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1 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS COM MOTORES ELÉTRICOS 1) DISTRIBUIÇÃO EM CIRCUITOS a) Para motores com potência mecânica (PM) maior ou igual a 5CV, será utilizado um circuito específico para cada motor, constituindo um ramal terminal: QUADRO GERAL (QG) Sub-alimentador Quadro Terminal de Força (QTF) M1 M2 M3 Ramal Terminal M1 M2 M3 QTF b) Podem-se agrupar dois ou mais motores com potência mecânica (PM) entre a 1CV a 5CV, instalados próximos entre si. Utiliza-se um ramal de distribuição, dimensionado pela somatória das correntes dos motores, e ramais terminais, dimensionado pela corrente do respectivo motor: Quadro Terminal de Força (QTF) M1 Ramal de Distribuição Ramal Terminal M2 M3 Mn RD RD RD RD M1 M2 M3 Mn c) Para motores com potência mecânica (PM) inferior a 1CV, instalados próximos entre si, a alimentação pode ser através de um ramal terminal comum a todos motores e inclusive com tomadas de uso geral ou tomadas de uso específico, dimensionado pela somatória das correntes dos motores e tomadas: Quadro Terminal de Força (QTF) M1 Ramal Terminal Ramal Terminal M2 M3 Mn TUG TUE Tomadas RTRTRTRTRTRT RT RT RT RT RT RT 2) CORRENTE DE PROJETO (IB) – Em função da corrente de partida do motor (IP) ser maior que a corrente nominal, é aplicada 25% sobre o valor nominal da corrente do motor (INM): a) Para ramal com um motor: b) Para ramais alimentando dois ou mais motores: Onde: INM – corrente nominal do motor. INM1 – corrente nominal do maior motor. ΣINM2 – somatória das correntes nominais dos demais motores. ΣPM ≤ 5CV ΣP ≤ 5kVA IB = 1,25 . INM IB = 1,25 . INM1 + ΣINM2 2 3) DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES 3.1) Critério da capacidade de condução de corrente do condutor. a) Corrente fictícia de projeto (IB’): Onde: IB’ – corrente fictícia de projeto. f1 – fator de correção de temperatura (tabela 40 da NBR5410/2004). f2 – fator de correção de agrupamento (tabela 31 da NBR5410/2004). b) Determinar a seção do condutor (S’), em função de: - tabela 36 da NBR5410/2004. - método de instalação (tabela 33 da NBR5410/2004). - 2 condutores carregados para motores monofásicos (127V) e bifásicos (220V) ou 3 condutores carregados para motores trifásicos. - corrente fictícia de projeto (IB’). 3.2) Critério da queda de tensão admissível no condutor. a) Limites de queda de tensão para instalação alimentada por rede pública de baixa tensão: Medidor (QM) Alimentador Quadro Terminal de Força (QTF) QUADRO GERAL (QG) Sub-alimentador M Ramal Terminal ∆V(%) = 1% ∆V(%) = 1% ∆V(%) = 2% 127V 220V RTQG QTF b) Limites de queda de tensão para instalação alimentada por rede pública de média tensão: Alimentador Sub-alimentador Ramal Terminal Cabine Primária Quadro Terminal de Força (QTF) QUADRO GERAL (QG) M ∆V(%) = 3% ∆V(%) = 2% ∆V(%) = 2% 13,8kV RTQTFQG c) Para motores monofásicos: d) Para motores trifásicos: 2.f1f BI'BI = VV. 2.L.I .'S' B ∆ = 57 1 VV. .L.I3 .'S' B ∆ = 57 1 3 4) DIMENSIONAMENTO DOS FUSÍVEIS Normalmente são utilizados fusíveis de ação retardada (NH ou DIAZED) para a proteção contra correntes de curto circuito, instalados no quadro terminal de força (QTF). Podem ser utilizados, em substituição aos fusíveis, disjuntores específicos para motores elétricos. A proteção contra sobre cargas é efetuada com relé térmico associado a um contator (junto ao motor): M QTF fusíveis NH Relé Térmico / Contator M MÁQUINA OPERATRIZ R S T terra 4.1) Proteção contra curto circuitos a) Para proteção de ramal terminal: P.I1KNFI ≤ INF – valor nominal do fusível K1 – fator multiplicativo (tabela 1) IP – corrente de partida b) Para proteção do ramal de distribuição: ∑ = +≤ n i NMiI P1.I1KNFI 2 INF – valor nominal do fusível K1 – fator multiplicativo (tabela 1) IP1 – corrente de partida do maior motor INMi – corrente nominal dos demais motores c) Para circuitos com cargas mistas: ∑∑ + = +≤ NTI n i NMiI P1.I1KNFI 2 INF – valor nominal do fusível K1 – fator multiplicativo (tabela 1) IP1 – corrente de partida do maior motor INMi – corrente nominal dos demais motores INT – corrente nominal das tomadas (TUG/TUE) Tabela 1 – fator para determinação da corrente nominal do fusível: Corrente de partida IP (A) fator K1 IP ≤ 40 0,5 40 ≤ IP < 500 0,4 500 ≤ IP 0,3 4 Tabela 2 – corrente nominal e de partida de motores: Potência Absorvida na Rede Corrente à plena Carga [A] Corrente de Partida [A] Potência Nominal [c.v. ou HP] kW kVA 380V 220V 380V 220V cos ϕ Médio 1/3 0,39 0,65 0,90 1,70 4,10 7,10 0,61 1/2 0,58 0,87 1,30 2,30 5,80 9,90 0,66 3/4 0,83 1,26 1,90 3,30 9,40 16,30 0,66 1 1,05 1,52 2,30 4,00 11,90 20,7 0,69 1 1/2 1,54 2,17 3,30 5,70 19,10 33,10 0,71 2 1,95 2,70 4,10 7,10 25,00 44,30 0,72 3 2,95 4,04 6,10 10,60 38,00 65,90 0,73 4 3,72 5,03 7,60 13,20 43,00 74,40 0,74 5 4,51 6,02 9,10 15,80 57,10 98,90 0,75 7 1/2 6,57 8,65 12,70 22,70 90,70 157,10 0,76 10 8,89 11,54 17,50 30,30 116,10 201,10 0,77 12 1/2 10,85 14,09 21,30 37,00 156,00 270,50 0,77 15 12,82 16,65 25,20 43,70 196,60 340,60 0,77 20 17,01 22,10 33,50 58,00 243,70 422,10 0,77 25 20,92 25,83 39,10 67,80 275,70 477,60 0,81 30 25,03 30,52 46,20 80,10 326,70 566,00 0,82 40 33,38 39,74 60,20 104,30 414,00 717,30 0,84 50 40,93 48,73 73,80 127,90 528,50 915,50 0,84 60 49,42 58,15 88,10 152,60 632,60 1095,7 0,85 75 61,44 72,28 109,50 189,70 743,60 1288,0 0,85 100 81,23 95,56 144,80 250,80 934,70 1619,0 0,85 125 100,67 117,05 177,30 307,20 1162,7 2014,0 0,86 150 120,09 141,29 214,00 370,80 1455,9 2521,7 0,85 M ot or es T ri fá si co s 200 161,65 190,18 288,10 499,10 1996,4 3458,0 0,85 1/4 0,42 0,66 5,90 3,00 27,00 14,00 0,63 1/3 0,51 0,77 7,10 3,50 31,00 16,00 0,66 1/2 0,79 1,18 11,60 5,40 47,00 24,00 0,67 3/4 0,90 1,34 12,20 6,10 63,00 33,00 0,67 1 1,14 1,56 14,20 7,10 68,00 35,00 0,73 1 1/2 1,67 2,35 21,40 10,70 96,00 48,00 0,71 2 2,17 2,97 27,00 13,50 132,00 68,00 0,73 M ot or es M on of ás ic os 3 3,22 4,07 37,00 18,50 220,00 110,00 0,79 Notas: 1. Os valores da tabela foram obtidos pela média de dados fornecidos pelos fabricantes; 2. As correntes de partida citadas na tabela acima podem ser utilizadas quando não se dispuser das mesmas nas placas dos motores. 3. Foram considerados valores médios usuais para fator de potência e rendimento; 4. Se os maiores motores forem iguais, para efeito da somatória de suas potências, deve-se considerar apenas um como o maior e os outros, como segundos em potência; 5. Existindo motores que obrigatoriamente partam ao mesmo tempo (mesmo sendo os maiores), devem-se somar suas potências e considerá-los um só motor (excluídos os motores de elevadores); 6. Aplicar o fator de demanda de 100% para o motor de maior potência e 50% para os demais motores, em kVA. 5 Tabela 3 – corrente nominal de fusíveis NH: IN (A) tamanho 6 00 10 16 20 25 36 50 63 80 100 125 Tabela 4 – relé térmico (motores de 0,16CV até 15CV):
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