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Karen Oliveira Anticoagulante� Introduçã� Os anticoagulantes são uma classe de medicamento que atuam na inibição dos fatores de coagulação (ex.: heparina) ou na interferência na síntese desses fatores (ex.: antagonistas de vitamina K). Juntos com os trombolíticos e anti-agregantes, as três classes de fármacos são empregadas no tratamento de disfunções da homeostasia. Ant�-agregante� Os anti-agregantes plaquetários possuem a menor potência homeostática, quando comparado com os outros dois, atuando somente na etapa de agregação plaquetária. Estes fármacos agem na profilaxia em pacientes com doença vascular, placa aterosclerótica e risco de fissura endotelial, evitando-se um possível evento cardiovascular. Tanto os anticoagulantes quanto os trombolíticos/fibrinolíticos atuam na etapa da coagulação, desfazendo os trombos nos vasos sanguíneos. O que muda entre eles é a sua potência e, consequentemente, o tempo de sua eficácia. Os trombolíticos são os mais potentes, desfazendo o trombo imediatamente. Já os anticoagulantes, desfazem em semanas ou meses. No entanto, quanto maior a potência, maior é o risco de sangramento. Assim, é importante ponderar a necessidade de usar ou um ou outro, analisando, individualmente, os riscos e benefícios do uso de qual. Geralmente, usa-se anticoagulante como profilaxia e tratamento, em caso de trombos venoso ou em câmara cardíacas. Ou seja, caso paciente apresente TVP, TEP, trombo atrial secundário a FA, etc. Já os trombolíticos são usados em caso de processos trombóticos agudos, principalmente se existir um trombo arterial com viabilidade de célula. Temos como exemplos o IAMCSST e AVE isquêmico. Us� � atuaçã� d� Anticoagulante� Os anticoagulantes são usados tanto no tratamento como na profilaxia de eventos tromboembolíticos relacionados a patologias de base como fibrilação atrial, tromboembolismo venoso profundo e pulmonar (TVP e TEP), uso de próteses valvares, associadas a cardiopatias estruturais ou secundárias a complicações de um infarto, etc. Assim, eles atuam impedindo a ocorrência de trombose, limitando a lesão por reperfusão. No entanto, deve-se ponderar a necessidade e qual dosagem ideal para que haja uma resposta normal à lesão vascular sem muito risco de sangramento. Por isso, a dose ideal e segura dos anticoagulantes é pautada por meio de exames laboratoriais como o tempo de protrombina (TP) e o índice internacional normalizado (INR), auxiliando na manutenção entre o poder terapêutico desse fármaco e seu efeito adverso principal: sangramento. Os valores de referências respectivos de cada exame são: ➔ TP: 10 e 13 segundos; ➔ INR/RNI: 0,8 a 1. No entanto, em caso de pacientes com alguma patologia homeostática em uso de anticoagulantes orais, consideramos como valor de referência entre 2 e 3. Karen Oliveira Os principais anticoagulantes são: heparina; argatrobana; bivalirudina e desirudina; fondaparinux; dabigatrana; rivaroxabana e apixabana; e varfarina. �siologi� d� Coagulaçã� Após um traumatismo físico, o sistema vascular ativa um processo fisiológico através de uma série de interações complexas entre plaquetas, células endoteliais e a cascata de coagulação. O resultado disso culmina na hemostasia, com objetivo de minimizar a perda sanguínea resultante de tal agressão. Dentre as fases da hemostasia, em uma ordem cronológica, temos: 1. adesão plaquetária na superfície subendotelial exposta; 2. ativação plaquetária, liberando mediadores químicos para o início da agregação; 3. aglutinação plaquetária, onde mais plaquetas são reunidas para se agregarem em um tampão plaquetário; 4. formação do coágulo; e 5. fibrinólise, onde há ativação da via fibrinolítica, limitando o crescimento do coágulo e dissolvendo a rede de fibrina à medida que ocorre a cicatrização. Os anticoagulantes atuam na etapa 4, em que há a formação do coágulo sanguíneo. Este processo de coagulação, que gera a trombina, ocorre por meio de duas vias interrelacionadas, se envolvendo em uma cascata de reações enzimáticas através de inúmeras ativações de fatores plasmáticos. Heparin� Nã�-fracionad� (HNF): Mecanism� d� Açã�: Inibe indiretamente a trombina por atuar como co-fator da antitrombina (AT), aumentando sua atividade e, consequentemente, seu efeito anticoagulante sob a trombina, o fator Xa, e, em menor grau, os fatores XII, XI e IXa. Limitaçõe�: ➔ Curta janela terapêutica; ➔ Relação dose-resposta altamente variável, devido a sua variável biodisponibilidade decorrente da ligação a proteínas plasmáticas, o que requer monitorização laboratorial; ➔ Menor eficácia em pacientes com doenças agudas, pois muitos dos reagentes inflamatórios de fase aguda são proteínas de ligação à heparina, diminuindo sua biodisponibilidade; ➔ Incapacidade de inativar a trombina ligada à fibrina, bem como o fator Xa dentro de um trombo, ou seja, um trombo pode continuar a crescer apesar do uso da heparina. Monitor�açã�: A resposta anticoagulante de uma dose padrão de HNF varia amplamente entre os pacientes, e não há informações suficientes na literatura que determinem a modificação da dose inicial de acordo com o perfil hemodinâmico do paciente (peso “seco” X peso “molhado”), sendo necessário monitorar a resposta de cada paciente, utilizando-se o tempo de tromboplastina parcial ativada (PTTa) ou os níveis plasmáticos de heparina. As medições devem ser feitas antes da terapia com heparina, quatro a seis horas após seu início, e quatro a seis horas após qualquer alteração de dose. O valor geralmente Karen Oliveira aceito como alvo de manutenção da terapia com heparina é de 1,5 a 2,5 vezes a média do valor de controlo ou do limite superior do intervalo normal de PTTa. PTTa basal alargado: A presença de um PTTa basal alargado torna este teste pouco confiável na monitorização da terapia com heparina não fracionada (HNF), sendo necessária a utilização de testes alternativos de monitorização: Dosagem de anti-fator Xa ou dosagem de heparina séricos (não são afetados pela presença do anticoagulante lúpico ou por deficiência de fator de coagulação); Se a razão do PTTa é de fato o anticoagulante lúpico, podem ser usados testes de PTTa não sensíveis ao anticoagulante lúpico; Alternativamente, podemos utilizar um heparina de baixo peso molecular (HBPM), que não exige monitorização pelo PTTa. Monitorizar contagem de plaquetas: Pelo risco de trombocitopenia induzida por heparina, deve-se monitorizar a contagem de plaquetas diariamente a partir do 4º dia de tratamento com HNF, ou a cada dois a três, também a partir do 4º dia, em pacientes em uso de dose profilática, até o 14º dia ou até que a heparina seja interrompida Resistênci� à heparin�: Corresponde a pacientes que necessitam de altas doses de heparina para atingir um PTTa no intervalo terapêutico (1,5-2,5) (> 35.000 U/24h, com exclusão do bolus inicial). Causas desse fenômeno incluem o aumento da liberação de heparina, aumento dos níveis de heparina ligada a proteínas plasmáticas, as elevações de fibrinogênio e dos níveis de fator VIII, certos medicamentos (por exemplo, a aprotinina) e a deficiência de antitrombina. Preconiza-se que o ajuste da dosagem de heparina em pacientes com resistência deve ser baseada nos níveis de anti-Xa, em vez do PTTa. Nos casos de deficiência de antitrombina, para a ação da heparina, deve ser administrado concentrado de antitrombina, e monitorado seu nível sérico. Administraçã� � Eficáci�: A administração de heparina intravenosa é repleta de dificuldades e a prática clínica do uso de uma abordagem de titulação da dose de heparina freqüentemente resulta em terapia inadequada (60% dos pacientes tratados falham em alcançar um PTTa adequado em 24 horas). Mesmo com a criação de protocolos de administração, subdosagem, juntamente com a impossibilidade de obtenção de um PTTa adequado durante as 24 horas iniciais, é ainda um problema,especialmente nos pacientes obesos. Complicaçõe� ➔ Sangramento: O manejo da hemorragia em um paciente submetido a heparina depende da localização, gravidade da hemorragia, risco de tromboembolismo venoso recorrente (TEV), e nível do PTTa. Em pacientes com TEV recente e sangramento importante induzido por heparina, deve-se considerar interrupção da anticoagulação e inserção de um filtro de veia cava inferior. Em sangramentos vultuosos, a pronta reversão do efeito da heparina pode ser necessária pelo sulfato de protamina; ➔ Trombocitopenia induzida por heparina: Complicação bem reconhecida e potencialmente fatal da terapia com heparina, normalmente ocorrendo dentro de 5 Karen Oliveira a 10 dias após o início da terapia com heparina; ➔ Necrose cutânea: Pacientes afetados desenvolvem anticorpos heparina-dependentes, mas a maioria não experimenta trombocitopenia; ➔ Osteoporose: Tem sido relatada em pacientes que receberam heparina não fracionada por mais de seis meses. Heparin� d� ba�� pes� molecular (HBPM): Mecanism� d� Açã�: Assim como a heparina não fracionada, as heparinas de baixo peso (HBPM) inativam o fator Xa. No entanto, diferente daquelas, apresentam menor efeito sobre a trombina, por serem moléculas pequenas e incapazes de formar os complexos inativadores da trombina. Portanto, as HBPM (e fondaparinux) não causam alargamento do PTTa. São, no mínimo, tão eficazes quanto a heparina não fracionada na prevenção e tratamento do tromboembolismo venoso. Vantagen� ● Maior biodisponibilidade por via subcutânea; ● Duração de efeito anticoagulante prolongado, permitindo 1 a 2 administrações diárias; ● Efeito dose-resposta (atividade anti-Xa) mais previsível e com boa relação ao peso corporal. Sendo necessário seu ajuste apenas em obesos e portadores de insuficiência renal; ● Monitorização laboratorial não é necessária; ● Menor risco de complicações hemorrágicas e imunomediadas (trombocitopenia e necrose cutânea), podem ser administrada com segurança em ambiente ambulatorial (o risco não é nulo!). Equivalênci�: As três HBPM de uso clínico (enoxaparina, dalteparina e tinzaparina) não apresentam equivalência de doses entre si, no entanto, todas são consideradas igualmente potentes, não havendo diferença estabelecida entre estas. Sangramento e reversão com protamina: Ao contrário de sua eficácia com heparina não fracionada, a protamina não neutraliza completamente a atividade anti-Xa das HBPM. Ainda assim, pacientes que sofrem de hemorragia por superdosagem de HBPM devem receber sulfato de protamina (1 mg/100 unidades de atividade anti-Xa), o que pode reduzir parcialmente o sangramento clínico. Doses menores podem ser suficientes caso a última dose de HBPM tenha sido administrada há 8 horas ou mais. Cumarínic� – Antagonista� d� Vitamin� K: A Varfarina é o anticoagulante oral mais usado na prática clínica ambulatorial. Embora amplamente utilizado, seu manejo clínico não é dos mais simples, apresentando estreita janela terapêutica, grande variabilidade na relação dose-resposta e grande interação com outras drogas e alimentação. O conhecimento de suas propriedades farmacológicas, portanto, é fundamental para a correta prescrição médica. Mecanism� d� Açã�: O efeito anticoagulante da varfarina é mediado através da inibição dos fatores de coagulação vitamina K-dependentes (II, VII, IX e X). Este efeito da varfarina resulta na síntese de formas imunologicamente detectáveis porém biologicamente inativas destas proteínas de Karen Oliveira coagulação. Também inibe as proteínas C e S, que possuem propriedades anticoagulantes. Devido a estes efeitos concorrentes, antagonistas da vitamina K criam um paradoxo bioquímico através da produção de um efeito anticoagulante devido à inibição de pró-coagulantes (fatores II, VII, IX e X) e um efeito potencialmente trombogênico, ao alterar a síntese de inibidores naturais da coagulação (proteínas C e S). C Durante os primeiros dias de tratamento com varfarina, o prolongamento do tempo de protrombina reflete principalmente a sua ação sobre a via extrínseca da coagulação, através da depressão do fator VII. Os outros fatores (II, IX e X) mantêm-se relativamente inalterados durante os primeiros dias. Deste modo, o paciente não está completamente anticoagulado com varfarina até que estes outros componentes também sejam reduzidos. Níveis de equilíbrio dos fatores são atingidos cerca de uma semana após o início da terapia. Por esta razão, os anticoagulantes parenterais devem ser utilizados por 4-5 dias enquanto é iniciado o tratamento com varfarina em pacientes com doença trombótica aguda, sendo descontinuados após este período, quando garantido um nível terapêutico de INR (2-3). Manej� Terapêutic� Em idosos, desnutridos, hepatopatas, doentes crônicos: Iniciar tratamento com doses menores (2,5 mg/dia); Monitorização: Inicialmente 2 vezes por semana até estabilização do INR dentro da faixa alvo e, a seguir, semanalmente ou quinzenalmente. Após INR mantido e dose estabilizada, monitorizar mensalmente o valor do INR; INR alvo: Para a maioria das situações estabelece-se INR alvo como entre 2,0 e 3,0. Em pacientes com síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAF) e múltiplos episódios de tromboembolismo prévio, deve-se considerar manter o INR entre 2,5 e 3,5; Ajuste de dose: A dose da varfarina deve ser ajustada (aumentada ou diminuída) em 5-20% da dose semanal na dependência do valor do INR. Interaçõe� Interações genéticas: Vários polimorfismos genéticos, principalmente relacionados ao citocromo P450 alteram a biodisponibilidade da varfarina; Interaçõe� medicament�a�: Aumentam o efeito da Varfarina: AINE; álcool; amiodarona; ciprofloxacina; eritromicina; fenitoína; fluconazol; isoniazida; lovastatina; metronidazol; norfloxacino; omeprazol; paracetamol; propafenona; propranolol; tiroxina; sulfametoxazol+trimetoprim; Diminuem o efeito da Varfarina: Barbituratos; carbamazepina; colestiramina; rifampicina; sucralfate. Interaçõe� alimentícia�: Aumentam o efeito da Varfarina: Vitamina E; ginkgo biloba; alho; Diminuem o efeito da Varfarina: Abacate; alface; brócolis; chá verde; espinafre; ginseng. Interações com tabagismo: Fumantes exigem doses 12% maior do que não fumantes, revelando o aumento da depuração da varfarina em pacientes fumantes. Karen Oliveira Contraindicaçõe� ● Alergia à varfarina; ● Aneurisma cerebral; ● Cirurgia ocular ou neurocirurgia recente; ● Diátese hemorrágica ou sangramento ativo; ● Incapacidade de monitorização do INR; ● Gestação; ● Punção venosa em local não compressível. Condut� n� Superd�age� INR 4 – 6: Suspender Varfarina + Dosar INR 24/24h + Retornar Varfarina em doses pequenas quando INR estiver normal; INR 6 – 10: Vitamina K 0,5-1mg SC + Dosar INR 8/8h + Repetir Vitamina K 24h após, se necessário ® Se INR normal – recomeçar Varfarina; INR 10 – 20: Vitamina K 3-5mg EV + Dosar INR 6/6h + Considerar plasma + Repetir Vitamina K em 12h, se necessário; INR < 20 com sinais de sangramento ou > 20: Vitamina K 10 mg IV + Plasma fresco 15 mL/Kg + Dosar INR 6/6h + Repetir Vitamina K em 12h, se necessário. Interrupçã� d� anticoagulaçã� ante� d� procediment� invasiv� Pacientes de baixo risco de evento tromboembólico: Suspender varfarina 5 dias antes do procedimento cirúrgico; Pacientes de risco moderado a alto de evento tromboembólico: Suspender varfarina 5 dias antes do procedimento cirúrgico e iniciar heparina, de modo a garantir a cobertura de anticoagulação pelo maior período possível. A heparina não-fracionada deve ser suspensa 6 horas antes da cirurgia e a heparina de baixo peso molecular deve ser suspensa 24 horas antes; Checagem de INR: Checar INR antes da cirurgia, que deve estar abaixo de 1,5 (1,2 para procedimentos neurocirúrgicos); Reinicio da anticoagulação pós-procedimento: A anticoagulação deve ser reiniciada 24 horas após o términodo procedimento, salvo quando o risco de sangramento seja alto, sendo preconizado nesta situação apenas iniciar dose profilática; Necessidade de cirurgia de urgência: Utilizar plasma fresco congelado 8 mL/kg no pré-operatório para reverter anticoagulação e garantir maior segurança do procedimento. Nov� anticoagulante� orai�: Dabigatran� (Prad��®): É um inibidor de direto de trombina de uso oral. Interações Medicamentosas: Não interage com o citocromo P450, no entanto não está imune a interações medicamentosas. Algumas drogas como rifampicina, quinidina, cetoconazol, verapamil e amiodarona alteram a biodisponibilidade da droga, e, devido a sua interação pouco previsível, deve-se evitar o uso concomitante com essas drogas; Indicações: Prevenção e tratamento do tromboembolismo venoso; fibrilação atrial permanente não valvar; Contraindicações: ClCr < 30 mL/min (insuficiência renal grave); Monitorização: Por apresentar farmacocinética previsível, monitoramento de rotina de coagulação não é necessário; Karen Oliveira Reversão da atividade anticoagulante: Sua principal limitação é a ausência de um antídoto capaz de reverter o estado de anticoagulação diante de um quadro de sangramento agudo. A descontinuação da droga, no entanto, parece ser suficiente para controlar hemorragias na maioria dos ambientes clínicos; Eventos hemorrágicos e trombóticos: Preocupações têm sido levantadas sobre a segurança do dabigatran em termos de sangramento e eventos trombóticos. Foram relatados eventos hemorrágicos em pacientes com mais de 80 anos e portadores de doença renal, assim como aumento do risco de eventos trombóticos em pacientes com múltiplos fatores de risco para síndrome coronariana aguda e infarto agudo do miocárdio. Seu uso, portanto, deve ser cauteloso nesses pacientes. Rivar�aban� (Xarelt�®): É um inibidor direto do fator Xa de uso oral. Interações Medicamentosas: Algumas drogas como cetoconazol, itraconazol, voriconazol, rifamicinas e carbamazepina alteram a biodisponibilidade da droga, e, devido a sua interação pouco previsível, deve-se evitar o uso concomitante com essas drogas; Indicações: Prevenção e tratamento do tromboembolismo venoso; fibrilação atrial permanente não valvar; Contraindicações: ClCr < 30 mL/min (insuficiência renal grave); insuficiência hepática (Child B e C); < 18 anos (falta de estudos); gestação e amamentação; Monitorização: Por apresentar farmacocinética previsível, monitoramento de rotina de coagulação não é necessário; Reversão da atividade anticoagulante: Sua principal limitação é a ausência de um antídoto capaz de reverter o estado de anticoagulação diante de um quadro de sangramento agudo. A descontinuação da droga, no entanto, parece ser suficiente para controlar hemorragias na maioria dos ambientes clínicos; Eventos hemorrágicos: Em casos de eventos hemorrágicos, a descontinuação da droga deve ser imediata e podem ser utilizados complexos de protrombina ativada para reverter os quadros graves com risco de vida. Ap�aban� (Eliqui�®): É um inibidor direto do fator Xa de uso oral. Indicações: Prevenção e tratamento do tromboembolismo venoso; fibrilação atrial permanente não valvar; Contraindicações: ClCr < 30 mL/min (insuficiência renal grave); insuficiência hepática (Child B e C); < 18 anos (falta de estudos); gestação e amamentação; Monitorização: Por apresentar farmacocinética previsível, monitoramento de rotina de coagulação não é necessário; Reversão da atividade anticoagulante: Sua principal limitação é a ausência de um antídoto capaz de reverter o estado de anticoagulação diante de um quadro de sangramento agudo. A descontinuação da droga, no entanto, parece ser suficiente para controlar hemorragias na maioria dos ambientes clínicos; Eventos hemorrágicos: Em casos de eventos hemorrágicos, a descontinuação da droga deve ser imediata e podem ser utilizados complexos de protrombina ativada para reverter os quadros graves com risco de vida. Referênci� Karen Oliveira PebMed SanarMed
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