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Órgãos Linfoides Histologia Letícia França Classificação dos órgãos linfoides ▸Primários: timo e medula óssea ﹡Linfócitos B – produzidos e maturados na medula óssea ﹡Linfócitos T – são produzidos na medula óssea e maturados no timo (parênquima). ▸Secundários: armazenam os linfócitos e com estímulos produzem linfócitos por mitose (expansão clonal) ⇾Extraparietais: individualizados por uma cápsula: linfonodos e baço ⇾Intraparietais: tecido linfoide à mucosas (MALT ou TLAM): tonsilas, apêndice cecal, placa de peyer e nódulos isolados. ⇾Os linfócitos são ativados quando um antígeno é reconhecido. O macrófago reconhece o corpo estranho e comunica a um linfócito para que ele possa fazer o reconhecimento e assim comunicar os outros linfócitos que irão combater. ⇾Quando o linfonodo está respondendo alguma infecção ele incha (resposta inflamatória), quando comprimido se torna uma inflamação. Tecido Linfoide ⇾Com exceção do timo, são formados por: ⇾Células reticulares: formam as fibras reticulares ⇾Fibras reticulares: tem como estroma, as fibras colágenas do tipo III (fibras reticulares) ⇾ Presença de macrófagos ⇾Linfócitos B (se armazenam nos órgãos linfoides secundários formando nódulos – nodular) e T (se armazenam nos OL secundários de forma difusa, não regular - difuso). TIMO ⇾É um órgão linfoide único, localizado no mediastino ⇾Envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo, dividindo o órgão em dois lobos (partes macroscopicamente visíveis) – órgão bilobado. Essa cápsula conjuntiva em cada lobo se projeta para o interior do órgão, surgindo subdivisões lóbulos. ⇾Embriologia: o timo é originado da 3ª e 4ª bolsas faríngeas (dilatações do intestino anterior primitivo, originado do endoderma – folheto de natureza endotelial). O timo é formado por estruturas de natureza epitelial. ⇾Com isso, seu estroma é formado por células epiteliais estreladas, cujos prolongamentos citoplasmáticos vão se conectar firmando por meio de desmossomos – células reticulo-endoteliais. ⇾Ausência de linfócito B e nódulos linfáticos ⇾Possui apenas vasos linfáticos eferentes ⇾As cápsulas adentram o órgão por meio dos septos se capilarizando Septo conjuntivo separando os lóbos em inferior e superior. ⇾Quando um linfoblasto chega no timo, ele migra da circulação sanguínea através da periferia dos lobos para a medula se transformando em timócitos e depois em linfócitos maduros. (Parênquima) Linfócitos são células esféricas com núcleo esférico, denso e basófilo que ocupa toda a célula. Linhagem linfocitária é formada por linfoblastos, timócitos e linfócitos maduros. Órgãos Linfoides Histologia Letícia França Barreira Hematotímica ⇾Localizada na região cortical do timo ⇾Estrutura com capilares sanguíneos que vai controlar a saída da corrente sanguínea e entrada para o parênquima do timo. ⇾Na região cortical do timo, os capilares são envolvidos por estruturas que auxiliam nesse controle – células reticulo-epiteliais. ⇾Composta por: endotélio e sua lâmina basal, lâmina basal da célula retículo-epitelial e a célula retículo- epitelial. Células retículo- endoteliais Desmossomos Linfoblastos e linfócitos (pretas e cinza) Riscos rosas: prolongamento das células. Região cortical: muitas células linfocitárias (roxo escuro) ▸Periférica/ Córtex: ⇾Maior densidade celular ⇾Intensas proliferações ⇾Onde ocorre a maturação: linfoblastos – timócitos – linfócitos maduros. ▸Central/ Medula: ⇾Menor densidade celular ⇾Linfócitos maduros saem do timo ou sofrem apoptose – seleção dos linfócitos. Linfócitos maduros ⇾Os linfócitos B reconhecem antígenos pela configuração espacial de moléculas inteiras ou de fragmentos de moléculas. ⇾Os linfócitos T somente reconhecem determinantes antigênicos colocados nas fendas das moléculas de MHC de APCs (células apresentadoras de antígenos) O processamento de antígenos é o mecanismo pelo qual as células digerem proteínas, transformando-as em peptídeos pequenos que serão ligados as moléculas do MHC dos tipos I ou II. ⇾Necessitam ser MHC restritos (reconhecer ou MHC 2 – antígenos exógenos, meio extracelular ou MHC 1 – antígeno endógenos, presentes no citosol), tem que se comportar como linfócitos auxiliares ou citotóxicos. MHC – proteínas ⇾Tem que tolerar antígenos próprios e reconhecer antígenos não-próprios ⇾Isso é avaliado pela seleção das células dendríticas tímicas da medula. Quando há falha na seleção levam ao desenvolvimento de doenças auto imunes. Estroma: parte estrutural dos órgãos (mecânica, física, nutricional). Na maior parte do corpo é constituída por tecido conjuntivo com fibras reticulares. Parênquima: como a parte funcional do órgão Órgãos Linfoides Histologia Letícia França Marcadores de células linfocitárias: *Receptores de células T (TCR) ⇾Linfoblastos como são imaturos, não possui genes, não é possível identificar marcadores – duplos negativos (não expressam CD4 nem CD8) e TRC negativas. ⇾Depois que eles entram em contato com as células reticulo-epiteliais do córtex, essas células secretam substâncias que induzem a modificação da expressão genica. (migram por pseudópodes) ⇾Timócitos: apresentam TCR positivo e são duplo positivas (apresentam CD4 e CD8). Se localizam na região intermediária do córtex. ⇾As células reticulo-epiteliais localizadas nessa região intermediária vão produzir toxinas que vão induzir (reprimir) a supressão de um dos genes (CD4 ou CD8) ﹡Linfócitos Th: CD4+, CD8-, TCR+ (auxiliares - Lta) -Reconhece MHC – II. Reconhece o antígeno e atrai macrófagos e outras células de defesa para combatê-lo. Recruta. ﹡Linfócito Tc: CD8+, CD4-, TCR+ (citotóxicos) – Reconhece MHC – I. Reconhece e mata os antígenos, participa efetivamente da resposta. Áreas timo-dependentes ⇾Linfócitos que passam pela seleção, entram na circulação linfática sendo drenados para a circulação sanguínea. ⇾A maioria dos linfócitos T vai para um órgão linfoide secundário e se difundem em diferentes regiões (áreas timo-dependentes): 1. Região paracortical dos linfonodos: nos linfonodos 2. Bainhas linfocitárias periarteriolares do baço: no baço 3. Tecido linfoide difuso dos órgãos linfoides secundários intraparietais: nos órgãos intraparientais. ﹡Experimentos: -Timectomia: desaparecimento das áreas t- dependentes -Radiação: manutenção das áreas t-dependentes -Alguns autores consideram que o timo é um órgão produtor de lifocinas (entram na corrente sanguínea e agem como hormônios a distância) -1ª linfocina: timosina (citocina que estimula a proliferação celular e impede a apoptose) Corpúsculos de Hassal ⇾Característicos do timo: encontrados na medula do timo – estruturas arredondadas, concêntricas. ⇾Célula epitelial do tipo 6: encontrada na medula, diferenciada que sofreu displasia, produz muita queratina e se unem formando o corpúsculo de Hassal. ⇾Mudam de forma para um formato de meia-lua, perdem o núcleo, se queratinizam agregando-se. ⇾Esse corpúsculo aumenta em número com o avançar da idade. Cresce em tamanho, pois novas células vão se agregando. *Alguns autores acreditam que tem a função de produzir as linfocinas (ou linfopoetinas). Órgãos Linfoides Histologia Letícia França Involução tímica é funcional, se inicia com a diminuição de linfoblastos que chegam até o timo a partir do 2º ano de vida – vai aumentando progressivamente, à medida que os linfoblastos vão diminuindo vai ocorrer a infiltração de adipócitos que aumenta na puberdade. À medida que o tempo vai passando aumenta o armazenamento de linfócitos T nos órgãos linfoides secundários. Criando imunidade. ÓRGÃOS LINFÓIDES SECUNDÁRIOS ⇾Recebem e armazenam os linfócitos T e B maduros e produzem novos por expansão clonal. ⇾Durante as respostas imunológicas esses órgãos aumentam de tamanho, gerando compressão doslinfonodos/órgãos e consequentemente inflamação. Linfonodos ⇾Pequenos órgãos localizados no sistema linfático. ⇾Estroma formado por fibras e células reticulares. ⇾Evitam a generalização das inflamações e infecções. ⇾Realizam a filtragem da linfa – resposta a microrganismos *Área convexa: atravessada por vários vasos linfáticos aferentes. *Face côncava (hilo do linfonodo): com vaso linfático eferente, uma artéria e uma veia. *Bolinhas: linfócitos B, parte mais periférica do linfonodo – córtex superficial *Região córtex profundo ou para cortical: linfócitos T *Seio subcapsular: entre a capsula e os folículos – onde a linfa é filtrada *Trabécula: caminho para a região medular, os espaços nas trabéculas são chamados de seios peritrabeculares – direciona a linfa para a região medular. *Seio peritrabeculares: envolvem as trabéculas *Seios: cheios de macrófagos *Seios medulares: encontra linfócitos B e T – confluência dos seios peritrabeculares *Cordões medulares: linfócitos condensados, armazenados ⇾Trajetória da linfa dentro do linfonodo: Vasos linfáticos aferentes – seios sub capsulares – seios peritrabeculares – seios medulares – vaso linfático eferente (único). Baço ⇾Órgão localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, abaixo do diafragma. ⇾Estroma formado por fibras e células reticulares ⇾Órgão hematopoiético na vida intrauterina Órgãos Linfoides Histologia Letícia França ⇾Principal local da hemocaterese (destruição de hemácias) ⇾Função de filtragem do sangue (reconhece hemácias velhas e microrganismos) ⇾Circulação sanguínea fechada e aberta (órgão hemorrágico) *Cápsula de tecido conjuntivo que tem uma maior quantidade de fibras, mais espessas - se é um órgão hemorrágico tem que expandir com facilidade. É revestida externamente por mesotélio. *A cápsula emite para o interior do órgão projeções (trabéculas), que servem para distribuir a vascularização. *Artérias trabeculares (artérias esplênicas ramificadas): percorrem o interior das trabéculas. As artérias trabeculares quando se ramificam, saem da trabécula e percorrem o parênquima esplênico (interior do órgão). *Bainha linfocitária Peri-arteriolar (de marrom na imagem): bainha de linfócito T, envolta da artéria central (ou artéria trabecular). *Artéria central se ramificam em arteríolas penincilares que se ramificam formando os capilares sinusóides (parede com orifícios) e em seguida os seios da zona marginal. *As arteríolas penincilares que não formam os capilares sinusóides (acabam abruptamente) deixando o sangue sair do sistema circulatório (parte hemorrágica) polpa vermelha – região rica em sangue solto, células reticulares e capilares (localizam ao redor da polpa branca) *Esse sangue pode retornar aos capilares sinusóides, estes se fundem formando as vênulas da polpa vermelha – veias trabeculares – veias esplênicas. ⇾Regiões esplênicas: *Região onde artérias revestidas por linfócitos, circulação fechada: polpa branca – conjunto dos nódulos e das bainhas linfocitárias Peri-arteriolares, armazenamento de linfócitos B e T. *Polpa vermelha: capilares sinusóides e cordões esplênicos (circundam os sinusóides esplênicos, contém plasmócitos, macrófagos e hemácias sustentados por um estroma de células e fibras reticulares). ⇾Arteríolas atravessando os nódulos de linfócito B – característica de baço (na lâmina) ⇾Órgãos secundários Intraparentais (associados à mucosa – MALT): tonsila palatina, apêndice cecal, placa de peyer (intestino delgado, íleo), bronquíolo. *São locais sujeitos a invasões microbianas frequentes, por estarem expostos ao meio externo, por isso a localização do tecido linfoide é estratégica para detectar antígenos rapidamente. MALT= conjunto do tecido linfático das mucosas.
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