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Governança corporativa e responsabilidade social empresarial
As regras, os processos, os costumes e as políticas utilizadas para a administração de uma empresa são conhecidas como governança corporativa. 
Essa governança, contudo, não exclui as relações entre os sujeitos envolvidos em seu processo e os seus objetivos, para os quais a corporação é “governada”. 
Hoje, as organizações contemporâneas contemplam na sua formação externa, além dos sujeitos interessados – os acionistas, por exemplo –, também os credores, o mercado comercial, os fornecedores, os clientes e as comunidades afetadas com as suas atividades corporativas, e são conhecidos como stakeholders. E contemplam internamente o Conselho de Administração, executivos e os seus respectivos empregados. 
Os stakeholders são os responsáveis pelo planejamento ou plano com visão mais ampla de todos os envolvidos em um processo ou projeto empresarial para saber de que forma podem contribuir para a otimização dos processos empresariais. 
· Eles podem ser considerados de importância singular ao planejamento estratégico da empresa e organização e
· se formam pelos empregados da empresa, seus gestores, seus gerentes, seus proprietários, seus fornecedores, seus concorrentes, seus clientes, seus credores, o Sindicato, o Estado, ONGs e todas as demais pessoas que estejam relacionadas com uma determinada ação ou projeto empresarial. 
O planejamento estratégico empresarial e organizacional
· é um processo gerencial no qual se formulam objetivos e se selecionam programas de ação para execução, tomando as condições internas e externas da empresa e a evolução esperada. 
Bateman e Snell (1998) distinguem planejamento estratégico de administração estratégica, sendo que, para os autores, ela constitui-se no processo que envolve administradores de todos os níveis da organização, que formulam e implementam objetivos e planejamentos estratégicos. Assim, trata-se do processo de elaboração da estratégia, na qual se definiria a relação entre a organização e o ambiente interno e externo, bem como os objetivos organizacionais, com a definição de estratégias alternativas. Pode-se dizer que o planejamento estratégico funciona para prever o futuro da empresa ou organização, por isso é de longo prazo, pois, na generalidade, divide-se em três níveis o planejamento, qual seja: 
· estratégico (longo prazo), 
· tático (médio prazo) e 
· operacional (curto prazo). 
A governança corporativa se utiliza dos stakeholders para legitimar as ações da empresa por possuírem papel direto ou indireto na gestão de resultados da empresa e do planejamento estratégico para ações com o estabelecimento da relação entre a organização e o ambiente interno e externo, os objetivos organizacionais e a definição de estratégias alternativas. 
A Governança Corporativa é, 
· uma ferramenta importante da empresa moderna que preza pela transparência para com os seus acionistas, bem como a fidelização da clientela, além do acesso às informações dos interessados. 
Neste sentido, Vidigal (2008, p. 7) nos aponta que:
· Governança corporativa é uma má tradução da expressão inglesa corporate governance. A origem é o verbo latino gubernare, que quer dizer 'governar', ou 'dirigir', 'guiar'. O significado, meio vago, é o sistema pelo qual os acionistas de uma empresa (corporation em inglês) 'governam', ou seja, tomam conta, de sua empresa. 
· É um sistema que, usando principalmente o 'Conselho de Administração' (Board of Directors em inglês), também a Auditoria Externa, e às vezes também o Conselho Fiscal (que ao contrário do de Administração não é obrigatório), estabelece regras e poderes para Conselho, seus comitês e diretoria, evitando os abusos de poder tão comuns no passado.
· Cria também instrumentos de fiscalização da diretoria.
A Figura demonstra um esquema de como funciona este modelo de governança, veja:
A Governança Corporativa tem como objetivo:
· recuperar e garantir a confiabilidade da empresa para os seus acionistas, criando mecanismos de incentivo e monitoramento para assegurar o comportamento dos executivos para que estes estejam alinhados aos interesses dos acionistas.
Os acionistas são os investidores do negócio (de empresa) e os executivos são os contratados para a gestão do negócio (da empresa).
Assimile
A Governança Corporativa será sempre uma ferramenta importante da empresa moderna porque traz transparência em suas ações para os acionistas, promove a fidelização da clientela e dá acesso aos interessados de suas informações. Isso promove a boa gestão com o repúdio às fraudes e aos abusos de poder econômico como respeito à sociedade e aos consumidores, além de ser uma ferramenta importante para a imagem empresarial.
Podemos dizer que este modelo é uma ferramenta indispensável da empresa na atualidade, pois, segundo Steinberg (2003, p. 18), constitui: “O conjunto de práticas e de relacionamentos entre acionistas/cotistas, conselho de administração, diretoria executiva, auditoria independente e conselho fiscal com a finalidade de aprimorar o desempenho da empresa e facilitar o acesso ao capital”. 
Essa definição traz uma excelente contribuição porque, quando se refere à “cotista”, inclui a Ltda., ou seja, a sociedade limitada por cotas até porque a impressão que se tem é que somente as S.A. – sociedades anônimas – praticam a Governança Corporativa. 
Ainda, chama a atenção para a finalidade e a fiscalização, importantíssimas para o êxito da empresa. 
Outra questão levantada para Steinberg (2003), com muita propriedade, é que a Governança Corporativa cria um modelo balanceado de distribuição do poder. Em outras palavras, isso quer dizer que a empresa descentraliza o poder sem desmerecer a responsabilidade de cada e ainda contribui: “Implantar a governança corporativa não é somente acatar regras, pois, governança corporativa tem tudo a ver com qualidade da atitude e escala de valores, no mais puro sentido humano.” (STEINBERG, 2003, p. 18)
O stakeholders é de importância vital, portanto, a governança corporativa alinha os seus objetivos com os objetivos da empresa, pois, segundo Steinberg (2003), não há nada mais competitivo e moderno para o sucesso do que alinhar os objetivos de todos para um crescimento saudável e duradouro da empresa. É essencial compreender que o objetivo principal da Governança Corporativa está na recuperação e na garantia de confiança da empresa para os acionistas, por essa razão o monitoramento do comportamento dos executivos como ferramenta para garantir a missão, a visão e os valores da empresa.
A governança corporativa eficiente preza pela: 
· transparência, 
· participação, 
· estado de direito, 
· responsabilidade, 
· orientação por consenso, igualdade e inclusão, 
· efetividade e eficiência, 
· accountability (prestação de contas). 
Destaca-se que as principais ferramentas utilizadas na Governança Corporativa para assegurar o controle da propriedade sobre a gestão são: 
· o Conselho de Administração,
· a Auditoria Independente e 
· o Conselho Fiscal. 
Os benefícios proporcionados por ela são muitos, principalmente, promove o desenvolvimento econômico sustentável e previne possíveis insucessos, tais como: 
• Erros estratégicos: resultado em que o poder está centrado no principal executivo. 
• Abuso de poder: resultado de poder excessivamente centrado no executivo principal. 
• Fraudes: resultado da utilização de informações privilegiadas para se beneficiar direta ou indiretamente, atuando em conflito de interesses.
A Responsabilidade Social Empresarial é viabilizada e muito pela Governança Corporativa porque, nas relações estabelecidas no mercado, a transparência e as idoneidades refletem a imagem empresarial, a responsabilidade social chancela esse processo. É realidade no Brasil e no mundo que as práticas sociais reforçam a valorização das empresas.
Neste sentido, podemos destacar algumas empresas que são adeptas à governança corporativa, quais sejam: Banco Itaú S/A, Sabesp, Furnas, Banco HSBC, Banco Santander, Vale, Telefônica, TAM Linhas aéreas, Brasil Telecom,Ultrapar – Ultragaz, Petrobras, entre outras.
Referência: Responsabilidade social e ambiental - Benedita de Fátima Delbono

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