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Disciplina: Operações Unitárias Docente: Alcivan Almeida Evangelista Neto Discente: Wigna Élen de Oliveira Curso: Biocombustíveis (4.8427.1V) ESTUDO SOBRE CRISTALIZAÇÃO E SUAS APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA QUÍMICA Apodi – RN Dezembro de 2020 SUMÁRIO 1. CRISTALIZAÇÃO ............................................................................................................. 3 2. TÉCNICAS DE CRISTALIZAÇÃO ................................................................................. 3 2.1. CRISTALIZAÇÃO INDUZIDA ................................................................................... 3 2.2. CRISTALIZAÇÃO POR REAÇÃO QUÍMICA .......................................................... 4 2.3. CRISTALIZAÇÃO POR EVAPORAÇÃO .................................................................. 4 3. ALGUNS EQUIPAMENTOS DE CRISTALIZAÇÃO ................................................... 4 3.1. TANQUES DE CRISTALIZAÇÃO ............................................................................. 4 3.2. CRISTALIZADOR A VÁCUO .................................................................................... 5 3.3. CRISTALIZADOR DE SWENSON-WALKER .......................................................... 6 4. CRISTALIZAÇÃO NAS INDÚSTRIAS........................................................................... 7 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 8 3 1. CRISTALIZAÇÃO A cristalização é uma operação unitária que consiste na transformação de uma ou mais substâncias do estado líquido, sólido amorfo e/ou sólido para o estado cristalino. Esse método é de grande importância, haja vista que, em um processo de produção de substâncias cristalinas, a pureza do produto final pode ser afetada na última etapa, então, a cristalização é capaz de impedir que isso ocorra (CARLOS et al., 2017). O procedimento de cristalização ocorre em duas etapas essenciais: a nucleação (primária e secundária) e o crescimento do cristal. Na primeira fase, é importante que aconteça a geração de condições no seio da mistura que se deseja cristalizar, pois, desse modo, as moléculas tendem a se unirem e formarem o cristal. Para que tudo ocorra de maneira eficaz, é preciso que haja sempre uma circulação ou agitação da mistura líquida, pois esse movimento propicia o contato/união das moléculas entre si. Na segunda fase, quando o núcleo já encontra-se construído, o cristal começa a criar forma. Esse crescimento pode ser condicionado por alguns fatores, por exemplo: o grau de sobressaturação, a velocidade da agitação/circulação, a temperatura etc. (PEIXOTO, 2013). A Figura 01 exemplifica esse processo. Figura 01: Esquematização de um processo de nucleação e crescimento de cristal 2. TÉCNICAS DE CRISTALIZAÇÃO A cristalização conta com diversas técnicas, as quais se distinguem no método de alcance da supersaturação, que pode ser por meio de: reação química, resfriamento, evaporação, vácuo ou inserção de antissolvente (CARLOS et al., 2017). 2.1. CRISTALIZAÇÃO INDUZIDA FONTE: CARLOS et al., 2017 4 Nesse método, há uma diminuição no consumo de energia, o que é importante. O processo acontece quando um corpo é inserido em uma substância sem ocasionar uma reação química, apenas alterar a solubilidade. A precipitação ocorre porque, com a adição do composto, o nível de soluto aumenta e o solvente tem dificuldade de dissolver tudo, então o precipitado se forma (CARLOS et al., 2017). 2.2. CRISTALIZAÇÃO POR REAÇÃO QUÍMICA De acordo com Carlos et al. (2017), nesse tipo de cristalização, o precipitado (insolúvel) é formado pela reação química entre dois compostos solúveis 2.3. CRISTALIZAÇÃO POR EVAPORAÇÃO Nessa técnica de cristalização, a concentração da solução – formação do precipitado – acontece em temperatura constante, a qual ocasiona a evaporação do solvente existente, deixando apenas o soluto. Isso ocorre porque o calor, proveniente da temperatura, transpassa um trocador de calor situado no interior do cristalizador. Essa espécie de cristalização é, geralmente, aplicada nos casos em que a solubilidade é variável juntamente com a temperatura (CARLOS et al., 2017). 3. ALGUNS EQUIPAMENTOS DE CRISTALIZAÇÃO Os cristalizadores são equipamentos nos quais a cristalização acontece. Esses equipamentos podem ser categorizados de acordo com o modo de obtenção de partículas. Primeiramente, existem os cristalizadores que realizam a precipitação através do resfriamento de uma solução concentrada e quente. Há, também, os cristalizadores que promovem a precipitação por meio da evaporação de uma solução. Por fim, existem os cristalizadores que causam a precipitação por intermédio do resfriamento e da evaporação (PEIXOTO, 2013). 3.1. TANQUES DE CRISTALIZAÇÃO Os tanques de cristalização (Figura 02) possuem um funcionamento que consiste no escoamento da solução quente, seguido do resfriamento dessa mesma solução e, por fim, a raspagem/agitação dos cristais. Esse modelo de cristalizador é formado por um tanque com agitação, um fundo cônico e serpentinas de resfriamento (CARLOS et al., 2017). 5 Figura 02: Ilustração de tanques de cristalização Os tanques de cristalização possuem como característica positiva o seu funcionamento de baixo custo e grande eficiência. Além do mais, trata-se de equipamento mais recomendado para processos de pequenas escalas. Como pontos negativos, destacam-se a despesa com mão de obra, a irregularidade do produto final e a baixa solubilidade (CARLOS et al., 2017). Esse tipo de equipamento é bastante empregado em indústrias de cristalização de açúcar, exercendo as seguintes funções: resfriamento da temperatura, formação de cristais, inserção de mel na água quente e aumento da concentração – alterando a aparência (CARLOS et al., 2017). 3.2. CRISTALIZADOR A VÁCUO O cristalizador a vácuo (Figura 03) opera através da vaporização pelo calor da carga, seguida do resfriamento do líquido (ao passar para o outro “flash”) e, por fim, a ocorre a própria cristalização. Figura 03: Ilustração de um cristalizador a vácuo FONTE: CARLOS et al., 2017 6 3.3. CRISTALIZADOR DE SWENSON-WALKER O cristalizador tipo Swenson-Walker (Figura 04) é caracterizado pelo seu funcionamento, que é através do resfriamento. No que diz respeito à sua estrutura, o equipamento possui um calha de formato semicilíndrico, podendo funcionar tanto de maneira individual, quanto de maneira acoplada a outras unidades (quatro, no máximo), contanto que todas as calhas estejam ligadas a um mesmo motor (PEIXOTO, 2013). Figura 04: Ilustração de um cristalizador Swenson-Walker FONTE: PEIXOTO, 2013 FONTE: PEIXOTO, 2013 7 4. CRISTALIZAÇÃO NAS INDÚSTRIAS Segundo Carlos et al. (2017), a cristalização é um procedimento aplicado em diversas indústrias, trabalhando de acordo com as especificidades de cada uma. No ramo alimentício, por exemplo, o processo é utilizado para a produção de sal e açúcar; no ramo farmacêuticos, para ácido bórico; no ramo de minérios, para a remoção de óxido de alumínio contido na bauxita; no setor metalúrgico, para alumínio e níquel; e no setor químico, para a geração de sulfato de sódio e amônia destinados à produção de fertilizantes, compostos para inseticidas, entre outros. Já de acordo com Peixoto (2013), outros setores nos quais a cristalização é empregada, são: o setor de cosméticos, para a obtenção de ácido hialurônico, por exemplo; e na formulação de sorvetes, cremes etc. 8 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARLOS, Antônio et al. Cristalização. 2017. Disponível em: https://pt.slideshare.net/JliaFigueiredo3/cristalizao-operaes-unitrias-b.Acesso em: 22 dez. 2020. PEIXOTO, André. Introdução às operações unitárias e o processo de cristalização. 2013. Disponível em: https://pt.slideshare.net/silvaniamendesmoreschi/cristalizao- 25618984. Acesso em: 22 dez. 2020. https://pt.slideshare.net/JliaFigueiredo3/cristalizao-operaes-unitrias-b https://pt.slideshare.net/silvaniamendesmoreschi/cristalizao-25618984 https://pt.slideshare.net/silvaniamendesmoreschi/cristalizao-25618984
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