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1 May Freitas (Saúde da Mulher) DIREITOS DA GESTANTE REF: CADERNETA DA GESTANTE Toda mulher tem direito ao atendimento na gravidez, no parto e após o parto e pode contar com a rede cegonha, uma ação de saúde do SUS que fortalece os direitos das mulheres e das crianças. O SUS é obrigado a garantir, em toda sua rede de serviços, o atendimento pré-natal às gestantes. Dessa forma, a gestante poderá realizar todos os principais exames de pré - natal, que são: sangue para anemia e outras questões; glicemia, para diabetes; urina, para infecção urinária; tipagem sanguínea, coombs indireto; VDRL, para sífilis; alguns sorológicos, para HIV e Hepatite B; eletroforese hemoglobina, para rastrear a anemia falciforme; além da ultrassonografia. DIREITOS DA GESTANTE ANTES E DEPOIS DO PARTO DIREITOS TRABALHISTAS: Licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias para gestantes com carteira de trabalho assinada. ESSE TRECHO É DO DOCUMENTO DE SP. ASPESCTOS ÉTICOS E TRABALHISTAS Ao descobrir sua gravidez, a mulher deve informar a empresa onde trabalha, no menor tempo possível a partir desse anúncio, entregando cópia de exame laboratorial ou relatório médico com o diagnóstico. A empresa é proibida de demiti-la sem justa causa. Se a demissão foi imotivada, a gestante tem o direito de reintegração em seu emprego, se esta ocorrer no período de estabilidade; se estiver fora desse período, a garantia restringe-se aos salários e direitos adicionais correspondentes ao expediente de estabilidade. O Tribunal Superior do Trabalho (Súmula 24) não afasta o direito ao recebimento de indenização da estabilidade pela alegação de desconhecimento do estado gravídico, quando da decisão pela demissão. Quando as condições de saúde exigirem ou houver risco à gravidez, é garantida à gestante mudança de função, tendo o direito de retorno após a gestação e parto (art. 392, par.4º, I CLT). É facultado à gestante romper qualquer contrato de trabalho se for constado, mediante atestado médico, que a atividade laboral pode ser prejudicial à sua saúde (art. 394 da CLT). LICENÇA-MATERNIDADE A licença à grávida, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias está garantida no artigo 7º, inciso XVIII da Constituição Federal. Pode iniciar-se a partir do 28º dia antes do parto, mediante apresentação do atestado médico. O texto do artigo diz que “é proibido o trabalho da mulher grávida no período de 28 dias antes e 92 dias depois do parto”. Se o parto for antecipado ou a licença for iniciada pós-parto, o período de gozo é integral (art. 392, CLT). O projeto de lei que amplia a licença maternidade para 180 dias (nº 281, de 10 de agosto de 2005) foi sancionado pela Presidência da República em 9 de setembro de 2008. De acordo com esse projeto, o salário dos 2 meses excedentes aos 120 dias de licença vigentes será pago pelas empresas que optarem pela licença ampliada, mas sem o reembolso pela Previdência Social, como ocorre com os 120 dias. A adesão ao programa é facultativa, tanto para a empresa quanto para a empregada e, desde que realizada, confere à empresa o direit ode deduzir do imposto de renda o valor correspondente à remuneração da empregada referente aos 60 dias que perdurar a prorrogação da licença-maternidade – Programa empresa cidadã! 2 May Freitas (Saúde da Mulher) A gestante tem direito de não ser demitida enquanto estiver grávida e até cinco meses após o parto, a não ser por “justa causa”. Mudar de função ou setor em seu trabalho, caso ele apresente riscos ou problemas para sua saúde ou à saúde do bebê. Para isso, apresente à sua chefia um atestado médico comprovando que você precisa mudar de função. Receber DECLARAÇÃO DE COMPARECIMENTO sempre que for às consultas de pré-natal ou fizer algum exame. Apresentando esta declaração à sua chefia, a gestante terá a falta justificada no trabalho. Até o bebê completar seis meses, você tem o direito de ser dispensada do trabalho todos os dias, por dois períodos de meia hora ou um período de uma hora, para amamentar. Combine com seu empregador o melhor jeito de aproveitar esse tempo. Licença de cinco dias para o pai logo após o nascimento do bebê. DIREITOS SOCIAIS: Guichês e caixas especiais ou prioridade nas filas para atendimento em instituições públicas e privadas (bancos, supermercados, lojas). Assento prioritário para gestantes e mulheres com bebê no colo em ônibus e metrô. Peça licença e ocupe o lugar que é seu. No ônibus a gestante pode sair pela porta da frente. Se a sua família é beneficiária do Bolsa Família, você tem direito ao benefício variável extra na gravidez e durante a amamentação. ENTREGA EM ADOÇÃO: A Lei nº 12.010/2009 garante a gestante o direito de receber atendimento psicossocial gratuito se desejar, precisar ou decidir entregar a criança em adoção. Procurar a Vara da Infância e Juventude de sua cidade. GESTANTE ESTUDANTE: A Lei nº 6.202/1975 garante à estudante grávida o direito à licença-maternidade sem prejuízo do período escolar. A partir do oitavo mês de gestação a gestante estudante poderá cumprir os compromissos escolares em casa – Decreto-Lei nº 1.044/1969. O início e o fim do período de afastamento serão determinados por atestado médico a ser apresentado à direção da escola. Em qualquer caso, é assegurado às estudantes grávidas o direito à prestação dos exames finais. DIREITOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE: Ser atendida com respeito e dignidade pela equipe, sem discriminação de cor, raça, orientação sexual, religião, idade ou condição social. Ser chamada pelo nome que preferir e saber o nome do profissional que a atende. Aguardar o atendimento sentada, em lugar arejado, tendo à sua disposição água para beber e banheiros limpos. Em caso de óbito fetal (aborto), aplica-se o direito à licença-maternidade como no caso de nascimento de feto vivo. Nos casos de aborto, a lei contempla o direito a repouso remunerado de 2 semanas e retornar à função que ocupava antes. 3 May Freitas (Saúde da Mulher) LEI DA VINCULAÇÃO PARA O PARTO: Lei Federal nº 11.340/2007, que garante à gestante o direito de ser informada anteriormente, pela equipe do pré-natal, sobre qual a maternidade de referência para seu parto e de visitar o serviço antes do parto. GESTANTE E BEBÊ SEMPR E TÊM O DIREITO A VAGA: Para o parto a gestante deve ser atendida no primeiro serviço de saúde que procurar. Em caso de necessidade de transferência para outro serviço de saúde, o transporte deverá ser garantido de maneira segura. LEI DO DIREITO A ACOMPANHANTE NO PARTO: Lei Federal nº 11.108/2005, que garante às parturientes o direito a acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, no parto e no pós-parto, no SUS. Este acompanhante é escolhido pela gestante, podendo ser homem ou mulher. VIOLÊNCIAS NA GRAVIDEZ: Se você sofrer qualquer tipo de violência física, sexual ou psicológica por parte de pessoas próximas ou desconhecidas e desejar ajuda do serviço de saúde, converse com o profissional que a está atendendo. Procure orientações para defender seus direitos e não permitir que aconteça novamente. Ligue 180 ou Disque Saúde – 136, de forma gratuita, e denuncie. LICENÇA PARA MÃE ADOTIVA: A licença a maternidade e o salário maternidade foram estendidos para a mãe adotova e para a pessoa que obtém a guarda judicial de uma criança pela lei 1-.421, de 15/04/2002. A licença maternidade será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. O período de licença é 120 dias, independente da idade da criança, ou 180 dias nos casos do programa empresa cidadã (considerando criança como pessoa com ate 12 anos de idade incomplstos). Uma mulher que adota (compondo uma família monoparental), não encontra problemas para obter o salário maternidade, mas os homens enfrentam obstáculos. A lei fala no feminino,deixando dúvidas a esse respeito. ADOÇÃO POR CASAL HOMOAFETIVO: O casal homoafetivo deve possuir os mesmos direitos de um casal heterosexual. REF: Guia dos Direitos da Gestante e do Bebê OS DIREITOS DOS BEBÊS ➢ Ser registrado gratuitamente; ➢ Receber a caderneta de saúde da criança; ➢ Realizar gratuitamente o teste do pezinho (o ideal é que seja feito entre o terceiro e o sétimo dia de vida); ➢ Realizar gratuitamente o teste da orelhinha; ➢ Ter acesso a serviços de saúde de qualidade; ➢ Receber gratuitamente as vacinas indicadas no calendário básico de vacinação; 4 May Freitas (Saúde da Mulher) ➢ Mamar exclusivamente no peito durante os primeiros 6 meses de vida; ➢ Ser acompanhado pela família e pelos profissionais de saúde em seu crescimento e desenvolvimento; ➢ Ser acompanhado pelos pais durante a internação em hospitais; ➢ Ter uma família e convivência com a comunidade; ➢ Viver num lugar limpo, ensolarado e arejado; ➢ Viver em ambiente afetuoso e sem violência. REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 163 p. 2. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré-natal e puerpério / organizado por Karina Calife, Tania Lago, Carmen Lavras – São Paulo: SES/SP, 2010.234p. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta da Gestante. Brasília – DF Edição eletrônica – 2014. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/caderneta_gestante.pdf Acesso em: 21/08/2020. 4. SÃO PAULO (Estado). Guia dos Direitos da Gestante e do Bebê / UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância ; [ilustrações de Ziraldo]. - São Paulo : Globo, 2011. http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/caderneta_gestante.pdf
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