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ABSCESSO PULMONAR É uma cavidade com pus e fragmentos necróticos. Difere do empiema que é uma cavidade no espaço pleural. As causas geralmente são por agente microbiano não usual (aspiração aguda), microorganismos virulentos (S. aureus) ou por falha no mecanismo de depuração microbiana (obstrução brônquica). Pode apresentar-se de forma aguda (sintomas há menos de um mês) ou crônica (sintomas há mais de um mês) e primária (em pacientes previamente saudáveis ou naqueles com predisposição para aspiração) ou secundária (associados a carcinoma broncogênico, infecção por HIV ou transplante). Epidemiologia: Flora habitual da orofaringe. · Idade, tabagismo, alcoolismo e imunossupressão são fatores de risco independentes para a PAC. Para a PAH, os fatores de risco são idade de mais de 70 anos, doença pulmonar crônica, aspiração pulmonar, intubação orotraqueal, depressão do sensório e pós-operatórios de cirurgias torácica ou abdominal. Etiologia: Os principais microrganismos causadores de abscesso pulmonar são as bactérias, especialmente as anaeróbias, que compõem a flora predominante na orofaringe. As mais comuns são Peptostreptococcus, Prevotella, Bacteroidesspp. e Fusobacterium spp. Outras bactérias podem estar associadas ao abscesso pulmonar, mas com muito menos frequência. Em indivíduos imunocomprometidos, Rhodococcus equi, Nocardia spp., Mycobacterium spp. E Aspergillus spp. podem causar abscesso. Patogênese: A maioria dos abscessos pulmonares origina-se como uma complicação de pneumonia aspirativa e são causados por anaeróbios geralmente existentes na orofaringe. Os indivíduos em geral aspiram conteúdo da orofaringe durante o sono, mas o sistema mucociliar e a tosse são capazes de eliminar esse material. Entretanto, em algumas situações, como alcoolismo, disfagia, uso de drogas e anestesia geral, esses mecanismos de defesa estão reduzidos. Além disso, grande parte dos pacientes apresenta saúde bucal precária, especialmente doenças periodontais. A infecção inicia quando o clearance das bactérias não é realizado, devido às condições do paciente, ou quando a quantidade inoculada é grande. Também são importantes a virulência do microrganismo e o sistema imune do indivíduo. Inicialmente ocorre uma pneumonite, que progride, de 7 a 14 dias, para necrose, resultando na formação do abscesso. Em 10 a 20% dos casos de abscesso, o material necrótico é drenado pelas fissuras interlobares para o espaço pleural, formando o empiema. Sinais e sintomas: · Febre · Tosse · Expectoração · Dor pleurítica · Sudorese noturna · Emagrecimento e anemia · Vômito purulento · Exame físico: Apresenta doença periodontal e doenças relacionadas ao aumento da aspiração. Diagnóstico: · Radiografia x: é o principal exame para o diagnóstico do abscesso pulmonar, o qual evidencia lesão cavitária com conteúdo líquido em locais de drenagem aspirativa. · Tomografia de tórax: é utilizado nas fases iniciais e nas diferenciações entre lesão parenquimatosa e coleção pleural. · Líquido do empiema para cultura de secreção · Broncoscopia Diagnóstico diferencial: tuberculose, infecção fúngica, câncer de pulmão Tratamento: · É realizado o tratamento com clindamicina, 600mg a cada 8 horas, seguido por 150 a 300mg, VO, quatro vezes por dia. · É administrado outros antibióticos também, como, amoxicilina associada ao clavulanato, ampicilina em combinações com sulbactam, cefalosporinas e fluoroquinolonas.
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