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PROCESSO TRIBUTÁRIO
Prof. Ms. Norberdson 
2023.2
O Governador do Estado Alfa, diante da grande quantidade de bicicletas elétricas circulando em seu
território, e visando aumentar a arrecadação, oficiou à sua Secretaria da Fazenda para adotar alguma
forma de cobrança quanto a tais veículos. Esta, por sua vez, orientou seus fiscais a cobrar o Imposto
sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), aplicando a incidência deste imposto, por analogia,
às bicicletas elétricas, ainda que não classificadas como veículos automotores propriamente ditos pela
legislação de trânsito pertinente. O sindicato dos lojistas do setor o(a) consulta, como advogado(a), a
respeito desta incidência. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
(A) É válida a exigência deste imposto, uma vez que as bicicletas elétricas se enquadram no conceito de
veículo automotor por analogia.
(B) Está dentro da competência estadual a tributação sobre a propriedade de bicicletas elétricas.
(C) Tal tributação por analogia envolvendo bicicletas elétricas é vedada no ordenamento jurídico
nacional.
(D) A exigência deste imposto sobre bicicletas elétricas dependeria da edição de um decreto, cuja
competência é privativa do Governador.
 A interpretação é mecanismo exegético que busca desanuviar não meramente a “lei”, mas a
“legislação”, como se verifica no art. 107 do CTN.
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária 
utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público;
IV - a equidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
§ 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
A Sociedade Empresária Aguardente 100% Ltda., fabricante de bebidas destiladas, por meio de sua
advogada Sophia, protocolou perante a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, ainda dentro do
prazo legal para pagamento, consulta referente à necessidade de recolhimento de Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) acerca de operação específica por ela desempenhada. Escoado o prazo
original para pagamento e ainda não decidida a consulta, à luz do Código Tributário Nacional (CTN)
assinale a afirmativa correta.
(A) Aguardente 100% Ltda. poderá ter cobrados contra si juros de mora que correm mesmo na pendência
da consulta tributária.
(B) Por ocasião da decisão final da consulta, o Fisco federal poderá impor multa tributária caso a solução
de consulta seja contrária aos interesses de Aguardente 100% Ltda.
(C) A obrigação tributária a ser cumprida por Aguardente 100% Ltda., por ter sido objeto de consulta, não
poderá ser acrescida de juros de mora e nem poderá ser imposta multa tributária à empresa.
(D) Podem ser aplicadas contra Aguardente 100% Ltda. medidas de garantia previstas no CTN ou em lei
tributária na pendência da consulta tributária.
CONSULTA FISCAL
 A legislação tributária prevê o instituto da Consulta, pela qual o contribuinte, por meio de petição,
procura dirimir dúvidas de natureza interpretativa junto ao órgão administrativo fiscal competente, não
podendo, de regra (salvo manifesta má-fé), sobre matéria pendente de resposta, ser autuado.
A resposta, positiva (incidência tributária, parcial ou total) ou negativa (não incidência tributária, total ou
parcial), gera efeitos jurídicos, e, caso não lhe favoreça, o consulente pode rever seu entendimento, ou,
então, tomar as medidas judiciais que entenda cabíveis.
Na pendência da consulta, estabelece o CTN:
“Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o
motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de
quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei ordinária.
§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao
mês.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do
prazo legal para pagamento do crédito.’’
A Sociedade Empresária ABC Ltda. adquiriu no exterior um lote de dez mil unidades de um determinado
perfume francês. Antes da chegada das mercadorias ao porto, foi publicado no Diário Oficial da União, em
20/04/2023, um decreto editado pelo Poder Executivo Federal majorando imediatamente a alíquota do
Imposto sobre a Importação de perfumes de 20% para 30%, prevendo expressamente sua vigência e
produção de efeitos a partir da data de sua publicação. Em 30/04/2023, as mercadorias finalmente
chegam ao porto no Brasil, devendo agora a empresa realizar o desembaraço aduaneiro. Preocupada
com possível prejuízo decorrente do aumento inesperado do custo da mercadoria devido à elevação do
imposto de importação, a sociedade empresária procura você, como advogado(a), indagando sobre a
validade daquele decreto. Diante deste cenário, assinale a afirmativa correta.
(A) A elevação desta alíquota por decreto violou o princípio da legalidade tributária.
(B) O prazo previsto para produção de efeitos da elevação de alíquota violou o princípio da anterioridade
tributária nonagesimal.
(C) Embora tal imposto seja classificado como extrafiscal, deve obediência ao princípio da anterioridade
tributária anual.
(D) A majoração dessa alíquota e a sua produção de efeitos imediata são válidas.
Em dezembro de 2022, um decreto do prefeito do Município Alfa atualizou o valor do Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU), a contar de 1º de janeiro de 2023, atendo-se à aplicação de índice oficial de
atualização monetária. Além disso, neste mesmo decreto, acompanhado da estimativa de impacto
orçamentário e financeiro, estabeleceu-se, também a contar de 1º de janeiro de 2023, a isenção do IPTU
para os imóveis localizados no Centro da cidade que fossem destinados exclusivamente para moradia,
visando a diversificar a ocupação naquele local e dar efetividade ao princípio da função social da
propriedade. Diante deste cenário, assinale a afirmativa correta.
(A) Tal decreto poderia ser usado apenas para atualizar o valor do IPTU.
(B) A concessão de tal isenção, por ter base na função social da propriedade, poderia ser feita por meio
de decreto.
(C) Embora possa ser usado tanto para a atualização deste valor do IPTU como para a concessão deste
tipo de isenção, tal decreto violou o princípio da anterioridade tributária nonagesimal.
(D) Este decreto não é instrumento normativo hábil seja para a atualização deste valor do IPTU, seja para
a concessão deste tipo de isenção.
ISENÇÃO
A isenção é uma das modalidades de exclusão do crédito tributário que tem como
finalidade um ato político de renúncia de receitas. Sempre deve estar previsto em lei
específica por força do art. 150, § 6º da CF/88.
 Súmula 160 STJ
É defeso ao Município atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual 
superior ao índice oficial de correção monetária.
O Estado Alfa alterou, por meio de lei, a contribuição social para custeio do regime próprio de previdência
social, cobrada dos seus servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas. José e Márcio são
servidores públicos do mesmo órgão estadual, ganhando cada um, respectivamente, a remuneração
mensal de 15 mil reais e 10 mil reais. José, ao notar que a alíquota incidente sobre sua remuneração era
de 16,5%, ao passo que para Márcio a alíquota era de 14,5%, ficou indignado e, em relação a essa
situação diferenciada, resolve contratar você, como advogado(a), para um eventual questionamento
judicial. A respeito da posição de José, assinale a afirmativa correta.
(A) Nenhum tributo incidente sobre a renda ou proventos poderá ter alíquotas progressivas, sob pena de
violar a capacidade contributiva.
(B) É vedada a adoção de alíquotas progressivas para esta espécie de contribuição social, em respeito ao
princípio da capacidade contributiva.
(C) A progressividade tributária deve ser obrigatoriamenteadotada para todos os tributos estaduais, nos
termos da CRFB/88, garantindo-se efetividade ao princípio da capacidade contributiva.
(D) Esta espécie de contribuição social poderá ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base
de contribuição.
Processo e procedimento
 As normas que definem e limitam competências, instituem tributos, majoram alíquotas, atribuem
responsabilidade, concedem isenções etc. são normas de direito material tributário.
 As normas que regulam os atos de fiscalização, o modo como deve ser feita a apuração do montante
do tributo devido (lançamento do tributo), o prazo para o contribuinte impugná-lo, a interposição de
recursos administrativos, a competência da autoridade julgadora etc. são normas de direito processual
em sentido amplo, disciplinando o processo administrativo tributário, que se desenvolve ainda no
âmbito da Administração Tributária, inicialmente de forma não contenciosa, em mero
procedimento verificado antes da prática do ato de lançamento.
 De modo contencioso, como uma forma de controle interno da legalidade deste, consubstanciando
esta última etapa o processo administrativo tributário propriamente dito.
 As normas que tratam da execução do crédito apurado pelo Fisco, da penhora de bens, da
interposição de embargos pelo contribuinte, ou da propositura de ação para anular o lançamento, para
obter a restituição de tributos pagos indevidamente etc., são normas de direito processual em sentido
estrito, e tratam do processo judicial tributário.
 Procedimento é o meio extrínseco pelo qual o processo tem curso, a manifestação
concreta e palpável dos atos praticados pelos sujeitos de forma dialética.
No âmbito tributário, abrange todos os atos prévios à Constituição do crédito
tributário, ocasião em que, por não haver processo, não são assegurados ao
contribuinte garantias como a do contraditório e da ampla defesa.
PRINCÍPIOS VETORES DA CONDUÇÃO DE PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
 Oficialidade
Pelo princípio da oficialidade, tem-se que a Administração Tributária tem a faculdade de agir “de ofício” na
instauração de procedimentos, bem como na prática de atos tendentes ao seu término. Enfim, cabe à
Administração instaurar, desenvolver e concluir seus procedimentos.
 Inquisitoriedade
Os procedimentos são inquisitórios, no sentido de que levados a cabo unilateralmente pela Administração, sem
a necessária participação do contribuinte. Trata-se de decorrência do fato de os procedimentos
operacionalizarem atividade administrativa típica, sem conteúdo decisório acerca de um conflito de interesses.
 Cientificação
Impõe que a instauração de procedimentos administrativos em face de determinado contribuinte seja-lhe
comunicada previamente. Ainda que o contribuinte não tenha necessariamente oportunidades de participação
no âmbito do mero procedimento, que é inquisitório em razão de sua natureza não contenciosa, não se pode
negar-lhe a oportunidade de conhecer o procedimento, de acompanhar o desenrolar de suas fases, a fim de
que possa efetuar o posterior e eventual controle da legalidade das mesmas, quer junto à própria
Administração, quer junto ao Judiciário.
 Busca pela verdade real
Também conhecido como princípio da busca pela verdade material, decorrente direto da regra da
legalidade, a Administração não pode agir baseada apenas em presunções, sempre que lhe for possível
descobrir a efetiva ocorrência dos fatos correspondentes.
É natural que, em face de uma verdadeira impossibilidade de se conhecer a “verdade material”, e em
decorrendo essa impossibilidade de falta imputável ao contribuinte, a Administração não pode ter a sua
atividade tolhida.
 Subordinação hierárquica
Como a atividade administrativa tributária é plenamente vinculada, as autoridades superiores exercem
poder hierárquico precipuamente através da edição de normas infralegais, tais como instruções
normativas, portarias, ordens de serviço etc., às quais as autoridades que lhes são subordinadas devem
obediência. Não existe essa mesma subordinação hierárquica no que diz respeito aos órgãos julgadores,
em relação à sua atividade atípica de julgamento.
 Dever de fundamentação
Por tal princípio, tem-se que os atos que compõem os procedimentos, e especialmente o ato praticado ao
final destes, devem contar com a devida fundamentação.
Princípios inerentes aos processos administrativo e judicial
 Devido processo legal
O cidadão tem direito à existência de um processo administrativo de controle da legalidade dos atos do
poder público, processo este que há de ser útil, ou seja, a sua instauração deve ensejar a suspensão dos
efeitos do ato nele impugnado. Tem direito, ainda, a que esse processo desenvolva-se de maneira
equilibrada e razoável.
Ampla defesa e contraditório
Um auto de infração, por exemplo, deve conter detalhadamente a descrição do fato imputado ao sujeito
passivo, gerador do dever de pagar o tributo ou a multa então lançados, bem como dos dispositivos legais
que a Administração entende aplicáveis. A falta desses requisitos, porque dificulta ou até inviabiliza a
defesa do sujeito passivo, é causa para a nulidade da autuação. Não supre a exigência de fundamentação
a mera referência lacunosa a uma “diferença de imposto apurada”, ou outras frases igualmente vagas,
que se enquadrariam a qualquer autuação, e por isso mesmo não fundamentam validamente nenhuma.
 Instrumentalidade e economia processuais
Tanto no processo judicial, como no administrativo, o cumprimento de qualquer formalidade só será
exigível quando, além de previsto em lei, e compatível com os demais princípios jurídicos, for adequado,
necessário e proporcional ao atendimento das finalidades às quais citados processos se destinam. O
princípio da economia processual enseja a adoção, no decorrer do processo, de meios menos onerosos e
mais simples, a fim de que com o menor esforço se obtenha o mais proveitoso resultado.
 Duplo grau de jurisdição
Segundo o princípio do duplo grau de jurisdição, a parte insatisfeita com determinada decisão tem direito
a recorrer a um segundo órgão julgador, com idêntico poder e amplitude de conhecimento do órgão
recorrido, para que este dite nova decisão substitutiva da precedente.
 Necessária fundamentação das decisões
O dever de fundamentação é de ser observado em todos os casos, e a sanção para o seu
descumprimento é a nulidade. Isso sugere que sua estrutura não é propriamente a de um princípio, mas a
de verdadeira regra.
ArcelorMittal tenta no Carf anular 
autuação de R$ 1,25 bi
Contribuintes vencem no Carf disputa 
sobre tributação de lucros no exterior
 Art. 7º O procedimento fiscal tem início com:
I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito
passivo da obrigação tributária ou seu preposto;
II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros;
III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada. (DECRETO Nº 70.235, DE 6 DE
MARÇO DE 1972.)
Seleção de Contribuintes para o início da fiscalização
 Informações erradas nas diversas declarações apresentadas ao Fisco
(DCTF, IRPJ, etc.);
Sinais exteriores de riqueza, grande patrimônio e baixa contribuição;
Ações Judiciais que questionam a exigibilidade de tributos (precaver a 
decadência do direito de lançar);
Seleção de Contribuintes para o início da fiscalização
 Fiscalizações de rotina;
 Investigações apuradas nas Comissões Parlamentares de Inquérito;
 Denúncias dos Ministérios Públicos Federal e Estadual; e
 Denúncias anônimas.
OBS: A opção preferencial da Receita Federal do Brasil é pela fiscalização 
dos contribuintes com maior capacidade contributiva.
Início da Fiscalização — Procedimento Fiscal
A RFB realiza os seguintes procedimentos fiscais:
 Fiscalização: são as ações que objetivam a verificação do cumprimento 
das obrigações tributárias relativas aos tributos e contribuições 
administrados pela RFB, bem assim da correta aplicação da legislação do 
comércio exterior, podendo resultar em constituiçãode crédito tributário ou 
apreensão de mercadorias.
 Diligência: são as ações destinadas a coletar informações ou outros 
elementos de interesse da administração tributária, inclusive para atender 
exigência de instrução processual.
 Os procedimentos fiscais relativos aos tributos e contribuições
administrados pela RFB são executados em nome desta, pelos
Auditores Fiscais da Receita Federal e instaurados mediante ordem
específica denominada Termo de Distribuição do Procedimento Fiscal
(TDPF).
 O Termo é expedido exclusivamente na forma eletrônica, e pode ser
classificado em:
Termo de Distribuição de Procedimento Fiscal de Fiscalização (TDPF-F),
para iniciar procedimento de fiscalização;
Termo de Distribuição de Procedimento Fiscal de Diligência (TDPF-D), para
realização de diligência; e
Termo de Distribuição de Procedimento Fiscal Especial (TDPF-E), para
prevenção de risco de subtração de prova.
Havendo dúvidas quanto à incidência de um determinado tributo cuja
notificação ainda não tenha sido efetuada, qual o procedimento
recomendado?
RESPOSTA: CONSULTA
No AgRg no AgRg no REsp 747.383/SC, a 1ª Turma do STJ, Francisco
Falcão, unânime, 20-6-2006, DJU 24-8-2006, p. 103, decidiu:
“I – A consulta fiscal não suspende o prazo para pagamento do tributo e,
apesar deste ter sido recolhido integralmente antes da instauração de
procedimento administrativo, não caracteriza denúncia espontânea, pois se
trata de tributo sujeito ao lançamento por homologação.”
Uma empresa recebe notificação da Receita Federal cobrando imposto que ela julga 
não ser devido. Que tipo de procedimento ela poderia adotar em sua defesa? Quais os 
fundamentos legais desse procedimento?
RESPOSTA: RECLAMAÇÃO OU IMPUGNAÇÃO (art. 151 do CTN.)
MODALIDADES DE LANÇAMENTO
 Lançamento por declaração – CTN, art. 147
No lançamento por declaração, o contribuinte apresenta formulário (declaração de informações), cujos
dados nele contidos, se considerados corretos, são tomados pelo Fisco para apurar o montante do tributo
devido.
 Lançamento de ofício – CTN, art. 149
Refere-se aos casos em que o Fisco é detentor de elementos suficientes para efetuar o lançamento,
notificando o contribuinte sobre o montante do tributo devido.
 Lançamento por homologação – CTN, art. 150
O lançamento por homologação costuma ser nomeado de autolançamento, porque o contribuinte
procederia, ele mesmo, ao lançamento.
Entretanto, o sujeito passivo não efetua o lançamento propriamente dito, sujeito à homologação pela
autoridade administrativa. Ele simplesmente exerce a atividade de calcular o tributo devido, informar e
pagar no prazo assinalado pela legislação. E é toda essa atividade (cumprimento das obrigações
acessória e principal) que está sujeita à homologação.
PRAZO PARA GUARDA DE DOCUMENTOS
 É preciso dar importância aos documentos que devem ser mantidos à disposição do Fisco e do Juízo.
 Quanto ao tempo durante o qual os documentos devem ser guardados, se acha relacionado, cumulativamente,
com:
a)os prazos de decadência e de prescrição. Existindo dúvida ou entendimentos divergentes, por cautela, deve-se
optar pelo prazo maior;
b)as obrigações tributárias que estão sendo objeto de discussão em processos administrativos e judiciais. Toda a
documentação probante deve ser guardada.
 Quanto aos documentos que devem ser guardados, são os que implicam obrigações tributárias principais e
acessórias. Documentos fiscais propriamente ditos, como livros e notas fiscais; documentos de informações e de
arrecadação (folhas de pagamento e demais documentos por serviços prestados por terceiros – de referibilidade para
o cálculo das contribuições sociais em geral, imposto de renda e outros), como também dos principais livros da
empresa, que, pensamos, devem ser guardados para sempre, como o Diário e seus livros auxiliares (estes últimos
porque detalham os lançamentos feitos naquele livro).
Lei nº 9.430/96, cujo art. 37 trata da guarda de documentos, e o art. 38, quanto à mantença de documentação
técnica completa e atualizada do sistema de arquivos magnéticos.
COMO RECONHECER O PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO?
 O Processo Administrativo Tributário possui duas fases.
 A primeira fase é a não contenciosa. Sua característica é ser unilateral por parte do Fisco. Nessa
fase é essencial o lançamento de ofício de qualquer tributo por parte da autoridade competente, que
deve ser feito por escrito, e dele ter conhecimento o sujeito passivo da obrigação tributária
correspondente. A fase não contenciosa termina com o termo de encerramento de fiscalização
que será acompanhada por um auto de infração, nos casos em que tiver sido cometida alguma
infração.
 A segunda fase do processo administrativo tributário tem seu início com a impugnação da exigência
formulada no auto de infração. Ela deve conter a descrição do fato, que no entender do autuante
configura a infração. O término do processo administrativo tributário culmina com a inscrição da
dívida apurada no livro da dívida ativa.
Auto de Infração/Notificação de Lançamento
 Caso a autoridade administrativa, ao fiscalizar o contribuinte/responsável, por meio de avaliação de
livros e documentos: (i) identifique que houve a prática de infração (ato ilícito) à legislação tributária ela
(autoridade administrativa) lavrará o respectivo auto de infração e o intimará para cumprir obrigação ou
impugná-la; ou (ii) identifique que houve prática de fato gerador de obrigação tributária (ato lícito)
expedirá a respectiva notificação de lançamento formalizando a constituição do crédito tributário e
intimando-o para exigir o seu recolhimento ou impugná-lo.
 A lavratura do auto de infração e a expedição da notificação de lançamento representam o fim da fase não
litigiosa do processo administrativo.
De acordo com o Decreto Federal no 70.235/1972, art. 9º: a exigência do crédito tributário e a aplicação
de penalidade isolada serão formalizados em autos de infração ou notificações de lançamento, distintos
para cada tributo ou penalidade, os quais deverão estar instruídos com todos os termos, depoimentos,
laudos e demais elementos de prova indispensáveis à comprovação do ilícito. De acordo com esse
mesmo Decreto, a fase litigiosa do procedimento fiscal tem início com:
a) o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada, tratando-se de importação de mercadoria
do exterior.
b) a impugnação da exigência pelo sujeito passivo.
c) o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da
obrigação tributária ou seu preposto.
d) a lavratura do auto de infração por servidor competente.
e) a apreensão de mercadorias, documentos ou livros
A respeito do Processo Administrativo Tributário, considere as seguintes afirmações:
I – A participação do sujeito passivo no Processo Administrativo Tributário – PAT far-se-á somente por 
advogado constituído.
II – Inclui-se na competência dos órgãos julgadores a declaração de inconstitucionalidade.
III – É garantido ao sujeito passivo, na área administrativa, o direito a ampla defesa, podendo aduzir, por 
escrito, as suas razões, fazendo-as acompanhar das provas que tiver, observados a forma e os prazos 
legais. 
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e III.
b) II e III.
c) I. 
d) II. 
e) III.
Considerando que o agente da autoridade da administração tributária lavre auto de infração e apreensão, 
com retenção de bens, contra determinada empresa, julgue o seguinte item.
A situação narrada representa o começo da fase contenciosa do processo administrativo tributário, devendo 
haver a intimação do sujeito passivo da obrigação tributária.
Errado.
O fisco, ao exercer o seu poder de polícia, encontrou empresa que sonegava tributos, o que propiciou a
lavratura de auto de infração contra a empresa e a cobrança dos tributos devidos e das penalidades
relativas aos fatos constatados, sendo o auto entregue imediatamente na empresa.
Com relação a essa situação, julgue o item a seguir.
A circunstância descrita constituiuo crédito tributário.
Certo.
Princípios peculiares ao processo administrativo
 Utilidade do processo administrativo
O processo administrativo, enquanto instrumento de controle da legalidade dos atos da administração, há
de ser útil. Isso significa, entre outras coisas, que não se pode admitir que, antes de concluído o processo,
uma das partes envolvida sofra dano de tal ordem que a decisão a ser finalmente proferida perca a sua
finalidade.
 Não submissão do órgão julgador ao poder hierárquico
Os órgãos julgadores estão adstritos ao poder hierárquico do Ministro do Estado, ou do Secretário
Estadual ou Municipal, somente no que diz respeito às suas funções administrativas típicas, tais como
horário de funcionamento da repartição, critérios de nomeação etc., mas não no que se relaciona ao
mérito de suas decisões.
 Oficialidade
Cumpre à autoridade administrativa a instauração, o impulso e a conclusão do processo 
administrativo.
Verdade material
“Presunção de veracidade dos atos administrativos”. Decisão do Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais – CARF:
“PAF – ÔNUS DA PROVA – cabe à autoridade lançadora provar a ocorrência do fato constitutivo do 
direito de lançar do fisco. Comprovado o direito de lançar do fisco cabe ao sujeito passivo alegar 
fatos impeditivos, modificativos ou extintivos e além de alegá-los, comprová-los efetivamente, nos 
termos do Código de Processo Civil, que estabelece as regras de distribuição do ônus da prova 
aplicáveis ao PAF, subsidiariamente. [...]”
DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
 A Lei 4.320/64, define que os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, não
pagos no vencimento, serão inscritos como Dívida Ativa, em registro próprio, após o prazo fixado para
recolhimento do tributo ou somente depois de “decisão final proferida em processo regular”.
a) Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal
relativa a tributos e respectivos adicionais e multas.
b) Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de
contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros,
laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, etc.
 Antes do vencimento do tributo, ou mesmo após a instauração do contencioso tributário, o contribuinte
poderá impugnar o lançamento. Nesta última hipótese, somente depois de ultimado o processo
administrativo instaurado a partir da impugnação do contribuinte e, sendo esta improcedente, é que a
Fazenda Pública deverá adotar os procedimentos para inscrição do débito em Dívida Ativa.
 A Dívida Ativa não pode ser confundida com constituição do crédito tributário.
FORMALIDADES DA INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA (CTN)
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará
obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio
ou a residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da
inscrição.
Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são
causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser
sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito
passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova
pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca,
a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
 A Dívida Ativa regularmente inscrita consubstanciará a futura execução fiscal, constituindo-se em título 
executivo extrajudicial.
 É indispensável que a Certidão de Dívida Ativa, que embasa a futura execução fiscal, discrimine a 
composição do débito: principal, atualização, juros, multa, encargo legal, gozando o título executivo da 
presunção de liquidez e certeza.
POSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO OU EMENDA DA CDA
 O CTN bem como a Lei de Execução Fiscal, a despeito da presença de vícios que contaminem a CDA,
permitem que a nulidade seja sanada mediante a substituição da CDA nula até a decisão de primeira
instância.
 Neste último caso, devolve-se ao sujeito passivo ou interessado o prazo para defesa, que somente
poderá versar sobre a parte modificada (princípio da economia processual).
 A jurisprudência do STJ faz a distinção entre possibilidade de emenda ou substituição da CDA diante
de erro material ou formal do próprio título, e a hipótese de vício na própria formação do título
(inscrição em Dívida Ativa) ou decorrente do próprio lançamento tributário.
 Permite-se nas hipóteses de mera irregularidade a continuidade do feito executivo, sanando-o sem
precisar promover a substituição do título
 O erro na indicação do sujeito passivo constante na CDA não é considerado formal ou material a
possibilitar a substituição antes de proferida sentença nos embargos à execução, motivo pelo qual
levou o STJ a editar a Súmula 392: “a Fazenda Pública pode substituir a certidão de Dívida Ativa
(CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução”.
 Exemplo: o devedor de IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) vende o
automóvel a outro, mas não comunica ao órgão responsável a transferência do veículo, mantendo em
seu nome – talvez displicentemente, a propriedade do bem.
 Solução: desistir da execução fiscal contra devedor incorreto e, em seguida, ajuizar contra o novo
proprietário do bem.
 Vício formal é o que não atinge nenhum dos aspectos essenciais do lançamento, listados no artigo 142
do CTN, a saber: descrição do fato gerador, determinação da base de cálculo, apuração do montante
devido, identificação do(s) sujeito(s) passivo(s) e, sendo o caso, indicação da penalidade cabível
 Vício material é o que atinge qualquer daqueles elementos essenciais: erro na descrição dos fatos
tributáveis, no seu enquadramento jurídico, na identificação do(s) sujeito(s) passivo(s), etc.
MODALIDADES DE CERTIDÃO DE REGULARIDADE FISCAL
a) Certidão negativa: trata-se de certidão expedida sem apontar débitos do contribuinte requisitante. 
Atualmente, para diversos atos da vida civil e empresarial são exigidas certidões negativas. Existem 
também várias espécies de certidão (da justiça eleitoral, de débitos trabalhistas, de débitos do INSS). A 
previsão normativa confere o prazo de 10 (dez) dias para emissão e fornecimento da CND, porém, 
atualmente, com o processamento eletrônico do documento não se mostra razoável o contribuinte ter que 
aguardar todo este tempo, devendo-lhe ser entregue de forma imediata, muitas vezes sem sequer 
precisar se dirigir ao órgão Fazendário.41
b) Certidão positiva: o título apontará débito(s) do contribuinte, indicando sua condição de irregularidade 
fiscal. Para que o débito seja indicado na certidão deve ter superado o prazo de vencimento do tributo ou 
depois de ultimado definitivamente processo administrativo fiscal, no qual tenha se discutido o crédito 
tributário da Fazenda Pública.
c) Certidão positiva com efeito de negativa: nesta certidão, haverá indicação dos débitos tributários 
vencidos do contribuinte, contudo, nas hipóteses expressamente previstas em lei, permite-se que seja 
dotada de efeito negativo. Nesta situação, o contribuinte – paratodos os efeitos – deve ser tratado como 
se não possuísse débitos tributários, embora apareça no título a indicação do tributo devido. Poderá ele 
praticar quaisquer atos que dependam de apresentação de certidão negativa.
PROTESTO DA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA E “NEGATIVAÇÃO” NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO 
CRÉDITO
“2. Não se verifica qualquer ilegalidade na realização dos protestos pela Fazenda Pública Distrital,
instrumento legítimo de coação indireta para o pagamento do débito tributário, autorizado pela Lei n.º
9.492/97, que possibilita a utilização do protesto para comprovação do não pagamento de Certidão de
Dívida Ativa. 3. O protesto de CDA, instrumento legítimo de coação indireta, pode ser efetuado com
base no juízo de conveniência e oportunidade da Fazenda Pública, não constituindo arbitrariedade,
ilegalidade nem violação aos princípios da menor onerosidade ou proporcionalidade, podendo ser
utilizado mesmo após o ajuizamento da execução, enquanto exigível o crédito tributário.”
Acórdão 1208743, 07000919620188070018, Relator: ROMULO DE ARAUJO MENDES, Primeira Turma
Cível, TJDFT, data de julgamento: 9/10/2019, publicado no DJE: 23/10/2019.
Repercussão geral
•Tema 69 - “O protesto das Certidões de Dívida Ativa constitui mecanismo constitucional e
legítimo, por não restringir de forma desproporcional quaisquer direitos fundamentais garantidos aos
contribuintes e, assim, não constituir sanção política.” ADI 5135/DF
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO
O Processo Tributário tem como ponto de partida a Constituição Federal, cujo art. 5º:
“LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.’’
O art. 142 do Código Tributário Nacional estabelece: (fase não litigiosa)
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do 
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do 
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade 
cabível.
O Decreto nº 70.235/72, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal federal: (fase litigiosa)
“Art. 14. A impugnação da exigência instaura a fase litigiosa do procedimento.’’
 O Decreto n° 70.235/72, a princípio, regia o processo administrativo de determinação
e exigência dos créditos tributários da União e o de consulta sobre a aplicação da
legislação tributária federal, isto é, o Processo Administrativo Fiscal (PAF). Atualmente,
porém, aplica-se o seu rito também em outros casos, como:
a) Compensação de tributos no caso de não homologação, isto é, não aceitação pela
Administração;
b) Exclusão do SIMPLES.
RITO PROCESSUAL
 O Decreto nº 70.235 estabelece um rito processual que decorre da especialização
dos julgadores, distinto daquele definido pela Lei n° 9.784, de 29 de janeiro de 1999,
que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.
A aplicação da Lei n° 9.784 aos processos administrativos regidos pelo Decreto
n.º 70.235/72 é apenas subsidiária.
 No PAF as impugnações se dirigem a órgão diverso daquele que realizou o ato administrativo de
lançamento, denominado de Delegacia Regional de Julgamento (DRJ), definido como primeira
instância administrativa.
Delegacias de Julgamento (DRJ)
(https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/quem-e-quem/unidades-
regionais-e-locais/delegacias-de-julgamento-drj/delegacias-de-julgamento-drj) 
DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS
Categoria específica de atos administrativos, relacionados ao processo administrativo fiscal. A sua
importância será ressaltada na análise das nulidades processuais.
 O ato administrativo há cinco elementos a considerar: a manifestação da vontade, o motivo, o objeto, a
finalidade e a forma.
manifestação da vontade: pessoas postas ao serviço do Estado para o exercício de atribuições
determinadas; (competência)
motivo: razões em que ele se baseia. Estritamente legal, assentando sempre no interesse público;
objeto: está na modificação, que por meio dele se vise trazer à ordem jurídica;
finalidade: é o resultado prático que se procura alcançar pela modificação trazida à ordem jurídica;
forma: é o meio pelo qual se exterioriza a manifestação da vontade. Por ela se corporifica o ato.
Dec. 70.235/72:
“Art. 2º Os atos e termos processuais, quando a lei não prescrever forma determinada, conterão 
somente o indispensável à sua finalidade, sem espaço em branco e sem entrelinhas, rasuras ou 
emendas não ressalvadas”.
DOS PRAZOS
 O art. 5º que informa como será feita a contagem do prazo no PAF. Esse artigo é cópia do art. 210 do
CTN:
Art. 5º Os prazos serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia do início e incluindo-se o 
do vencimento.
 Quanto às regras de contagem de prazo:
Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que 
corra o processo ou deva ser praticado o ato.
 Com relação à contagem dos prazos, esta se faz continuadamente, computando-se também os dias
feriados. O dia inicial (dies a quo) exclui-se da contagem, contando-se, porém, o do vencimento
(dies ad quem). Portanto, o começo da contagem só se perfaz a partir do dia seguinte. Mas é preciso
que esse dia seja útil.
 Os prazos no PAF, assim como no Processo Civil, são matéria de ordem pública, sua inobservância
pode ser declarada ex officio, acarretando a preclusão.
 A intimação no processo administrativo fiscal: via de regra, feita por Aviso de Recebimento do Correio
(AR). Ao contrário da publicação no Diário Oficial, exigida no caso do processo judicial. No caso de
extravio do AR ou de eventual dificuldade em definir a data de seu recebimento, a situação fática deve ser
interpretada de forma a restringir o direito do contribuinte o mínimo possível.
 O disposto no art. 183 do Código de Processo Civil (CPC), que se aplica supletivamente ao Processo
Administrativo Fiscal.
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e 
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações 
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§ 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, 
prazo próprio para o ente público.
OS PRINCIPAIS PRAZOS PREVISTOS NO DECRETO 70.235/72
Cinco dias:
a)para oposição de embargos de declaração, contados da ciência do acórdão, quando este contiver
obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o
qual deveria pronunciar-se a turma. (art. 65, § 1º da Portaria MF 343/2015);
b)para interposição de agravo do despacho que negar seguimento, total ou parcial, ao recurso especial,
interposto contra decisão que der à legislação tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado
outra câmara, turma de câmara, turma especial ou a própria CSRF, contados da ciência do despacho que
lhe negou seguimento (Câmara Superior de Recursos Fiscais) (art. 71, § 1º da Portaria MF 343/2015);
c)para que o conselheiro informe à Presidência da Câmara situação de impedimento ou suspeição em
relação a processo pautado, antes da data da reunião da sessão de julgamento (art. 44, § 2º, da Portaria
MF 343/2015).
Oito dias: para execução, pelo servidor, de atos processuais, se outro prazo não for especificado (art. 4.º
do Decreto 70.235/1972)
Quinze dias:
a)após a expedição da intimação, para considerar-se o sujeito passivo intimado, quando, feita a intimação 
por via postal, for omitida a data do recebimento no comprovante respectivo (art. 23, § 2.º, II, do Decreto 
70.235/1972);
b)para considerar-se o sujeito passivo intimado, no caso de intimação por meio eletrônico, contadoeste 
prazo da data registrada no comprovante de entrega no domicílio tributário do sujeito passivo ou no meio 
magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo (art. 23, § 2.º, III, “a” e “b”, do Decreto 
70.235/1972);
c)para considerar-se o sujeito passivo intimado, após a publicação do edital, quando este for o meio de 
intimação utilizado (art. 23, § 2.º, IV);
d)para interposição de recurso especial, contra decisão que der à legislação tributária interpretação 
divergente da que lhe tenha dado outra câmara, turma de câmara, turma especial ou a própria Câmara 
Superior de Recursos Fiscais (CSRF), contados da data da ciência da decisão (art. 68 da Portaria MF 
343/2015);
e)para oferecimento de contrarrazões ao recurso especial interposto (art. 69 e 70 da Portaria MF 
343/2015);
Dez dias:
a)para manifestação sobre de representação de nulidade dos despachos e decisões 
proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa (art. 80, §
7º, da Portaria MF 343/2015).
b)para interposição de recurso contra decisão de Turma Ordinária que declarar ou 
rejeitar a nulidade, contados da ciência da decisão (art. 80, § 12 da Portaria MF 
343/2015).
Trinta dias:
a)para realização, pela autoridade local, de atos processuais que devam ser praticados em sua jurisdição, por 
solicitação de outra autoridade preparadora ou julgadora (art. 3.º do Decreto 70.235/1972);
b)para apresentação, ao órgão preparador, da impugnação da exigência fiscal originária (art. 15), modificada 
antes do julgamento (art. 18, § 3.º), ou agravada na decisão (art. 15, parágrafo único), todos do Decreto 
70.235/1972;
c)para interposição de recurso voluntário aos Conselhos de Contribuintes, contra a decisão de primeira 
instância (art. 33 do Decreto 70.235/1972);
d)para cobrança amigável, contados do término do prazo previsto ou da ciência da decisão administrativa final, 
quando o sujeito passivo não cumprir a exigência, não a impugnar, nem dela recorrer, quando cabível (arts. 21 
e 43 do Decreto 70.235/1972);
e)para que o Procurador da Fazenda Nacional seja considerado intimado pessoalmente das decisões do 
CARF, contados da data em que os respectivos autos forem entregues à PGFN, salvo se antes dessa data o 
Procurador se der por intimado mediante ciência nos autos (art. 79 da Portaria MF 343/2015).
f)para que o Procurador da Fazenda Nacional apresente contrarrazões ao recurso voluntário e razões ao 
recurso de ofício, contados da data da disponibilização dos processos requisitados (art. 48, § 2º, da Portaria 
MF 343/2015).
Sessenta dias: prazo para validade do procedimento fiscal iniciado por apreensão de 
mercadorias, documentos ou livros, ou por ato escrito cientificado ao sujeito passivo ou 
seu preposto, podendo o referido prazo ser prorrogado, sucessivamente, por igual 
período, com qualquer outro ato escrito que indique o prosseguimento dos trabalhos 
(art. 7.º, § 2.º, do Decreto 70.235/1972).
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
 Enquanto estiver em curso o processo administrativo fiscal com a insurgência pelo contribuinte via
impugnação, ocorre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, o que inviabiliza a declaração da
prescrição intercorrente.
 Nesta mesma linha de narrativa, não haveria regra própria e específica para aplicação da prescrição
intercorrente ao processo administrativo fiscal.
PROCESSO ADMINISTRATIVO – FASE OFICIOSA DO PAF
 A primeira etapa dessa fase interna é a instauração, que marca de maneira evidente o início do
processo administrativo fiscal, afinal, mesmo que ainda não haja crédito tributário constituído, há o dever
de fiscalização da Administração que vincula a autoridade fiscal à persecução de um crédito tributário não
extinto.
O art. 7º do Decreto nº 70.235 define as três hipóteses de início do procedimento de fiscalização:
Art. 7º O procedimento fiscal tem início com: (Vide Decreto nº 3.724, de 2001)
I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da 
obrigação tributária ou seu preposto;
II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros;
III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.
§ 1° O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores 
e, independentemente de intimação, a dos demais envolvidos nas infrações verificadas.
§ 2° Para os efeitos do disposto no § 1º, os atos referidos nos incisos I e II valerão pelo prazo de sessenta 
dias, prorrogável, sucessivamente, por igual período, com qualquer outro ato escrito que indique o 
prosseguimento dos trabalhos.
Parágrafo único: Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer 
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
 O termo jurídico “denúncia” é conceituado como dar notícia, avisar, relatar quanto aos fatos ou tornar 
público fato ou direito, ou, ainda, ofensa a direito. Em suma, é dar o conhecimento ao Fisco de que o 
procedimento adotado pelo contribuinte está em desacordo com as normas em vigor. O art. 138 do 
CTN exige que o contribuinte inadimplente reconheça, espontaneamente, a sua situação de 
irregularidade fiscal. Ou seja, aquele que realizar a autodenúncia estará, dependendo do caso, 
excluído da aplicação da multa.
 O STJ já pacificou questão outrora controvertida, no sentido de ser inaplicável a denúncia espontânea
em relação aos tributos lançados por homologação, sempre que o débito tributário houver sido
declarado à Fazenda sem a correspondente quitação pelo contribuinte, conforme acórdão proferido em
súmulas abaixo elencadas:
STJ Súmula nº 360
O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação 
regularmente declarados, mas pagos a destempo.
STJ Súmula nº 436
A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, 
dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
SIGILO DAS OPERAÇÕES FINANCEIRAS DOS CONTRIBUINTES E COMPARTILHAMENTO DE 
INFORMAÇÕES FISCAIS
 Outro condicionamento de destaque que decorre da existência de processo instaurado diz respeito ao 
sigilo das operações financeiras de contribuintes junto a instituições bancárias, como se extrai do art. 
6º da Lei Complementar 105/2001, para fins de obtenção por parte das autoridades e agentes fiscais, 
de dados constantes das contas e aplicações.
 As autoridades e os agentes fiscais da União, dos estados, do DF e dos municípios somente poderão 
examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de 
depósitos e aplicações financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento 
fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa 
competente.
 Considerando a gravidade da medida prevista, bem como seu impacto na ordem jurídica, foi 
necessário regulamentar o dispositivo transcrito. Sobre o tema, tem-se o Decreto federal 3.724, de 
2001, que disciplina a requisição, acesso e uso, pela Secretaria da Receita Federal, de informações 
referentes a operações e serviços das instituições financeiras e das entidades a elas equiparadas. 
Justiça quebra o sigilo do imposto
de renda do apóstolo Valdemiro
Santiago
08/09/2022 10h25
https://noticias.uol.com.br/colunas/rogerio-gentile/2022/09/08/justica-quebra-do-
sigilo-do-imposto-de-renda-do-apostolo-valdemiro-santiago.htm
DO AUTO DE INFRAÇÃO E DA NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO 
 De acordo com o art. 9º do Decreto nº 70.235/72, Auto de Infração e Notificação de lançamento são os 
atos administrativos pelos quais a Administração Pública torna o débito fiscal exigível.
 O auto de infração decorre de um procedimento de fiscalização realizado no contribuinte, enquanto a 
notificação de lançamento surge da análise das informações prestadas pelo próprio contribuinte.
 A competência para a lavratura também é distinta: no primeirocaso é a autoridade fiscal responsável 
pela fiscalização, enquanto no segundo a competência é do chefe da repartição fiscal (Delegado ou 
Inspetor). 
CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO – FASE CONTENCIOSA DO PAF
 A intimação do sujeito passivo para ciência de sua condição ante determinada obrigação tributária abre
a possibilidade de instauração do contencioso administrativo que não constitui estágio obrigatório, mas
a oportunidade de contraposição, na via administrativa, à atividade oficiosa e impositiva do poder de
tributar.
DA IMPUGNAÇÃO
 É a impugnação que, tecnicamente instaura a fase litigiosa do procedimento, conforme o art. 14 do
Decreto nº 70.235/72. Até a impugnação, há mero procedimento administrativo.
 O art. 16 do Decreto nº 70.235/72 estabelece os requisitos da impugnação.
 O art. 17 do mesmo diploma informa a necessidade de impugnação expressa, sob pena de se
considerarem aceitas pelo contribuinte as partes do auto de infração ou notificação de lançamento que
não forem expressamente impugnadas. Entretanto, o contribuinte pode, em homenagem ao princípio
da verdade material, requerer diligências com a finalidade de comprovar a inexigibilidade do crédito
tributário.
 A impugnação será formalizada e instruída com os documentos em que se fundamentar, dirigida ao
órgão preparador, no prazo de 30 dias, a contar da data em que for feita a intimação (art. 15 do Decreto
70.235/1972).
 A petição deve indicar as qualificações do interessado e a autoridade julgadora, além de fundamentar o
pedido nos motivos de fato e de direito que o sustentam, demonstrando os pontos de concordância e
as razões e provas que desconstituem o ato impugnado, sob pena de preclusão dos argumentos e
provas já disponíveis.
 Sob pena de perda do direito de comprovar o alegado, segundo a Lei do PAF, o impugnante deve
apontar as diligências e perícias que porventura se pretendam realizar, antecipando os quesitos e
assistentes técnicos a serem indicados, se for o caso.
 Aspecto a ser trazido aos autos pelo contribuinte é a cópia da petição inicial que porventura tenha
submetido à apreciação do Poder Judiciário a matéria impugnada.
Súmula CARF 1: Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo 
de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, 
com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão 
de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial.
 Não serão apreciadas, no âmbito do processo administrativo fiscal, as alegações de
inconstitucionalidade como fundamento para se afastar a aplicação ou deixar de observar tratado,
acordo internacional, lei ou decreto. Esse óbice somente inexiste caso a norma atacada já tenha sido
declarada inconstitucional por decisão definitiva do plenário do Supremo Tribunal Federal.
Art. 16. A impugnação mencionará:
I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;
II - a qualificação do impugnante;
III - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas 
que possuir; (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)
IV - as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que as 
justifiquem, com a formulação dos quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de 
perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional do seu perito. (Redação dada pela Lei nº 8.748, 
de 1993)
V - se a matéria impugnada foi submetida à apreciação judicial, devendo ser juntada cópia da petição. 
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
Art. 17. Considerar-se-á não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo 
impugnante.
REVELIA: ADMINISTRATIVA E COBRANÇA DO CRÉDITO
 A consolidação administrativa da obrigação tributária constituída pelo lançamento:
ausência de impugnação ou de pagamento no prazo legal
 Não pagou ou não impugnado: incumbe à autoridade fiscal declarar a revelia do sujeito passivo em
relação à parte não litigiosa do crédito e proceder à cobrança amigável da exação, pelo prazo de 30
dias (art. 21 do Decreto 70.235, de 1972).
 Não impede o curso do prazo prescricional para ajuizamento da cobrança judicial.
 Diante do inadimplemento de parte da obrigação tributária “não impugnada”, o órgão preparador
providenciará a formação de autos apartados para imediata cobrança amigável, antes da remessa dos
autos para julgamento da impugnação apresentada (art. 21, § 1º, do Decreto 70.235/1972). A
suspensão da exigibilidade do crédito somente abrange a parte impugnada da obrigação.
 Esgotado o prazo de cobrança amigável sem que tenha sido pago o crédito tributário, o órgão
preparador declarará o sujeito passivo devedor remisso e encaminhará o processo à autoridade
competente para promover a cobrança executiva (art. 21, § 3º, do Decreto 70.235, de 1972).
INTIMAÇÃO
 Formas regulares de intimação no processo administrativo fiscal (art. 23 do Decreto 70.235, de 1972):
(i) pessoal, pelo autor do procedimento ou por agente do órgão preparador, na repartição ou fora dela,
provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com
declaração escrita de quem o intimar;
(ii) por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento no domicílio
tributário eleito pelo sujeito passivo.
(iii) por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante:
a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo;
b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo.
 Não têm ordem de preferência entre si.
 Quanto à notificação por via postal, sua validade é reconhecida mesmo que quem a tenha recebido
não seja o representante legal do destinatário.
Domicílio Tributário Eletrônico – DTE
Art. 2º Os atos e termos processuais, quando a lei não prescrever forma determinada, conterão somente o 
indispensável à sua finalidade, sem espaço em branco, e sem entrelinhas, rasuras ou emendas não 
ressalvadas.
Parágrafo único. Os atos e termos processuais poderão ser formalizados, tramitados, comunicados e 
transmitidos em formato digital, conforme disciplinado em ato da administração tributária.
 A partir de manifestação expressa do sujeito passivo, mediante termo de adesão à nova sistemática 
que indique a caixa postal a ser considerada como novo domicílio tributário.
Art. 23. Far-se-á a intimação:
§ 2° Considera-se feita a intimação:
III - se por meio eletrônico:
a) 15 (quinze) dias contados da data registrada no comprovante de entrega no domicílio tributário 
do sujeito passivo;
b) na data em que o sujeito passivo efetuar consulta no endereço eletrônico a ele atribuído pela 
administração tributária, se ocorrida antes do prazo previsto na alínea a; ou
(iv) Quando resultar improfícuo outro meio de intimação ou quando o sujeito passivo tiver sua inscrição 
declarada inapta perante o cadastro fiscal, a intimação poderá ser feita por edital publicado:
I – no endereço da administração tributária na internet;
II – em dependência, franqueada ao público, do órgão encarregado da intimação;
III – uma única vez, em órgão da imprensa oficial local.
 Considera-se realizada a intimação por edital 15 dias após sua publicação (art. 23, § 2º, inciso IV, do 
Decreto 70.235/1972).
 Procedimento que somente se justifica somente depois de caracterizada irrefutável a tentativa inútil de 
intimação do contribuinte por meio das outras modalidades previstas na norma.
 A intimação via edital, portanto, é considerada válida desde que demonstrada a tentativa de intimação 
do contribuinte por via postal.
 Em se tratando de aplicação das normas tributárias no espaço, a regra de intimação é a da
territorialidade e, portanto, o domicílio do sujeito passivo delimita a competência tributária para
arrecadação e, ainda, viabiliza sua localização territorial pelo Estado na persecução do cumprimento
da obrigação tributária.
 O sujeito passivo daobrigação tributária tem a liberdade para estabelecer seu domicílio, mas de
natureza relativa: a autoridade administrativa poderá recusar essa escolha, de forma fundamentada,
quando o domicílio fiscal eleito imponha dificuldade à atividade arrecadatória ou de fiscalização.
COMPETÊNCIA
 O julgamento do processo de exigência de contribuições ou tributos administrados pela Secretaria da
Receita Federal compete (arts. 25 e 26 do Decreto 70.235, de 1972):
I – em primeira instância, às Delegacias da Receita Federal de Julgamento, órgãos de deliberação interna
e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal;
a) aos Delegados da Receita Federal, titulares de Delegacias especializadas, nas atividades
concernentes a julgamento de processos, quanto aos tributos e contribuições administrados pela
Secretaria da Receita Federal.
b) às autoridades mencionadas na legislação de cada um dos demais tributos ou, na falta dessa
indicação, aos chefes da projeção regional ou local da entidade que administra o tributo, conforme for por
ela estabelecido.
II – em segunda instância, ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, órgão colegiado,
paritário, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, atual Ministério da Economia, com atribuição
de julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como recursos de
natureza especial;
PROVAS
Destaca-se a importância da produção de provas fortes e irrefutáveis, especialmente
no que tange ao contribuinte, uma vez que este foi quem instaurou a lide.
O Auditor, em uma fiscalização, busca o fato gerador.
No julgamento, são três as verdades: a verdade descrita no lançamento pelo auditor,
com provas; a verdade descrita na defesa, com provas e a verdade do julgador.
Prevalecendo a verdade do julgador, portanto as provas terão papel fundamental para
a formação da convicção do julgador.
JULGAMENTO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA
 A decisão conterá relatório, fundamentos, conclusão e ordem de intimação do interessado, 
identificados todos os autos de infração ou as notificações de lançamento que constituam seu objeto e 
detalhando as razões de defesa suscitadas (art. 31 do Decreto 70.235/1972).
 Deve, ainda, enfrentar distinta e fundamentadamente as questões preliminares alegadas e depois o 
mérito da impugnação, apreciando as provas como elementos formadores de livre convicção do órgão 
julgador, podendo demandar sobre sua produção (arts. 28 e 29 do Decreto 70.235/1972).
 A decisão da impugnação não é passível de pedido de reconsideração (art. 36 do Decreto 
70.235/1972), mas pode ser impugnada por recurso voluntário, total ou parcialmente, com efeito 
suspensivo, no prazo de 30 dias de sua ciência (art. 33 do Decreto 70.235/1972).
 Será objeto de recurso de ofício pela autoridade de primeira instância, por declaração na própria 
decisão, sempre que exonerar o sujeito passivo do pagamento de tributo e encargos de multa de valor 
total (lançamento principal e decorrentes)
JULGAMENTO EM SEGUNDA INSTÂNCIA
 As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de
Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática dos arts. 543-B e 543-C da Lei 5.869, de 1973,
ou dos arts. 1.036 a 1.041 da Lei 13.105, de 2015 – CPC (Julgamento dos Recursos Extraordinário e
Especial Repetitivos), deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no
âmbito do CARF.
 Das decisões colegiadas do CARF não cabe pedido de reconsideração, mas podem ser interpostos:
(i) Embargos de Declaração, em 5 dias, a serem apreciados pelo próprio colegiado que tenha proferido a
decisão embargada; e
(ii) Recurso Especial dirigido à Câmara Superior de Recursos Fiscais, no prazo de 15 (quinze) dias, contra
decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra Câmara, turma de
Câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de Recursos Fiscais (art. 37, § 2º, do Decreto
70.235, de 1972).
 Da decisão que não conhece do recurso especial cabe a interposição de agravo interno, nos termos de
que dispõe o art. 71 do Regimento do CARF.
 Terão tramitação prioritária os processos no CARF que:
(i) contenham circunstâncias indicativas de crime, objeto de representação fiscal para fins penais;
(ii) tratem de exigência de crédito tributário de valor igual ou superior ao determinado pelo Ministro de 
Estado da Fazenda (Economia), inclusive na hipótese de recurso de ofício;
(iii) atendam a outros requisitos estabelecidos pelo Ministro de Estado da Fazenda;
(iv) a preferência tenha sido requerida pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional;
(v) a preferência tenha sido requerida pelo Secretário da Receita Federal do Brasil; e
(vi) figure como parte ou interessado, nos termos do art. 69-A da Lei 9.784, de 29 de janeiro de 1999, 
pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; portadora de deficiência física ou mental; 
portadora de moléstia grave; portadora de câncer (Estatuto da Pessoa com Câncer – Lei 14.238/2021), 
mediante requerimento do interessado e prova da condição.
EFICÁCIA E EXECUÇÃO DAS DECISÕES PROFERIDAS NO PAF
 Os atos e as decisões administrativas exarados no âmbito do Processo Administrativo Fiscal estão
sujeitos a controle, segundo prescrevem os princípios do contraditório e da ampla defesa, ao carregar
toda a sua força normativa também para os litígios instalados fora do processo judicial.
 A partir do momento da decisão do Fisco, seja pelo decurso do prazo para impugnação ou recorrer ou,
ainda, pelo esgotamento de todas as instâncias recursais, opera-se a preclusão da possibilidade de
retratação ou reexame na via administrativa.
 Decisão definitiva for favorável ao sujeito passivo, cumpre à autoridade preparadora exonerá-lo, de
ofício, dos gravames decorrentes do litígio (art. 45 do Decreto 70.235, de 1972).
 Nos casos em que contrária ao sujeito passivo, a decisão será submetida ao prazo de 30 dias para
cobrança amigável e, caso frustrada, deve ser encaminhada para inscrição do débito em Dívida Ativa e
posterior cobrança executiva (arts. 41 e 43 do Decreto 70.235, de 1972).
 Consubstanciada qualquer das fases processuais que conferem completude à decisão administrativa
impositiva de obrigação tributária e transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias da notificação do sujeito
passivo sem pagamento, está configurada a constituição definitiva do crédito tributário e o vencimento
da obrigação, a partir de quando tem início o curso do prazo prescricional para ação executiva.
PROCESSO DE CONSULTA
 Permite que o contribuinte conheça previamente a interpretação oficial da Administração sobre 
determinada norma que, ao menos em tese, lhe é aplicável.
 Cuida-se de uma sistemática que estabelece uma relação de boa-fé, confiança e lealdade processual, 
razão pela qual entende o STJ ter a resposta à consulta caráter vinculante para os órgãos fazendários.
 Previne aplicação de penalidades e define com clareza os limites que lhe serão conferidos 
administrativamente, por outro, facilita a atividade fiscal ao inibir o contencioso, bem como obstaculiza 
futuros debates judiciais.
 Não suspende o prazo para recolhimento de tributo, retido na fonte ou autolançamento antes ou 
depois de sua apresentação, nem o prazo para declaração de rendimentos (art. 49 do Decreto 
70.235/1972). Durante o período entre sua apresentação até o trigésimo dia subsequente à data da 
ciência da decisão definitiva, nenhum procedimento fiscal será instaurado contra o sujeito passivo em 
relação ao tributo consultado (art. 48 do Decreto 70.235/1972).
NULIDADES
 De acordo com a Lei do PAF, a nulidade no Processo Administrativo Fiscal se verifica, basicamente, a
partir de suas circunstâncias:
i) a incompetência da autoridade que tenha lavrado ato/termo ou expedido despachado/decisão no feito
ou.
ii) a violação ao direito de defesa do sujeito passivo (art. 59 do Decreto 70.235/1972).
 O ato nulo somente prejudica os procedimentos que dele resulteou dependa diretamente, tanto que a
autoridade que declarar a nulidade deve definir os atos por ela comprometidos e determinar as
providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo administrativo fiscal (art. 59, §§
1º e 2º, do Decreto 70.235/1972).
 Se a nulidade cometida macula formalmente o lançamento, o disposto no art. 173 do CTN
(decadência) estabelece que, exsurge da decisão definitiva reconhecedora dessa nulidade do
lançamento, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário.
 Em prestígio ao princípio da economia processual, quando for possível decidir em favor do sujeito
passivo que se beneficiaria da declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a declarará nem
determinará a repetição do ato ou a solução do erro (art. 59, § 3º, do Decreto 70.235/1972).
DOS FATOS:
"Tratam¬-se de impugnações apresentadas pelo contribuinte ______________ (CPF n° __________) e elos responsáveis 
solidários indicados na autuação (CPF n°______), (CPF nº _____), (CNPJ n° _____), (CNPJ _____) e (CNPJ _______), em 
face de Auto de Infração lavrado no âmbito da Delegacia da Receita Federal do Brasil em _______ (fls. ).
Por meio do referido Auto de Infração (fls.), relativo ao Imposto de Renda de Pessoa Física- IRPF, relativo aos exercícios ____,
____ e ____, está sendo exigido do contribuinte o recolhimento de crédito tributário no valor de R$ ______________, sendo:
Imposto ¬ R$ ____________
Juros de Mora (calculados até _______) ¬ R$____________
Multa de Ofício ¬ R$ ____________
Multa Isolada ¬ R$____________
Conforme descrição dos fatos e enquadramento legal constantes do AUTO DE INFRAÇÃO (fls.) e do Termo de Descrição dos Fatos 
(TDF ¬ fls.), que acompanha e é parte integrante do Auto, foram apuradas as seguintes infrações:
1. Omissão de rendimentos do trabalho sem vínculo empregatício, relativos aos serviços de publicidade não tributados na 
pessoa física e/ou tributados indevidamente na empresa _____________, CNPJ __________ (do Termo de Descrição dos Fatos);
2. Omissão de rendimentos de fontes situadas no exterior, oriundos dos serviços de publicidade não tributados na pessoa 
física e/ou tributados indevidamente na empresa, CNPJ ______ (do Termo de Descrição dos Fatos);
3. Omissão de rendimentos de fontes situadas no exterior, oriundos do direito de preferência, pagos pelo ________ 
(__________), não tributados na pessoa física e/ou tributados indevidamente na empresa CNPJ ___________ (do Termo de 
Descrição dos Fatos);
4. Omissão de rendimentos de fontes situadas no exterior, oriundos do trabalho com vínculo empregatício (contrato de 
agência e direitos de imagem), pagos por _________ (______), não tributados na pessoa física e/ou tributados indevidamente 
nas empresas, CNPJ _______, CNPJ _________ e CNPJ ______ (do Termo de Descrição dos Fatos).
5. Falta de recolhimento do IRPF devido a título de carnê ¬leão, ensejando a exigência da Multa Isolada.
As autoridades fiscais incluíram no polo passivo, como responsáveis solidários pelo crédito tributário constituído, _________
____ e _______________, pais do contribuinte, e as empresas ____________, ________________ e ___________, _______
____, que têm como únicos sócios os pais do contribuinte, em razão de entenderem estar caracterizado o interesse comum
e a atuação conjunta de todos nas situações que constituíram os fatos geradores das obrigações tributárias.
A exigência da multa de ofício qualificada, no percentual de 
150%, foi justificada pelos autuantes tendo em vista a apuração de ocorrência de sonegação, 
fraude e conluio nos negócios perpetrados. Ao longo do TDF, as autoridades fiscais buscam demonstrar que o contribuinte e os 
responsáveis solidários praticaram atos e negócios jurídicos envolvendo simulações, com o objetivo único 
de reduzir a carga tributária incidente nas transações realizadas pelo contribuinte, mormente nas prestações de serviços de 
publicidade e nos valores recebidos do _____________________, relativos a sua transferênciapara o clube.
O trabalho fiscal está baseado em documentos e esclarecimentos 
prestados pelo contribuinte, pelas empresas ______________, _________________ e __________, 
bem como em documentação encaminhada pela Justiça espanhola para o Ministério Público Federal e repassada 
à Receita Federal do Brasil (RFB).
DAS IMPUGNAÇÕES DOS RESPONSÁVEIS SOLIDÁRIOS
______________________________ - Apresentaram, em ____ defesas de idêntico teor, apenas alterando a ordem, 
na peça de defesa, do item intitulado "Da inexistência de responsabilidade solidária".
A concomitância da tramitação de defesa administrativa e medida judicial em nome do contribuinte 
interessado enseja
A) o indeferimento da medida judicial, em razão do processamento da defesa junto à instância 
administrativa.
B) o sobrestamento da medida judicial até resolução da questão perante a instância administrativa.
C) a extinção da defesa administrativa, sem apreciação de mérito, se a matéria discutida em ambas as 
instâncias for absolutamente idêntica.
D) a aplicação da multa por litigância de má-fé ao interessado, por utilizar-se de duas vias de defesa -
administrativa e judicial - para discussão da mesma matéria.
De acordo com a legislação tributária que dispõe a respeito do processo administrativo fiscal, o 
procedimento fiscal tem início
A) com a apreensão de mercadorias, documentos ou livros.
B) apenas com a lavratura do auto de infração.
C) trinta dias após o despacho aduaneiro de mercadoria importada.
D) no momento em que decidir o fiscal de tributos, a seu livre arbítrio.
A União lavrou auto de infração para a cobrança de créditos de Imposto sobre a Renda, devidos pela 
pessoa jurídica PJ. A cobrança foi baseada no exame, considerado indispensável por parte da autoridade 
administrativa, de documentos, livros e registros de instituições financeiras, incluindo os referentes a 
contas de depósitos e aplicações financeiras de titularidade da pessoa jurídica PJ, após a regular 
instauração de processo administrativo.
Não houve, neste caso, qualquer autorização do Poder Judiciário. Sobre a possibilidade do exame de 
documentos, livros e registros de instituições financeiras pelos agentes fiscais tributários, assinale a 
afirmativa correta.
A) Não é possível, em vista da ausência de previsão legal.
B) É expressamente prevista em lei, sendo indispensável a existência de processo administrativo 
instaurado.
C) É expressamente prevista em lei, sendo, no entanto, dispensável a existência de processo 
administrativo instaurado.
D) É prevista em lei, mas deve ser autorizada pelo Poder Judiciário, conforme exigido por lei.
João, empresário, inconformado com a notificação de que a Administração Pública Fazendária teria 
acesso às informações de sua movimentação bancária para instruir processo administrativo fiscal, decidiu 
procurar o Escritório Alfa de advocacia para uma consulta a respeito do caso. João busca saber se a 
medida configura quebra de sigilo fiscal e se o procedimento da Administração Pública está correto.
Com base na hipótese apresentada, assinale a opção que indica a orientação a ser dada pelo Escritório 
Alfa, considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca do acesso a dados 
bancários sigilosos pela Administração Pública Fazendária.
A) Não se trata de quebra de sigilo, mas de transferência de sigilo para finalidades de natureza 
eminentemente fiscal, pois a legislação aplicável garante a preservação da confidencialidade dos dados, 
vedado seu repasse a terceiros estranhos ao próprio Estado, sob pena de responsabilização dos agentes 
que eventualmente pratiquem essa infração.
B) A imediata notificação do contribuinte é mera liberalidade da Administração Fazendária, sendo ao 
contribuinte facultada, tão somente, a extração da decisão final da Administração Fazendária.
C) Tal uso de dados ofende o direito ao sigilo bancário, porque macula o princípio da igualdade e o 
princípio da capacidade contributiva.
D) É inconstitucional aquebra de sigilo, pois a legislação aplicável garante a preservação da 
confidencialidade dos dados, vedado seu repasse a terceiros, inclusive aos integrantes da Administração 
Pública Fazendária.
A pessoa jurídica A declarou débitos de Imposto sobre a Renda (IRPJ) que, no entanto, deixaram de ser 
quitados. Diante do inadimplemento da contribuinte, a União promoveu o protesto da Certidão de Dívida 
Ativa (CDA) decorrente da regular constituição definitiva do crédito tributário inadimplido.
Com base em tais informações, no que tange à possibilidade de questionamento por parte da contribuinte 
em relação ao protesto realizado pela União, assinale a afirmativa correta.
A) O protesto da CDA é indevido, uma vez que o crédito tributário somente pode ser cobrado por meio da 
execução fiscal.
B) O protesto da CDA é regular, por se tratar de instrumento extrajudicial de cobrança com expressa 
previsão legal.
C) O protesto da CDA é regular, por se tratar de instrumento judicial de cobrança com expressa previsão 
legal.
D) O protesto da CDA é indevido, por se tratar de sanção política sem previsão em lei.
Em cumprimento de diligência na sede da gráfica Impressões Beta, empresa beneficiária de imunidade 
quanto aos impostos incidentes sobre sua atividade de impressão de periódicos, fiscais da Fazenda 
Estadual apreenderam notas e livros fiscais, sem terem apresentado mandado judicial com a previsão da 
medida.
Com base no cenário acima, assinale a alternativa correta no que tange à conduta dos agentes do Fisco.
A) A ação não apresenta qualquer ilegalidade, conformando ato regular de fiscalização, representando 
um poder-dever da Administração.
B) A ação é ilegal, pois a legislação que rege a fiscalização tributária não se aplica àqueles que gozam de 
imunidade tributária.
C) A ação é ilegal, pois, para o cumprimento da diligência, era imprescindível a apresentação de 
mandado judicial.
D) A ação não apresenta qualquer ilegalidade, já que a função de fiscalização é ilimitada, tendo em vista 
a supremacia do interesse público.
Processo nº ________________________________________
Recurso nº ________________ Voluntário
Acórdão nº _______________
Matéria IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA
Recorrente ___________________________________________
Recorrida FAZENDA NACIONAL
O contribuinte contestou o lançamento por meio da impugnação de fls. __, conforme alegações
reproduzidas do Acórdão ________ da 5ª Turma da DRJ/REC:
a. Apresentou a DAA nela deduzindo:
• os valores de "pensão alimentícia judicial" de seus três filhos, pagos por força de decisão
judicial (oferta de alimentos homologado judicialmente), descontados em seu "hollerit" e pagos aos
"alimentandos" diretamente pelo Governo do Estado de ___________, no valor total de R$ 68.690,60;
• as "despesas médicas" do Plano de Saúde da _____________, no total de R$ 12.731,80, e de
atendimento médico de R$ 1.200,00, despesas inclusas na "obrigação alimentícia" da prestação de
assistência médica aos três filhos;
• as despesas com instrução de um dos Alimentandos, no valor de R$ 2.958,23.
A DRJ/REC julgou a impugnação improcedente (Acórdão de Impugnação de fls. ________), sob os
seguintes fundamentos:
a) Pensão alimentícia: o valor pago em razão de acordo de oferta de alimentos homologado
judicialmente não se enquadra na previsão legal que autoriza sua dedução da base de cálculo do
IRPF;
b) Despesas com Instrução: a dedução não pode ser aceita tendo em vista que está prevista na ação
de oferta de alimentos e essa não se adequa aos requisitos legais de admissibilidade para dedução
do imposto de renda, uma vez que não houve a dissolução da sociedade conjugal; e
c) Despesas Médicas: as deduções não podem ser aceitas tendo em vista que estão previstas na ação
de oferta de alimentos e essa não se adequa aos requisitos legais de admissibilidade para dedução
do imposto de renda, uma vez que não houve a dissolução da sociedade conjugal.
 No que se refere à possibilidade de dedução de valores pagos a título de pensão alimentícia da
base de cálculo do IRPF, o inciso II do art. 4º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, dispõe:
Art. 4º. Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto de renda poderão ser
deduzidas:
[...]
II – as importâncias pagas a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família,
quando em cumprimento de decisão judicial, inclusive a prestação de alimentos provisionais, de acordo
homologado judicialmente, ou de escritura pública a que se refere o art. 1.124A da Lei nº 5.869, de 11 de
janeiro de 1973 Código de Processo Civil;
A controvérsia reside na possibilidade de se deduzir os valores correspondentes à pensão alimentíci
a da base de cálculo do IRPF quando essa pensão provém de acordo homologado judicial-
mente, em face de ação de oferta de alimentos em que o alimentante se propõe a efetuar paga-
mento aos filhos, ainda que não tenha havido a dissolução da unidade familiar.
 Ações dessa natureza, consoante relatado no acórdão recorrido, têm como base o art. 24, da Lei
5.478, de 25 de julho de 1968, que dispõe:
Art. 24. A parte responsável pelo sustento da família, e que deixar a residência comum por
motivo, que não necessitará declarar, poderá tomar a iniciativa de comunicar ao juízo os
rendimentos de que dispõe e de pedir a citação do credor, para comparecer à audiência de conciliação e
julgamento destinada à fixação dos alimento a que está obrigado.
Se não houve da dissolução da unidade familiar, também não existem motivos para a oferta de alimen-
tos.
No presente caso,
o contribuinte, mesmo casado com a mãe dos alimentandos, optou por ingressar com
ações de oferta de alimentos, para que fossem homologadas judicialmente as pensões que se propu-
nha a pagar aos três filhos do casal, o que evidencia a falta de conexão entre objeto pretendido pelo
art. 24, da Lei 5.478/68 e o fim alcançado pelos acordos judiciais.
Processo nº _____________________
Recurso nº Voluntário
Acórdão nº ___________________ – 4ª Câmara / 2ª Turma Ordinária
Matéria IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF. DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO
COMPROVADA. GANHO DE CAPITAL. MULTA QUALIFICADA
Recorrente __________________________
Recorrida FAZENDA NACIONAL
Trata-se de recurso voluntário interposto pelo contribuinte acima identificado contra decisão que de-
clarou improcedente em parte a sua impugnação apresentada para desconstituir o Auto de Infraçã
o de Imposto Sobre a Renda da Pessoa Física IRPF, que integra o presente processo.
A descrição das infrações relativas aos anos calendário de _____ e _______
consta do AI, fls. _____, cujo Demonstrativo de Apuração encontra-
se às fls. ________. Todos os pormenores acerca da apuração fiscal foram descritas no Termo de
Constatação Fiscal TCF, fls. ______, onde se verificou a prática das seguintes condutas:
a) falta de recolhimento do imposto incidente sobre ganhos de capital na alienação de bens e
direitos; e
b) omissão de rendimentos caracterizada por depósitos bancários de origem não comprovada. Foi
imposta multa qualificada no patamar de 150% do imposto devido, em razão de suposta conduta do-
losa do sujeito passivo, verificada nas duas infrações que lhe foram imputadas.
Na peça recursal de fls. ______ o sujeito passivo apresentou as razões, que abaixo reproduzo em apertada síntese. 
Multa qualificada
Valendo-se da doutrina de Eduardo Arrieiro Elias, conclui que havendo depósitos bancários não comprovados,
sem que se consiga comprovar cabalmente a existência de conduta dolosa, não pode prevalecer a imposição da
multa exacerbada.
Depósitos bancários
Defende que para que se sustente a presunção legal de que depósitos bancários não comprovados se 
configuram em omissão de rendimentos
deve-se comprovar a aderência das movimentações financeiras ao patrimônio do contribuinte.
Depósitos bancários de origem não comprovada
Alienação de imóvel: afirma que apresentou o contrato de compra e venda, identificou o comprador e os de
pósitos bancários,

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