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Questões Redes de Atenção a Saúde

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Redes de atenção à saúde - RAS
1: O Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 4.279/10, estabelece diretrizes para a organização das Redes de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Como as redes estão divididas? 
As redes estabelecidas na portaria dividem-se em: Rede Cegonha, estabelecida por meio da Portaria nº 1.459/11; Rede de Urgência e Emergência (RUE), estabelecida pela Portaria GM/MS nº 1.600/11; Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), estabelecida pela Portaria GM/MS nº 3.088/11, para as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas; Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiências (Viver Sem Limites), estabelecida pela Portaria GM/MS nº 793/12; e Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, pela Portaria GM/MS nº 438/14 
As redes organizam-se por meio de pontos de atenção à saúde, ou seja, locais onde são ofertados serviços de saúde que determinam a estruturação dos pontos de atenção secundária e terciária. Nas RAS o centro de comunicação é a Atenção Primária à Saúde (APS), sendo esta ordenadora do cuidado. 
  
2: A situação de saúde brasileira vem mudando e, hoje, marca-se por uma transição demográfica acelerada e se expressa por uma situação de tripla carga de doenças. Quais são elas? 
Por tripla carga de doença entende-se uma situação epidemiológica caracterizada por envolver, ao mesmo tempo: uma agenda não concluída de casos infecções, desnutrição e problemas de saúde reprodutiva; o desafio das doenças crônicas e de seus fatores de risco (tabagismo, obesidade, estresse, alimentação inadequada) e o forte crescimento da violência e das causas externas. 
 
3: Quais são os elementos constitutivos das Redes de acordo com Portaria 4.279? 
Uma Rede de Atenção à Saúde possui três elementos fundamentais: uma população; uma estrutura operacional e um modelo de atenção à saúde.  
 
4: Quais são as características de sistemas de Redes?    
Poliarquia; 
Coordenação da atenção: feita pela APS; 
Comunicação entre os componentes: feita por sistemas logísticos eficazes; 
Foco: condições agudas e crônicas por meio de uma RAS; 
Objetivos: melhoria da saúde de uma população com resultados clínicos e econômicos medidos; 
População: voltado para uma população adscrita estratificada por subpopulações de risco e sob responsabilidade da RAS;  
Sujeito: agente corresponsável pela própria saúde; 
Forma da ação do sistema: proativa e contínua, baseada em plano de cuidados de cada pessoa usuária, realizado conjuntamente pelos profissionais e pela pessoa usuária e com busca ativa; 
Ênfase das intervenções: promocionais, preventivas, curativas, cuidadoras, reabilitadoras ou paliativas, atuando sobre determinantes sociais da saúde intermediários e proximais e sobre as condições de saúde estabelecidas; 
Modelo de atenção à saúde: integrado, com estratificação dos riscos, e voltado para os determinantes sociais da saúde intermediários e proximais e sobre as condições de saúde estabelecidas; 
Modelo de gestão: governança sistêmica que integre a APS, os pontos de atenção à saúde, os sistemas de apoio e os sistemas logísticos da rede; 
Planejamento: planejamento das necessidades, definido pela situação das condições de saúde da população adscrita e de seus valores e preferências; 
Ênfase do cuidado: atenção colaborativa realizada por equipes multiprofissionais e pessoas usuárias e suas famílias e com ênfase no autocuidado apoiado; 
Conhecimento e ação clínica: partilhadas por equipes multiprofissionais e pessoas usuárias; 
Tecnologia de informação: integrada a partir de cartão de identidade das pessoas usuárias e de prontuários eletrônicos e articulada em todos os componentes da Rede de Atenção à Saúde; 
Organização territorial: territórios sanitários definidos pelos fluxos sanitários da população em busca de atenção; 
Sistema de financiamento: financiamento por valor global ou por capitação de toda a rede; 
Participação social: participação social ativa por meio de conselhos de saúde com presença na governança da rede. 
Caracteriza-se pela formação de relações horizontais entre os pontos de atenção com o centro de comunicação na Atenção Primária à Saúde (APS), pela centralidade nas necessidades em saúde de uma população, pela responsabilização na atenção contínua e integral, pelo cuidado multiprofissional, pelo compartilhamento de objetivos e compromissos com os resultados sanitários e econômicos. 
 
5: Quais são os sistemas de apoio das Redes de Atenção à Saúde? 
São os lugares institucionais da rede onde se prestam serviços comuns a todos os pontos de atenção à saúde. São constituídos pelos sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico (patologia clínica, imagens, entre outros); pelo sistema de assistência farmacêutica que envolve a organização dessa assistência em todas as suas etapas: seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição, prescrição, dispensação e promoção do uso racional de medicamentos; e pelos sistemas de informação em saúde. 
SISTEMAS DE APOIOS DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO: Diagnóstico por imagem; Medicina nuclear; Eletrofisiologia; Endoscopias; Hemodinâmica; Patologia clínica. 
SISTEMA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA:  Medicação (seleção, programação, aquisição, armazenamento e distribuição); Ações assistenciais; Farmácia clínica; Farmacovigilância. 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE: Mortalidade (SIM); Nascidos vivos (Sinasc); Agravos de notificação compulsória (Sinan); Informações ambulatoriais do SUS (SIA SUS); Informações hospitalares do SUS (SIH SUS); Atenção básica (SIAB). 
 
6: A Atenção Básica deve cumprir algumas funções para contribuir com o funcionamento das Redes de Atenção à Saúde. Quais são elas? 
I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária. II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e dos grupos sociais. III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários por meio de uma relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando-as em relação aos outros pontos de atenção, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários (BRASIL, 2011a). 
 
7: A Rede de Atenção à Saúde organiza-se a partir de um processo de gestão da clínica associado ao uso de critérios de eficiência microeconômica na aplicação de recursos, mediante planejamento, gestão e financiamento intergovernamentais cooperativos, voltados para o desenvolvimento de soluções integradas de política de saúde. De acordo com portaria 4.279 o que é Gestão da Clínica? Quais as finalidades? 
Implica "a aplicação de tecnologias de microgestão dos serviços de saúde com a finalidade de: assegurar padrões clínicos ótimos; aumentar a eficiência; diminuir os riscos para os usuários e para os profissionais; prestar serviços efetivos; e melhorar a qualidade da atenção à saúde". Como subsídio à gestão da clínica utiliza-se a análise da situação de saúde em que o objetivo é a identificação e estratificação de riscos em grupos individuais expostos a determinados fatores e condições que os colocam em situação de prioridade para a dispensação de cuidados de saúde, sejam eles preventivos, promocionais ou assistenciais.  
 
8: A gestão clínica dispõe de ferramentas de microgestãoque permitem integrar verticalmente os pontos de atenção e conformar a RAS. Quais são as ferramentas? 
As ferramentas de microgestão partem das tecnologias-mãe, as diretrizes clínicas, para, a partir delas, desenhar a RAS e ofertar outras ferramentas como a gestão da condição de saúde, gestão de casos, auditoria clínica e as listas de espera. 
Diretrizes clínicas - entendidas como recomendações que orientam decisões assistenciais, de prevenção e promoção, como de organização de serviços para condições de saúde de relevância sanitária, elaboradas a partir da compreensão ampliada do processo saúde-doença, com foco na integralidade, incorporando as melhores evidências da clínica, da saúde coletiva, da gestão em saúde e da produção de autonomia.

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