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ARTIGO TCC ARQ x PSC (1)

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ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 
P á g i n a | 1 
Amanda Andrade ARQUITETURA PSICO 
AMBIENTAL: 
ESTUDO DOS ESPAÇOS EM 
PROL DO INDIVÍDUO. 
 
 
 
Lorenna Silva 
Rennan Santos 
Thaís Lage 
 
Amanda Machado (orientadora) 
 
 RESUMO 
 O presente trabalho tem por objetivo a análise 
da conexão entre as áreas de estudo: 
arquitetura e psicologia, com foco na 
psicologia ambiental aplicada na arquitetura, 
analisando o ponto de vista de diversos 
autores e de obras que ajudam a entender os 
assuntos tratados. Mostra-se, como uma 
arquitetura multifuncional, que se adéqua a um 
público específico, pode e deve-se explorar 
todos os sentidos. Como a relação do 
indivíduo e o espaço deve-se ser pensada e 
bem planejada para que ao criar uma 
arquitetura específica, passa-se também 
atingir demais indivíduos, onde se faz que a 
arquitetura seja vetor de melhorias e 
discussões sociais. A evolução do termo psico 
ambiental dentro da arquitetura vem se 
mostrando cada vez mais relevante, e faz com 
que possa se entender que o espaço pode 
gerar mudanças de humor, saúde e 
pensamentos. Tem-se então como objetivo 
geral deste artigo consistir em analisar a 
evolução do termo psico ambiental dentro da 
arquitetura, com foco na especificidade, 
mostrando que deve se planejar e pensar 
além do círculo social. Mostrando também 
essa conexão entre duas áreas de estudos, 
que resulta em uma melhoria para toda a 
sociedade. 
 PALAVRAS- CHAVE 
 Arquitetura psico-ambiental, Sentidos, 
Espaços, Especificidade. 
 LINHA DE PESQUISA 
 Arquitetura Psicoambiental 
ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 
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INTRODUÇÃO 
Com base nas pesquisas, a psicologia ambiental é a área que estuda as relações entre o 
indivíduo e o ambiente, onde busca-se compreender o comportamento do indivíduo, nas 
mais diversas situações, quanto meios diante do espaço. Esses meios podem ser 
denominados como qualquer espaço que o sujeito pode estar inserido, tais como residências, 
escritórios, escolas, e até mesmo na rua. 
 
A psicologia ambiental surgiu por volta de 1960, com seus primeiros estudos embasados pelo 
Psicólogo alemão Kurt Lewin, onde queria demonstrar principalmente como entender a 
influência do campo, que por ele, era denominado como o conjunto de realidades onde (o 
campo), poderia ser denominado como a nossa vida, onde pessoas e ambiente coexistem. 
 
Esse estudo busca pontuar o papel que a arquitetura tem na relação com a sociedade, e 
como ela interfere no psicológico de quem está nele inserido. Discutir, como trazer 
funcionalidade para o indivíduo inserido na arquitetura, melhorando as sensações, 
percepções e as funcionalidades dentro do espaço, buscando retratar também a influência 
que o espaço causa no indivíduo, visto que o indivíduo passa a maior parte do tempo em 
determinados locais, podemos perceber significativamente como o estudo é relevante para 
nosso cotidiano. 
 
Busca-se também, mostrar uma relação direta da arquitetura com a psicologia, a partir, do 
ponto que o ambiente influencia diretamente no comportamento, e as atitudes que o 
indivíduo tem dentro de um determinado espaço, assim como a iluminação, as texturas, 
cores, mobiliários, vão influenciar diretamente nas sensações que o indivíduo tem com o 
ambiente. 
 
Abordando sobre a narrativa da psicologia ambiental, busca-se compreender 
significativamente como será dada essa junção do comportamento do indivíduo no espaço 
projetado, e como o espaço influencia diretamente no indivíduo. As sensações que o 
ambiente provoca, pode influenciar diretamente no comportamento ao longo do dia, e pode 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kurt_Lewin
ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 
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determinar como nos portar diante de alguma situação, e no desempenho que temos. 
Acredita-se que projetar um ambiente, levando em consideração o estudo da psicologia 
ambiental, pode trazer uma melhoria significativa para o espaço projetado. 
 
O objetivo deste presente artigo é, mostrar como o espaço influencia o indivíduo, fazendo 
com que possa ter uma ligação com o espaço vivenciado ou criado por ele, busca-se trazer 
sensações e emoções, revelando também que a funcionalidade e a estética precisam estar 
diretamente ligadas. Aborda-se a arquitetura na sociedade de uma forma geral, onde se 
estimulam as relações saudáveis entre as pessoas dentro de um mesmo ambiente, 
proporcionando inclusão, sustentabilidade, acessibilidade e respeito, com o propósito de 
aumentar a qualidade de vida das pessoas. Trata-se também, da busca por entender como o 
ser humano consegue interpretar as coisas, principalmente o ambiente que o envolve. 
CAPÍTULO 1: PANORAMA HISTÓRICO DA PSICOLOGIA AMBIENTAL. 
Psicologia ambiental, ou psicologia ecológica, procedente dos ideais de Ecologia da década de 
1950 e1960, foi desenvolvida por Roger Garlock Baker em meados dos anos 70, e objetiva 
segundo os doutores psicólogos Carneiro, Clarisse e José, Bindé. (1997) estudar fenômenos 
das atividades diárias. Sendo o título psicologia ecológica utilizada nos países de idioma 
germânico, correspondente ao que no inglês se denomina psicologia ambiental. 
Os estudos de Barker tiveram grande influência de sua esposa que era bióloga, e também seu 
mentor Kurt Lewin, esse que desenvolveu um modelo em que o ambiente é visto como 
subjetivo. Barker funda então uma estação de estudos nos Estados Unidos da América e 
começa a pesquisar inicialmente atividades diárias de crianças. Barker e seus colaboradores 
constatam conforme Carneiro, Clarisse & José, Bindé. (1997) que o comportamento de uma 
criança parecia ter a influência do contexto em que essa criança estava inserida no período 
de realização de determinadas atividades. 
 
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Essa descoberta gerou então o Behavior Setting (Configuração Comportamental) que é 
conforme Barker (1968, Clarisse Carneiro e Pitágoras José Bindé 1997) é a unidade ou 
conjunto natural relacionado com a organização dos acontecimentos da vida diária, na qual 
se desenvolve o comportamento ou ação humana. O que inicialmente foi observado em 
comportamentos de crianças, sofreu novas análises e passou a ser observada nos indivíduos 
no geral. Assim na Behavior Settings (Configuração Comportamental), alguns tipos específicos 
de comportamento acontecem em um milieu, o que de acordo com Carneiro, Clarisse e José, 
Bindé. (1997) é o meio, ou seja, as características físicas e sociais que circundam a atividade. 
Em meados dos anos 60, Barker e seus colaboradores definiram características que um 
acontecimento precisa ter de acordo com Carneiro, Clarisse e José, Bindé. (1997) para ser 
considerado Behavior Setting (Configuração Comportamental), sendo ele: localização 
geográfica, período de tempo, idade, gênero vivo e classe social dos participantes da 
atividade, modelo ou tipo de atividade (Educacional, recreacional, religiosa), comportamento 
(afetivo, de falar, pensar etc.) e autonomia que o indivíduo tem a realizar determinada 
atividade. 
Toda essa teoria de Barker teve como ponto de partida a teoria de seu mentor já citado Kurt 
Lewin, que dizia que o comportamento de um indivíduo é definido pela interação entre 
pessoa e ambiente. Outros princípios, pressupostos posteriormente segundo Elali à definição 
de behavior setting (Configuração Comportamental), por Ittelson, Proshanky, Rivlin e Winkel 
de grande importância para esse artigo são que o ambiente físico atua no subconsciente das 
pessoas, que o ambiente é percebido de modo diferente por cada indivíduo, que a 
organização cognitiva do ambiente é feita por uma junção de imagens mentais e por fim que 
o ambiente tem um valor simbólico. Parecem claros para nossa realidade, mas para época 
foram cruciais para o entendimentodo papel do ambiente (entorno) no comportamento do 
ser humano. 
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CAPÍTULO 2: A INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA SENSORIAL NO AMBIENTE. 
2.1A INFLUENCIA DOS SENTIDOS NA ARQUITETURA. 
De acordo com a psicologia, a nossa mente capta o que nos é passado através dos sentidos, e 
isso pré-determina tudo que é sentido em cada parte do corpo, todo o corpo está ligado, 
assim como o olfato e paladar dependem um do outro, para sentir cheiros e gostos, a pele 
que sente o clima frio ou calor e envia ao subconsciente, onde é transmitido para o cérebro, 
fazendo com que corpo reaja às sensações que o clima, pode proporcionar. 
Podemos identificar uma lembrança de uma local, pelas cores que a imagem do local nos 
transmitiu em determinado momento, e todo o envolto do ambiente, desde a logomarca, as 
cores, os mobiliários, a iluminação, todas as coisas que estão por dentro do ambiente, assim 
como o cheiro do local, que é único, e isso nos remete a sensação que este determinado local 
transmite para o nosso corpo, desde a visão, audição, tato, olfato e paladar, o nosso 
subconsciente guarda as sensações vivenciadas em determinado local, seja a experiência 
agradável ou não, através de algo que futuramente nos fará identificá-lo por algum aspecto, 
objeto ou imagem, que foi guardado pela nossa memória. 
A Arquiteta Elenara Stein Leitão afirma que “Arquitetura é em tudo uma experiência sensorial 
que envolve tato, envolve olfato, envolve aroma, envolve sentidos que nos fazem vibrar.“ 
(2011). E isso nos faz pensar que tudo é uma experiência, desde o ver, ouvir, sentir, o espaço 
pode nos proporcionar diversas sensações bastam nos envolvermos com ele, e vivenciá-los, 
para que assim criemos laços e memórias com o espaço. 
“Nossas memórias são formadas de várias nuances de cor, cheiro, aromas e sentimentos. 
Usá-las no conceber projetos é talvez uma dimensão a ser incorporada com mais paixão no 
ato de projetar. Aroma de temperos diversos ornando corredores que levarão a templos ou 
restaurantes pode aumentar a percepção do espaço e a sensação de descobri-lo. (...)” 
(LEITÃO,2011). 
 
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 Para que tenhamos uma experiência sensorial com o local, precisamos entender que o nosso 
psicológico trabalha juntamente com o nosso corpo, quando vamos a uma praça de 
alimentação, sentimos cheiro de comida, o que estimula nosso olfato e paladar, mas os 
nossos olhos veem antes de podermos sentir, então quando podemos olhar um determinado 
ambiente que tenha uma propaganda chamativa, iremos logo ser induzidos a querer o que 
nos chamou atenção primeiro pela visão, depois teremos a experiência de sentir o cheiro, 
para chegarmos à degustação, onde será estimulado o paladar. 
“Prédios e cidades são mais que blocos de matérias, mesmo que lindamente empilhados. São 
materialização de conceitos, ideias e sensações humanas e por isso mesmo, em tudo uma 
experiência sensorial (...)” (LEITÃO, 2011). 
 Para projetar um ambiente, precisamos levar em consideração toda experiência sensorial que 
o indivíduo vai vivenciar neste determinado local, pois ele precisa proporcionar ao indivíduo 
todas as experiências necessárias para ele se lembrar do local, para querer permanecer, ou 
para desejar voltar, e assim fazer com que tenha uma experiência única e que permaneça fixa 
na memória do indivíduo. O arquiteto Tadao Ando, foi um grande exemplo na concepção de 
espaços sensoriais, ele afirma: 
 “Quando projeto edifícios, penso tanto na composição global como nas partes de um corpo 
e como estas se encaixam. Além disso, penso em como as pessoas se aproximam da 
construção e a experiência deste espaço (...)”. 
“Se oferecermos as pessoas o nada, elas podem refletir sobre o que pode ser feito a partir do 
nada.” (ANDO 2015). 
Um dos grandes exemplos, e uma das mais conhecidas de suas obras é a Igreja da Luz, onde 
seu elemento principal é a utilização da arquitetura para projeção de uma cruz que é 
iluminada com a luz natural do ambiente, fazendo com que a luz transpasse e entre no 
interior da igreja, através deste rasgo na parede que forma a cruz. 
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Igreja da Luz 
Arquiteto: Tadao Ando 
Ano: 1989 
 
2.2 ESPAÇOS INFLUENCIADOS PELOS SENTIDOS 
A relação que a arquitetura aliada aos sentidos nos remete, é bastante discutida, por alguns 
arquitetos onde se acredita que precisamos focar em apenas um sentido, enquanto outros 
acreditam que a união de todos os sentidos é o que realmente molda as sensações por 
completo dentro do espaço. 
Para a elaboração de um bom projeto, é preciso definir previamente as necessidades dos 
usuários e o que motiva as relações dele com o espaço a ser projetado, assim criando um 
briefing do que é necessário, destacando critérios indispensáveis e valiosos para trazer ao 
usuário a melhor experiência de vivenciar o espaço. Cada equipamento, mobiliário, cor, 
textura ou aroma, que estará no ambiente, precisa causar uma sensação satisfatória no 
usuário. 
 “GURGEL, M. (2013) resgata a importância de um bom projeto de design de interiores como 
elemento motivador de emoções nas relações humanas e, para isso, ressalta a existência 
prévia de um briefing bem elaborado a partir de uma investigação criteriosa do perfil do 
usuário, dos ocupantes, de suas apreensões e das intenções de uso, o que determinará 
 
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valiosas instruções ao projetista que irá facilitar a configuração final das ambientações, 
equipamentos, mobiliário, dimensões, estímulos visuais, conforto ambiental e demais 
elementos de qualificação do lugar para cumprir as funções estabelecidas. Vários conceitos 
emergem nesse sentido.” 
Levando-se em consideração que se criando os espaços sensoriais, e que os elementos 
principais na construção de sensações e experiências que determinado ambiente nos causa, 
fariam com que nós pudéssemos vivenciá-lo inteiramente, nos tornando parte dele, e isso faz 
com que o corpo esteja em constante estímulo, mesmo que todas as pessoas tenham uma 
experiência diferente dentro de um determinado local. As sensações que um ambiente 
projetado para causar determinada sensação, pode proporcionar a mesma sensação em um 
número X de pessoas, pois este ambiente vai determinar a sensação vivenciada. 
 
 “O toque nas superfícies nos dá a sensação de integridade do objeto. As impressões de liso, 
áspero, rugoso, são sentidas dentro de nós. O fato de sentir o tato é que define o nosso 
corpo, com relação ao meio circundante. É uma forma de nos sentirmos vivos. (OKAMOTO, 
2014,Pag.95).” 
 
O arquiteto Cildo Meireles, criou uma obra no instituto de arte Inhotim, onde ele remete 
várias sensações similares em determinados indivíduos, o que faz nos perceber que podemos 
criar um determinado ambiente para remeter as mesmas sensações em indivíduos 
diferentes, dentro de um mesmo local. Ele deseja oferecer uma sequência de impactos 
sensoriais e psicológicos, neste ambiente. 
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Desvio para o vermelho 
Arquiteto: Cildo Meireles 
Ano:1967 – 1984 
CAPÍTULO 3: RELAÇÃO ESPAÇO E ARQUITETURA 
 O conceito de espaço pode ser dado pela teoria de dois filósofos sendo um deles Platão, que 
define segundo Aguiar (2006) como local receptor imaterial de todas as coisas, sendo assim 
conceito mais abstrato, e se opondo à ele, Aristóteles com uma definição de espaço físico que 
interage com o corpo humano e objetos de acordo com Aguiar (2006). Adotando então o 
conceito de espaço aristotélico podemos entender o corpo humano, como uma referência e 
um vetor de percepção e vivênciade espaços construídos. (Aguiar 2006). 
 Surge então na posteridade a teoria da empatia que pode ser entendida como a capacidade 
de um espaço construído comunicar-se com um indivíduo por meio de sentimentos ou ideias 
de quem o criou, o que muda a forma de se pensar a arquitetura, forma essa que vai ser 
muito aplicada no início do século 20 com Le Corbusier que chama então de promenade 
arquitetural aquilo de segundo Aguiar (2006)entendia, baseado nas teorias de August 
Schmarsow como o passeio arquitetônico onde a profundidade seria a dimensão mais 
significativa da arquitetura e que faz com que se reconheça a cinestesia do corpo humano 
como é essencial para vivenciar arquitetura. 
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 Arquitetura conforme Dallastra, Ogura, Gazzoni, Brescovit e Costa (2018) são uma arte pela 
qual pode se reproduzir sensações e emoções a quem experimenta, mas além disso ser 
funcional, chamada de arte inevitável segundo Dallastra, Ogura, Gazzoni, Brescovit e Costa 
(2018) a funcionalidade e técnica pensada inicialmente a estética. Entende-se, porém, que na 
arquitetura funcionalidade estética estão interligadas e andam juntas, cada uma com sua 
respectiva importância. 
 Logo, arquitetura manipula o espaço visto que o arquiteto pode criar condições que podem 
levar o indivíduo a se envolver psicologicamente com o ambiente fazendo com que o usuário 
do mesmo perceba as sensações e emoções podendo ter seu comportamento e ações 
conformados por esse espaço. 
 Sendo assim o trabalho do arquiteto de criar o espaço construído pode ou não gerar sensação 
de identificação e pertencimento do usuário com espaço. 
3.1A ESTÉTICA DO ESPAÇO 
Sobre arquitetura da especificidade, entende-se como um espaço construído e manipulado 
para atender as necessidades de determinados usuários, com demandas específicas, e 
quando se trata de especificidade corre o risco de cair-se no estereótipo. Entende-se que o 
que vai tornar esse espaço funcional para determinado usuário é um modo como a forma, 
função e vivência serão tratados. 
Com a busca por desenvolver um espaço voltado a atender um usuário específico, entende-se 
uma arquitetura que ao contrário da arquitetura de signos como Venturi, Brown e Izenour 
(1972) designa sendo mais de comunicação que diz espaço, coloca justamente a qualidade 
espacial como mais importante que o que ela comunica na paisagem. O que vai fazer parte 
dessa arquitetura uma arquitetura da especificidade é como usuário vivenciará e como cor 
desse usuário se relacionar a com espaço, não, se estética desse espaço faz com que as 
pessoas relacionem sua função ao público-alvo. 
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Entretanto, tratando-se de arquitetura da especificidade, e considerando esse edifício como 
complexo pode-se chegar ao impasse que Venturi, Browne Izenour(1972, p.35) discorre que: 
“programas e montagens complexos exigem combinações complexas de meios de 
comunicação que vão além da pura Tríade arquitetônica de estrutura, forma e luz a serviço 
do espaço. Eles sugerem uma arquitetura de comunicação evidente, em vez de uma 
expressão sutil”. 
Esse então se torna o desafio da elaboração da estética do edifício na arquitetura da 
especificidade: fazer a comunicação entre arquitetura e as pessoas de forma arrojada nem 
demasiadamente sutil nem caricata. 
CAPÍTULO 4: ARQUITETURA COMO VETOR DE DISCUSSÃO SOCIAL 
Aborda-se aqui diversos pontos e significados da arquitetura, discute-se como ela pode 
influenciar na relação do usuário, mostrar e exemplificar a importância da semiótica, estudo 
dos signos, e apresentar significações de um grupo ou público específico. 
4.1 | ARQUITETURA SOCIAL 
 A história da arquitetura acompanhou o desenvolvimento e crescimento da sociedade, é uma 
arte que nasce da relação entre o homem e o espaço. O ato de se apropriar do espaço ou de 
algo consiste em um processo psicossocial do indivíduo com seu entorno, por onde a pessoa 
se posiciona no espaço, ele o transforma em uma extensão sua, criando um lugar chamado 
de seu. A apropriação acontece quando o indivíduo molda e organiza o ambiente de acordo 
com a sua necessidade. 
“Arquitetura é antes de tudo construção, mas, construção concebida com o propósito 
primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a 
determinada intenção.” COSTA, Lúcio (1902-1998). 
 
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 “Segundo Everson Martins, porta-voz e conselheiro do CAU/SC, a arquitetura social consiste 
em criar espaços ajustados à realidade humana, que provoca interação entre a vida e a forma 
e estimulam relações saudáveis entre pessoas e cidades. Ela pensa em espaços, edificados ou 
não, que proporcionam inclusão, sustentabilidade, acessibilidade e respeito aos usuários. Vai 
além de toda a estética, ajuda a moldar a funcionalidade dos espaços, os tornando extensões 
úteis e práticas da vida. Pela convicção de que o meio é capaz de moldar o comportamento, a 
arquitetura social se propõe como forma de promover boas relações, de aumentar a 
qualidade de vida das pessoas ou animais e de explorar todo o potencial transformador de 
uma boa arquitetura.” 
 “O conceito de beleza, em arte principalmente, não é absoluto, mas relativo: ele varia não só 
de uma época para outra época, como de um povo para outro povo e mesmo, numa 
determinada época e num determinado povo, de um artista para outro artista.” COSTA, Lúcio 
(1902-1998). 
 A arquitetura é uma área com grande função social, já que, por sua vez, umas das 
necessidades básicas do ser humano é a moradia. O Brasil é um país marcado pela 
desigualdade social, o que acaba intensificando a necessidade desse olhar mais peculiar para 
a população e oferecer serviços eficientes e que, principalmente, entre no orçamento do 
indivíduo. Grandes exemplos e inspirações da arquitetura social são: Le Corbusier, Jean 
Nouvel, Alejandro Aravena e, entre os brasileiros, Affonso Eduardo Reidy e Ruy Ohtake. 
4.2 | ESTUDO DOS SIGNOS 
Para Santaella (1983), a Semiótica pode ser entendida como a ciência de todas as linguagens 
possíveis, pois, diferentemente da Linguística, que se dedica ao estudo do sistema sígnico da 
linguagem verbal, a Semiótica considera qualquer fenômeno como um sistema sígnico de 
produção de sentido. 
A teoria semiótica foi desenvolvida por Charles Sanders Peirce (1839-1914), cientista e 
filósofo que, especialmente, tratou dos estudos de Lógica, denominada como Semiótica. 
Peirce considerou signo qualquer coisa, de qualquer espécie, que representa uma outra coisa, 
diferente de si mesma (SANTAELLA, 2005). 
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De acordo com Peirce o seu caminho na semiótica começou bem cedo “desde o dia em que, 
na idade de 12 ou 13 anos, eu peguei no quarto de meu irmão mais velho, uma cópia da 
Lógica de Whateley e perguntei ao meu irmão o que era Lógica, ao receber uma resposta 
simples, joguei-me no assoalho e me enterrei no livro. Desde então, nunca esteve em meus 
poderes estudar qualquer coisa — matemática, ética, metafísica, anatomia, termodinâmica, 
ótica, gravitação, astronomia, psicologia, fonética, economia, a história da ciência, jogo de 
cartas, homens e mulheres, vinho, metrologia, exceto como um estudo de Semiótica" 
(SANTAELLA, 1983, p. 17). 
“Tanto quanto o próprio signo, o objeto do signo também pode ser qualquer coisa de 
qualquer espécie. Essa ‘coisa’ qualquer está na posição de objeto porque é representada 
pelo signo. O que define signo, objeto e interpretante, portanto, é a posição lógica que cada 
um desses três elementos ocupa no processo representativo”(SANTAELLA, 2005, p. 8). 
Mesmo que Peirce considerasse toda e qualquer produção, realização e expressão humana 
como sendo uma questão semiótica, isso não significa que a ciência semiótica tenha sido por 
ele concebida como uma ciência onipotente, ou toda suficiente, visto que, para ele, qualquer 
todo suficiente é necessariamente insuficiente. (SANTAELLA, 1983, p. 20) 
A introdução à leitura do objeto arquitetônico através da Semiótica parte da 
compreensão de conceitos relativos à semiose (construção do sentido). São eles: 
representamen, objeto e interpretante. Enquanto o representamen é aquilo que se 
apresenta à mente, o objeto diz respeito ao que o signo se refere (representa). Já o 
interpretante é o seu efeito interpretativo sobre o observador (SANTAELLA, 2005). 
4.3 | ARQUITETURA PARA UM PÚBLICO ESPECÍFICO 
Especificidade significa propriedade do que é específico, particularidade, característica 
particular de uma espécie, categorização de uma espécie. Diante disso podemos notar uma 
imensidão de opções, áreas, especialidades em uma determinada função não muito 
executada pela maioria. A arquitetura é muito abrangente, tendo várias de suas áreas 
bastante concorridas, como a de design de interiores, por exemplo. 
Mas, além disso, tem a arquitetura específica, feita exatamente para o indivíduo, ou grupo 
(minoria, na grande parte das vezes), dentro dele podemos nos deparar com os diversos 
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públicos distintos, mas que tem uma coisa em comum, sua singularidade. O idoso, o LGBT, o 
animal, pessoas com síndrome de Down, dentre tantos outros precisam de um olhar 
diferente, para que seja tudo pensado, cada mínimo detalhe. O projeto precisa ter 
acessibilidade para as pessoas ou animais presente no ambiente. Desde o desenho 
arquitetônico até a execução e conclusão da obra. 
CAPÍTULO 5: OBRAS ANÁLOGAS 
5.1 | SPA PARA CACHORROS / SQUARE ONE INTERIORS 
Esse projeto é um exemplo de arquitetura específica, feito diretamente para um público, 
tudo projetado, adequado e pensado de maneira com que funcionasse tanto para o bem-
estar do animal quanto também para o seu dono, enquanto aguarda a realização do serviço. 
Além disso, podemos notar a sua relação com a Psicologia Ambiental, que é uma busca para 
entender como as condições ambientais influenciam em nossas capacidades cognitivas. 
Desde a tinta usada no SPA até todo seu mobiliário foi escolhido com o objetivo de 
proporcionar uma experiência única para as pessoas ou animais ali presentes, se destacando 
no ramo de empresas de Pets-Shop, criando um momento livre de estresse para os 
proprietários e seus cães. 
De acordo com os arquitetos responsáveis, do escritório Square One Interiors, o ambiente 
que oferece serviços completos para cachorros ganhou a definição de "SPA". Três 
componentes funcionais estão contidos em um único espaço: varejo, aliciamento e lounge, 
área de cuidados e jogos. Cada componente é criado de acordo com sua própria função e 
identidade, mas um tornou-se uma extensão do outro, projetados para o conforto. 
(ArchDaily, 2010). Os materiais e acabamentos foram selecionados para fins estéticos e com a 
clientela canina em mente. A resina texturizada utilizada no caixa não se risca com o salto dos 
cães e os acabamentos de pavimento e parede são todos duráveis, laváveis e de baixa 
manutenção. (ArchDaily, 2010). 
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O SPA é limpo, sofisticado e lúdico, com uma paleta de tom-sobre-tom texturizada que cria 
uma sensação de luxo e conforto. A área de diversão e cuidados é distinguida com aros de 
metal personalizados que são suavizados pelas almofadas. (ArchDaily, 2010). 
 
Figura 1: interior do Spa para Cachorros / Square OneInteriors. Fonte: ArchDaily
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. 
 
Figura 2: interior do Spa para Cachorros / Square OneInteriors. Fonte: ArchDaily. 
 
 
Figura 3: interior do Spa para Cachorros / Square OneInteriors. Fonte: ArchDaily. 
 
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5.2 | MAISON DE L'ÉCONOMIECRÉATIVE ET DE LA CULTUREENAQUITAINE, 
MÉCA. 
O Centro Cultural Méca projetado pelo Bjarke Ingels Group é como o próprio nome diz um 
Centro Cultural de acesso livre a comunidade, localizado em Bordeaux na França o centro 
proporciona uma interação das pessoas com a arte sejam elas as artes regionais, cênicas, 
literatura, cinema e arquitetura. 
Além da oportunidade de consumir arte, o usuário pode criar uma relação de identificação e 
apropriação com o espaço construído (entendendo o corpo humano como esse vetor de 
percepção e conformação do espaço), porque pode se alimentar, interagir com outras 
pessoas, vivenciar a promenade arquitetural (assim como na teoria da empatia )bem como 
o espaço como um todo, este que faz uso da manipulação de luz e cores por exemplo 
utilizando a iluminação zenital no interior e a cor vermelha no restaurante que remete a 
forte produção de vinho da cidade Além disso o centro conta com uma área externa 
dinâmica que permite o trânsito de pessoas no entremeio da obra e pode ser utilizado como 
palco para espetáculos e galeria ao ar livre. 
 
Figura 1: Maison de l'ÉconomieCréative et de laCultureenAquitaine, MÉCA 
Fonte: LaurianGhinitoiu 
 
 
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Figura 2: Área externa da Maison de l'ÉconomieCréative et de laCultureenAquitaine, MÉCA 
Fonte: LaurianGhinitoiu 
 
 
Figura 3: Escadaria externa da Maison de l'ÉconomieCréative et de laCultureenAquitaine, MÉCA 
Fonte: LaurianGhinitoiu 
 
 
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5.3 /O CENTRO DE ASSISTÊNCIA A DESABRIGADOS DA BRIDGE / OVERLAND 
PARTNERS. 
O centro de assistência a desabrigados da bridgen o centro de Dallas, é o modelo mundial de 
projeto que buscam desenvolver uma nova linguagem, novas visões e novas abordagens 
para lidar com a falta de moradia do mundo moderno. (ArchDaily,2011). A arquitetura da 
especificidade, ou seja, arquitetura para melhorar a condição de um público em especifico, 
vem se mostrando importantíssima para o desenvolvimento de uma sociedade mais 
inclusiva. 
A escolha dessa obra vem muito por ela desafiar a perpetuação de mitos e percepções e 
demonstrar alternativas viáveis, tanto para a falta de moradia quanto para a forma como ela 
é tratada. Fazer com que o projeto seja para um público específico, mas da mesma forma 
seja visto e sentido por todos. A arquitetura tem um papel social muito grande, e usar isso 
para discussões que podem melhorar a qualidade de vida e melhorar a percepções das 
pessoas sobre outras pessoas, faz com que cada vez mais, temos que estar atentos a 
importância de um bom entendimento de espaço e corpo. 
 
Figura 1: Fachada Bridge 
Fonte: Cortesia de Parceiros Terrestres 
 
https://www.archdaily.com/tag/dallas
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Projetada por Overland Partners Architects de San Antonio e Camargo Copeland Architects, 
LLP, a instalação é multifuncional, ou seja, ela não apenas é morada, mas é também espaço 
para conexões, divisões e crescimento dessas pessoas que la vivem.( ArchDaily,2011). E esse 
é um ponto importante tratado no nosso artigo. A arquitetura deve ser para todos, mesmo 
que seja especifica, devemos fazê-la pensando num todo, e como esse “todo” vai reagir 
perante sua intervenção no local. 
. 
Figura 2: interior centro de acolhimento Bridge 
Fonte: Cortesia de Parceiros Terrestres 
“Composto por cinco edifícios que criam um pátio no centro do campus, além de envolver a 
comunidade circundante, The Bridge incorpora um edifíciode serviços de três andares, um 
edifício de boas-vindas de um andar, um edifício de armazenamento, um pavilhão ao ar livre 
e um restaurante, que serve como um ponto focal para o pátio ajardinado interno do 
campus e também como um ímã alimentar, proporcionando aos assistentes sociais a 
oportunidade de se conectar com os sem-teto.” (ArchDaily,2011). Assim como esse edifico, 
temos que incorporar no projeto, algo que seja multifuncional, algo que melhore a 
qualidade psico ambiental das pessoas que iram usá-la, mas também interfira num bom 
sentido, na vida de quem não faz uso. “Os sem-teto não foram os únicos beneficiários de ter 
The Bridge em sua comunidade. Desde a sua inauguração, a taxa de criminalidade local foi 
reduzida em mais de 20%.” (ArchDaily,2011). 
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Figura 3: Vista do pátio de dentro do centro de acolhimento Bridge 
Fonte: Cortesia de Parceiros Terrestres 
5.4 /SANTA RITA GERIATRIC CENTER / MANUEL OCAÑA 
 
 
Figura 1: Santa Rita Geriatric Center. Fonte: Manuel Ocaña 
 
• ASYLUM - MENORCA, SPAIN 
• Architects: Manuel Ocaña 
• Área: 5 m² 
https://www.archdaily.com/office/manuel-ocana?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com/search/projects/categories/asylum
https://www.archdaily.com/search/projects/country/spain
https://www.archdaily.com/office/manuel-ocana?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com/search/projects/min_area/4/max_area/7?ad_name=project-specs&ad_medium=single
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• Ano: 2003 
Asilos e centros geriátricos, geralmente são lugares não muito atraentes, mas este centro 
geriátrico em específico chama a atenção, pelo fato de sua atmosfera demonstrar que um 
espaço seja otimista, e onde possa prevalecer o tempo livre, para que os moradores passem 
seus últimos anos, ou meses de vida. Tenta-se trazer a ideia de que é possível sim construir 
um centro geriátrico onde não tenham enormes corredores, ou barreiras arquitetônicas que 
se parecem com um hospital, e onde dentro de um mesmo pavimento possa ter todas as 
áreas necessárias, e também que todos os caminhos levem para um jardim, que funciona 
como um “lobby” e que permite acesso a outros espaços. 
O objetivo deve ser sempre garantir acessibilidade e autonomia física dos idosos, 
assegurando sua saúde psíquica e respeitando a privacidade de cada um, onde possam 
receber visitar externas, e ter convívio com os demais idosos que permanecem no local. 
 
 
 
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Figura 2: Santa Rita Geriatric Center 
Fonte: Manuel Ocaña 
 
Os ambientes fogem do padrão estético comum, onde as construções são todas quadradas, 
a sua forma poligonal deixa um ar de leveza no ambiente, e a mistura dos espaços fechados 
com o espaço aberto, torna o ambiente fluido, plano e inusitado. 
Quando se percorre o local, percorrem-se espaços sem portas ou corredores, o que 
estabelece um percurso onde os sentidos podem ser estimulados, e isso ameniza a sensação 
de desorientação e tédio do espaço, que muitas vezes se é vista em centros geriátricos. Com 
a abertura dos espaços, é possível ter-se um aproveitamento melhor da iluminação natural 
nos ambientes, tanto internos quanto externos. 
 
 
 
 
Figura 3: Santa Rita Geriatric Center 
Fonte: Manuel Ocaña 
 
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CONCLUSÃO FINAL 
Levando-se em consideração todos esses aspectos abordados neste presente artigo, 
podemos notar como é grande a influência da psicologia na arquitetura, assim como foi 
citado na introdução, a psicologia ambiental é a área que estuda as relações entre o 
indivíduo e o ambiente, onde busca-se compreender o comportamento do indivíduo, nas 
mais diversas situações, quanto meios diante do espaço. 
Segundo a psicologia, e seus estudos, pode-se dizer que a configuração comportamental do 
indivíduo em relação com o espaço é diretamente influenciável. 
Sendo assim, devemos levar em consideração como o espaço pode ser influenciado pelos 
sentidos, criando espaços sensoriais, que causam sensações e experiências diferentes a 
todos os usuários que frequentam aquele determinado ambiente, fazendo sentir e vivenciar 
inteiramente, se tornando parte dele. 
Abordamos também a questão de como a arquitetura social, que nada mais é, a criação de 
espaços ajustados à realidade humana, que provoca interação entre a vida e a forma e 
estimulam relações saudáveis entre as pessoas e o espaço. Ela pensa em espaços, 
construídos ou não, que proporcionam inclusão, sustentabilidade, acessibilidade e respeito 
aos usuários. 
Assim como a arquitetura social que cria espaços ajustados a realidade do indivíduo, temos a 
arquitetura da especificidade, feita exatamente para um público, ou grupo, especifico, 
planejando e pensando na necessidade do mesmo. 
Concluímos então, que a psicologia ambiental tem fundamentos e fundamental importância 
e impacto na arquitetura, a partir de resultados vivenciados, e experimentados no decorrer 
dos anos, e no que cada indivíduo sente e pensa, fazendo com que se sinta parte dele. 
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REFERÊNCIAS 
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OKAMOTO PERCEPÇÃO AMBIENTAL E COMPORTAMENTO: VISÃO OLISTICA NA 
ARQUITETURA E NA COMUNICAÇÃO – 01 jan de 2014. 
 
Espaço corpo e movimento:Notas Sobre a pesquisa da espacialidade na arquitetura. 
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ARQUITETURA E PSICOLOGIA: A IMPORTÂNCIA DO ESPAÇO FÍSICO NOACOLHIMENTO 
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de Ourinhos - FIO/FEMM. 
CARNEIRO, Gabriela Pereira.Arquitetura interativa: contextos, fundamentos e design. 2014. 
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Fonte Bibliográfica: https://www.archdaily.com/24725/santa-rita-geriatric-center-manuel-
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https://www.archdaily.com.br/br/766100/spa-para-cachorros-square-one-interiors?ad_source=search&ad_medium=search_result_projects
ARQUITETURA E URBANISMO | UNILESTE| HUMANIDADES NOVAS TEORIAS | 2.2020 
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2020 . <https://www.archdaily.com/115040/the-bridge-homeless-assistance-center-
overland-partners> ISSN 0719-8884 
https://triades.emnuvens.com.br/triades/article/view/200/113 
https://www.dicio.com.br/especificidade/ 
https://www.significados.com.br/semiotica/ 
 
 
 
 
https://triades.emnuvens.com.br/triades/article/view/200/113
https://www.dicio.com.br/especificidade/
https://www.significados.com.br/semiotica/
	Introdução
	Capítulo 1: Panorama histórico da psicologia ambiental.
	capítulo 2: A INFLUêNCIA DA ARQUITETURA SENSORIAL NO AMBIENTE.
	Capítulo 3: Relação espaço e arquitetura
	CAPÍTULO 4: ARQUITETURA COMO VETOR DE DISCUSSÃO SOCIAL
	CAPÍTULO 5: OBRAS ANÁLOGAS
	CONCLUSÃO FINAL
	Referências

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