Conglobamento: havendo conflito de normas, deve-se analisar qual das normas é mais favorável em sua totalidade ao trabalhador e aplicar a mesma. 3. Teoria do Conglobamento Mitigado/Conglobamento Organico/Conglobamento por Institutos: havendo conflito de normas, o aplicador escolhe o melhor em cada lei em relação à matéria analisada. EX: a matéria de jornada de trabalho (carga horária e hora extra), é melhor na lei B, aplicaremos ela. Se a matéria de salário (auxílio alimentação e gratificação salarial) é melhor na lei A, então se aplica ela. Nessa teoria se extrai um bloco de normas, diferente da Teoria da Acumulação que pega pedaço das menores. Essa analisa o instituto completo. • Majoritariamente se aplica a Teoria do Conglobamento Mitigado. o Existe uma norma brasileira que dá uma indicação clara de que a teoria a ser aplicada é a Teoria do Conglobamento Mitigado: Lei 7.064/82. EFICÁCIA DA NORMA TRABALHISTA 1. Eficácia Territorial: a lei trabalhista se aplica em todo território nacional. • A competência, portanto, para legislar é PRIVATIVA DA UNIÃO (Art. 22); • A União pode delegar através de lei complementar poderes aos Estados para legislar sobre questões especificas. • Toda vez que um ente federativo legisla sobre Direito do Trabalho, essa lei afronta a CF. EX: lei municipal não pode legislar sobre limite de jornada de trabalho; EX: salário mínimo em SP, RJ (LC. 103/2000).... COMPETÊNCIA PRIVATIVA X COMPETENCIA EXCLUUSIVA 1. Competência privativa: pode ser delegada. Competência exclusiva: competência indelegável. 2. Eficácia Temporal: se estuda para tentar identificar o exato momento que a norma entra em vigor; 2 regras que explica a eficácia temporal: a) Imediaticidade: a norma trabalhista passa a se aplicar a partir do momento que ela entra em vigor, salvo se se estabelecer a vacatio legis; • Vacatio legis de 45 dias ou no prazo contido na lei; A lei trabalhista é imediata RESSALVADA o ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada. Ex de dir. adquirido: Ana possuía o direito de um vale alimentação de 1000 reais por mês, passa a viger uma lei que proíbe o vale alimentação, essa lei não será válida para ela pois ela possui um direito adquirido. • Se o direito do trabalhador estiver previsto e amparado no contrato ou em regulamento de empresa, ele será considerado um direito adquirido, e, por tanto a lei trabalhista imediata não afetará esse direito. b) Irretroatividade: a lei não retroage, ela não vai alcançar situações passadas. EX 1/ Contrato que se extinguiu: João foi demitido há dois meses atrás, e hoje começa a viger uma lei que traz benefícios. EX 2/ Contrato em curso: Hugo trabalha em uma empresa, e entra uma lei em vigor que diz que as férias serão de 60 dias. Desse dia pra frente ele terá direito a esse benefício, mas a lei não retroagira para atingir os fatos passados. • No direito do trabalho, ainda que a norma seja mais benéfica, ela não retroage. 3. Eficácia Espacial: busca examinar qual a norma que vai se aplicar ao trabalhador que foi transferido pra o exterior. • Só se aplica TRANSFERÊNNCIA. • Se for menos de 90 dias aplica-se a lei brasileira. Para o trabalhador que for trabalhar no exterior: • Será aplicada a lei 7.062, ou seja, o contrato mais favorável em virtude do Princípio do Conglobamento Mitigado. • O código de Bustamante aplica a lei do lugar da prestação de serviço, apenas quando a situação está fora do artigo 7.062/84 e das hipóteses citadas abaixo. Será considerado transferido aquele empregado que por mais de 90 dias: ▪ For removido para o exterior e seu contrato estava sendo executado aqui no Brasil; ▪ Quando ele for cedido a empresa estrangeira para trabalhar no exterior, mas, o seu vínculo trabalhista continua como empregado brasileiro; ▪ O empregado que é contratado por empresa sediada aqui no Brasil para prestar serviço no exterior. SITUAÇÕES ESPECÍFICAS: 1. Trabalhadores em embarcações e aeronaves que fazem linhas internacionais ou rotas internacionais: para eles se aplicará a Teoria do Pavilhão ou da Bandeira; • A lei que regerá o seu contrato de trabalho será a lei que rege a bandeira do barco ou aeronave. 2. Empregados brasileiros que trabalham em um ente de direito público externo (embaixadas, consulados...); Antes essa entidade gozava de: Imunidade de jurisdição: não podem ser processados pelo poder judiciário brasileiro; o Atualmente a jurisprudência e a doutrina entendem que não existe mais essa imunidade absoluta de jurisdição. Atualmente essa entidade goza de: Imunidade de execução: imunidade de Jurisdição relativa o O empregado pode pleitear ação de procedimento comum, mas, no processo de execução ele não pode pleitear pois a execução tem imunidade, ou seja, ela precisa ser exercida em seu país de origem As entidades praticam dois atos: Atos de império: todos vinculados a soberania do Estado. EX: negar visto. o São acobertados pela imunidade de jurisdição: o Estado brasileiro não pode processar esse ente; o As entidades são imunes. Atos de gestão: atos de mera gestão. EX: embaixada contrata um brasileiro para prestar serviço de jardinagem e não o paga pelo serviço. o O STF entendeu que no caso de atos de gestão esse ente pode ser processado; o Não estão encobertados pela imunidade da jurisdição; o Competência da Justiça do Trabalho quando se trata de ato é de gestão.
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