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EMBRIOLOGIA 9ª ao nascimento OK x

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Período Fetal: 9° ao nascimento
Caracteriza o período fetal, pois os órgãos já estão praticamente formados e o embrião já tem um aspecto humano.
Este período está envolvido ao rápido crescimento fetal e com a diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas. Inicia-se esse período com células neurais crescendo e se multiplicando rapidamente o que garante movimentos rápidos e involuntários (ainda não há conexões suficientes para os voluntários). Essa movimentação é importante para o desenvolvimento muscular e das conexões neurais.
VIABILIDADE FETAL: definida pela capacidade do feto em sobreviver no meio extra-uterino. Normalmente fetos com menos de 500g não sobrevivem, entretanto quando vivem, são denominados crianças imaturas. Entre 1500 a 2500 g é muito comum o nascimento sendo denominadas crianças pré-maturas, pois sobrevivem com dificuldades.
ESTIMATIVA DA IDADE FETAL: importante para poder se calcular o tempo de gestação e a estimativa do parto (EDC- data esperada para o parto ou DPP- data provável para o parto). É feita a partir do ultra-som o comprimento do topo da cabeça às nádegas (CRL). Mede-se a idade fetal a partir do tempo transcorrido desde o último período menstrual normal (LNMP) – normal 40 semanas; ou o dia estimado da fecundação – normal 38 semanas. As medidas básicas são diâmetro biparietal (DBP) – diâmetro da cabeça entre as duas saliências parietais; circunferência da cabeça e do abdome; comprimento do fêmur e do pé. A determinação do tamanho de um feto, principalmente de sua cabeça, é de grande valia para o obstetra.
CRESCIMENTO: o crescimento intra-uterino pode ser retardado devido a algumas condições como, por exemplo, a de mães fumantes e/ ou alcoólatras (produzir IUGR – peso da criança dentro do menor décimo percentil para a idade da gestação) ou a gestação de gêmeos. A glicose (fonte energética principal para o desenvolvimento do feto), a somatomedina e a insulina (secretada pelo pâncreas fetal, necessária para o metabolismo da glicose) também são agentes que interferem no crescimento e peso, estimulando-os. 
TRIMESTRES DA GRAVIDEZ: no fim do primeiro trimestre de gravidez, o feto já desenvolveu todos os principais sistemas; no segundo já é possível verificar por ultra-sonografia os detalhes anatômicos e ao final desse o neném já consegue sobreviver caso nasça prematuramente; no último trimestre há a maturação do feto que já pode nascer aos 5 meses quando atinge os 2,5 kg.
NONA SEMANA: rápida aceleração do crescimento do comprimento do corpo; face larga, com olhos muito separados, mas fechando-se; cabeça ainda grande ou arredondada; orelhas com implantação baixa; as pálpebras ao se fecharem permanecerão assim até a 12ª semana.
DÉCIMA SEMANA: estágio, juntamente com a 11ª semana, de maior crescimento, alças intestinais visíveis e desenvolvimento inicial das unhas das mãos.
DÉCIMA PRIMEIRA SEMANA: intestino retornou para o abdome.
DÉCIMA SEGUNDA SEMANA: crescimento da cabeça é retardado ao final dessa semana; iniciam-se centros de ossificação primária especialmente no crânio e ossos longos; movimentos voluntários, embora não percebidos pela mãe, já são realizados; identificam-se processos gonadais que formarão os aparelhos reprodutores; a eritropoese passa a ser feita não só pelo fígado, mas também, pelo baço; formação da urina entre a nona e a décima segunda semana com sua excreção sendo feita no líquido amniótico que por muitas vezes é engolido pelo feto (desenvolvimento do reflexo de sucção); pescoço já é bem definido.
13ª A 16ª SEMANA: com 16 semanas a cabeça já está relativamente pequena e os membros inferiores ficaram mais compridos e inicia a formação das unhas dos pés. É possível ao feto estabelecer movimentos coordenados a partir da 14ª semana. A ossificação do esqueleto é ativa e os ossos claramente visíveis em ultra-som. Movimentos lentos dos olhos decorrem e esses ocupam uma posição anterior na face. As orelhas externas se aproximam de sua posição de finitiva e já é possível a determinação do sexo. O padrão dos cabelos no couro cabeludo começa a ser definido. Ao final estará medindo em torno de 11 cm.
17ª A 20ª SEMANA: crescimento retarda, os membros alcançam sua proporção relativa final. Os movimentos fetais passam a ser percebidos pelas mães além de outros que não são, como fazer caretas, levantar as sobrancelhas e coçar a cabeça. O contato do feto com a placenta será o determinante para a formação das digitais que também são indicadoras de como será a saúde cardíaca do futuro bebê. Inicia o desenvolvimento do paladar com a deglutição do líquido amniótico (início do funcionamento do sistema digestivo). O cérebro começa a controlar o coração e a elaborar a propriocepção. A pele é coberta por um material gorduroso secretado pelas glândulas sebáceas do feto e por células mortas da epiderme – vernix caseosa que protege a delicada pele do feto contra abrasões, rachaduras e endurecimento. As sobrancelhas e os cabelos, com 20 dias já se formaram e o lanugo recobre todo o vernix caseosa auxiliando na fixação desse à pele. Formação do tecido adiposo multilocular (marrom), nas regiões do pescoço, posterior ao esterno e área perirrenal, que produz calor a partir da oxidação de ácidos graxos. O feto nessa fase pesa em torno de 300g. 
 21ª A 25ª SEMANA: marcadas pelo ganho substancial de peso. A pele está enrugada (ausência de panículo adiposo) e translúcida principalmente no início da 21ª. A cor da pele varia de rosada a vermelha, pois o sangue é visto nos capilares. Com 21 semanas inicia-se o movimento rápido dos olhos e com 22 e 23 semanas o reflexo de piscar foi percebido. A maioria dos sentidos está desenvolvida como o sistema auditivo que amadurece permitindo ao bebê ouvir e reconhecer sons maternos. Com 24 semanas as células epiteliais secretoras (pneumócitos II) secretam surfactante, lipídio tensoativo que mantém os alvéolos pulmonares abertos. É um período muito arriscado para o nascimento, pois a criança pode morrer por ter o sistema respiratório imaturo. O peso é de 600g.
26ª A 29ª SEMANA: desenvolvimento do sistema respiratório, com capacidade de realizar trocas gasosas adequadas, sob o controle do SNC, que ao amadurecer, dirige os movimentos respiratórios rítmicos e controla a temperatura corporal. Com 26 semanas os olhos estão abertos com determinação dos pigmentos desses e os pêlos bem constituídos. Desenvolve-se o panículo adiposo eliminando muitas rugas. O baço fetal torna-se até a 28ª semana um local importante de hematopoese, porém na 29ª semana esse passa a ter função secundária com o desenvolvimento da medula óssea. O feto começa a dormir 90% do tempo e os outros 10% são marcados pelo reflexo do susto (movimentos de auto-defesa) – início do funcionamento do ciclo circadiano. Na 28ª semana o neném começa a ganhar peso e a desenvolver uma memória, com o SN se desenvolvendo ao nível do recém-nascido. O feto já pesa em torno de 1,1 kg.
30ª A 34ª SEMANA: no final deste período possui pele rosada e lisa. Quando nasce é considerado pré-maturo e já contem panículo adiposo correspondendo a cerca de 8% da massa corporal. O neném tem a capacidade ao final desse período de sonhar. O feto pesa 2,2 kg e mede cerca de 40 cm, tamanho máximo para o útero da mãe.
35ª A 40ª SEMANA: fetos com 35 semanas seguram-se com firmeza e orientam-se espontaneamente à luz. Com aproximadamente 3,4 kg e 50 cm, na 36ª semana, a circunferência da cabeça e a do abdome são quase iguais. Com 37 semanas o tamanho do pé é um pouco maior que o comprimento do feto. Com a aproximação do nascimento o crescimento retarda, sendo que durante as ultimas semanas de gestação o feto ganha cerca de 14 g por dia. 40 semanas do ciclo mas com 38 semanas para o desenvolvimento do feto.
 PESO BAIXO AO NASCIMENTO: pode ser devido à insuficiência placentária que diminuiu o suprimento de oxigênio e a nutrição do feto. Pode ocorrer em crianças prematuras por data (IUGR) causada por insuficiência placentária, gestação múltipla, doenças infecciosas, teratógenos que levam a anomalias congênitas, anomaliascardiovasculares, nutrição materna inadequada ou hormônios maternos e fetais insuficientes. Essas crianças apresentam falta de gordura e por isso são mais enrugadas. A não formação de uma artéria ou a degeneração precoce de um dos vasos do cordão umbilical (possuem 2 artérias e 1 veia) pode levar ao menor desenvolvimento fetal.
ALTERAÇÕES UTERINAS: o intestino e o pulmão ficam contraídos e o útero da mãe não comporta mais o bebê, não consegue expandir mais.
DATA ESPERADA DO PARTO: 266 dias após fertilização ou 280 dias após LNMP. Regra de Nägela: - 3 meses do dia do LNMP e + 1 ano e 7 meses = data estimada do parto (EDC).
SINDROME DA PÓS-MATURAÇÃO: ocorre quando algumas mães têm seus filhos 3 semanas após a data esperada. Tem grande mortalidade.
PARTO: trabalho de parto – sequência de contrações involuntárias que levam à dilatação da cérvice (colo do útero) e a saída do feto e da placenta. Os fatores desencadeantes serão os hormônios fetais e maternos. Alterações: hipotálamo fetal > corticotrofina > Adrenocorticotrofina (ACTH) > cortisol > estimular a produção de estrógenos maternos > contração materna e liberação da oxitocina e prostaglandinas. Na mãe ainda há a síntese de oxitocina (contrações do útero), liberada pela hipófise posterior que estimula a liberação das prostaglandinas (sensibiliza as células do miométrio para a ação da oxitocina). 
- 1º estágio – dilatação: ocorre a dilatação progressiva da cérvice devido às contrações dolorosas regulares. É o mais demorado.
- 2º estágio – expulsão: o feto desce pela cérvice e vagina saindo da mãe.
- 3º estágio – expulsão da placenta: a retração do útero e a compressão manual do abdome após o nascimento reduzem a área de ligação da placenta. Isso leva a um hematoma (sangue extravasado) que causa a separação da placenta do útero da mãe. A placenta é expelida pela vagina e fendas pudendas. É importante que toda a placenta seja expulsa para que não haja inflamação.
- 4º estágio – recuperação: as contrações do miométrio constringem as artérias espiraladas impedindo hemorragias. Bebês com pico de cortisol, o choro abre os alvéolos com expulsão do líquido amniótico presente nos mesmos.
- O tempo em cada estágio deve ser monitorado, pois caso demore muito o bebê pode ficar sem oxigenação no cérebro.

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