Buscar

organizaçao das RAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Ana Carolina De Alvarez MED103 
Organização das redes de atenção a saúde 
 
 As Redes de Atenção à Saúde (RAS) 
 • A grande diretriz da Secretaria de Atenção à Saúde 
(SAS/MS) para o período de 2011 a 2014 foi a implantação 
das RAS, sendo sua gestora no âmbito federal (MS). 
• É um conjunto de serviços de saúde, vinculados entre si 
por uma missão única, por objetivos comuns e por uma 
ação cooperativa e interdependente, que permitem ofertar 
uma atenção contínua e integral a determinada população, 
coordenada pela atenção primária à saúde, sendo prestada 
no tempo, no lugar, com o custo e qualidade certos, de 
forma humanizada e com equidade, e com responsabilidades 
sanitárias e econômicas, gerando valor para a população. 
• Portaria Nº 4.279 de 30/12/2010, Ministério da Saúde: a 
rede de atenção à saúde é definida como arranjos 
organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes 
densidades tecnológicas, que integradas por meio de 
sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam 
garantir a integralidade do cuidado. 
• Os objetivos das RAS são: melhorar a qualidade da 
atenção, a qualidade de vida dos usuários, os resultados 
sanitários do sistema de atenção à saúde, a eficiência na 
utilização dos recursos e a equidade em saúde. 
• A organização das RAS, para ser feita de forma efetiva, 
com qualidade e resolutiva, tem que ser estruturada com 
base em determinados fundamentos: 
1. Economia de escala 
2. Disponibilidade de recursos 
3. Qualidade 
4. Acesso 
5. Integração horizontal e vertical 
 
 
 
A organização sofreu alteração, passando a levar em 
consideração demais fatores, a fim de melhorar as redes de 
atenção de acordo com as necessidades da população. 
• Em 30/12/2010 foi oficializado o documento de referência 
contendo as Diretrizes para a Organização das Redes de 
Atenção à Saúde no âmbito do SUS, por meio da portaria 
GM/MS Nº 4.279. 
Atributos Da Rede De Atenção À Saúde: 
1.População e território definidos com amplo conhecimento 
de suas necessidades e preferências que determinam a 
oferta de serviços de saúde; 
2. Extensa gama de estabelecimentos de saúde que presta 
serviços de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, 
gestão de casos, reabilitação e cuidados paliativos e integra 
os programas focalizados em doenças, riscos e populações 
específicas, os serviços de saúde individuais e os coletivos; 
3. Atenção Primária em Saúde estruturada como primeiro 
nível de atenção e porta de entrada do sistema, constituída 
de equipe multidisciplinar que cobre toda a população, 
integrando, coordenando o cuidado, e atendendo as suas 
necessidades de saúde; 
4. Prestação de serviços especializados em lugar adequado; 
5. Existência de mecanismos de coordenação, continuidade 
do cuidado e integração assistencial por todo o contínuo da 
atenção; 
6. Atenção à saúde centrada no indivíduo, na família e na 
comunidade, tendo em conta as particularidades culturais, 
gênero, assim como a diversidade da população; 
7. Sistema de governança único para toda a rede com o 
propósito de criar uma missão, visão e estratégias nas 
organizações que compõem a região de saúde; definir 
objetivos e metas que devam ser cumpridos no curto, 
médio e longo prazo; articular as políticas institucionais; e 
desenvolver a capacidade de gestão necessária para 
planejar, monitorar e avaliar o desempenho dos gerentes e 
das organizações; 
8. Participação social ampla; 
9. Gestão integrada dos sistemas de apoio administrativo, 
clínico e logístico; 
10. Recursos humanos suficientes, competentes, 
comprometidos e com incentivos pelo alcance de metas da 
rede; 
11. Sistema de informação integrado que vincula todos os 
membros da rede, com identificação de dados por sexo, 
idade, lugar de residência, origem étnica e outras variáveis 
pertinentes; 
12. Financiamento tripartite, garantido e suficiente, alinhado 
com as metas da rede; 
13. Ação intersetorial e abordagem dos determinantes da 
saúde e da equidade em saúde; 
14. Gestão baseada em resultado. 
 
2 Ana Carolina De Alvarez MED103 
Elementos Constitutivos Da Rede De Atenção À 
Saúde 
• População e Região de Saúde: para preservar, 
recuperar e melhorar a saúde das pessoas e da 
comunidade, as RAS devem ser capazes de identificar 
claramente a população e a área geográfica sob sua 
responsabilidade. A região de saúde deve ser bem 
definida, baseada em parâmetros espaciais e temporais 
que permitam assegurar que as estruturas estejam bem 
distribuídas territorialmente, garantindo o tempo/resposta 
necessário ao atendimento, melhor proporção de 
estrutura/população/território e viabilidade operacional 
sustentável. 
• Estrutura Operacional: A estrutural operacional da RAS é 
constituída pelos diferentes pontos de atenção à saúde, 
ou seja, lugares institucionais onde se ofertam serviços 
de saúde e pelas ligações que os comunicam. Os 
componentes que estruturam a RAS incluem: APS - 
centro de comunicação; os pontos de atenção 
secundária e terciária; os sistemas de apoio; os sistemas 
logísticos e o sistema de governança. 
 
Atenção Primária 
• A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de 
ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que 
abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção 
de agravos, o diagnóstico, o tratamento a reabilitação e a 
manutenção da saúde. 
• É a Atenção Primária à Saúde que deve atender mais de 
85% dos problemas de saúde. É nesse ponto que se situa a 
clínica mais ampliada e onde se ofertam, preferencialmente, 
tecnologias de alta complexidade, como aquelas relativas a 
mudanças de comportamentos e estilos de vida em relação 
à saúde, como por exemplo a cessação do hábito de fumar, 
adoção de comportamentos de alimentação saudável e da 
realização de atividades físicas. 
• As funções da Atenção Básica nas Redes de Atenção à 
Saúde são: 
 I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de 
saúde com o mais elevado grau de descentralização e 
capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre 
necessária; 
II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas 
de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de 
cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica 
ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções 
clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação 
dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais; 
III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir 
projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e 
organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção 
das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os 
diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo 
cuidado dos usuários por meio de uma relação horizontal, 
contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão 
compartilhada da atenção integral, articulando também as 
outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, 
públicas, comunitárias e sociais. As práticas de regulação 
realizadas na atenção básica devem ser articuladas com os 
processos regulatórios realizados em outros espaços da 
rede, de modo a permitir, ao mesmo tempo, a qualidade da 
microrregulação realizada pelos profissionais da atenção 
básica e o acesso a outros pontos de atenção nas condições 
e no tempo adequado, com equidade; Para isso, é 
necessário incorporar ferramentas e dispositivos de gestão 
do cuidado, tais como: gestão das listas de espera 
(encaminhamentos para consultas especializadas, 
procedimentos e exames), prontuário eletrônico em rede, 
protocolos de atenção organizados sob a lógica de linhas de 
cuidado, discussão e análise de casos traçadores, eventos- -
sentinela e incidentes críticos, entre outros. 
IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde 
da população sob sua responsabilidade, organizando-as em 
relação aos outros pontos de atenção, contribuindo para que 
a programação dos serviços de saúde parta das 
necessidades de saúde dos usuários. 
• A Atenção Primária é a porta de entradana atenção à 
saúde no SUS e tem a responsabilidade de ser resolutiva a 
nível básico das necessidades de saúde individual e coletivas, 
utilizando estratégias de programação de ações de que 
contribuem na qualidade de vida da população. 
• É formada pelos serviços especializados em nível 
ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica 
intermediária entre a atenção primária e a terciária 
(historicamente interpretada como procedimentos de média 
complexidade). 
• Compreende serviços médicos especializados, de apoio 
diagnóstico e terapêutico, e atendimento de urgência e 
emergência. 
• É a atenção de saúde de terceiro nível, integrada pelos 
serviços ambulatoriais e hospitalares especializados de 
procedimentos de alta densidade tecnológica (historicamente 
interpretada como procedimentos de alta complexidade), 
sendo organizada em polos macrorregionais através do 
sistema de referência. 
OBS: Os níveis de atenção secundários e terciários 
constituem-se de tecnologias de maior densidade 
tecnológica, mas não de maiores complexidades. 
 
3 Ana Carolina De Alvarez MED103 
 
 
Elementos constitutivos das RAS 
Possuem 3 elementos: a população, estrutura operacional e 
o modelo de atenção à saúde. 
 
A POPULAÇÃO: A população de responsabilidade das RAS 
vive em territórios sanitários singulares. 
• Organiza-se socialmente em famílias e é cadastrada e 
registrada em subpopulações por riscos socio 
sanitários. 
• Deve ser totalmente conhecida e registrada em 
sistemas de informação potentes. 
• Deve ser segmentada, subdividida em subpopulações 
por fatores de risco e estratificada por riscos em 
relação às condições de saúde estabelecidas. 
A ESTRUTURA OPERACIONAL: Em sua composição, tem-
se cinco componentes: 
1. A Atenção Primária à Saúde. 
2. Os pontos de atenção à saúde secundários e terciários. 
3. Os sistemas de apoio: diagnóstico e terapêutico, de 
assistência farmacêutica, e de informação à saúde. 
O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE: É um sistema lógico 
que organiza o funcionamento das RAS, articulando, de 
forma singular, as relações entre a população e suas 
subpopulações, estratificadas por riscos, os focos das 
intervenções do sistema de atenção à saúde e os diferentes 
tipos de intervenções sanitárias 
 
Redes Prioritárias 
Após a pactuação Tripartite, em 2011, foram priorizadas as 
seguintes redes temáticas: 
• Rede Cegonha: tem um recorte para atenção à 
gestante e de atenção à criança até 24 meses. 
• Rede de Atenção às Urgências e Emergências. 
• Rede de Atenção Psicossocial: prioridade para o 
enfrentamento do álcool, crack e outras drogas. 
• Rede de Atenção às Doenças e Condições Crônicas: 
inicia-se pelo câncer. A partir da intensificação da 
prevenção e controle do câncer de mama e colo do 
útero. 
• Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência. 
Rede Cegonha 
É um novo modelo de atenção ao parto, nascimento e à 
saúde da criança. 
É uma rede de atenção que garante acesso, acolhimento e 
resolutividade. o Redução da mortalidade materna e neonatal. 
Suas diretrizes são: 
1. Garantia do acolhimento com classificação de risco, 
ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré-natal. 
2. Garantia de vinculação da gestante à unidade de 
referência e ao transporte seguro. 
3. Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao 
parto e ao nascimento. 
4. Garantia da atenção à saúde das crianças de 0 a 24 
meses, com qualidade e resolutividade. 
5. Garantia da ampliação do acesso ao planejamento 
produtivo. 
Atos normativos: Portaria Nº 1.459 de 24/06/2011 (institui a 
rede cegonha no âmbito do SUS), Portaria Nº 2.351 de 
05/10/2011 (altera a Portaria Nº 1.459), Portaria Nº 650 de 
05/10/2011 (dispõe sobre os planos de ação regional e 
municipal da rede cegonha).. 
 
Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) 
• promoção e prevenção. 
• Atenção primária: Unidades Básicas de Saúde. 
• UPA e outros serviços com funcionamento 24h. 
• SAMU 192 
• Portas hospitalares de atenção às urgências: SOS 
Emergências. 
• Enfermarias de retaguarda e unidades de cuidados 
intensivos. o Inovações tecnológicas nas linhas de 
cuidado prioritárias: AVC, IAM e traumas. 
• Atenção domiciliar: Melhor em Casa. 
 
Regulamentação: Portaria Nº 1.600 de 07/07/2011 (reformula 
da Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a RUE 
no SUS), Portaria Nº 1.601 de 07/07/2011 (estabelece diretrizes 
para a implantação das UPAs 24h e o conjunto d serviços 
de urgência da RUE), Portaria Nº 2.026 de 24/08/2011 (aprova 
as diretrizes para a implantação do SAMU 192 e sua central 
de regulação médica das urgências) e Portaria Nº 2.029 de 
24/08/2011. 
 
4 Ana Carolina De Alvarez MED103 
 
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) 
• Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia, a 
liberdade e o exercício de cidadania. 
• Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes 
sociais da saúde. 
• Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, 
ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, 
sob a lógica interdisciplinar. 
• Dá ênfase em serviços de base territorial e comunitária, 
diversificando as estratégias de cuidado, com 
participação e controle social dos usuários e de seus 
familiares. 
• Organização dos serviços em RAS regionalizada, com 
estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a 
integralidade do cuidado. 
• Desenvolvimento da lógica do cuidado centrado nas 
necessidades das pessoas com transtornos mentais, 
incluídos os decorrentes do uso de substancias 
psicoativas. 
Regulamentação: Portaria Nº 3.090 de 23/12/2011 (dispõe sobre o 
repasse de incentivo de custeio para os Serviços Residenciais 
Terapêuticos), Portaria Nº 3.089 de 23/12/2011 (dispõe sobre o 
financiamento dos CAPS no âmbito das RAPS), Portaria Nº 3.088 
de 23/12/2011 (institui a rede de atenção psicossocial no SUS), 
Portaria Nº 148 de 31/01/2012 (define normas de funcionamento e 
habilitação do serviço hospitalar de referência do componente 
hospitalar da RAPS e institui incentivos financeiros de investimento 
e custeio), Portaria Nº 132 de 26/01/2012 (institui o incentivo 
financeiro de custeio para o componente reabilitação psicossocial), 
Portaria Nº 131 de 26/01/2012 (institui incentivo financeiro de custeio 
para apoio aos serviços de atenção em regime residencial, 
incluídas as comunidades terapêuticas), Portaria Nº 123 de 
25/01/2012 (define critérios de cálculo de equipes de CR), Portaria 
Nº 122 de 25/01/2012 (define diretrizes para os consultório na rua – 
CR), Portaria Nº 121 de 25/01/2012 (institui a Unidade de Acolhimento 
– UA). 
 
Rede de Atenção às Doenças e Condições Crônicas 
 Funciona com linhas de tratamento específicas, voltadas à 
prevenção e tratamento das DCNT, principalmente Diabetes, 
Hipertensão Arterial, alguns tipos de cânceres, além de 
combater o excesso de peso e a obesidade, incluindo o 
tratamento cirúrgico para a obesidade grave. 
Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência 
• Visa ampliar o acesso e qualificar o atendimento às 
pessoas com deficiência no SUS, com foco na 
organização de rede e na atenção integral à saúde, que 
contemple as áreas de deficiência auditiva, física, visual, 
intelectual e ostomias. 
• Visa ampliar a integração e articulação dos serviços de 
reabilitação com a rede de atenção primária e outros 
pontos de atenção especializada. 
• Busca desenvolver ações de prevenção de deficiências 
na infância e na vida adulta. 
Regulamentação: Portaria Nº 793 de 24/04/2012 (institui a 
rede de cuidados à pessoa com deficiência no âmbito do 
SUS), Portaria Nº 835 de 25/04/2012 (institui o incentivo 
financeiro de investimento e custeio para o componente 
Atenção especializada da rede de cuidados à pessoa com 
deficiência no âmbito do SUS).

Continue navegando

Outros materiais