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Transporte e Tráfego - AULA 6

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO 
TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 
 
1º semestre 2019 - AULA 6 Página 1 
 
MODALIDADES DE TRANSPORTE 
TRANSPORTE RODOVIÁRIO 
 Transporte rodoviário é o realizado sobre rodas nas vias de rodagem 
pavimentadas ou não para transporte de mercadorias e pessoas, sendo na maioria 
das vezes realizados por veículos automotores (ônibus, caminhões, veículos de 
passeio, etc.). Como possui, na maioria dos casos, preço de frete superior ao 
hidroviário e ferroviário, é adequado para o transporte de mercadorias de alto valor 
ou perecíveis, produtos acabados ou semiacabados. 
A malha rodoviária brasileira soma cerca de 1,7 milhão de quilômetros entre 
estradas federais, estaduais, municipais e concessionadas (pavimentadas e não 
pavimentadas). Esta modalidade de transporte é responsável por 95% da 
locomoção de passageiros e a 61% da movimentação de cargas no País, segundo a 
Confederação Nacional do Transporte. 
Teve início na década de 90, como alternativa à falta de recursos federais 
para a recuperação, melhoria, manutenção e expansão da malha rodoviária 
nacionalo Programa Brasileiro de Concessões de Rodovias. O Brasil tem o segundo 
maior conjunto de rodovias no mundo, sendo que deste, atualmente mais de 10 mil 
quilômetros são em rodovias concedidas. 
O Sistema de Concessão permite a transferência, por meio de licitação, de um 
serviço ou bem público à iniciativa privada por prazo determinado (a propriedade 
continua sendo da União). No caso das rodovias, este prazo está entre 20 e 30 
anos, após o qual o contrato poderá ser renovado ou não. Caso não haja esta 
renovação, o bem ou serviço volta à responsabilidade do poder concedente 
(governo), incorporando-se nesta transferência todas as benfeitorias executadas 
(obras, instalações, equipamentos e frota, entre outros). 
A atuação das Concessionárias Federais de Rodovias é regulamentada e fiscalizada 
pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do Ministério da 
Infraestrutura. Este sistema foi adotado no País como alternativa para recuperar e 
aprimorar parte significativa da malha rodoviária brasileira, uma vez que as rodovias 
se encontravam num nível alto de degradação, devido à falta de investimentos 
públicos. Com o fim do Fundo Rodoviário Nacional, em 1988, cujos recursos eram 
obrigatoriamente aplicados nas rodovias, não havia outra fonte de recurso 
disponível, a não ser a capacidade de investimento da iniciativa privada. A 
concessão é feita em trechos estratégicos para o desenvolvimento do paíes, em 
rodovias com fluxo intenso e com grande desgaste do pavimento. 
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TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 
 
1º semestre 2019 - AULA 6 Página 2 
 
O transporte rodoviário é o principal meio de transporte realizado no Brasil. 
Contudo, devido às suas desvantagens em relação a outros modais, houve uma 
mudança com o passar dos anos de pensamentos e ações que devem influenciar a 
sua participação na matriz modal. Essa redução propiciará aos outros modais a 
contribuir de forma mais eficiente para o transporte de passageiros e de cargas no 
Brasil. 
TRANSPORTE DE CARGA 
Na logística, o transporte rodoviário é uma das áreas mais importantes. Os 
custos com transporte chegam a 60% dos custos logísticos e a redução de custos 
nessa área é muito importante, pois corresponde em média 20% do custo total das 
empresas. Cada vez mais as empresas estão de olho nessa fatia do mercado, pois o 
transporte no Brasil chama a atenção por faturar mais de R$ 40 bilhões e 
movimentar 2/3 do total de carga do país. 
Recentemente foi aprovado a Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015, que 
regulamenta o exercício da atividade de motorista no Brasil. 
Características do transporte rodoviário de carga no Brasil: 
Vantagens: 
 Possui a maior representatividade entre os modais existentes; 
 Adequado para curtas e médias distâncias; 
 Baixo custo inicial de implantação; 
 Serviço de entrega porta a porta; 
 Maior flexibilidade com grande extensão da malha; 
 Transporte com velocidade moderada; 
 Tempo de entrega confiável; 
 Integra todos os estados brasileiros. 
Desvantagens: 
 Alto custo de manutenção; 
 Muito poluente com forte impacto ambiental; 
 Segurança no transporte comprometida devido à existência de roubos de 
cargas; 
 Os custos se tornam altos para grandes distâncias; 
 Baixa capacidade de carga com limitação de volume e peso. 
TIPOS DE VEÍCULOS DE CARGA 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11442.htm
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Localização das Rodovias 
A nomenclatura das rodovias federais é definida pela sigla BR, que significa que a 
rodovia é federal, seguida por três algarismos. O primeiro algarismo indica a 
categoria da rodovia, de acordo com as definições estabelecidas no Plano Nacional 
de Viação: 
a) 0 (zero), para as rodovias radiais; 
b) 1 (um), para as rodovias longitudinais; 
c) 2 (dois), para as rodovias transversais; 
d) 3 (três), para as rodovias diagonais; e 
e) 4 (quatro) para as rodovias de ligação; 
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I - Rodovias Radiais: as que partem da Capital Federal, em qualquer direção, para 
ligá-la a capitais estaduais ou a pontos periféricos importantes do País; 
II - Rodovias Longitudinais: as que se orientam na direção Norte-Sul; 
III - Rodovias Transversais: as que se orientam na direção Leste-Oeste; 
IV - Rodovias Diagonais: as que se orientam nas direções Nordeste-Sudoeste ou 
Noroeste-Sudeste; e 
V - Rodovias de Ligação: as que, orientadas em qualquer direção e não 
enquadradas nas categorias discriminadas nos incisos I a IV, ligam pontos 
importantes de 2 (duas) ou mais rodovias federais, ou permitem o acesso a 
instalações federais de importância estratégica, a pontos de fronteira, a áreas de 
segurança nacional ou aos principais terminais marítimos, fluviais, ferroviários ou 
aeroviários constantes do SNV. 
Os outros 2 (dois) algarismos se referem à posição geográfica da rodovia 
relativamente à Brasília e aos pontos cardeais. 
Estradas 
O Código de Trânsito do Brasil define estrada como uma "via rural não 
pavimentada", ao contrário de uma rodovia, que seria pavimentada. Por outro lado, a 
estrada distingue-se de um simples caminho pois é concebida para a circulação de 
veículos de transporte. 
Mais de 80% das rodovias existentes no Brasil não são pavimentadas. A 
informação é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte - Dnit. 
Apesar do número elevado,o dado não significa que todas as vias sem 
pavimentação careçam, obrigatoriamente, de coberturas flexíveis ou rígidas. “É 
perfeitamente aceitável que uma rodovia não pavimentada tenha boas condições de 
tráfego, mas, para isso, é preciso realizar serviços criteriosos de melhoria das 
propriedades do solo, como estabilidade, resistência, deformabilidade e 
permeabilidade”, diz o engenheiro Ismael Mendes Alvin, diretor da Tecnopav 
Engenharia. 
Segundo ele, uma estrada não pavimentada de boa qualidade deve possuir, 
pelo menos, largura suficiente para receber tráfego nos dois sentidos, boas 
condições de rolamento, superfície resistente para suportar a carga dos veículos 
sem que ocorram deformações excessivas e um sistema de drenagem eficaz que 
permita a conservação da área de rolamento e dos terrenos marginais. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte
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Rodovias 
Uma rodovia é qualquer estrada pública asfaltada. De acordo com definições 
no Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro, são vias rurais de rodagem 
pavimentadas, o que corresponde a uma via de transporte interurbano de alta 
velocidade. 
Tipos de Rodovias 
Em relação à largura e circulação de automóveis, uma rodovia pode ser de 
pista simples, pista dupla ou pista múltipla. 
Pista simples 
São aquelas em que há somente um pavimento asfáltico, que é compartilhado 
pelos veículos nos dois sentidos de circulação (mão dupla). Veículos nesse tipo de 
rodovia devem trafegar sempre do lado direito da pista (em relação a si), porém 
podendo utilizar o outro lado da pista para efetuar ultrapassagens em determinadas 
condições. 
Pista dupla (autoestrada) 
São aquelas que possuem duas faixas de rolamento em cada direção (ou sentido) 
com barreira física central, o canteiro e que possui outras barreiras meios-fios 
(guias), muretas, guard rail, etc., que dificultam conversões ou retornos irregulares, 
de forma que, cada sentido de circulação possui uma pista própria. Essa construção 
permite o desenvolvimento de uma maior velocidade e também uma maior 
segurança, já que torna mais difícil que dois veículos colidam frontalmente em alta 
velocidade, que é uma das causas frequentes de acidentes em rodovias de pista 
simples. 
Pista múltipla 
São aquelas que possuem três ou mais faixas de rolamento em cada direção (ou 
sentido) - podendo haver, inclusive, triplas, quádruplas, etc. 
 
Pontes e Viadutos 
Na construção de uma rodovia destacam-se as pontes e viadutos, que são 
construções que cumprem o papel de transpor algum obstáculo, as pontes são 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrada
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rural
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construídas sempre sobre um curso d'água, enquanto os viadutos são construídos 
sobre outras vias ou área seca. Também podem ser executados túneis, quando se 
torna mais viável passar sob o obstáculo, como em terrenos montanhosos e 
rochosos. 
Nosso país tem diferentes tipo de pontes e viadutos: 
 Ponte Mista de Marabá - Pará; 
 Ponte Rio-Niterói – Rio de Janeiro; 
 Ponte Juscelino Kubitscheck – Brasília; 
 Viaduto da Rodovia dos Imigrantes – São Paulo. 
 
Rodovia Transamazônica 
A Rodovia Transamazônica (BR-230) é uma rodovia brasileira, projetada durante o 
governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974), sendo uma das 
chamadas "obras faraônicas" devido às suas proporções gigantescas, realizadas 
pelo regime militar. 
É a terceira maior rodovia do Brasil, com 4 223 km de comprimento, ligando 
Cabedelo, na Paraíba à Lábrea, no Amazonas, cortando sete estados brasileiros; 
Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas. Atualmente o DNIT 
passou a considerar o trecho entre Lábrea e Benjiamim Constante como parte da 
BR-230, este trecho está na situação "planejado" e tornou a BR-230 a maior rodovia 
do Brasil, com uma extensão de 4965 km. 
É classificada como rodovia transversal. Em grande parte, principalmente no Pará e 
no Amazonas, a rodovia não é pavimentada. 
Quem viaja pela Transamazônica tem a impressão de trafegar sobre um esboço de 
estrada. O asfalto só existe em trechos esparsos e a sinalização é um luxo 
inexistente. Nos seis meses do verão amazônico, a falta de chuvas ajuda a secar os 
atoleiros e o tráfego flui em meio a grossas nuvens de poeira. Centenas de tratores 
ocupam-se de efetuar reparos em vários pontos. É um ritual que se repete há 
décadas no período da seca. Nos seis meses seguintes, quando a chuva não dá 
trégua, a natureza e o tráfego de caminhões se encarregam de destruir o pouco que 
foi consertado. Acaba a poeira, volta a lama. Os caminhoneiros já se adaptaram ao 
ciclo infernal. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlio_Garrastazu_M%C3%A9dici
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A1brea
http://pt.wikipedia.org/wiki/Para%C3%ADba
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cear%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Piau%C3%AD
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tocantins
http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amazonas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_transversal
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Outra rodovia de fundamental importância, situada na região da Transamazônica, 
inclusive cruza com ela no Pará, é a BR-163. Rodovia longitudinal com 3467 km de 
extensão que liga Tenente Portela, no Rio Grande do Sul a Santarém, no Pará. Esta 
rodovia é a principal aposta logística do agronegócio brasileiro, pois o Porto de 
Santarém está localizado em posição estratégica para as exportações. Porém, assim 
como a Transamazônica, esta rodovia tem boa parte da sua extensão sem 
pavimento, dificultando e causando prejuízos para o transporte de carga nacional. 
Pesquisa CNT 
CNT – Confederação Nacional do Transporte – entidade que atua na defesa 
dos interesses do setor de transportes. 
Com o objetivo de oferecer um panorama atual da malha rodoviária brasileira, 
essencial ao planejamento e à operação de transporte, a CNT e o Sest Senat 
pesquisaram 107.161 km de rodovias no ano de 2018. 
Foram avaliados aspectos do pavimento, da sinalização e da geometria da 
via, o que permite a classificação dos trechos como ótimo, bom, regular, ruim e 
péssimo. Os resultados são apresentados por tipo de gestão (pública ou concedida), 
de rodovia (federais ou estaduais), por região e por unidade da Federação. 
Dados relevantes coletados: 
 57% de todas as rodovias pesquisadas apresentam algum tipo de problema 
no Estado Geral, houve uma queda na qualidade; 
 50,9% da extensão pesquisada apresenta algum tipo de deficiência no 
Pavimento; 
 44,7% apresentam algum tipo de problema na Sinalização; 
 75,7% apresentam algum problema na Geometria da Via; 
 As Regiões Norte e Nordeste receberam as piores classificações; 
 A pesquisa mostra diferentes avaliações entre as rodovias sob Gestão 
Concedida e sob Gestão Pública. Nas rodovias concedidas avaliadadas, 
81,9% foram classificadas como Ótimo ou Bom no Estado Geral, contra 
apenas 34,2% das públicas na mesma classificação. 
 
 
 
 
 
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1º semestre 2019 - AULA 6 Página 10 
 
Ligações Rodoviárias 
Ligações são trechos formados por uma ou mais rodovias federais ou estaduais 
pavimentadas, com grande importância socioeconômica e volume significativo de 
veículos de cargas e/ou de passageiros, interligando territórios de uma ou mais 
Unidades da Federação. 
 
Ranking de 109 ligações 
 
 A melhor classificada é a São Paulo (SP) - Limeira (SP), formada pelas 
rodovias: SP-310/BR-364, SP-348; 
 As 10 melhores ligações são formadas por rodovias concedidas e todas 
passam por São Paulo; 
 A pior classificada é a rodovia BA-460, nas proximidades de Natividade (TO) 
e Barreiras (BA). 
 
Pontos relevantes: 
 Rodovias deficientes reduzem a segurança viária, aumentam o custo de 
manutenção dos veículos, além do consumo de combustível, lubrificantes, 
pneus e freios.O acréscimo médio do custo operacional devido às condições 
do pavimento das rodovias brasileiras é de 26,7%. 
 O aumento no custo de transporte em decorrência da má conservação das 
rodovias diminui a competitividade dos produtos nacionais. 
 Rodovias que apresentam algum tipo de comprometimento do pavimento 
aumentam o consumo de combustível, estima-se quem em 2017 houve um 
consumo adicional desnecessário de 832,30 milhões de litros de diesel, esse 
desperdício custará R$ 2,54 bilhões aos transportes. 
 Em 2017 foram registrados 89.318 acidentes nas rodovias federais policiadas; 
 Mais de 83 mil pessoas sofreram lesões em acidentes rodoviários em 2017, 
outras 6.244 foram vítimas fatais; 
 O custo com acidentes em rodovias federais foi de, aproximadamente, R$ 
10,88 bilhões em 2016. 
 
PAC Rodoviário Nacional 
Os empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado 
para a área rodoviária divide-se em: expansão, manutenção e estudos/projetos. 
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1º semestre 2019 - AULA 6 Página 11 
 
A indústria automobilística e o crescimento do PIB 
O Brasil, em 2012, foi o quarto maior mercado mundial de veículos e a 
produção local, incluindo autopeças, contribuiu com cerca de 6% para o Produto 
Interno Bruto (PIB), quando inclui toda a cadeia produtiva (fornecedores de 
autopeças, fabricantes de matérias primas, lubrificantes, tintas, pneus) este valor 
pode chegar a 25%. Uma queda do segmento automotivo repercutiria negativamente 
sobre o crescimento econômico. 
Em 2015 a produção foi de 2,42 milhões de veículos, sofrendo uma queda em 
relação ao ano anterior de 22,8%. As vendas também tiveram queda em 2015 de 
26,55% em relação a 2014, sofrendo nova queda em 2016 de 20,1%. 
País teve em 2013: 81.600.729 veículos emplacados. 
O Brasil é o sétimo do mundo em produção e o quinto maior mercado em 
consumo de automóveis. Está atrás da China, dos Estados Unidos, Japão e 
Alemanha. É o único país entre os grandes fabricantes que ainda não tem uma lei 
de eficiência energética. Embora o governo federal estimule a adesão ao programa 
de etiquetagem do Inmetro, ele não será obrigatório para as montadoras que 
cumprirem os outros requisitos do novo regime automotivo. “A média de emissão de 
CO2 na Europa é de 130 gramas por quilômetro rodado. No Brasil é de 170”, diz 
Cardamone. Além dos carros daqui poluírem mais, os brasileiros gastam 15% mais 
combustível. 
Se não bastasse todo este incentivo, os carros fabricados no Brasil são os 
mais caros do mundo. O motivo, segundo as montadoras são carga tributária 
excessiva, falta de competitividade, margem de lucro maior do que no exterior e 
consumidores dispostos a pagar mais. 
 
ACIDENTES 
 O acidente de trânsito é uma ocorrência que afeta diretamente o cidadão, 
porquanto a esse são impingidos aspectos relacionados com a morte, com a 
incapacitação física, perdas materiais, podendo provocar sérios comprometimentos 
de cunho psicológico, muitas vezes de difícil superação. 
 
Como forma de enfrentar tão complexa situação, são empregados três 
abordagens, que envolvem: 
 
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1º semestre 2019 - AULA 6 Página 12 
 
1) A educação, no sentido de instruir os usuários quanto às formas adequadas e 
seguras de utilização das vias públicas; 
 
2) A engenharia, no sentido de, por um lado, prover o sistema viário de elementos 
tais que possibilitem a movimentação de veículos e pessoas com fluidez, conforto e 
segurança, e, por outro, aprimorar a segurança e desempenho dos veículos 
automotores e, 
 
3) a aplicação das leis, mormente no tocante ao código de trânsito. 
 
Em face das características das condicionantes que envolvem as ocorrências 
de acidentes de trânsito, a adoção de melhorias de segurança, seja por qualquer 
dos enfoques referidos ou mesmo por combinações dos mesmos, necessita sempre 
ser avaliada duas vezes (estágios anterior e posterior à adoção), visando conhecer 
sua eficácia e economicidade. Daí a importância das estatísticas e das pesquisas 
médico-hospitalares, como elemento de suporte ao conhecimento das reais 
consequências dos acidentes sobre as condições físicas de suas vítimas. 
 
Segurança – transporte de cargas 
Em 2017, foram registradas 10.584 ocorrências de roubo de cargas nas 
estradas do Estado de São Paulo, aumento de 6% em relação ao ano anterior. O 
valor das cargas transportadas em caminhão pode chegar a R$ 500 mil, a depender 
do produto levado. Em geral, são cargas de fácil negociação produtos alimentícios, 
eletroeletrônicos, farmacêuticos, metalúrgicos e químicos, têxteis e confecções, 
autopeças e combustíveis, além de cigarros. 
Aconteceram, em 2017, cerca de 89.318 acidentes – desde casos leves até 
explosões e acidentes fatais nas rodovias federais. O prejuízo é alto: os acidentes 
custam por volta de R$ 11,15 bilhões por ano ao país. Esse valor não inclui a perda 
de vidas. De acordo com o Ministério do Trabalho, motorista de caminhão é a 
profissão com maior índice de mortes. 
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), está 
elaborando os projetos que visam reduzir os acidentes. Entre eles, o Plano Nacional 
de Controle de Velocidade (PNCV), o Plano Nacional de Pesagem (PNP) e o BR-
Legal – Programa Nacional de Segurança e Sinalização Rodoviária. 
http://www.cotandoseguro.com/seguro-caminhao.php
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Em sinalização pretende investir R$ 4,2 bilhões, com foco nos segmentos 
mais críticos da malha rodoviária, onde há maior concentração de acidentes. No 
Plano Nacional de Pesagem, buscará melhorar a fiscalização e a segurança, mas de 
forma automatizada, com a instalação de Estações de Controle de Pista e Postos 
Integrados de Fiscalização, para garantir a celeridade do processo de transporte. 
As estatísticas imorais de acidentes de trânsito das últimas décadas nascem 
da inação do setor público em várias frentes, com a cumplicidade do setor privado e 
a passividade da sociedade, os três culpados pelos acidentes nas estradas são: 
excesso de trabalho, de peso e de velocidade. Sob a pressão do mercado, o 
caminhão vira silo. Tenta oferecer prazo de avião e cobra preço de trem. 
Legislação 
O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à 
circulação,rege-se pelo Código de Trânsito Brasileiro, CTB, LEI Nº 9.503, DE 23 DE 
SETEMBRO DE 1997. 
Leis de grande impacto no trânsito: 
 LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 – CTB; 
 Resolução 432, de 23 de janeiro de 2013; 
 Resolução 277, de 28 de maio de 2008, resolução 352, de 14 de junho de 
2010 – Deliberação 100, de 02 de setembro de 2010 – Lei da cadeirinha. 
No primeiro ano de vigência da lei que tornou obrigatório o uso de 
cadeirinhas infantis nos veículos, as mortes de crianças com até 8 anos 
caíram 23%. Os dados são do IPEA e do Ministério da Saúde. Crianças de 2 
e 3 anos são as mais vulneráveis. 
 
Acidentes de trânsito xÁlcool 
A violência do trânsito no Brasil pode ser demonstrada em números. Por ano, 
pelo menos 40 mil pessoas morrem em decorrência de acidentes. Só em rodovias 
federais, essa quantidade se aproxima a 7 mil. 
O álcool é um forte depressor do Sistema Nervoso Central. Por isso, quem 
bebe e pega o volante tem os reflexos prejudicados. Fica mais corajoso, mas reage 
de forma lenta e perde a noção de distância. Quando é vítima de desastre de 
trânsito, resiste menos tempo aos ferimentos, já que as hemorragias quase sempre 
são fatais. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.503-1997?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.503-1997?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.503-1997?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.503-1997?OpenDocument
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Legislação 
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a 
utilização de bebidas alcoólicas é responsável por 30% dos acidentes de trânsito. E 
metade das mortes, segundo o Ministério da Saúde, está relacionada ao uso do 
álcool por motoristas. Diante deste cenário preocupante, a Lei 11.705/2008 surgiu 
com uma enorme missão: alertar a sociedade para os perigos do álcool associado à 
direção. 
Na prática, segundo o ex-ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, é 
tolerância zero, porque o índice que entra em vigor é muito rigoroso. “É proibido, 0%. 
As pessoas que ingerirem álcool e forem dirigir estão sujeitas à nova legislação”. 
Nos exames de sangue, nenhuma quantidade de álcool será tolerada. A partir 
de 0,05 mg/l no bafômetro, o motorista responderá por infração de trânsito 
gravíssima. A multa é de R$ 1.915,30, e o condutor fica proibido de dirigir por um 
ano.O veículo também deve ser levado para o depósito dos departamentos de 
trânsito. Se o motorista reincidir na infração dentro do prazo de um ano, o valor será 
duplicado, chegando a R$ 3.830,60. 
Se o bafômetro marcar 0,34 mg/l ou mais, além de tudo isso, o motorista 
responderá por crime com pena de seis meses a três anos de prisão. A resolução do 
Conselho Nacional de Trânsito também regulamentou uma grande mudança: vídeos, 
depoimentos de testemunhas e os relatos da fiscalização valerão como prova contra 
os condutores com sinais de embriaguez. 
 Segundo a nova regra, o agente pode relatar sinais como sonolência, soluços, 
dificuldade para falar, falta de equilíbrio, odor de álcool, desordem nas vestes, olhos 
vermelhos, ironia, arrogância, falante, se sabe onde está, se sabe o que fez, mas só 
um indício não vale. É preciso haver um conjunto de sinais de que o motorista 
bebeu. Tudo deverá ser detalhado e assinado pelo policial ou agente de trânsito em 
um formulário. 
 Art. 6º A infração prevista no art. 165 do CTB será caracterizada por: 
I – exame de sangue que apresente qualquer concentração de álcool por litro 
desangue; 
II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,05 miligramas 
deálcool por litro de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o erro máximo 
admissível nostermos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante 
no Anexo I; 
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III – sinais de alteração da capacidade psicomotora obtidos na forma do art. 5 
Art. 7º O crime previsto no art. 306 do CTB será caracterizado por qualquer um 
dosprocedimentos abaixo: 
I – exame de sangue que apresente resultado igual ou superior a 6 (seis) 
decigramasde álcool por litro de sangue (6 dg/L); 
II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,34 miligramas 
deálcool por litro de ar alveolar expirado (0,34 mg/L), descontado o erro máximo 
admissível nostermos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante 
no Anexo I; 
III – exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão 
ouentidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo 
de outrassubstâncias psicoativas que determinem dependência; 
IV – sinais de alteração da capacidade psicomotora obtido na forma do art. 5º. 
Números da violência no trânsito 
No Brasil, a violência no trânsito é uma das principais causas de mortalidade. 
Somente em 2010, 42.844 pessoas perderam a vida no trânsito e outras milhares 
ficaram com sequelas decorrentes dos acidentes. Só em 2011, foram registradas 
155 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) relacionadas a acidentes de 
trânsito, o que representou um custo de mais de R$ 200 milhões. 
Esse valor leva em conta apenas as internações na rede hospitalar pública, 
sem considerar os custos dos atendimentos imediatos às vítimas feitos pelo Serviço 
de Atendimento Móvel de Urgências (Samu), nas Unidades de Pronto Socorro e 
Pronto Atendimento e na reabilitação do paciente com consultas, exames, 
fisioterapia, dentre outros. 
A colisão frontal continua representando cerca de 44% das mortes nas 
estradas federais. Em 2011, foram 2.652 mortes nesse tipo de acidente, quase 
2.200 em zona rural. Segundo a PRF, apesar de representar 3,5% dos acidentes, 
essa modalidade provoca 40% dos óbitos. 
 
TRANSPORTE URBANO – VIAS URBANAS 
Em 2009, a população urbana se igualou à rural no mundo e, desde então, 
tem havido mais e mais gente nas cidades em contraposição ao esvaziamento dos 
campos. Há uma projeção de que em 2050, 75% das pessoas no mundo viverão em 
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cidades.Hoje há no mundo cerca de 800 milhões de veículos. Em 2050, com essa 
tendência de urbanização em massa do mundo, estima-se que haverá entre 2 e 4 
bilhões de carros. 
População de São Paulo – 2017 - 12,11 milhões de habitantes. 
Em janeiro de 2017 a cidade de São Paulo chegou a registrar 8.603.239 
veículos (ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo e quadriciclo, micro-ônibus, 
camioneta, caminhonete e utilitário, automóvel, ônibus, caminhão, reboque e 
semirreboque, caminhão-trator, trator de rodas, trator de esteiras, trator misto, 
chassi/plataforma, sidecar, motor-casa). 
A cidade de São Paulo bateu novo recorde de congestionamento, em 23 de 
maio de 2014, às 19h, ao registrar 344 km de filas, de acordo com a Companhia de 
Engenharia de Tráfego (CET). Em São Paulo, os motoristas passam cerca de 3 
horas por dia dentro de seus carros. Isso significa 45 dias por ano dentro de um 
automóvel. O excesso de carros na capital paulistana é também um problema de 
saúde. Segundo o médico epesquisador Paulo Saldiva, 80% dos leitos dos hospitais 
do Sistema Único de Saúde estão ocupados por vítimas dos carros – com problemas 
cardiovasculares, respiratórios, auditivos ou vítimas de acidentes. 
 “O modelo de mobilidade que aposta no carro como principal veículo está 
falido, o trânsito restringe a liberdade de locomoção, o que vai impedir o crescimento 
econômico e atrapalhar funções vitais às cidades, como o abastecimento de comida, 
alerta Bill Ford, bisneto de Henry Ford (criador do Ford T). 
A invenção do automóvel representou um avanço inegável à sociedade. Mas, 
ao longo do século XX, a priorização do transporte individual provocou uma série de 
transtornos nas cidades. Em São Paulo, de 1980 para cá, a população da capital 
cresceu 32%, chegando a 12 milhões de pessoas. No mesmo período, porém, o 
tamanho da frota mais que quadruplicou. Isso pode ser verificado facilmente nas 
avenidas: um motorista gasta cerca de 2h42 por dia no trânsito, segundo 
levantamento do Ibope encomendado pelo movimento Nossa São Paulo em 2010. A 
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) calcula que a média diária de 
congestionamentos no ano passado tenha sido de 99 quilômetros, enquanto a 
velocidade dos carros no horário de pico da tarde não ultrapassou os 18 quilômetros 
por hora. Além da lentidão no tráfego, o excesso de veículos também causa 
problemas em outras esferas, como na saúde e na economia. 
 
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NA SAÚDE 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 2 milhões de 
pessoas morrem todo ano por doenças relacionadas à poluição. A principal causa é 
a inalação de micropartículas que penetram no pulmão e na corrente sanguínea. 
Cerca de 1,3 milhão dessas mortes ocorrem nas grandes cidades, e São Paulo é 
uma das piores no quesito: trata-se da quarta metrópole do mundo com a maior 
concentração de material tóxico no ar, atrás da Cidade do México, de Hong Kong e 
do Rio de Janeiro, de acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo 
(Cetesb). Grande parte desses poluentes sai do escapamento dos veículos: em 
certos casos e dias, o índice chega a 97%. No total, aproximadamente 260.000 
toneladas são lançadas na atmosfera por ano. “Os mais afetados pelos efeitos são 
as crianças, os idosos e as pessoas que já sofrem de doenças como asma ou 
bronquite”, afirma o médico Luiz Alberto Amador Pereira, do Laboratório de Poluição 
Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP). 
NA SEGURANÇA 
Toneladas de aço que se deslocam em alta velocidade, os automóveis 
ocasionalmente se transformam em armas letais. Segundo a Secretaria de 
Segurança Pública de São Paulo, nada menos que 91,5% (694 casos) dos 
homicídios culposos (sem a intenção de matar) que ocorreram na capital em 2010 
tiveram relação com acidentes de trânsito. De acordo com a Companhia de 
Engenharia de Tráfego (CET), 796 pessoas perderam a vida em 2017. Quase 
metade das vítimas era pedestre. Muitas vezes, os acidentes são potencializados 
pelo uso de bebidas. Em 2013, até outubro, 2.653 condutores foram flagrados 
dirigindo sob influência de álcool na cidade, o que representa 1,5% das 170.512 
pessoas submetidas ao teste do bafômetro: 1.167 acabaram detidas. 
NO BOLSO 
O professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Samy Dana chegou a 
números impressionantes ao calcular quanto uma pessoa gasta para manter seu 
automóvel. Considerando um carro de 35.000 reais, deslocamento diário de 15 
quilômetros e fatores como impostos e estacionamento, o custo anual é de mais de 
16.000 reais. Além do desfalque no bolso do cidadão, os congestionamentos 
causam enorme prejuízo à cidade: seria da ordem de 33,5 bilhões de reais por ano, 
o equivalente a 9,4% do produto interno bruto (PIB), segundo pesquisa de 2008 da 
FGV. O cálculo é a soma dos 27 bilhões de reais que os trabalhadores presos no 
trânsito deixam de produzir, com 6,5 bilhões gastos em combustível, saúde pública e 
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outros. Outro levantamento, do banco Citigroup, mostra que as grandes cidades do 
Brasil perdem 5% de sua capacidade produtiva em engarrafamentos. 
 
O que é BRT 
O BRT (Bus Rapid Transit), ou Transporte Rápido por Ônibus, é um sistema 
de transporte coletivo de passageiros que proporciona mobilidade urbana rápida, 
confortável, segura e eficiente por meio de infraestrutura segregada com prioridade 
de ultrapassagem, operação rápida e frequente, excelência em marketing e serviço 
ao usuário. 
O sistema BRT não propõe apenas uma mudança na frota ou na 
infraestrutura do transporte público coletivo. Mas sim um conjunto de mudanças que 
juntas formam um novo conceito de mobilidade urbana. A implementação de 
sistemas de trânsito de alto desempenho, eficientes e ecologicamente sustentáveis 
consta mundialmente da agenda política de planejadores urbanos e ambientais. 
Nesse sistema deve ser realizada a substituição permanente do trânsito 
individual por um atrativo transporte coletivo, promovida a segurança e a proteção 
para os seus passageiros, a redução de CO² bem como a diminuição de 
congestionamentos. 
Para isso, não há nada mais adequado do que soluções BRT, realizáveis a 
médio e longo prazo com investimento moderado. São conceitos que se integram 
homogeneamente nas estruturas urbanas, em tempo hábil como solução plena ou 
também por etapas. 
Origem brasileira 
O sistema BRT foi criado em 1974 pelo arquiteto e na ocasião prefeito da 
cidade, Jaime Lerner, em Curitiba, no Paraná. As mudanças transformaram a capital 
em uma cidade de sucesso urbano, renomada em todo mundo. 
Junto ao BRT vieram projetos sociais inovadores, zonas de pedestres e 
espaços verdes, além disso, muitas outras cidades brasileiras seguiram o exemplo 
com sistemas básicos, como São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. 
 
http://brtbrasil.org.br/index.php/brt/oquebrt
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Programa BRT Brasil 
A proposta do programa BRT Brasil é acompanhar a implantação dos 
sistemas de transporte rápido por ônibus e monitorar a operação de cada BRT após 
a conclusão das obras. Se bem elaborados e operados, esses sistemas se tornarão 
exemplos concretos de mobilidade urbana sustentável para que outras cidades 
possam se inspirar e implantar a solução. 
A realização de dois megaeventos esportivos no Brasil - a Copa do Mundo 
2014 e as Olimpíadas 2016 - abriu as portas para uma nova era dos transportes 
públicos coletivos nas cidades brasileiras. O governo federal lançou dois programas, 
o PAC da Mobilidade Urbana e o PAC Mobilidade Grandes Cidades, para investir em 
soluções para o transporte público. 
O sistema BRT (Bus Rapid Transit), que é a solução de mobilidade mais 
completa e eficiente para as médias e grandes cidades, foi o maior beneficiário 
desses investimentos. No total, 14 cidades somam 32 projetos com 554,4 km de 
extensão que priorizam o transporte urbano por ônibus. As cidades de Goiânia, 
Uberlândia, Curitiba e Porto Alegre já contemplam o BRT e terão os seus sistemas 
revitalizados. 
Os bons resultados que serão verificados certamente vão impulsionar a 
extensão desse programa de investimentos em mobilidade urbana para as demais 
grandes cidades brasileiras. 
Ônibus do BRTO BRT possui veículos articulados e padrão em sua operação. Todos os veículos 
são novos, e possuem diversas características que tornam a viagem mais eficiente, 
agradável e segura: 
 Câmeras internas e externas. 
 Monitoramento por GPS. 
 Sistema de comunicação com o centro de controle operacional. 
 Acessibilidade universal. 
 Ar-condicionado. 
 Aviso sonoro de paradas. 
 TV Digital. 
 Piso nivelado às plataformas das estações e terminais. 
http://brtbrasil.org.br/index.php/brt-brasil/programa-brt
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Articulados: 
 Veículos de aproximadamente 19 m e 21 m de comprimento. 
 Não possui escadas para embarque e desembarque. 
 Piso nivelado com o da estação. 
 Todos possuem ar condicionado. 
 O articulado de 19 m, transporta 140 pessoas confortavelmente, por viagem. 
 O articulado de 21 m, transporta 183 pessoas confortavelmente, por viagem. 
 Transporta mais pessoas com uma frota menor.

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