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ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 1 Amanda Andrade ARQUITETURA PSICO AMBIENTAL: ESTUDO DOS ESPAÇOS EM PROL DO INDIVÍDUO. Lorenna Silva Rennan Santos Thaís Lage Amanda Machado (orientadora) RESUMO O presente trabalho tem por objetivo a análise da conexão entre as áreas de estudo: arquitetura e psicologia, com foco na psicologia ambiental aplicada na arquitetura, analisando o ponto de vista de diversos autores e de obras que ajudam a entender os assuntos tratados. Mostra-se, como uma arquitetura multifuncional, que se adéqua a um público específico, pode e deve-se explorar todos os sentidos. Como a relação do indivíduo e o espaço deve-se ser pensada e bem planejada para que ao criar uma arquitetura específica, passa-se também atingir demais indivíduos, onde se faz que a arquitetura seja vetor de melhorias e discussões sociais. A evolução do termo psico ambiental dentro da arquitetura vem se mostrando cada vez mais relevante, e faz com que possa se entender que o espaço pode gerar mudanças de humor, saúde e pensamentos. Tem-se então como objetivo geral deste artigo consistir em analisar a evolução do termo psico ambiental dentro da arquitetura, com foco na especificidade, mostrando que deve se planejar e pensar além do círculo social. Mostrando também essa conexão entre duas áreas de estudos, que resulta em uma melhoria para toda a sociedade. PALAVRAS- CHAVE Arquitetura psico-ambiental, Sentidos, Espaços, Especificidade. LINHA DE PESQUISA Arquitetura Psicoambiental ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 2 INTRODUÇÃO Com base nas pesquisas, a psicologia ambiental é a área que estuda as relações entre o indivíduo e o ambiente, onde busca-se compreender o comportamento do indivíduo, nas mais diversas situações, quanto meios diante do espaço. Esses meios podem ser denominados como qualquer espaço que o sujeito pode estar inserido, tais como residências, escritórios, escolas, e até mesmo na rua. A psicologia ambiental surgiu por volta de 1960, com seus primeiros estudos embasados pelo Psicólogo alemão Kurt Lewin, onde queria demonstrar principalmente como entender a influência do campo, que por ele, era denominado como o conjunto de realidades onde (o campo), poderia ser denominado como a nossa vida, onde pessoas e ambiente coexistem. Esse estudo busca pontuar o papel que a arquitetura tem na relação com a sociedade, e como ela interfere no psicológico de quem está nele inserido. Discutir, como trazer funcionalidade para o indivíduo inserido na arquitetura, melhorando as sensações, percepções e as funcionalidades dentro do espaço, buscando retratar também a influência que o espaço causa no indivíduo, visto que o indivíduo passa a maior parte do tempo em determinados locais, podemos perceber significativamente como o estudo é relevante para nosso cotidiano. Busca-se também, mostrar uma relação direta da arquitetura com a psicologia, a partir, do ponto que o ambiente influencia diretamente no comportamento, e as atitudes que o indivíduo tem dentro de um determinado espaço, assim como a iluminação, as texturas, cores, mobiliários, vão influenciar diretamente nas sensações que o indivíduo tem com o ambiente. Abordando sobre a narrativa da psicologia ambiental, busca-se compreender significativamente como será dada essa junção do comportamento do indivíduo no espaço projetado, e como o espaço influencia diretamente no indivíduo. As sensações que o ambiente provoca, pode influenciar diretamente no comportamento ao longo do dia, e pode https://pt.wikipedia.org/wiki/Kurt_Lewin ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 3 determinar como nos portar diante de alguma situação, e no desempenho que temos. Acredita-se que projetar um ambiente, levando em consideração o estudo da psicologia ambiental, pode trazer uma melhoria significativa para o espaço projetado. O objetivo deste presente artigo é, mostrar como o espaço influencia o indivíduo, fazendo com que possa ter uma ligação com o espaço vivenciado ou criado por ele, busca-se trazer sensações e emoções, revelando também que a funcionalidade e a estética precisam estar diretamente ligadas. Aborda-se a arquitetura na sociedade de uma forma geral, onde se estimulam as relações saudáveis entre as pessoas dentro de um mesmo ambiente, proporcionando inclusão, sustentabilidade, acessibilidade e respeito, com o propósito de aumentar a qualidade de vida das pessoas. Trata-se também, da busca por entender como o ser humano consegue interpretar as coisas, principalmente o ambiente que o envolve. CAPÍTULO 1: PANORAMA HISTÓRICO DA PSICOLOGIA AMBIENTAL. Psicologia ambiental, ou psicologia ecológica, procedente dos ideais de Ecologia da década de 1950 e1960, foi desenvolvida por Roger Garlock Baker em meados dos anos 70, e objetiva segundo os doutores psicólogos Carneiro, Clarisse e José, Bindé. (1997) estudar fenômenos das atividades diárias. Sendo o título psicologia ecológica utilizada nos países de idioma germânico, correspondente ao que no inglês se denomina psicologia ambiental. Os estudos de Barker tiveram grande influência de sua esposa que era bióloga, e também seu mentor Kurt Lewin, esse que desenvolveu um modelo em que o ambiente é visto como subjetivo. Barker funda então uma estação de estudos nos Estados Unidos da América e começa a pesquisar inicialmente atividades diárias de crianças. Barker e seus colaboradores constatam conforme Carneiro, Clarisse & José, Bindé. (1997) que o comportamento de uma criança parecia ter a influência do contexto em que essa criança estava inserida no período de realização de determinadas atividades. ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 4 Essa descoberta gerou então o Behavior Setting (Configuração Comportamental) que é conforme Barker (1968, Clarisse Carneiro e Pitágoras José Bindé 1997) é a unidade ou conjunto natural relacionado com a organização dos acontecimentos da vida diária, na qual se desenvolve o comportamento ou ação humana. O que inicialmente foi observado em comportamentos de crianças, sofreu novas análises e passou a ser observada nos indivíduos no geral. Assim na Behavior Settings (Configuração Comportamental), alguns tipos específicos de comportamento acontecem em um milieu, o que de acordo com Carneiro, Clarisse e José, Bindé. (1997) é o meio, ou seja, as características físicas e sociais que circundam a atividade. Em meados dos anos 60, Barker e seus colaboradores definiram características que um acontecimento precisa ter de acordo com Carneiro, Clarisse e José, Bindé. (1997) para ser considerado Behavior Setting (Configuração Comportamental), sendo ele: localização geográfica, período de tempo, idade, gênero vivo e classe social dos participantes da atividade, modelo ou tipo de atividade (Educacional, recreacional, religiosa), comportamento (afetivo, de falar, pensar etc.) e autonomia que o indivíduo tem a realizar determinada atividade. Toda essa teoria de Barker teve como ponto de partida a teoria de seu mentor já citado Kurt Lewin, que dizia que o comportamento de um indivíduo é definido pela interação entre pessoa e ambiente. Outros princípios, pressupostos posteriormente segundo Elali à definição de behavior setting (Configuração Comportamental), por Ittelson, Proshanky, Rivlin e Winkel de grande importância para esse artigo são que o ambiente físico atua no subconsciente das pessoas, que o ambiente é percebido de modo diferente por cada indivíduo, que a organização cognitiva do ambiente é feita por uma junção de imagens mentais e por fim que o ambiente tem um valor simbólico. Parecem claros para nossa realidade, mas para época foram cruciais para o entendimentodo papel do ambiente (entorno) no comportamento do ser humano. ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 5 CAPÍTULO 2: A INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA SENSORIAL NO AMBIENTE. 2.1A INFLUENCIA DOS SENTIDOS NA ARQUITETURA. De acordo com a psicologia, a nossa mente capta o que nos é passado através dos sentidos, e isso pré-determina tudo que é sentido em cada parte do corpo, todo o corpo está ligado, assim como o olfato e paladar dependem um do outro, para sentir cheiros e gostos, a pele que sente o clima frio ou calor e envia ao subconsciente, onde é transmitido para o cérebro, fazendo com que corpo reaja às sensações que o clima, pode proporcionar. Podemos identificar uma lembrança de uma local, pelas cores que a imagem do local nos transmitiu em determinado momento, e todo o envolto do ambiente, desde a logomarca, as cores, os mobiliários, a iluminação, todas as coisas que estão por dentro do ambiente, assim como o cheiro do local, que é único, e isso nos remete a sensação que este determinado local transmite para o nosso corpo, desde a visão, audição, tato, olfato e paladar, o nosso subconsciente guarda as sensações vivenciadas em determinado local, seja a experiência agradável ou não, através de algo que futuramente nos fará identificá-lo por algum aspecto, objeto ou imagem, que foi guardado pela nossa memória. A Arquiteta Elenara Stein Leitão afirma que “Arquitetura é em tudo uma experiência sensorial que envolve tato, envolve olfato, envolve aroma, envolve sentidos que nos fazem vibrar.“ (2011). E isso nos faz pensar que tudo é uma experiência, desde o ver, ouvir, sentir, o espaço pode nos proporcionar diversas sensações bastam nos envolvermos com ele, e vivenciá-los, para que assim criemos laços e memórias com o espaço. “Nossas memórias são formadas de várias nuances de cor, cheiro, aromas e sentimentos. Usá-las no conceber projetos é talvez uma dimensão a ser incorporada com mais paixão no ato de projetar. Aroma de temperos diversos ornando corredores que levarão a templos ou restaurantes pode aumentar a percepção do espaço e a sensação de descobri-lo. (...)” (LEITÃO,2011). ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 6 Para que tenhamos uma experiência sensorial com o local, precisamos entender que o nosso psicológico trabalha juntamente com o nosso corpo, quando vamos a uma praça de alimentação, sentimos cheiro de comida, o que estimula nosso olfato e paladar, mas os nossos olhos veem antes de podermos sentir, então quando podemos olhar um determinado ambiente que tenha uma propaganda chamativa, iremos logo ser induzidos a querer o que nos chamou atenção primeiro pela visão, depois teremos a experiência de sentir o cheiro, para chegarmos à degustação, onde será estimulado o paladar. “Prédios e cidades são mais que blocos de matérias, mesmo que lindamente empilhados. São materialização de conceitos, ideias e sensações humanas e por isso mesmo, em tudo uma experiência sensorial (...)” (LEITÃO, 2011). Para projetar um ambiente, precisamos levar em consideração toda experiência sensorial que o indivíduo vai vivenciar neste determinado local, pois ele precisa proporcionar ao indivíduo todas as experiências necessárias para ele se lembrar do local, para querer permanecer, ou para desejar voltar, e assim fazer com que tenha uma experiência única e que permaneça fixa na memória do indivíduo. O arquiteto Tadao Ando, foi um grande exemplo na concepção de espaços sensoriais, ele afirma: “Quando projeto edifícios, penso tanto na composição global como nas partes de um corpo e como estas se encaixam. Além disso, penso em como as pessoas se aproximam da construção e a experiência deste espaço (...)”. “Se oferecermos as pessoas o nada, elas podem refletir sobre o que pode ser feito a partir do nada.” (ANDO 2015). Um dos grandes exemplos, e uma das mais conhecidas de suas obras é a Igreja da Luz, onde seu elemento principal é a utilização da arquitetura para projeção de uma cruz que é iluminada com a luz natural do ambiente, fazendo com que a luz transpasse e entre no interior da igreja, através deste rasgo na parede que forma a cruz. ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 7 Igreja da Luz Arquiteto: Tadao Ando Ano: 1989 2.2 ESPAÇOS INFLUENCIADOS PELOS SENTIDOS A relação que a arquitetura aliada aos sentidos nos remete, é bastante discutida, por alguns arquitetos onde se acredita que precisamos focar em apenas um sentido, enquanto outros acreditam que a união de todos os sentidos é o que realmente molda as sensações por completo dentro do espaço. Para a elaboração de um bom projeto, é preciso definir previamente as necessidades dos usuários e o que motiva as relações dele com o espaço a ser projetado, assim criando um briefing do que é necessário, destacando critérios indispensáveis e valiosos para trazer ao usuário a melhor experiência de vivenciar o espaço. Cada equipamento, mobiliário, cor, textura ou aroma, que estará no ambiente, precisa causar uma sensação satisfatória no usuário. “GURGEL, M. (2013) resgata a importância de um bom projeto de design de interiores como elemento motivador de emoções nas relações humanas e, para isso, ressalta a existência prévia de um briefing bem elaborado a partir de uma investigação criteriosa do perfil do usuário, dos ocupantes, de suas apreensões e das intenções de uso, o que determinará ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 8 valiosas instruções ao projetista que irá facilitar a configuração final das ambientações, equipamentos, mobiliário, dimensões, estímulos visuais, conforto ambiental e demais elementos de qualificação do lugar para cumprir as funções estabelecidas. Vários conceitos emergem nesse sentido.” Levando-se em consideração que se criando os espaços sensoriais, e que os elementos principais na construção de sensações e experiências que determinado ambiente nos causa, fariam com que nós pudéssemos vivenciá-lo inteiramente, nos tornando parte dele, e isso faz com que o corpo esteja em constante estímulo, mesmo que todas as pessoas tenham uma experiência diferente dentro de um determinado local. As sensações que um ambiente projetado para causar determinada sensação, pode proporcionar a mesma sensação em um número X de pessoas, pois este ambiente vai determinar a sensação vivenciada. “O toque nas superfícies nos dá a sensação de integridade do objeto. As impressões de liso, áspero, rugoso, são sentidas dentro de nós. O fato de sentir o tato é que define o nosso corpo, com relação ao meio circundante. É uma forma de nos sentirmos vivos. (OKAMOTO, 2014,Pag.95).” O arquiteto Cildo Meireles, criou uma obra no instituto de arte Inhotim, onde ele remete várias sensações similares em determinados indivíduos, o que faz nos perceber que podemos criar um determinado ambiente para remeter as mesmas sensações em indivíduos diferentes, dentro de um mesmo local. Ele deseja oferecer uma sequência de impactos sensoriais e psicológicos, neste ambiente. ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 9 Desvio para o vermelho Arquiteto: Cildo Meireles Ano:1967 – 1984 CAPÍTULO 3: RELAÇÃO ESPAÇO E ARQUITETURA O conceito de espaço pode ser dado pela teoria de dois filósofos sendo um deles Platão, que define segundo Aguiar (2006) como local receptor imaterial de todas as coisas, sendo assim conceito mais abstrato, e se opondo à ele, Aristóteles com uma definição de espaço físico que interage com o corpo humano e objetos de acordo com Aguiar (2006). Adotando então o conceito de espaço aristotélico podemos entender o corpo humano, como uma referência e um vetor de percepção e vivênciade espaços construídos. (Aguiar 2006). Surge então na posteridade a teoria da empatia que pode ser entendida como a capacidade de um espaço construído comunicar-se com um indivíduo por meio de sentimentos ou ideias de quem o criou, o que muda a forma de se pensar a arquitetura, forma essa que vai ser muito aplicada no início do século 20 com Le Corbusier que chama então de promenade arquitetural aquilo de segundo Aguiar (2006)entendia, baseado nas teorias de August Schmarsow como o passeio arquitetônico onde a profundidade seria a dimensão mais significativa da arquitetura e que faz com que se reconheça a cinestesia do corpo humano como é essencial para vivenciar arquitetura. ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 10 Arquitetura conforme Dallastra, Ogura, Gazzoni, Brescovit e Costa (2018) são uma arte pela qual pode se reproduzir sensações e emoções a quem experimenta, mas além disso ser funcional, chamada de arte inevitável segundo Dallastra, Ogura, Gazzoni, Brescovit e Costa (2018) a funcionalidade e técnica pensada inicialmente a estética. Entende-se, porém, que na arquitetura funcionalidade estética estão interligadas e andam juntas, cada uma com sua respectiva importância. Logo, arquitetura manipula o espaço visto que o arquiteto pode criar condições que podem levar o indivíduo a se envolver psicologicamente com o ambiente fazendo com que o usuário do mesmo perceba as sensações e emoções podendo ter seu comportamento e ações conformados por esse espaço. Sendo assim o trabalho do arquiteto de criar o espaço construído pode ou não gerar sensação de identificação e pertencimento do usuário com espaço. 3.1A ESTÉTICA DO ESPAÇO Sobre arquitetura da especificidade, entende-se como um espaço construído e manipulado para atender as necessidades de determinados usuários, com demandas específicas, e quando se trata de especificidade corre o risco de cair-se no estereótipo. Entende-se que o que vai tornar esse espaço funcional para determinado usuário é um modo como a forma, função e vivência serão tratados. Com a busca por desenvolver um espaço voltado a atender um usuário específico, entende-se uma arquitetura que ao contrário da arquitetura de signos como Venturi, Brown e Izenour (1972) designa sendo mais de comunicação que diz espaço, coloca justamente a qualidade espacial como mais importante que o que ela comunica na paisagem. O que vai fazer parte dessa arquitetura uma arquitetura da especificidade é como usuário vivenciará e como cor desse usuário se relacionar a com espaço, não, se estética desse espaço faz com que as pessoas relacionem sua função ao público-alvo. ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 11 Entretanto, tratando-se de arquitetura da especificidade, e considerando esse edifício como complexo pode-se chegar ao impasse que Venturi, Browne Izenour(1972, p.35) discorre que: “programas e montagens complexos exigem combinações complexas de meios de comunicação que vão além da pura Tríade arquitetônica de estrutura, forma e luz a serviço do espaço. Eles sugerem uma arquitetura de comunicação evidente, em vez de uma expressão sutil”. Esse então se torna o desafio da elaboração da estética do edifício na arquitetura da especificidade: fazer a comunicação entre arquitetura e as pessoas de forma arrojada nem demasiadamente sutil nem caricata. CAPÍTULO 4: ARQUITETURA COMO VETOR DE DISCUSSÃO SOCIAL Aborda-se aqui diversos pontos e significados da arquitetura, discute-se como ela pode influenciar na relação do usuário, mostrar e exemplificar a importância da semiótica, estudo dos signos, e apresentar significações de um grupo ou público específico. 4.1 | ARQUITETURA SOCIAL A história da arquitetura acompanhou o desenvolvimento e crescimento da sociedade, é uma arte que nasce da relação entre o homem e o espaço. O ato de se apropriar do espaço ou de algo consiste em um processo psicossocial do indivíduo com seu entorno, por onde a pessoa se posiciona no espaço, ele o transforma em uma extensão sua, criando um lugar chamado de seu. A apropriação acontece quando o indivíduo molda e organiza o ambiente de acordo com a sua necessidade. “Arquitetura é antes de tudo construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção.” COSTA, Lúcio (1902-1998). ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 12 “Segundo Everson Martins, porta-voz e conselheiro do CAU/SC, a arquitetura social consiste em criar espaços ajustados à realidade humana, que provoca interação entre a vida e a forma e estimulam relações saudáveis entre pessoas e cidades. Ela pensa em espaços, edificados ou não, que proporcionam inclusão, sustentabilidade, acessibilidade e respeito aos usuários. Vai além de toda a estética, ajuda a moldar a funcionalidade dos espaços, os tornando extensões úteis e práticas da vida. Pela convicção de que o meio é capaz de moldar o comportamento, a arquitetura social se propõe como forma de promover boas relações, de aumentar a qualidade de vida das pessoas ou animais e de explorar todo o potencial transformador de uma boa arquitetura.” “O conceito de beleza, em arte principalmente, não é absoluto, mas relativo: ele varia não só de uma época para outra época, como de um povo para outro povo e mesmo, numa determinada época e num determinado povo, de um artista para outro artista.” COSTA, Lúcio (1902-1998). A arquitetura é uma área com grande função social, já que, por sua vez, umas das necessidades básicas do ser humano é a moradia. O Brasil é um país marcado pela desigualdade social, o que acaba intensificando a necessidade desse olhar mais peculiar para a população e oferecer serviços eficientes e que, principalmente, entre no orçamento do indivíduo. Grandes exemplos e inspirações da arquitetura social são: Le Corbusier, Jean Nouvel, Alejandro Aravena e, entre os brasileiros, Affonso Eduardo Reidy e Ruy Ohtake. 4.2 | ESTUDO DOS SIGNOS Para Santaella (1983), a Semiótica pode ser entendida como a ciência de todas as linguagens possíveis, pois, diferentemente da Linguística, que se dedica ao estudo do sistema sígnico da linguagem verbal, a Semiótica considera qualquer fenômeno como um sistema sígnico de produção de sentido. A teoria semiótica foi desenvolvida por Charles Sanders Peirce (1839-1914), cientista e filósofo que, especialmente, tratou dos estudos de Lógica, denominada como Semiótica. Peirce considerou signo qualquer coisa, de qualquer espécie, que representa uma outra coisa, diferente de si mesma (SANTAELLA, 2005). ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 13 De acordo com Peirce o seu caminho na semiótica começou bem cedo “desde o dia em que, na idade de 12 ou 13 anos, eu peguei no quarto de meu irmão mais velho, uma cópia da Lógica de Whateley e perguntei ao meu irmão o que era Lógica, ao receber uma resposta simples, joguei-me no assoalho e me enterrei no livro. Desde então, nunca esteve em meus poderes estudar qualquer coisa — matemática, ética, metafísica, anatomia, termodinâmica, ótica, gravitação, astronomia, psicologia, fonética, economia, a história da ciência, jogo de cartas, homens e mulheres, vinho, metrologia, exceto como um estudo de Semiótica" (SANTAELLA, 1983, p. 17). “Tanto quanto o próprio signo, o objeto do signo também pode ser qualquer coisa de qualquer espécie. Essa ‘coisa’ qualquer está na posição de objeto porque é representada pelo signo. O que define signo, objeto e interpretante, portanto, é a posição lógica que cada um desses três elementos ocupa no processo representativo”(SANTAELLA, 2005, p. 8). Mesmo que Peirce considerasse toda e qualquer produção, realização e expressão humana como sendo uma questão semiótica, isso não significa que a ciência semiótica tenha sido por ele concebida como uma ciência onipotente, ou toda suficiente, visto que, para ele, qualquer todo suficiente é necessariamente insuficiente. (SANTAELLA, 1983, p. 20) A introdução à leitura do objeto arquitetônico através da Semiótica parte da compreensão de conceitos relativos à semiose (construção do sentido). São eles: representamen, objeto e interpretante. Enquanto o representamen é aquilo que se apresenta à mente, o objeto diz respeito ao que o signo se refere (representa). Já o interpretante é o seu efeito interpretativo sobre o observador (SANTAELLA, 2005). 4.3 | ARQUITETURA PARA UM PÚBLICO ESPECÍFICO Especificidade significa propriedade do que é específico, particularidade, característica particular de uma espécie, categorização de uma espécie. Diante disso podemos notar uma imensidão de opções, áreas, especialidades em uma determinada função não muito executada pela maioria. A arquitetura é muito abrangente, tendo várias de suas áreas bastante concorridas, como a de design de interiores, por exemplo. Mas, além disso, tem a arquitetura específica, feita exatamente para o indivíduo, ou grupo (minoria, na grande parte das vezes), dentro dele podemos nos deparar com os diversos ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 14 públicos distintos, mas que tem uma coisa em comum, sua singularidade. O idoso, o LGBT, o animal, pessoas com síndrome de Down, dentre tantos outros precisam de um olhar diferente, para que seja tudo pensado, cada mínimo detalhe. O projeto precisa ter acessibilidade para as pessoas ou animais presente no ambiente. Desde o desenho arquitetônico até a execução e conclusão da obra. CAPÍTULO 5: OBRAS ANÁLOGAS 5.1 | SPA PARA CACHORROS / SQUARE ONE INTERIORS Esse projeto é um exemplo de arquitetura específica, feito diretamente para um público, tudo projetado, adequado e pensado de maneira com que funcionasse tanto para o bem- estar do animal quanto também para o seu dono, enquanto aguarda a realização do serviço. Além disso, podemos notar a sua relação com a Psicologia Ambiental, que é uma busca para entender como as condições ambientais influenciam em nossas capacidades cognitivas. Desde a tinta usada no SPA até todo seu mobiliário foi escolhido com o objetivo de proporcionar uma experiência única para as pessoas ou animais ali presentes, se destacando no ramo de empresas de Pets-Shop, criando um momento livre de estresse para os proprietários e seus cães. De acordo com os arquitetos responsáveis, do escritório Square One Interiors, o ambiente que oferece serviços completos para cachorros ganhou a definição de "SPA". Três componentes funcionais estão contidos em um único espaço: varejo, aliciamento e lounge, área de cuidados e jogos. Cada componente é criado de acordo com sua própria função e identidade, mas um tornou-se uma extensão do outro, projetados para o conforto. (ArchDaily, 2010). Os materiais e acabamentos foram selecionados para fins estéticos e com a clientela canina em mente. A resina texturizada utilizada no caixa não se risca com o salto dos cães e os acabamentos de pavimento e parede são todos duráveis, laváveis e de baixa manutenção. (ArchDaily, 2010). ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 15 O SPA é limpo, sofisticado e lúdico, com uma paleta de tom-sobre-tom texturizada que cria uma sensação de luxo e conforto. A área de diversão e cuidados é distinguida com aros de metal personalizados que são suavizados pelas almofadas. (ArchDaily, 2010). Figura 1: interior do Spa para Cachorros / Square OneInteriors. Fonte: ArchDaily ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 16 . Figura 2: interior do Spa para Cachorros / Square OneInteriors. Fonte: ArchDaily. Figura 3: interior do Spa para Cachorros / Square OneInteriors. Fonte: ArchDaily. ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 17 5.2 | MAISON DE L'ÉCONOMIECRÉATIVE ET DE LA CULTUREENAQUITAINE, MÉCA. O Centro Cultural Méca projetado pelo Bjarke Ingels Group é como o próprio nome diz um Centro Cultural de acesso livre a comunidade, localizado em Bordeaux na França o centro proporciona uma interação das pessoas com a arte sejam elas as artes regionais, cênicas, literatura, cinema e arquitetura. Além da oportunidade de consumir arte, o usuário pode criar uma relação de identificação e apropriação com o espaço construído (entendendo o corpo humano como esse vetor de percepção e conformação do espaço), porque pode se alimentar, interagir com outras pessoas, vivenciar a promenade arquitetural (assim como na teoria da empatia )bem como o espaço como um todo, este que faz uso da manipulação de luz e cores por exemplo utilizando a iluminação zenital no interior e a cor vermelha no restaurante que remete a forte produção de vinho da cidade Além disso o centro conta com uma área externa dinâmica que permite o trânsito de pessoas no entremeio da obra e pode ser utilizado como palco para espetáculos e galeria ao ar livre. Figura 1: Maison de l'ÉconomieCréative et de laCultureenAquitaine, MÉCA Fonte: LaurianGhinitoiu ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 18 Figura 2: Área externa da Maison de l'ÉconomieCréative et de laCultureenAquitaine, MÉCA Fonte: LaurianGhinitoiu Figura 3: Escadaria externa da Maison de l'ÉconomieCréative et de laCultureenAquitaine, MÉCA Fonte: LaurianGhinitoiu ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 19 5.3 /O CENTRO DE ASSISTÊNCIA A DESABRIGADOS DA BRIDGE / OVERLAND PARTNERS. O centro de assistência a desabrigados da bridgen o centro de Dallas, é o modelo mundial de projeto que buscam desenvolver uma nova linguagem, novas visões e novas abordagens para lidar com a falta de moradia do mundo moderno. (ArchDaily,2011). A arquitetura da especificidade, ou seja, arquitetura para melhorar a condição de um público em especifico, vem se mostrando importantíssima para o desenvolvimento de uma sociedade mais inclusiva. A escolha dessa obra vem muito por ela desafiar a perpetuação de mitos e percepções e demonstrar alternativas viáveis, tanto para a falta de moradia quanto para a forma como ela é tratada. Fazer com que o projeto seja para um público específico, mas da mesma forma seja visto e sentido por todos. A arquitetura tem um papel social muito grande, e usar isso para discussões que podem melhorar a qualidade de vida e melhorar a percepções das pessoas sobre outras pessoas, faz com que cada vez mais, temos que estar atentos a importância de um bom entendimento de espaço e corpo. Figura 1: Fachada Bridge Fonte: Cortesia de Parceiros Terrestres https://www.archdaily.com/tag/dallas ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 20 Projetada por Overland Partners Architects de San Antonio e Camargo Copeland Architects, LLP, a instalação é multifuncional, ou seja, ela não apenas é morada, mas é também espaço para conexões, divisões e crescimento dessas pessoas que la vivem.( ArchDaily,2011). E esse é um ponto importante tratado no nosso artigo. A arquitetura deve ser para todos, mesmo que seja especifica, devemos fazê-la pensando num todo, e como esse “todo” vai reagir perante sua intervenção no local. . Figura 2: interior centro de acolhimento Bridge Fonte: Cortesia de Parceiros Terrestres “Composto por cinco edifícios que criam um pátio no centro do campus, além de envolver a comunidade circundante, The Bridge incorpora um edifíciode serviços de três andares, um edifício de boas-vindas de um andar, um edifício de armazenamento, um pavilhão ao ar livre e um restaurante, que serve como um ponto focal para o pátio ajardinado interno do campus e também como um ímã alimentar, proporcionando aos assistentes sociais a oportunidade de se conectar com os sem-teto.” (ArchDaily,2011). Assim como esse edifico, temos que incorporar no projeto, algo que seja multifuncional, algo que melhore a qualidade psico ambiental das pessoas que iram usá-la, mas também interfira num bom sentido, na vida de quem não faz uso. “Os sem-teto não foram os únicos beneficiários de ter The Bridge em sua comunidade. Desde a sua inauguração, a taxa de criminalidade local foi reduzida em mais de 20%.” (ArchDaily,2011). ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 21 Figura 3: Vista do pátio de dentro do centro de acolhimento Bridge Fonte: Cortesia de Parceiros Terrestres 5.4 /SANTA RITA GERIATRIC CENTER / MANUEL OCAÑA Figura 1: Santa Rita Geriatric Center. Fonte: Manuel Ocaña • ASYLUM - MENORCA, SPAIN • Architects: Manuel Ocaña • Área: 5 m² https://www.archdaily.com/office/manuel-ocana?ad_name=project-specs&ad_medium=single https://www.archdaily.com/search/projects/categories/asylum https://www.archdaily.com/search/projects/country/spain https://www.archdaily.com/office/manuel-ocana?ad_name=project-specs&ad_medium=single https://www.archdaily.com/search/projects/min_area/4/max_area/7?ad_name=project-specs&ad_medium=single ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 22 • Ano: 2003 Asilos e centros geriátricos, geralmente são lugares não muito atraentes, mas este centro geriátrico em específico chama a atenção, pelo fato de sua atmosfera demonstrar que um espaço seja otimista, e onde possa prevalecer o tempo livre, para que os moradores passem seus últimos anos, ou meses de vida. Tenta-se trazer a ideia de que é possível sim construir um centro geriátrico onde não tenham enormes corredores, ou barreiras arquitetônicas que se parecem com um hospital, e onde dentro de um mesmo pavimento possa ter todas as áreas necessárias, e também que todos os caminhos levem para um jardim, que funciona como um “lobby” e que permite acesso a outros espaços. O objetivo deve ser sempre garantir acessibilidade e autonomia física dos idosos, assegurando sua saúde psíquica e respeitando a privacidade de cada um, onde possam receber visitar externas, e ter convívio com os demais idosos que permanecem no local. https://www.archdaily.com/search/projects/year/2003?ad_name=project-specs&ad_medium=single ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 23 Figura 2: Santa Rita Geriatric Center Fonte: Manuel Ocaña Os ambientes fogem do padrão estético comum, onde as construções são todas quadradas, a sua forma poligonal deixa um ar de leveza no ambiente, e a mistura dos espaços fechados com o espaço aberto, torna o ambiente fluido, plano e inusitado. Quando se percorre o local, percorrem-se espaços sem portas ou corredores, o que estabelece um percurso onde os sentidos podem ser estimulados, e isso ameniza a sensação de desorientação e tédio do espaço, que muitas vezes se é vista em centros geriátricos. Com a abertura dos espaços, é possível ter-se um aproveitamento melhor da iluminação natural nos ambientes, tanto internos quanto externos. Figura 3: Santa Rita Geriatric Center Fonte: Manuel Ocaña https://www.archdaily.com/office/manuel-ocana?ad_name=project-specs&ad_medium=single https://www.archdaily.com/office/manuel-ocana?ad_name=project-specs&ad_medium=single ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 24 CONCLUSÃO FINAL Levando-se em consideração todos esses aspectos abordados neste presente artigo, podemos notar como é grande a influência da psicologia na arquitetura, assim como foi citado na introdução, a psicologia ambiental é a área que estuda as relações entre o indivíduo e o ambiente, onde busca-se compreender o comportamento do indivíduo, nas mais diversas situações, quanto meios diante do espaço. Segundo a psicologia, e seus estudos, pode-se dizer que a configuração comportamental do indivíduo em relação com o espaço é diretamente influenciável. Sendo assim, devemos levar em consideração como o espaço pode ser influenciado pelos sentidos, criando espaços sensoriais, que causam sensações e experiências diferentes a todos os usuários que frequentam aquele determinado ambiente, fazendo sentir e vivenciar inteiramente, se tornando parte dele. Abordamos também a questão de como a arquitetura social, que nada mais é, a criação de espaços ajustados à realidade humana, que provoca interação entre a vida e a forma e estimulam relações saudáveis entre as pessoas e o espaço. Ela pensa em espaços, construídos ou não, que proporcionam inclusão, sustentabilidade, acessibilidade e respeito aos usuários. Assim como a arquitetura social que cria espaços ajustados a realidade do indivíduo, temos a arquitetura da especificidade, feita exatamente para um público, ou grupo, especifico, planejando e pensando na necessidade do mesmo. Concluímos então, que a psicologia ambiental tem fundamentos e fundamental importância e impacto na arquitetura, a partir de resultados vivenciados, e experimentados no decorrer dos anos, e no que cada indivíduo sente e pensa, fazendo com que se sinta parte dele. ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 25 REFERÊNCIAS A Psicologia Ecológica e o estudo dos acontecimentos da vida diária. Clarisse Carneiro, Pitágoras José Bindé. Universidade Federal do Rio Grande do Norte Estudos, estudos de psicologia, 1997. ANDO T. EM FOCO. (13 de set de 2017) São Paulo. ArchDaily. Entrevista concedida a Begonã Uribe. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/773468/em-foco-tadao-ando GURGEL,M.PROJETANDO ESPAÇOS – 5° ED. SÃO PAULO: ED. SENAC 2013 OKAMOTO PERCEPÇÃO AMBIENTAL E COMPORTAMENTO: VISÃO OLISTICA NA ARQUITETURA E NA COMUNICAÇÃO – 01 jan de 2014. Espaço corpo e movimento:Notas Sobre a pesquisa da espacialidade na arquitetura. Douglas Vieira de Aguiar 2006. Aprendendo com Las Vegas; por Robert Venturi, Denise Scott Brown e Steven Izenour1972https://fauufpa.files.wordpress.com/2014/07/aprendendo-com-las-vegas-por- robert-venturi-denise-scott-brown-e-steven-izenour.pdf. ARQUITETURA E PSICOLOGIA: A IMPORTÂNCIA DO ESPAÇO FÍSICO NOACOLHIMENTO INSTITUCIONAL TEMPORÁRIO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES BARONE, A. C. M.; ² GOMES, G. F. M. 1 e 2 Departamento de Arquitetura e Urbanismo – Faculdades Integradas de Ourinhos - FIO/FEMM. CARNEIRO, Gabriela Pereira.Arquitetura interativa: contextos, fundamentos e design. 2014. 235p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. COSTA, Lúcio (1902-1998). Considerações sobre arte contemporânea (1940). In: Lúcio Costa, Registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995. 608p.il. ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 P á g i n a | 26 Disponível emhttps://www.archdaily.com.br/br/920494/centro-cultural-meca- big/5d1cf6b1284dd16c4100004c-meca-cultural-center-big-photo Fonte Bibliográfica: https://www.archdaily.com/24725/santa-rita-geriatric-center-manuel- ocana?ad_medium=gallery LEITÃO, E. ARQUITETURA UMA EXPEREIENCIA SESORIAL (18 de jul de 2011) Disponível em: https://www.elenaraleitao.com.br/2011/07/arquitetura-uma-experiencia- sensorial. Lucia, Santaella (1983). O que é Semiótica https://books.google.com.br/books/about/O_que_%C3%A9_semi%C3%B3tica.ht ml?id=XmkvDwAAQBAJ&printsec=frontcover&source=kp_read_button&redir_esc=y#v=twop age&q&f=false Psicologiae Arquitetura: Como a Einfühlung e a Gestalt atuam nos ambientes. Mauricio Dallastra1;Caroline Ogura2; Bruna Gazzoni3;Luiz Eduardo Brescovit4; Bruna Lopes Costa5 Id onLine Rev. Mult. Psic. V.12, N. 39. 2018 - ISSN 1981-1179. Edição eletrônica em http://idonline.emnuvens.com.br/id. RELAÇÕES ENTRE COMPORTAMENTO HUMANO E AMBIÊNCIA: UMA REFLEXÃO COM BASE NA PSICOLOGIA AMBIENTAL; Gleice Azambuja Elali/Docente PPGAU e PPGSPI / UFRN https://0501.nccdn.net/4_2/000/000/071/260/Artigo-GLEICE-ELALI-FULL.pdf Semiótica peirciana aplicada à leitura da representação arquitetônica: file:///C:/Users/ereni/Downloads/208-Texto%20do%20artigo-358-1-10-20191214.pdf. Spa para Cachorros / Square OneInteriors. Fonte: ArchDaily (2010) https://www.archdaily.com.br/br/766100/spa-para-cachorros-square-one- interiors?ad_source=search&ad_medium=search_result_projects The Bridge HomelessAssistance Center / Overland Partners" 01 de março de 2011. ArchDaily . 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Capítulo 3: Relação espaço e arquitetura CAPÍTULO 4: ARQUITETURA COMO VETOR DE DISCUSSÃO SOCIAL CAPÍTULO 5: OBRAS ANÁLOGAS CONCLUSÃO FINAL Referências
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