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AO JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE GOIÂNIA - GO Estabelecimento empresarial SOU FELIZ LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ, endereço, endereço eletrônico, vem, por meio de seu advogado, procuração em anexo com qualificações e endereço profissional, respeitosamente perante Vossa Excelência, nos termos dos artigos 319, do Código de Processo Civil, ajuizar a presente AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE EVIDÊNCIA Em face do Estado de Goiás, pessoa jurídica de direito público interno, endereço, e sua respectiva Fazenda Pública Estadual, diante dos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos DOS FATOS A presente ação se ajuíza em razão da postura da administração pública do Estado de Goiás. Ora o demandado ter sido notificado para o pagamento de IPTU do imóvel, dos últimos dois anos, sob a alegação de que, por ter alugado à terceiros, a referida instituição não mais faria jus à imunidade tributária, além do montante exigido, também fora lançado multa punitiva correspondente ao dobro do valor do imposto, bem como os respectivos encargos relativos à mora, não o tendo feito por entender ser uma cobrança indevida. DO DIREITO No caso em tela, o autor almeja a proteção ao seu direito de gozo da não tributação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) sobre o imóvel, pois a cobrança de tal tributação é indevida. Conforme aduz a Constituição Federal, no seu artigo 150, inciso VI, alínea C é vedado aos Estados instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos. Assim também explícita o Código Tributário Nacional em seu artigo 9º, inciso IV, C: Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - Cobrar imposto sobre: c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; Diante o exposto, a cobrança feita pelo réu é indevida, uma vez que não incide imposto sobre instituto de assistência social sem fins lucrativos. Também é indevida a cobrança sob o fato de ter sido o imóvel alugado para terceiros, o argumento de que por tal razão a referida instituição não faz jus à imunidade tributária, está totalmente equivocado, pois a Súmula vinculante 52 fundamenta que ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. DA TUTELA PROVISÓRIA Nos termos do artigo 311, inciso II do Código de Processo Civil, a tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando as alegações de fato houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; Como supracitado o caso se atenta ao disposto na Sumula Vinculante 52, que ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. Portanto verifica-se a ofensa à Súmula, restando evidente a inconstitucionalidade do Ente Público. Preenchendo assim, os requisitos para a tutela provisória de evidência e face o exposto, pede que seja concedida a tutela com o propósito de suspender a exigibilidade do crédito tributário até o final do processo conforme o artigo 151, inciso V do Código Tributário Nacional. DO PEDIDO: Ante o exposto, requer: a) O deferimento da tutela provisória de evidência, na forma do artigo 311, do CPC, uma vez presentes os requisitos a fim de suspender a exigibilidade do crédito na forma do artigo 151, V do CTN. b) Caso não seja possibilitada e concedida a tutela de urgência, que seja oportunizado o depósito a fim de suspender a exigibilidade do crédito, na forma do artigo 151, II, do CTN. c) Julgada procedente a demanda a fim de conceder à imunidade tributária. d) Seja possível a produção de todas as provas admitidas em direito, principalmente testemunhal, documental e pericial, na forma do artigo 319, VI, do CPC. e) Seja a parte contrária citada para que, caso queira, no prazo hábil, venha oferecer contestação da presente demanda. f) A parte não deseja que seja designada audiência de conciliação ou mediação, nos termos do artigo 319, VII, do CPC. g) Que seja condenada a parte requerida nos ônus sucumbenciais, notadamente as custas processuais, na forma do artigo 82, § 2º do CPC e dos honorários advocatícios, na forma do artigo 85, § 3º do CPC. Dá-se a causa o valor R$... Nestes termos, pede deferimento Goiânia- GO, data... ADVOGADO... OAB...
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