Buscar

11 Transformações de fases em metais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Transformações de Fases em Metais
Prof. Dr. José Henrique Alano
Transformação de Fases em Metais
Importância
As transformações de fases modificam a microestrutura, que
por sua vez, modificam as propriedades dos materiais.
2
Transformação de Fases em Metais
Classificação:
✓ Sem alteração de composição química: exemplo →
solidificação, transformações alotrópicas, recristalização,
crescimento de grão.
✓ Com alguma alteração de composição química e na
quantidade de fase: exemplo→ reação eutetóide.
✓ Formação de uma fase metaestável sem difusão: exemplo →
transformação martensítica.
3
Transformação de Fases em Metais
✓ O processo de transformação pode ser dividido em dois
estágios:
▪ Nucleação;
▪ Crescimento.
4
Na maioria dos casos, a transformação de fase no estado 
sólido não ocorre instantaneamente.
Transformação de Fases em Metais
Nucleação
Envolve o aparecimento de partículas pequenas capazes de
crescer→ núcleos da nova fase;
✓ Existe dois tipos de nucleação:
▪ Homogênea;
▪ Heterogênea.
5
A nucleação pode ser definida como 
a formação de uma nova fase a partir 
de outra.
Transformação de Fases em Metais
Nucleação homogênea
✓ Não existe um local específico para a formação do núcleo, a
nucleação ocorre uniformemente na fase de origem;
Nucleação heterogênea
✓ O núcleo é formado preferencialmente em
heterogeneidades estruturais do metal, como contornos de
grão, contornos de fase, impurezas insolúveis, etc.
6
Transformação de Fases em Metais
Nucleação homogênea
✓ Uma transformação ocorrerá espontaneamente se a
variação da energia livre de Gibbs do sistema (∆G) for
negativa.
7
∆𝐺 < 0
Transformação espontânea
Transformação de Fases em Metais
Nucleação homogênea
8
• Um núcleo formado no interior
do líquido;
• Assumindo que este núcleo seja
esférico;
• Existe duas contribuições para a
energia total do sistema que
acompanha esta transformação
de fase:
Transformação de Fases em Metais
Nucleação homogênea
9
1. A diferença de energia livre
entre o sólido e o líquido, ∆Gv,
(a magnitude desta
contribuição é produto do
volume da esfera);
2. A segunda contribuição é a
formação de uma interface
sólido/líquido, que depende da
área da esfera, γ.
Transformação de Fases em Metais
Nucleação homogênea
10
Ou seja, a variação de energia livre
para a nucleação e crescimento
homogênea é dada por:
Transformação de Fases em Metais
Nucleação homogênea
11
Ou seja, a variação de energia livre
para a nucleação e crescimento
homogênea é dada por:
Contribuição do volume 
(- abaixo de Tm)
Contribuição da 
interface (+)
Transformação de Fases em Metais
Nucleação homogênea
12
Transformação de Fases em Metais
Variação de Energia Livre Crítica, ΔG*
13
∆G* representa a energia de ativação para a formação de um 
núcleo estável.
Transformação de Fases em Metais
Variação de Energia Livre Crítica, ΔG*
14
∆G* representa a energia de ativação para a formação de um 
núcleo estável.
Nota: ∆Gv é a força motriz
para a solidificação. Na
temperatura de fusão, Tm,
∆Gv = 0. Com a diminuição
da temperatura, ∆Gv se
torna cada vez mais
negativo.
Transformação de Fases em Metais
Variação de Energia Livre Crítica, ΔG*
15
Quanto menor a temperatura, menor a energia de ativação para a 
nucleação (r* e ∆G*);
Transformação de Fases em Metais
Variação de Energia Livre Crítica, ΔG*
✓ ∆Gv é, portanto, função da temperatura.
16
Onde,
∆Hf é o calor latente de fusão e Tm a temperatura de fusão.
Substituindo nas equações anteriores:
Transformação de Fases em Metais
Variação de Energia Livre Crítica, ΔG*
✓ ∆Gv é, portanto, função da temperatura.
17
ΔG* é função da temperatura!
Transformação de Fases em Metais
Número de Núcleos Estáveis, n*
✓ n* é o número de núcleos estáveis em uma dada
temperatura.
18
O efeito da temperatura no numerador (ΔG*) é maior que no
denominador, por isto, n* aumenta com a diminuição da
temperatura.
Transformação de Fases em Metais
Número de Núcleos Estáveis, n*
19
Núcleos estáveis
T1
T2
T1 > T2
Transformação de Fases em Metais
Frequência de Agrupamento, Vd
✓ vd é a frequência na qual os átomos próximos ao embrião
se agrupam para formar um núcleo, é dado por:
20
Onde,
Qd é a energia de ativação para a difusão (independente da
temperatura).
A difusão difusão aumenta com a 
temperatura!
Transformação de Fases em Metais
Frequência de Agrupamento, Vd
21
• A dependência de Vd na
temperatura é a mesma
do coeficiente de difusão.
• Uma redução na
temperatura resulta em
uma redução em Vd.
Transformação de Fases em Metais
Taxa de Nucleação, N
22
Quanto menor a temperatura, maior n* e menor Vd → a taxa 
de nucleação é proporcional ao produto destas duas curvas.
Transformação de Fases em Metais
Taxa de Nucleação, N
23
Taxa máxima de nucleação.
N aumenta com a redução
da temperatura devido ao
aumento da força motriz
para a nucleação, ∆G*.
N diminui devido a uma
redução da mobilidade
atômica em baixas
temperaturas.
Transformação de Fases em Metais
Super-resfriamento
24
Pela figura, observa-se que até
determinado ponto, uma taxa de
nucleação apreciável (ex: solidificação)
ocorre com o aumento de ∆T;
Este fenômeno é chamado de super-
resfriamento.
Transformação de Fases em Metais
Super-resfriamento
O super-resfriamento para a nucleação homogênea pode ser
bastante elevado.
25
Transformação de Fases em Metais
Nucleação heterogênea
✓ Em situações práticas o super-resfriamento não é tão
elevado;
✓ Motivo: a energia de ativação para a nucleação, ∆G*, é
reduzida quando o núcleo é formado em uma superfície
pré-existente.
26
Transformação de Fases em Metais
Nucleação Heterogênea versus Nucleação Homogênea
27
Transformação de Fases em Metais
Nucleação Heterogênea versus Nucleação Homogênea
✓ O raio crítico é o mesmo para os dois tipos de nucleação;
✓ A energia de ativação é menor para a nucleação
heterogênea;
✓ Para um mesmo super-resfriamento, a taxa de nucleação é
maior na nucleação heterogênea.
28
Transformação de Fases em Metais
Nucleação heterogênea
29
Transformação de Fases em Metais
Crescimento, G
✓ Em uma transformação de fase, o crescimento ocorre após
o embrião atingir o raio crítico;
✓ A taxa de crescimento, G, depende da difusão atômica,
consequentemente, a taxa de crescimento é determinada
pela taxa de difusão e depende da temperatura:
30
Transformação de Fases em Metais
Taxa de Transformação
31
Transformação de Fases em Metais
Taxa de Transformação
32
Muitos fenômenos físicos podem
ser explicados pela análise da
curva da figura ao lado.
Qual o tamanho de partícula em
uma transformação ocorrendo
próximo a Tm?
Transformação de Fases em Metais
Taxa de Transformação
33
Muitos fenômenos físicos podem
ser explicados pela análise da
curva da figura ao lado.
Qual o tamanho de partícula em
uma transformação ocorrendo
próximo a Tm?
Baixa taxa de nucleação, núcleos que crescem rápido →
microestrutura com cristais grandes →menor quantidade.
Transformação de Fases em Metais
Taxa de Transformação
34
Muitos fenômenos físicos podem
ser explicados pela análise da
curva da figura ao lado.
Em temperaturas bem abaixo da
Tm?
Transformação de Fases em Metais
Taxa de Transformação
35
Muitos fenômenos físicos podem
ser explicados pela análise da
curva da figura ao lado.
Em temperaturas bem abaixo da
Tm?
Alta taxa de nucleação e baixa taxa de crescimento.
Transformação de Fases em Metais
Taxa de Transformação
36
Nota: Embora o tratamento utilizado para explicar a taxa de
transformação tenha sido aplicado para o processo de
solidificação, o mesmo princípio pode ser utilizado para outros
tipos de transformação (ex: sólido-sólido, sólido-gás).
Transformação de Fases em Metais
Curva C
O tempo requerido para que um determinado grau de
transformação ocorra (ex: 50%, t0,5) é inversamente
proporcional à taxa de transformação.
37
Transformação de Fases em Metais
Curva C
38
A cinética das transformaçõesde fases são normalmente 
plotadas em curvas com este formato (em C).
Transformação de Fases em Metais
Curva C
39
O que pode ocorrer se resfriarmos rapidamente??? Lembrando
que a curva vermelha é a taxa de transformação em condições
de equilíbrio.
Transformação de Fases em Metais
Considerações Cinéticas das Transformações de Fases
Cinética: Envolve a dependência do tempo nas transformações
de fases;
Os dados cinéticos são obtidos e plotados em curvas fração de
transformação em função do logaritmo do tempo para um
temperatura constante.
40
Transformação de Fases em Metais
Curva S
41
Transformação de Fases em Metais
Curva S
42
Esta é uma curva tipo-S
(transformação vs log, t)
para uma dada
temperatura.
O que deve ocorrer com a
curva em temperaturas
menores???
Transformação de Fases em Metais
Curva S
43
Por convenção, a taxa de transformação é definida
como o inverso do tempo para 50% de transformação.
Transformação de Fases em Metais
Diagramas de Transformação Isotérmica
A maioria das transformações de fases necessitam de um
tempo para completar a transformação e a taxa de
transformação é importante para a relação entre tratamentos
térmicos e desenvolvimento de microestruturas.
44
É uma limitação dos diagramas de fases!
Transformação de Fases em Metais
Diagramas de Transformação Isotérmica
Como visto a aula de diagrama de fases, durante a reação
eutetóide, a austenita (%C intermediário) se transforma em
ferrita (%C baixo) e cementita (%C alto);
Austenita→ Perlita (ferrita + cementita)
45
Transformação de Fases em Metais
Diagramas de Transformação Isotérmica
46
A temperatura tem um papel importante na formação da perlita!
Transformação de Fases em Metais
Diagramas de Transformação Isotérmica
✓ Existe uma forma mais conveniente de representar a
dependência do tempo e da temperatura nesta
transformação.
47
Transformação de Fases em Metais
Diagramas de Transformação Isotérmica
▪ Existe uma forma mais conveniente de representar a
dependência do tempo e da temperatura nesta
transformação;
48
Este diagrama é conhecido
como diagrama TTT (tempo-
temperatura-transformação)
Transformação de Fases em Metais
Diagrama TTT - Perlita
49
Fe-C 
composição
eutetóide.
Transformação de Fases em Metais
Diagrama TTT - Perlita
50
Por que ocorre a
formação de perlita
fina e perlita grossa
quando modificamos
a temperatura da
isoterma? Existem
diferenças nas
propriedades
mecânicas? Por quê?
Transformação de Fases em Metais
Perlita
51Perlita grosseira Perlita fina
Transformação de Fases em Metais
Bainita (microconstituinte)
52
A bainita também é
constituída por
ferrita e cementita,
no entanto, é
formada em
temperaturas mais
baixas (entre ≈215 e
540 °C).
Transformação de Fases em Metais
Bainita (microconstituinte)
53
Faça um tratamento
térmico em um aço
eutetóide para obter
uma estrutura
totalmente bainítica.
Transformação de Fases em Metais
Esferoidita
Se mantermos um aço abaixo da temperatura eutetóide
(≈700 °C) por um tempo relativamente grande (entre 18
e 24 horas), obtemos uma microestrutura formada por
cementita na forma globular envolvida por uma matriz
ferrítica;
54
Transformação de Fases em Metais
Esferoidita
55
A força motriz para a formação
da cementita na forma globular
ou esferoidal é a redução da
área de contorno (interfase)
entre as fases ferrita e
cementita.
Transformação de Fases em Metais
Martensita
✓ A martensita é formada quando um aço austenitizado é
resfriado rapidamente até baixas temperaturas (ambiente);
✓ É uma fase metaestável;
✓ A transformação martensítica ocorre quando a taxa de
resfriamento é rápida o suficiente para prevenir a difusão
de carbono.
56
Transformação de Fases em Metais
Martensita
57
Tetragonal de corpo centrado
A morfologia da martensita
também pode ser diferente
dependendo da composição e
do processamento do metal.
Martensita na forma de
ripas (tipo folha de
grama)
Martensita na forma de
placas paralelas.
Transformação de Fases em Metais
Martensita
58
A temperatura de início
da transformação
martensítica varia
conforme a composição
da liga.
Transformação de Fases em Metais
Comportamento Mecânico - Perlita
✓ A cementita é mais dura e frágil que a ferrita;
✓ Controlando as frações de ferrita e cementita na perlita,
podemos modificar a resistência mecânica do aço.
59
Transformação de Fases em Metais
Comportamento Mecânico - Perlita
60
Transformação de Fases em Metais
Comportamento Mecânico – Perlita vs Esferoidita
61
Transformação de Fases em Metais
Comportamento Mecânico – Perlita vs Bainita
62
Transformação de Fases em Metais
Comportamento Mecânico – Martensita
63
Dentre as fases/microconstituintes
que as ligas Fe-C podem apresentar,
a martensita é a que apresenta
maior dureza e menor ductilidade.
Estas propriedades estão associadas
com o endurecimento por solução
sólida provocado pelo carbono.
Transformação de Fases em Metais
Martensita Revenida
Novo microconstituinte: Durante o aquecimento a martensita é
transformada em um novo microconstituinte, um agregado de
ferro e cementita (sorbita ou martensita revenida);
A martensita revenida é quase tão dura quanto a martensita,
porém, bem menos frágil.
64
Transformação de Fases em Metais
Martensita Revenida
65
Martensita revenida. 1000x
Transformação de Fases em Metais
Exemplos de Tratamentos Térmicos
66
Martempera Austempera
Transformação de Fases em Metais
Exemplos de Tratamentos Térmicos
67
Transformação de Fases em Metais
Resumo das Possíveis Transformações
68

Outros materiais