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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 1 MODALIDADES DE TRANSPORTE TRANSPORTE RODOVIÁRIO Transporte rodoviário é o realizado sobre rodas nas vias de rodagem pavimentadas ou não para transporte de mercadorias e pessoas, sendo na maioria das vezes realizados por veículos automotores (ônibus, caminhões, veículos de passeio, etc.). Como possui, na maioria dos casos, preço de frete superior ao hidroviário e ferroviário, é adequado para o transporte de mercadorias de alto valor ou perecíveis, produtos acabados ou semiacabados. A malha rodoviária brasileira soma cerca de 1,7 milhão de quilômetros entre estradas federais, estaduais, municipais e concessionadas (pavimentadas e não pavimentadas). Esta modalidade de transporte é responsável por 95% da locomoção de passageiros e a 61% da movimentação de cargas no País, segundo a Confederação Nacional do Transporte. Teve início na década de 90, como alternativa à falta de recursos federais para a recuperação, melhoria, manutenção e expansão da malha rodoviária nacionalo Programa Brasileiro de Concessões de Rodovias. O Brasil tem o segundo maior conjunto de rodovias no mundo, sendo que deste, atualmente mais de 10 mil quilômetros são em rodovias concedidas. O Sistema de Concessão permite a transferência, por meio de licitação, de um serviço ou bem público à iniciativa privada por prazo determinado (a propriedade continua sendo da União). No caso das rodovias, este prazo está entre 20 e 30 anos, após o qual o contrato poderá ser renovado ou não. Caso não haja esta renovação, o bem ou serviço volta à responsabilidade do poder concedente (governo), incorporando-se nesta transferência todas as benfeitorias executadas (obras, instalações, equipamentos e frota, entre outros). A atuação das Concessionárias Federais de Rodovias é regulamentada e fiscalizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do Ministério da Infraestrutura. Este sistema foi adotado no País como alternativa para recuperar e aprimorar parte significativa da malha rodoviária brasileira, uma vez que as rodovias se encontravam num nível alto de degradação, devido à falta de investimentos públicos. Com o fim do Fundo Rodoviário Nacional, em 1988, cujos recursos eram obrigatoriamente aplicados nas rodovias, não havia outra fonte de recurso disponível, a não ser a capacidade de investimento da iniciativa privada. A concessão é feita em trechos estratégicos para o desenvolvimento do paíes, em rodovias com fluxo intenso e com grande desgaste do pavimento. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 2 O transporte rodoviário é o principal meio de transporte realizado no Brasil. Contudo, devido às suas desvantagens em relação a outros modais, houve uma mudança com o passar dos anos de pensamentos e ações que devem influenciar a sua participação na matriz modal. Essa redução propiciará aos outros modais a contribuir de forma mais eficiente para o transporte de passageiros e de cargas no Brasil. TRANSPORTE DE CARGA Na logística, o transporte rodoviário é uma das áreas mais importantes. Os custos com transporte chegam a 60% dos custos logísticos e a redução de custos nessa área é muito importante, pois corresponde em média 20% do custo total das empresas. Cada vez mais as empresas estão de olho nessa fatia do mercado, pois o transporte no Brasil chama a atenção por faturar mais de R$ 40 bilhões e movimentar 2/3 do total de carga do país. Recentemente foi aprovado a Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015, que regulamenta o exercício da atividade de motorista no Brasil. Características do transporte rodoviário de carga no Brasil: Vantagens: Possui a maior representatividade entre os modais existentes; Adequado para curtas e médias distâncias; Baixo custo inicial de implantação; Serviço de entrega porta a porta; Maior flexibilidade com grande extensão da malha; Transporte com velocidade moderada; Tempo de entrega confiável; Integra todos os estados brasileiros. Desvantagens: Alto custo de manutenção; Muito poluente com forte impacto ambiental; Segurança no transporte comprometida devido à existência de roubos de cargas; Os custos se tornam altos para grandes distâncias; Baixa capacidade de carga com limitação de volume e peso. TIPOS DE VEÍCULOS DE CARGA http://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11442.htm FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 3 FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 4 FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 5 Localização das Rodovias A nomenclatura das rodovias federais é definida pela sigla BR, que significa que a rodovia é federal, seguida por três algarismos. O primeiro algarismo indica a categoria da rodovia, de acordo com as definições estabelecidas no Plano Nacional de Viação: a) 0 (zero), para as rodovias radiais; b) 1 (um), para as rodovias longitudinais; c) 2 (dois), para as rodovias transversais; d) 3 (três), para as rodovias diagonais; e e) 4 (quatro) para as rodovias de ligação; FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 6 I - Rodovias Radiais: as que partem da Capital Federal, em qualquer direção, para ligá-la a capitais estaduais ou a pontos periféricos importantes do País; II - Rodovias Longitudinais: as que se orientam na direção Norte-Sul; III - Rodovias Transversais: as que se orientam na direção Leste-Oeste; IV - Rodovias Diagonais: as que se orientam nas direções Nordeste-Sudoeste ou Noroeste-Sudeste; e V - Rodovias de Ligação: as que, orientadas em qualquer direção e não enquadradas nas categorias discriminadas nos incisos I a IV, ligam pontos importantes de 2 (duas) ou mais rodovias federais, ou permitem o acesso a instalações federais de importância estratégica, a pontos de fronteira, a áreas de segurança nacional ou aos principais terminais marítimos, fluviais, ferroviários ou aeroviários constantes do SNV. Os outros 2 (dois) algarismos se referem à posição geográfica da rodovia relativamente à Brasília e aos pontos cardeais. Estradas O Código de Trânsito do Brasil define estrada como uma "via rural não pavimentada", ao contrário de uma rodovia, que seria pavimentada. Por outro lado, a estrada distingue-se de um simples caminho pois é concebida para a circulação de veículos de transporte. Mais de 80% das rodovias existentes no Brasil não são pavimentadas. A informação é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte - Dnit. Apesar do número elevado,o dado não significa que todas as vias sem pavimentação careçam, obrigatoriamente, de coberturas flexíveis ou rígidas. “É perfeitamente aceitável que uma rodovia não pavimentada tenha boas condições de tráfego, mas, para isso, é preciso realizar serviços criteriosos de melhoria das propriedades do solo, como estabilidade, resistência, deformabilidade e permeabilidade”, diz o engenheiro Ismael Mendes Alvin, diretor da Tecnopav Engenharia. Segundo ele, uma estrada não pavimentada de boa qualidade deve possuir, pelo menos, largura suficiente para receber tráfego nos dois sentidos, boas condições de rolamento, superfície resistente para suportar a carga dos veículos sem que ocorram deformações excessivas e um sistema de drenagem eficaz que permita a conservação da área de rolamento e dos terrenos marginais. http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 7 Rodovias Uma rodovia é qualquer estrada pública asfaltada. De acordo com definições no Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro, são vias rurais de rodagem pavimentadas, o que corresponde a uma via de transporte interurbano de alta velocidade. Tipos de Rodovias Em relação à largura e circulação de automóveis, uma rodovia pode ser de pista simples, pista dupla ou pista múltipla. Pista simples São aquelas em que há somente um pavimento asfáltico, que é compartilhado pelos veículos nos dois sentidos de circulação (mão dupla). Veículos nesse tipo de rodovia devem trafegar sempre do lado direito da pista (em relação a si), porém podendo utilizar o outro lado da pista para efetuar ultrapassagens em determinadas condições. Pista dupla (autoestrada) São aquelas que possuem duas faixas de rolamento em cada direção (ou sentido) com barreira física central, o canteiro e que possui outras barreiras meios-fios (guias), muretas, guard rail, etc., que dificultam conversões ou retornos irregulares, de forma que, cada sentido de circulação possui uma pista própria. Essa construção permite o desenvolvimento de uma maior velocidade e também uma maior segurança, já que torna mais difícil que dois veículos colidam frontalmente em alta velocidade, que é uma das causas frequentes de acidentes em rodovias de pista simples. Pista múltipla São aquelas que possuem três ou mais faixas de rolamento em cada direção (ou sentido) - podendo haver, inclusive, triplas, quádruplas, etc. Pontes e Viadutos Na construção de uma rodovia destacam-se as pontes e viadutos, que são construções que cumprem o papel de transpor algum obstáculo, as pontes são http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrada http://pt.wikipedia.org/wiki/Rural FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 8 construídas sempre sobre um curso d'água, enquanto os viadutos são construídos sobre outras vias ou área seca. Também podem ser executados túneis, quando se torna mais viável passar sob o obstáculo, como em terrenos montanhosos e rochosos. Nosso país tem diferentes tipo de pontes e viadutos: Ponte Mista de Marabá - Pará; Ponte Rio-Niterói – Rio de Janeiro; Ponte Juscelino Kubitscheck – Brasília; Viaduto da Rodovia dos Imigrantes – São Paulo. Rodovia Transamazônica A Rodovia Transamazônica (BR-230) é uma rodovia brasileira, projetada durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974), sendo uma das chamadas "obras faraônicas" devido às suas proporções gigantescas, realizadas pelo regime militar. É a terceira maior rodovia do Brasil, com 4 223 km de comprimento, ligando Cabedelo, na Paraíba à Lábrea, no Amazonas, cortando sete estados brasileiros; Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas. Atualmente o DNIT passou a considerar o trecho entre Lábrea e Benjiamim Constante como parte da BR-230, este trecho está na situação "planejado" e tornou a BR-230 a maior rodovia do Brasil, com uma extensão de 4965 km. É classificada como rodovia transversal. Em grande parte, principalmente no Pará e no Amazonas, a rodovia não é pavimentada. Quem viaja pela Transamazônica tem a impressão de trafegar sobre um esboço de estrada. O asfalto só existe em trechos esparsos e a sinalização é um luxo inexistente. Nos seis meses do verão amazônico, a falta de chuvas ajuda a secar os atoleiros e o tráfego flui em meio a grossas nuvens de poeira. Centenas de tratores ocupam-se de efetuar reparos em vários pontos. É um ritual que se repete há décadas no período da seca. Nos seis meses seguintes, quando a chuva não dá trégua, a natureza e o tráfego de caminhões se encarregam de destruir o pouco que foi consertado. Acaba a poeira, volta a lama. Os caminhoneiros já se adaptaram ao ciclo infernal. http://pt.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlio_Garrastazu_M%C3%A9dici http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A1brea http://pt.wikipedia.org/wiki/Para%C3%ADba http://pt.wikipedia.org/wiki/Cear%C3%A1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Piau%C3%AD http://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Tocantins http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Amazonas http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_transversal FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 9 Outra rodovia de fundamental importância, situada na região da Transamazônica, inclusive cruza com ela no Pará, é a BR-163. Rodovia longitudinal com 3467 km de extensão que liga Tenente Portela, no Rio Grande do Sul a Santarém, no Pará. Esta rodovia é a principal aposta logística do agronegócio brasileiro, pois o Porto de Santarém está localizado em posição estratégica para as exportações. Porém, assim como a Transamazônica, esta rodovia tem boa parte da sua extensão sem pavimento, dificultando e causando prejuízos para o transporte de carga nacional. Pesquisa CNT CNT – Confederação Nacional do Transporte – entidade que atua na defesa dos interesses do setor de transportes. Com o objetivo de oferecer um panorama atual da malha rodoviária brasileira, essencial ao planejamento e à operação de transporte, a CNT e o Sest Senat pesquisaram 107.161 km de rodovias no ano de 2018. Foram avaliados aspectos do pavimento, da sinalização e da geometria da via, o que permite a classificação dos trechos como ótimo, bom, regular, ruim e péssimo. Os resultados são apresentados por tipo de gestão (pública ou concedida), de rodovia (federais ou estaduais), por região e por unidade da Federação. Dados relevantes coletados: 57% de todas as rodovias pesquisadas apresentam algum tipo de problema no Estado Geral, houve uma queda na qualidade; 50,9% da extensão pesquisada apresenta algum tipo de deficiência no Pavimento; 44,7% apresentam algum tipo de problema na Sinalização; 75,7% apresentam algum problema na Geometria da Via; As Regiões Norte e Nordeste receberam as piores classificações; A pesquisa mostra diferentes avaliações entre as rodovias sob Gestão Concedida e sob Gestão Pública. Nas rodovias concedidas avaliadadas, 81,9% foram classificadas como Ótimo ou Bom no Estado Geral, contra apenas 34,2% das públicas na mesma classificação. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGOPROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 10 Ligações Rodoviárias Ligações são trechos formados por uma ou mais rodovias federais ou estaduais pavimentadas, com grande importância socioeconômica e volume significativo de veículos de cargas e/ou de passageiros, interligando territórios de uma ou mais Unidades da Federação. Ranking de 109 ligações A melhor classificada é a São Paulo (SP) - Limeira (SP), formada pelas rodovias: SP-310/BR-364, SP-348; As 10 melhores ligações são formadas por rodovias concedidas e todas passam por São Paulo; A pior classificada é a rodovia BA-460, nas proximidades de Natividade (TO) e Barreiras (BA). Pontos relevantes: Rodovias deficientes reduzem a segurança viária, aumentam o custo de manutenção dos veículos, além do consumo de combustível, lubrificantes, pneus e freios.O acréscimo médio do custo operacional devido às condições do pavimento das rodovias brasileiras é de 26,7%. O aumento no custo de transporte em decorrência da má conservação das rodovias diminui a competitividade dos produtos nacionais. Rodovias que apresentam algum tipo de comprometimento do pavimento aumentam o consumo de combustível, estima-se quem em 2017 houve um consumo adicional desnecessário de 832,30 milhões de litros de diesel, esse desperdício custará R$ 2,54 bilhões aos transportes. Em 2017 foram registrados 89.318 acidentes nas rodovias federais policiadas; Mais de 83 mil pessoas sofreram lesões em acidentes rodoviários em 2017, outras 6.244 foram vítimas fatais; O custo com acidentes em rodovias federais foi de, aproximadamente, R$ 10,88 bilhões em 2016. PAC Rodoviário Nacional Os empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado para a área rodoviária divide-se em: expansão, manutenção e estudos/projetos. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 11 A indústria automobilística e o crescimento do PIB O Brasil, em 2012, foi o quarto maior mercado mundial de veículos e a produção local, incluindo autopeças, contribuiu com cerca de 6% para o Produto Interno Bruto (PIB), quando inclui toda a cadeia produtiva (fornecedores de autopeças, fabricantes de matérias primas, lubrificantes, tintas, pneus) este valor pode chegar a 25%. Uma queda do segmento automotivo repercutiria negativamente sobre o crescimento econômico. Em 2015 a produção foi de 2,42 milhões de veículos, sofrendo uma queda em relação ao ano anterior de 22,8%. As vendas também tiveram queda em 2015 de 26,55% em relação a 2014, sofrendo nova queda em 2016 de 20,1%. País teve em 2013: 81.600.729 veículos emplacados. O Brasil é o sétimo do mundo em produção e o quinto maior mercado em consumo de automóveis. Está atrás da China, dos Estados Unidos, Japão e Alemanha. É o único país entre os grandes fabricantes que ainda não tem uma lei de eficiência energética. Embora o governo federal estimule a adesão ao programa de etiquetagem do Inmetro, ele não será obrigatório para as montadoras que cumprirem os outros requisitos do novo regime automotivo. “A média de emissão de CO2 na Europa é de 130 gramas por quilômetro rodado. No Brasil é de 170”, diz Cardamone. Além dos carros daqui poluírem mais, os brasileiros gastam 15% mais combustível. Se não bastasse todo este incentivo, os carros fabricados no Brasil são os mais caros do mundo. O motivo, segundo as montadoras são carga tributária excessiva, falta de competitividade, margem de lucro maior do que no exterior e consumidores dispostos a pagar mais. ACIDENTES O acidente de trânsito é uma ocorrência que afeta diretamente o cidadão, porquanto a esse são impingidos aspectos relacionados com a morte, com a incapacitação física, perdas materiais, podendo provocar sérios comprometimentos de cunho psicológico, muitas vezes de difícil superação. Como forma de enfrentar tão complexa situação, são empregados três abordagens, que envolvem: FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 12 1) A educação, no sentido de instruir os usuários quanto às formas adequadas e seguras de utilização das vias públicas; 2) A engenharia, no sentido de, por um lado, prover o sistema viário de elementos tais que possibilitem a movimentação de veículos e pessoas com fluidez, conforto e segurança, e, por outro, aprimorar a segurança e desempenho dos veículos automotores e, 3) a aplicação das leis, mormente no tocante ao código de trânsito. Em face das características das condicionantes que envolvem as ocorrências de acidentes de trânsito, a adoção de melhorias de segurança, seja por qualquer dos enfoques referidos ou mesmo por combinações dos mesmos, necessita sempre ser avaliada duas vezes (estágios anterior e posterior à adoção), visando conhecer sua eficácia e economicidade. Daí a importância das estatísticas e das pesquisas médico-hospitalares, como elemento de suporte ao conhecimento das reais consequências dos acidentes sobre as condições físicas de suas vítimas. Segurança – transporte de cargas Em 2017, foram registradas 10.584 ocorrências de roubo de cargas nas estradas do Estado de São Paulo, aumento de 6% em relação ao ano anterior. O valor das cargas transportadas em caminhão pode chegar a R$ 500 mil, a depender do produto levado. Em geral, são cargas de fácil negociação produtos alimentícios, eletroeletrônicos, farmacêuticos, metalúrgicos e químicos, têxteis e confecções, autopeças e combustíveis, além de cigarros. Aconteceram, em 2017, cerca de 89.318 acidentes – desde casos leves até explosões e acidentes fatais nas rodovias federais. O prejuízo é alto: os acidentes custam por volta de R$ 11,15 bilhões por ano ao país. Esse valor não inclui a perda de vidas. De acordo com o Ministério do Trabalho, motorista de caminhão é a profissão com maior índice de mortes. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), está elaborando os projetos que visam reduzir os acidentes. Entre eles, o Plano Nacional de Controle de Velocidade (PNCV), o Plano Nacional de Pesagem (PNP) e o BR- Legal – Programa Nacional de Segurança e Sinalização Rodoviária. http://www.cotandoseguro.com/seguro-caminhao.php FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 13 Em sinalização pretende investir R$ 4,2 bilhões, com foco nos segmentos mais críticos da malha rodoviária, onde há maior concentração de acidentes. No Plano Nacional de Pesagem, buscará melhorar a fiscalização e a segurança, mas de forma automatizada, com a instalação de Estações de Controle de Pista e Postos Integrados de Fiscalização, para garantir a celeridade do processo de transporte. As estatísticas imorais de acidentes de trânsito das últimas décadas nascem da inação do setor público em várias frentes, com a cumplicidade do setor privado e a passividade da sociedade, os três culpados pelos acidentes nas estradas são: excesso de trabalho, de peso e de velocidade. Sob a pressão do mercado, o caminhão vira silo. Tenta oferecer prazo de avião e cobra preço de trem. Legislação O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação,rege-se pelo Código de Trânsito Brasileiro, CTB, LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997. Leis de grande impacto no trânsito: LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 – CTB; Resolução 432, de 23 de janeiro de 2013; Resolução 277, de 28 de maio de 2008, resolução 352, de 14 de junho de 2010 – Deliberação 100, de 02 de setembro de 2010 – Lei da cadeirinha. No primeiro ano de vigência da lei que tornou obrigatório o uso de cadeirinhas infantis nos veículos, as mortes de crianças com até 8 anos caíram 23%. Os dados são do IPEA e do Ministério da Saúde. Crianças de 2 e 3 anos são as mais vulneráveis. Acidentes de trânsito xÁlcool A violência do trânsito no Brasil pode ser demonstrada em números. Por ano, pelo menos 40 mil pessoas morrem em decorrência de acidentes. Só em rodovias federais, essa quantidade se aproxima a 7 mil. O álcool é um forte depressor do Sistema Nervoso Central. Por isso, quem bebe e pega o volante tem os reflexos prejudicados. Fica mais corajoso, mas reage de forma lenta e perde a noção de distância. Quando é vítima de desastre de trânsito, resiste menos tempo aos ferimentos, já que as hemorragias quase sempre são fatais. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.503-1997?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.503-1997?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.503-1997?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.503-1997?OpenDocument FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 14 Legislação De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a utilização de bebidas alcoólicas é responsável por 30% dos acidentes de trânsito. E metade das mortes, segundo o Ministério da Saúde, está relacionada ao uso do álcool por motoristas. Diante deste cenário preocupante, a Lei 11.705/2008 surgiu com uma enorme missão: alertar a sociedade para os perigos do álcool associado à direção. Na prática, segundo o ex-ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, é tolerância zero, porque o índice que entra em vigor é muito rigoroso. “É proibido, 0%. As pessoas que ingerirem álcool e forem dirigir estão sujeitas à nova legislação”. Nos exames de sangue, nenhuma quantidade de álcool será tolerada. A partir de 0,05 mg/l no bafômetro, o motorista responderá por infração de trânsito gravíssima. A multa é de R$ 1.915,30, e o condutor fica proibido de dirigir por um ano.O veículo também deve ser levado para o depósito dos departamentos de trânsito. Se o motorista reincidir na infração dentro do prazo de um ano, o valor será duplicado, chegando a R$ 3.830,60. Se o bafômetro marcar 0,34 mg/l ou mais, além de tudo isso, o motorista responderá por crime com pena de seis meses a três anos de prisão. A resolução do Conselho Nacional de Trânsito também regulamentou uma grande mudança: vídeos, depoimentos de testemunhas e os relatos da fiscalização valerão como prova contra os condutores com sinais de embriaguez. Segundo a nova regra, o agente pode relatar sinais como sonolência, soluços, dificuldade para falar, falta de equilíbrio, odor de álcool, desordem nas vestes, olhos vermelhos, ironia, arrogância, falante, se sabe onde está, se sabe o que fez, mas só um indício não vale. É preciso haver um conjunto de sinais de que o motorista bebeu. Tudo deverá ser detalhado e assinado pelo policial ou agente de trânsito em um formulário. Art. 6º A infração prevista no art. 165 do CTB será caracterizada por: I – exame de sangue que apresente qualquer concentração de álcool por litro desangue; II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,05 miligramas deálcool por litro de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o erro máximo admissível nostermos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I; FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 15 III – sinais de alteração da capacidade psicomotora obtidos na forma do art. 5 Art. 7º O crime previsto no art. 306 do CTB será caracterizado por qualquer um dosprocedimentos abaixo: I – exame de sangue que apresente resultado igual ou superior a 6 (seis) decigramasde álcool por litro de sangue (6 dg/L); II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,34 miligramas deálcool por litro de ar alveolar expirado (0,34 mg/L), descontado o erro máximo admissível nostermos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I; III – exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ouentidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de outrassubstâncias psicoativas que determinem dependência; IV – sinais de alteração da capacidade psicomotora obtido na forma do art. 5º. Números da violência no trânsito No Brasil, a violência no trânsito é uma das principais causas de mortalidade. Somente em 2010, 42.844 pessoas perderam a vida no trânsito e outras milhares ficaram com sequelas decorrentes dos acidentes. Só em 2011, foram registradas 155 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de R$ 200 milhões. Esse valor leva em conta apenas as internações na rede hospitalar pública, sem considerar os custos dos atendimentos imediatos às vítimas feitos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu), nas Unidades de Pronto Socorro e Pronto Atendimento e na reabilitação do paciente com consultas, exames, fisioterapia, dentre outros. A colisão frontal continua representando cerca de 44% das mortes nas estradas federais. Em 2011, foram 2.652 mortes nesse tipo de acidente, quase 2.200 em zona rural. Segundo a PRF, apesar de representar 3,5% dos acidentes, essa modalidade provoca 40% dos óbitos. TRANSPORTE URBANO – VIAS URBANAS Em 2009, a população urbana se igualou à rural no mundo e, desde então, tem havido mais e mais gente nas cidades em contraposição ao esvaziamento dos campos. Há uma projeção de que em 2050, 75% das pessoas no mundo viverão em FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 16 cidades.Hoje há no mundo cerca de 800 milhões de veículos. Em 2050, com essa tendência de urbanização em massa do mundo, estima-se que haverá entre 2 e 4 bilhões de carros. População de São Paulo – 2017 - 12,11 milhões de habitantes. Em janeiro de 2017 a cidade de São Paulo chegou a registrar 8.603.239 veículos (ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo e quadriciclo, micro-ônibus, camioneta, caminhonete e utilitário, automóvel, ônibus, caminhão, reboque e semirreboque, caminhão-trator, trator de rodas, trator de esteiras, trator misto, chassi/plataforma, sidecar, motor-casa). A cidade de São Paulo bateu novo recorde de congestionamento, em 23 de maio de 2014, às 19h, ao registrar 344 km de filas, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Em São Paulo, os motoristas passam cerca de 3 horas por dia dentro de seus carros. Isso significa 45 dias por ano dentro de um automóvel. O excesso de carros na capital paulistana é também um problema de saúde. Segundo o médico epesquisador Paulo Saldiva, 80% dos leitos dos hospitais do Sistema Único de Saúde estão ocupados por vítimas dos carros – com problemas cardiovasculares, respiratórios, auditivos ou vítimas de acidentes. “O modelo de mobilidade que aposta no carro como principal veículo está falido, o trânsito restringe a liberdade de locomoção, o que vai impedir o crescimento econômico e atrapalhar funções vitais às cidades, como o abastecimento de comida, alerta Bill Ford, bisneto de Henry Ford (criador do Ford T). A invenção do automóvel representou um avanço inegável à sociedade. Mas, ao longo do século XX, a priorização do transporte individual provocou uma série de transtornos nas cidades. Em São Paulo, de 1980 para cá, a população da capital cresceu 32%, chegando a 12 milhões de pessoas. No mesmo período, porém, o tamanho da frota mais que quadruplicou. Isso pode ser verificado facilmente nas avenidas: um motorista gasta cerca de 2h42 por dia no trânsito, segundo levantamento do Ibope encomendado pelo movimento Nossa São Paulo em 2010. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) calcula que a média diária de congestionamentos no ano passado tenha sido de 99 quilômetros, enquanto a velocidade dos carros no horário de pico da tarde não ultrapassou os 18 quilômetros por hora. Além da lentidão no tráfego, o excesso de veículos também causa problemas em outras esferas, como na saúde e na economia. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 17 NA SAÚDE Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 2 milhões de pessoas morrem todo ano por doenças relacionadas à poluição. A principal causa é a inalação de micropartículas que penetram no pulmão e na corrente sanguínea. Cerca de 1,3 milhão dessas mortes ocorrem nas grandes cidades, e São Paulo é uma das piores no quesito: trata-se da quarta metrópole do mundo com a maior concentração de material tóxico no ar, atrás da Cidade do México, de Hong Kong e do Rio de Janeiro, de acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Grande parte desses poluentes sai do escapamento dos veículos: em certos casos e dias, o índice chega a 97%. No total, aproximadamente 260.000 toneladas são lançadas na atmosfera por ano. “Os mais afetados pelos efeitos são as crianças, os idosos e as pessoas que já sofrem de doenças como asma ou bronquite”, afirma o médico Luiz Alberto Amador Pereira, do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP). NA SEGURANÇA Toneladas de aço que se deslocam em alta velocidade, os automóveis ocasionalmente se transformam em armas letais. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, nada menos que 91,5% (694 casos) dos homicídios culposos (sem a intenção de matar) que ocorreram na capital em 2010 tiveram relação com acidentes de trânsito. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), 796 pessoas perderam a vida em 2017. Quase metade das vítimas era pedestre. Muitas vezes, os acidentes são potencializados pelo uso de bebidas. Em 2013, até outubro, 2.653 condutores foram flagrados dirigindo sob influência de álcool na cidade, o que representa 1,5% das 170.512 pessoas submetidas ao teste do bafômetro: 1.167 acabaram detidas. NO BOLSO O professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Samy Dana chegou a números impressionantes ao calcular quanto uma pessoa gasta para manter seu automóvel. Considerando um carro de 35.000 reais, deslocamento diário de 15 quilômetros e fatores como impostos e estacionamento, o custo anual é de mais de 16.000 reais. Além do desfalque no bolso do cidadão, os congestionamentos causam enorme prejuízo à cidade: seria da ordem de 33,5 bilhões de reais por ano, o equivalente a 9,4% do produto interno bruto (PIB), segundo pesquisa de 2008 da FGV. O cálculo é a soma dos 27 bilhões de reais que os trabalhadores presos no trânsito deixam de produzir, com 6,5 bilhões gastos em combustível, saúde pública e FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 18 outros. Outro levantamento, do banco Citigroup, mostra que as grandes cidades do Brasil perdem 5% de sua capacidade produtiva em engarrafamentos. O que é BRT O BRT (Bus Rapid Transit), ou Transporte Rápido por Ônibus, é um sistema de transporte coletivo de passageiros que proporciona mobilidade urbana rápida, confortável, segura e eficiente por meio de infraestrutura segregada com prioridade de ultrapassagem, operação rápida e frequente, excelência em marketing e serviço ao usuário. O sistema BRT não propõe apenas uma mudança na frota ou na infraestrutura do transporte público coletivo. Mas sim um conjunto de mudanças que juntas formam um novo conceito de mobilidade urbana. A implementação de sistemas de trânsito de alto desempenho, eficientes e ecologicamente sustentáveis consta mundialmente da agenda política de planejadores urbanos e ambientais. Nesse sistema deve ser realizada a substituição permanente do trânsito individual por um atrativo transporte coletivo, promovida a segurança e a proteção para os seus passageiros, a redução de CO² bem como a diminuição de congestionamentos. Para isso, não há nada mais adequado do que soluções BRT, realizáveis a médio e longo prazo com investimento moderado. São conceitos que se integram homogeneamente nas estruturas urbanas, em tempo hábil como solução plena ou também por etapas. Origem brasileira O sistema BRT foi criado em 1974 pelo arquiteto e na ocasião prefeito da cidade, Jaime Lerner, em Curitiba, no Paraná. As mudanças transformaram a capital em uma cidade de sucesso urbano, renomada em todo mundo. Junto ao BRT vieram projetos sociais inovadores, zonas de pedestres e espaços verdes, além disso, muitas outras cidades brasileiras seguiram o exemplo com sistemas básicos, como São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. http://brtbrasil.org.br/index.php/brt/oquebrt FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 19 Programa BRT Brasil A proposta do programa BRT Brasil é acompanhar a implantação dos sistemas de transporte rápido por ônibus e monitorar a operação de cada BRT após a conclusão das obras. Se bem elaborados e operados, esses sistemas se tornarão exemplos concretos de mobilidade urbana sustentável para que outras cidades possam se inspirar e implantar a solução. A realização de dois megaeventos esportivos no Brasil - a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016 - abriu as portas para uma nova era dos transportes públicos coletivos nas cidades brasileiras. O governo federal lançou dois programas, o PAC da Mobilidade Urbana e o PAC Mobilidade Grandes Cidades, para investir em soluções para o transporte público. O sistema BRT (Bus Rapid Transit), que é a solução de mobilidade mais completa e eficiente para as médias e grandes cidades, foi o maior beneficiário desses investimentos. No total, 14 cidades somam 32 projetos com 554,4 km de extensão que priorizam o transporte urbano por ônibus. As cidades de Goiânia, Uberlândia, Curitiba e Porto Alegre já contemplam o BRT e terão os seus sistemas revitalizados. Os bons resultados que serão verificados certamente vão impulsionar a extensão desse programa de investimentos em mobilidade urbana para as demais grandes cidades brasileiras. Ônibus do BRTO BRT possui veículos articulados e padrão em sua operação. Todos os veículos são novos, e possuem diversas características que tornam a viagem mais eficiente, agradável e segura: Câmeras internas e externas. Monitoramento por GPS. Sistema de comunicação com o centro de controle operacional. Acessibilidade universal. Ar-condicionado. Aviso sonoro de paradas. TV Digital. Piso nivelado às plataformas das estações e terminais. http://brtbrasil.org.br/index.php/brt-brasil/programa-brt FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO TTRAF – TRANSPORTES E TRÁFEGO PROF.ª JOSIE MICALLI 1º semestre 2019 - AULA 6 Página 20 Articulados: Veículos de aproximadamente 19 m e 21 m de comprimento. Não possui escadas para embarque e desembarque. Piso nivelado com o da estação. Todos possuem ar condicionado. O articulado de 19 m, transporta 140 pessoas confortavelmente, por viagem. O articulado de 21 m, transporta 183 pessoas confortavelmente, por viagem. Transporta mais pessoas com uma frota menor.
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