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Analises Financeiras Aula 01 A ORNANIZAÇÃO EMPRESARIAL, CONCORRÊNCIA E CONTINUIDADE. Uma organização empresarial pode ser visualizada como um sistema de transformação de recursos em produtos e serviços, composto de diversos processos menores, interdependentes, que são suas atividades, interagindo com os mercados (a sociedade). Aula 02 A tomada de decisão envolve uma situação problema onde o agente se depara com várias alternativas viáveis. Parte da tarefa do tomador da decisão é reunir o maior número possível de informações e dados no contexto dessas alternativas e organizá-las. TÉCNICAS E MODELOS DE ANÁLISE FINANCEIRA A Análise dos Demonstrativos Contábeis compõe um importante segmento da Análise Fundamentalista. O fundamento teórico desta escola repousa na tese de que existe uma correlação lógica entre o valor intrínseco de um ativo de mercado e seu preço de negociação. Dos Demonstrativos Contábeis Padronizados (obrigatórios) levantados por uma organização empresarial, podem ser extraídas informações a respeito da posição econômica e financeira de uma organização. As principais técnicas de análise de balanços são apresentadas a seguir, e seus detalhamentos serão desenvolvidos ao longo das aulas posteriores. Procuram relacionar elementos afins das demonstrações contábeis de forma a melhor extrair conclusões sobre a situação da empresa. Existem diversos índices úteis para o processo de análise, sendo metodologicamente classificados nos seguintes grupos: liquidez, operacional, rentabilidade, endividamento e estrutura, análise de ações e geração de valor. Visando a uma comparação entre empresas que operam no mesmo setor, é possível ainda obter-se, em revistas especializadas, indicadores de empresas concorrentes e padrões do setor de atividade e do mercado. A análise vertical objetiva comparar os elementos patrimoniais e de resultado dentro de um mesmo período relativamente a um item de referência, sendo a complementação da análise horizontal. Essa análise permite conhecer a estrutura financeira e econômica da empresa, a participação relativa de cada elemento patrimonial e dos resultados. Por exemplo, qual a percentual do lucro líquido em relação às vendas; qual o percentual de obrigações de curto e de longo prazo em relação ao passivo total etc. Não obstante a aplicação e a grande importância dessas técnicas, suas utilização prática têm sofrido alguns desgastes em razão, principalmente, das características do sistema de apuração do lucro no Brasil, do tratamento adotado pela contabilidade legal em ambientes inflacionários e das bruscas e constantes modificações verificadas na economia. Identifica a evolução dos diversos elementos patrimoniais e de resultados ao longo do tempo. É uma análise temporal do crescimento ou encolhimento da organização, que permite avaliar: • a evolução dos resultados obtidos nas vendas, nos seus custos e nas despesas incorridas; • a evolução dos investimentos efetuados nos diversos ativos, suas fontes de financiamento; • a evolução das obrigações próprias e de terceiros etc., com o decorrer do tempo. Constitui-se em importante instrumento de análise de balanços, sendo desenvolvido pela decomposição dos elementos que exercem influência nos índices. A elaboração de um diagrama de índices é mais adotada quando se estuda a rentabilidade da empresa, sendo o modelo ROI (Retomo sobre o Investimento Operacional) amplamente conhecido pelos analistas. AULA 03 ELEMENTOS DO SUBSISTEMA PATRIMONIAL ELEMENTOS DO SUBSISTEMA PATRIMONIAL Os elementos de Patrimônio podem, também, serem chamados de elementos de Balanço, pois o demonstrativo contábil Balanço Patrimonial corresponde à síntese da posição econômica e financeira de uma organização, obtida pela apuração do saldo das contas componentes do sistema patrimonial num determinado momento. Analise o diagrama complementar que demonstra as relações do dos elementos patrimoniais com o mercado e os respectivos fluxos financeiros incorridos por uma organização empresarial. O subsistema de resultado é composto pelos elementos da dinâmica patrimonial. Ou seja, registram as eventos resultantes das atividades da organização. OUTROS DEMONSTRATIVOS Apresenta as movimentações ocorridas na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, legalmente obrigatória por todas as sociedades, devendo apresentar o saldo da referida conta no final do exercício anterior, suas movimentações e o saldo no final do período levantado (ver exemplo no Capítulo 6 da bibliografia básica). Esta Demonstração incorpora a DLPA na sua estrutura, pois é mais abrangente, evidenciando todas as transações que afetaram o Patrimônio Líquido, inclusive Lucros ou Prejuízos Acumulados, podendo a sociedade optar pela sua publicação ou não. No caso de publicá-la, a DLPA é substituída pela DMPL (a estrutura deste demonstrativo é apresentada no Capitulo 6 da bibliografia básica). Este demonstrativo evidencia os fluxos de caixa gerados pela organização. Na verdade, considera-se caixa um subgrupo de ativos de alta liquidez (capacidade de ser rapidamente transformado em dinheiro), chamado de Disponível, que envolve o Caixa, Bancos Conta Movimento e Aplicações Financeiras de Curtíssimo Prazo (até três meses de para realização, normalmente utilizados para maximizar a eficiência de recursos que não vão ser utilizados imediatamente). Sua elaboração parte de dois métodos, direto e indireto. A função dele é demonstrar os fluxos gerados nas atividades operacionais, nas atividades de financiamento e de investimento. O método direto parte dos registros geradores de fluxo de caixa. Apresenta-se abaixo os modelos utilizados nos dois métodos. Esse demonstrativo é obrigatório, pois evidencia os critérios e métodos adotados na elaboração dos demonstrativos contábeis, bem como outros quadros analíticos e demonstrativos complementares e necessários ao pleno entendimento dos demonstrativos no seu todo (o capítulo 6 da bibliografia complementa outros detalhes sobre esta peça contábil). Esta peça inclui planos de investimento, objetivos da administração, projetos de expansão, programas, políticas e estratégias institucionais, quadros analíticos de desempenho e projeções individuais e setoriais, e outros aspectos relevantes que ajudem na avaliação. Esta peça tem a função de aumentar a fidedignidade e consequente credibilidade dos demonstrativos contábeis publicados, sendo obrigatória para as companhias abertas, seguradoras e instituições financeiras. Antes da publicação, auditores independentes, certificados pela CVM, examinam os demonstrativos a serem publicados e dão parecer sobre o seu conteúdo e adequação aos princípios contábeis vigentes, bem como se a situação econômica e financeira expressa a realidade evidenciada nos demonstrativos. Pode-se dizer que a DVA expressa os valores que a entidade agregou e distribuiu à comunidade em que está inserida - é como se fosse o PIB da organização. Tem como base as informações do DRE e as especificações das receitas sobre suas diversas formas - insumos, depreciações, outros gastos e impostos etc., discriminados sob a forma de recursos distribuídos ao meio social: salários, impostos, juros, dividendos distribuídos, alugueres, lucros retidos etc. (o capítulo 6 da bibliografia contém estudos que complementam o assunto). AULA 04 ANALISE HORIZONTAL A análise horizontal compara valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais, sendo um processo de análise evolutiva temporal, desenvolvido por meio de números índices, e seus cálculos processados de acordo com a expressão a seguir. Aula 05 Analise vertical Esta técnica, também é um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma contaou um grupo de contas com um valor de referência identificado no mesmo demonstrativo. Com os valores dispostos da forma vertical, pode-se apurar facilmente a participação relativa de cada item contábil no ativo, no passivo ou na demonstração de resultados, e sua evolução no tempo. O Ativo Circulante vem aumentando sua participação em relação ao Ativo Total, o que pode demonstrar aumento de atividade de produção, com incremento de estoques, direitos a receber das vendas e necessidade de mais recursos disponíveis pelo aumento das atividades. Em contrapartida, o Ativo Não Circulante vem reduzindo sua participação em relação ao Ativo Total. Não obstante, estes aspectos devem ser confrontados com outros demonstrativos. O Passivo Circulante vem aumentando sua participação em relação ao Passivo Total, provavelmente pelos mesmos motivos que causaram as variações do Ativo (há relações de causa e efeito nos demonstrativos). Ou seja, o aumento de atividade requer aumento no endividamento de curto prazo (fornecedores, salários, tributos a pagar etc.). Por outro lado, o Passivo Não Circulante vem reduzindo sua participação em relação ao Passivo Total, o que pode ser evidenciado pela redução do Ativo Não Circulante, ou seja, há aumento de atividade, entretanto, não houve investimentos no imobilizado que normalmente são obtidos através de passivos de longo prazo (Não Circulantes). O PL sofreu um incremento de X2 para X3, provavelmente pelos mesmos motivos acima expostos, com aumento da lucratividade, entretanto, houve uma pequena redução na participação do PL em relação ao Passivo Total de X2 para X3. Desta forma, no período X0 a Receita Líquida equivale a 100%, o Custo dos Produtos Vendidos, a 53,4% da Receita Líquida, ou seja, (R$482 / R$902) x 100 = 53,4%, o Lucro Bruto a 46,5%, ou seja, (R$420 / R$902) x 100 = 46,6%, da Receita Líquida, as Despesas Operacionais a 24,4%, ou seja, (R$220 / R$902) x 100 = 24,4%, da Receita Líquida, o Lucro Antes do IR/CSSL a 22,2% da Receita Líquida, ou seja, (R$200 / R$902) x 100 = 22,2%, o IRPJ/CSSL a 6,7%, ou seja, (R$60 / R$902) x 100 = 6,7%, da Receita Líquida e o Lucro Líquido a 15,5%, ou seja, (R$140 / R$902) x 100 = 15,5%, da Receita Líquida (100%). Nos períodos subsequentes, segue-se a mesma metodologia de cálculo, obtendo-se o Custo do Produto Vendido de 56,4% e 66,4%, respectivamente, em relação a R$1.100 e R$1.250 de Receita Líquida, Lucro Bruto de 43,6% e 33,6%, Despesas Operacionais de 23,6% e 23,2%, Lucro Antes do IR/CSSL de 20% e 10,4%, IRPJ/CSSL de 6% e 3,1% e Lucro Líquido de 14% e 7,3%, respectivamente, em relação a X2 e X3. Aula 06 Analise de índices A análise de índices envolve métodos de cálculo e interpretação de indicadores financeiros, visando analisar e acompanhar o desempenho de uma organização empresarial. Os insumos básicos dessa análise são os demonstrativos contábeis de resultados e o balanço patrimonial. A análise de índices a partir das demonstrações contábeis é um importante recurso para os acionistas, analistas de mercado, credores, gestores, diretores e conselhos administrativos da própria empresa, órgãos de controle governamental, pesquisadores, imprensa e todos os atores do mercado que tenham interesse no desempenho da organização. • O corte transversal envolve a comparação de índices financeiros de diferentes organizações no mesmo período. Os analistas, geralmente, têm interesse no desempenho de uma organização em relação a outras de seu setor.Com frequência, as entidades comparam os valores de seus índices aos de seus principais concorrentes ou de um grupo de concorrentes mais representativos (benchmarking) ou à média do setor. A comparação de médias setoriais também é um procedimento comum. Os dados podem ser encontrados em fontes como internet, revistas especializadas, jornais, publicações de órgãos setoriais, órgãos de estatística ou controle do governo, bolsas de valores etc. • A análise de séries temporais avalia o desempenho com o passar do tempo. A comparação entre desempenho corrente e desempenho passado, utilizando índices financeiros, permite aos analistas avaliar o progresso alcançado pela organização. O surgimento de tendências pode ser detectado comparando-se o desempenho de vários anos. Tal como ocorre na análise em cortes transversais, qualquer variação significativa de um ano para outro pode ser sintoma de um problema sério. Analise combinada: Um dos aspectos mais relevantes da análise de índices combina o corte transversal com o de séries temporais. Uma visão combinada permite avaliar a tendência do comportamento de um índice em relação à tendência observada no setor. CATEGORIAS DE ÍNDICES FINANCEIROS Os índices financeiros podem ser divididos, por uma questão de conveniência, em cinco categorias básicas: • liquidez; • atividade; • endividamento; • rentabilidade; • valor de mercado. Os índices de liquidez, atividade e endividamento medem risco e liquidez do empreendimento; os de rentabilidade medem retorno; os de valor de mercado capturam tanto o risco como o retorno. Os dados necessários para a realização de uma análise financeira adequada incluem, no mínimo, a demonstração de resultado do exercício e o balanço patrimonial. A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de cumprir as obrigações de curto prazo, à medida que vencem. Corresponde à solvência da posição financeira geral da empresa - a facilidade com que pode pagar suas contas. Como uma liquidez baixa ou declinante é um precursor comum de dificuldades financeiras e falência, esses índices são vistos como bons indicadores de problemas de fluxo de caixa. As duas medidas básicas de liquidez são o índice de liquidez corrente e o índice de liquidez seca. Aula 07 Índices de atividades No que se refere a contas de ativo ou passivo circulante, as medidas de liquidez são geralmente inadequadas, porque as diferenças na composição dos ativos e passivos circulantes de uma empresa podem afetar significativamente sua liquidez 'verdadeira'. Assim, é importante ir além das medidas de liquidez geral e aferir a atividade (liquidez) de contas específicas. Há diferentes índices disponíveis para medir a atividade das contas circulantes mais importantes, incluindo estoques, contas a receber e contas a pagar. Também é possível medir a eficiência com a qual os ativos totais são usados. ÍNDICES DE ATIVIDADE - GIRO DE ESTOQUES Isso significa que os estoques se renovam 36 vezes durante o prazo de 1 ano. Esse giro resultante só tem algum significado, quando comparado ao de outras empresas pertencentes ao mesmo setor ou, então, ao valor passado do giro de estoques da própria empresa. O giro de 36 não seria incomum para produtos de alta rotatividade, como bens de primeira necessidade vendidos em um supermercado, por exemplo. De outra forma, um fabricante de aeronaves poderia ter seu giro de estoques bem mais baixo, pois sua rotatividade e ciclo operacional são muito diferentes de um supermercado. No empreendimento citado a situação a Idade Média dos Estoques seria de 10 dias (360/36). Esse valor pode, também, ser considerado equivalente ao número médio de dias durante os quais um item permanece no estoque. Este indicador é bastante utilizado para estimar ponto de compra e outros aspectos relacionados à logística e à produção. Caso consideremos as Vendas Anuais de uma indústria de R$900.000 e Contas a Receber de R$112.500, pode-se obter o valor do Prazo Médio de Recebimento da seguinte forma: PMR = R$112.500 / (R$900.000 / 360) = 45 dias. Neste caso, supondo-se que a organização mantenha política de crédito aos Clientes com prazos de 30 dias, o PMR = 45 dias indica que os clientes estão atrasando, em média, 15 dias os seus compromissos, podendo, ainda, haver ineficiência do sistemade cobrança ou, afinal, as duas alternativas podem ser responsáveis por esse atraso. Entretanto, se a empresa concede, em média, 60 dias de prazo para seus Clientes, isto significa que os compromissos estão sendo saldados antecipadamente. Outro uso bastante difundido é na gestão de caixa, para balizar o ciclo de caixa operacional e encaixe entre pagamentos e recebimentos. Caso uma indústria tenha Fornecedores de R$65.000 e Compras Anuais de R$450.000, o Prazo Médio de Recebimento seria: PMP = R$65.000 / (R$450.000/360) = 52 dias. Isto significa que a empresa goza de prazos médios dos seus fornecedores de 52 dias. Em geral, este índice é do interesse dos gestores financeiros para balizar o ciclo de caixa operacional e os encaixes de pagamentos e recebimentos, bem como de fornecedores de produtos e serviços, a fim de estabelecer padrões de crédito em novos mercados. ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO Os índices de endividamento de uma empresa indicam o volume de dinheiro de terceiros usado para gerar lucros. ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO - ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL O índice de endividamento geral mede a proporção dos ativos totais financiada pelos credores da empresa (Capital de Terceiros). Quanto mais alto o valor desse índice, maior o volume relativo de capital de outros investidores usado para gerar lucros na empresa. Observe como esse índice é calculado. Quanto mais alto o valor desse índice, maior é o grau de endividamento da organização e mais elevado é seu grau de risco e alavancagem. Tome como exemplo uma organização cujo Capital de Terceiros é de R$650.000 e o Total do Ativo seja de R$1.500.000. Obteremos: (R$650/R$1.500)*100 = 43,3%, o que significa que 43,3% do Ativo Total é financiado por Capital de Terceiros. ÍNDICES DE RENTABILIDADE Existem inúmeras medições da rentabilidade. Como grupo, essas medições permitem ao analista avaliar os lucros da empresa em relação a certo nível de vendas, a certo nível de ativos ou ao volume de capital investido pelos proprietários. Sem lucros, uma empresa não poderia atrair capital externo. Os proprietários, credores e administradores preocupam-se muito com o aumento do lucro, pois isso é visto como um dos fundamentos de qualquer empreendimento no mercado. Aula 08 ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO A administração do capital de giro abrange a administração das contas circulantes da empresa, incluindo ativos e passivos circulantes. O objetivo da administração do capital de giro é gerir cada um dos ativos e passivos circulantes da empresa, de tal forma que o nível aceitável do capital circulante líquido seja mantido, com enfoque sobre caixa, títulos negociáveis, duplicatas a receber e estoques. Pelo lado dos passivos circulantes, serão enfocadas as duplicatas a pagar, os títulos a pagar, fontes de financiamento e despesas provisionadas a pagar. CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO É a diferença entre ativos e passivos circulantes da empresa. CCL = AC + PC CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Graficamente o CCL pode ser representado como mostrado a seguir. Observe. CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO É a porção dos ativos circulantes de uma empresa financiada com fundos de longo prazo (supondo-se AC > PC). CCL = (PELP + PL) – (ARLP + AP) CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO • Capital de Giro - O mesmo que ativo circulante • Capital de Giro Líquido – O mesmo que CCL CONCILIAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO Existe uma relação entre o retorno e o risco de uma empresa O lucro de uma empresa pode ser aumentado de dois modos: 1. Por meio de um número maior de receitas. 2. Por meio da redução dos custos. CONCILIAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO O lucro pode ser aumentado investindo-se em ativos mais rentáveis, que possam gerar níveis mais elevados de receitas. É fundamental compreender como o lucro é aumentado e reduzido, para se ter uma ideia da relação entre retorno e risco. Os custos podem ser reduzidos pagando-se menos por um item ou serviço, ou usando-se os recursos existentes de maneira mais eficiente. Um das formas mais eficientes de mensurar o risco de insolvência técnica é através do CCL ou do Índice de liquidez corrente. CONCILIAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO 1ª Suposição básica nas considerações sobre risco e retorno CONCILIAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO 2ª Suposição básica nas considerações sobre risco e retorno CONCILIAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO 3ª Suposição básica nas considerações sobre risco e retorno CONCILIAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO 4ª Suposição básica nas considerações sobre risco e retorno CONCILIAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO 5ª Suposição básica nas considerações sobre risco e retorno Conheça esses efeitos e veja sua representação. CONCILIAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO Suposições básicas nas considerações sobre risco e retorno – Exemplo 1 EMPRESA XYZ O índice AC/AT aumentou em função do aumento do AC em relação ao ativo total. No entanto, AP também aumentou. O retorno aumentou em função do aumento do AP, que é mais rentável (20%) que o AC (5%). Observe que 20% de 35.000 é muito mais significativo que 5% de 15.000, daí o crescimento do retorno do ativo. Se o AT permanecesse o mesmo, o retorno se reduziria, pois isto significaria a substituição de parcela do RLP e AP por AC, o que aumentaria a participação do AC em relação ao AT , sendo que o AC é menos rentável que o RLP e AP. O CCL diminuiu demonstrando um aumento no risco da empresa. O índice PC/AT aumentou, o que demonstra o aumento da participação do PC em relação ao AT. No entanto, o PELP e o PL também aumentaram. O custo aumentou em função do aumento do PC, do ELP e do PL. No entanto, apesar do aumento global dos custos da estrutura do Passivo, a lucratividade aumentou, o que demonstra uma compensação das aplicações de recursos na estrutura do Ativo. CONCILIAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO Suposições básicas nas considerações sobre risco e retorno – Exemplo 2 EMPRESA ALPHA O índice AC/AT diminuiu em função da redução do AC em relação ao ativo total. O AP aumentou, tornando mais representativa a redução do AC/AT. O retorno aumentou em função do aumento do AP, que é mais rentável (30%) que o AC (5%). Observe que 30% de 50.000 de aumento no AP, associado a 5% de 10.000 de redução no AC, impacta no crescimento do retorno do Ativo. Se o AT permanecesse o mesmo, o retorno também aumentaria, tendo em vista que o AC é menos rentável que os outros grupos do Ativo e este reduziria a sua participação no AT, com a substituição de parcela AC por RLP e AP, o que reduziria a participação do AC em relação ao AT. O CCL diminuiu demonstrando um aumento no risco da empresa. O índice PC/AT aumentou, o que demonstra o aumento da participação do PC em relação ao AT. No entanto, o PELP também aumentou. O custo total do Passivo aumentou em função do aumento do PC e do ELP. Se Passivo Total não variasse, um aumento do PC, que é mais barato, implicaria em redução do custo do Passivo, pois os Passivos de longo prazo são mais caros e estes teriam sua participação no Passivo Total reduzida. No entanto, houve um aumento global dos custos da estrutura do Passivo, em função do alto custo do ELP (12% x 20.000) em relação ao PC (2% x 10.000), em contrapartida ao aumento da lucratividade, demonstrando-se a compensação das aplicações de recursos na estrutura do Ativo. AULA 09 Uma das decisões mais importantes a ser tomada com respeito aos ativos circulantes e passivos circulantes da empresa é como utilizar os passivos circulantes para financiar os ativos circulantes. ESTRATÉGIAS DE FINANCIAMENTO Progressiva ou Agressiva (alto risco/alto custo) Requer que a empresa financie suas necessidades imediatas com recursos a curto prazo e suas necessidades de longo prazo com recursos de longo prazo. As variações sazonais nas necessidades derecursos da empresa são cobertas com origem de recursos de curto prazo, enquanto as necessidades de financiamento permanente são cobertas com origens de recursos de longo prazo. Observe, na tabela, um exemplo de projeção das necessidades de capital de giro de uma empresa numa estratégia progressiva ou agressiva de financiamento. Conservadora (baixo risco/baixo lucro) Nesta estratégia para composição de financiamento, as necessidades projetadas serão financiadas com recursos de longo prazo. Os recursos de curto prazo serão usadas no caso de uma emergência ou de uma saída inesperada de recursos. Não é muito utilizada, pois fica com um nível muito alto de circulantes, o que pode levar à ociosidade. Observe, na tabela, um exemplo de projeção das necessidades de capital de giro de uma empresa numa estratégia conservadora de financiamento. Mista A maioria das empresas usa uma técnica de financiamento que está entre a técnica agressiva, caracterizada por alto lucro - alto risco, e a técnica conservadora, com baixo lucro - baixo risco, dependendo, no entanto, de quem toma atitude ou decisões a respeito. Observe, na tabela, um exemplo de projeção das necessidades de capital de giro de uma empresa numa estratégia mista de financiamento. ADMINISTRAÇÃO DE DISPONIBILIDADES A administração de Disponibilidades constitui-se numa das áreas-chave da gestão do Capital de Giro das empresas, uma vez que esses ativos são os mais líquidos das empresas, possibilitando o cumprimento das obrigações dentro dos prazos de vencimento, além de constituírem um agregado de recursos disponíveis para cobertura de desembolsos inesperados, garantindo a manutenção do nível de liquidez das empresas. DISPONIBILIDADES De um lado, os recursos contidos no Caixa e Bancos, representados por dinheiro (papel-moeda e moeda metálica) em espécie, bem como os saldos das contas correntes bancárias, movimentáveis à vista contra emissão de cheques e saques autorizados. De outro lado, os títulos negociáveis a curtíssimo prazo, adquiridos pela empresa para obter retorno sobre fundos temporariamente ociosos. ESTRATÉGIAS BÁSICAS PARA BOA GESTÃO DAS DISPONIBILIDADES 1- Retardar tanto quanto possível, o pagamento dos compromissos. 2- Maior eficiência na gestão dos Estoques/produção. 3- Antecipar o recebimento dos direitos. Conceitos que você precisa conhecer. CICLO DE CAIXA: É o período de tempo que vai do desembolso para a aquisição de matéria- prima até o efetivo recebimento do dinheiro da venda de produtos acabados. GIRO DE CAIXA: CAIXA MINIMO OPERACIONAL: O objetivo do CMO é a manutenção de um nível mínimo de disponibilidades, para saldar as obrigações na data do vencimento e possibilitar a cobertura de dispêndios inesperados, caso não haja encaixe entre pagamentos e recebimentos. Para manter as disponibilidades, a empresa deixa de amortizar dívidas ou investir em outros ativos, daí a importância desse nível ser mínimo, a fim de se manter uma boa eficiência dos recursos da empresa. MÉTODOS PARA MANTER O NÍVEL ÓTIMO DO CMO Programar pagamentos e recebimentos (esperados/inesperados) =>ENCAIXE DE P/R. Manter percentual sobre vendas. TITULOS NEGOCIAVEIS: O principal objetivo das aplicações em títulos negociáveis de curtíssimo prazo é a otimização dos recursos ociosos. Entretanto, deve-se buscar o encaixe entre o vencimento das aplicações e o vencimento das obrigações, já que o saque prematuro poderá redundar em perda dos rendimentos sobre as aplicações. Aula 10 Duplicatas a receber representam a concessão de crédito a seus clientes. Juntos esses ativos representam parcela significativa do ativo circulante total das empresas industriais. O administrador costuma ter controle sobre as duplicatas a receber, controlando- as e agindo como conselheiro em assuntos relativos a estoques, estes sob controle direto do gestor da produção. Política de Crédito: Estabelece os parâmetros para concessão de crédito e o montante deste. Preocupação da Empresa: Com o estabelecimento de padrões de crédito e com a aplicação correta desses à tomada de decisão da empresa. O que é necessário desenvolver: Fontes adequadas de informação sobre crédito e análise metódica de crédito. São os critérios mínimos para a concessão de crédito a um cliente. PADRÕES DE CRÉDITO Certas questões como classificação de créditos, períodos médios e determinados índices financeiros fornecem uma base quantitativa para o estabelecimento e cumprimento dos padrões de crédito. Entretanto, a qualidade restritiva ou não restritiva da política global da empresa é que aparece como a principal variável na tomada de decisão sobre os padrões de crédito. As principais variáveis a serem consideradas na avaliação dos padrões de crédito são: 1- Volume de Vendas 2- Investimentos em Duplicatas a Receber 3- Perdas com Inadimplentes Volume de Vendas : Padrões de créditos mais frouxos => aumento nas Vendas. Padrões de crédito mais rígidos => redução de Vendas. Investimento em Duplicatas a Receber: Há custos referente à manutenção de duplicatas. Quanto mais duplicatas maior será o custo de mantê-las. Perdas com inadimplentes Outra variável que é afetada por mudanças nos padrões de crédito é a perda com inadimplências. Investimento em Duplicatas a Receber Quando há menos rigidez na concessão de crédito, o nível de duplicatas cresce e, com isto, os custos administrativos e de oportunidade. Caso haja arrocho nos critérios concessivos de crédito, o nível de duplicatas decresce, reduzindo os custos administrativos e de oportunidade. As alterações no nível de duplicatas a receber, relativamente às mudanças nos padrões de crédito, têm como consequência dois fatos: • mudança na atividade de vendas • mudança na atividade de cobrança Maiores vendas resultam em maior saldo médio de duplicatas a receber. Condições de crédito mais frouxas resultam em clientes menos confiáveis, que provavelmente retardarão os pagamentos. Quando há arrocho nos padrões de crédito, ao contrário, estes serão concedidos a clientes mais confiáveis, contudo haverá redução no nível de vendas e, por conseguinte, um menor saldo médio no volume de duplicatas a receber. Perdas com inadimplentes A probabilidade de um devedor tornar-se inadimplente aumenta quando os padrões de crédito tornam-se menos restritivos (+ frouxos), ou seja, o crédito é dado a clientes teoricamente menos qualificados, cuja certeza sobre a liquidação das dívidas com a empresa no prazo acordado é menor (+ risco). Quando esses padrões tornam-se mais restritivos, reduz-se a probabilidade de inadimplência (- risco), pois, teoricamente, esses clientes são mais confiáveis (qualificados) quanto à certeza dos pagamentos na data acordada. Observe o quadro resumo das variáveis consideradas na avaliação dos padrões de crédito. DETERMINAÇÃO DO VALOR DAS VARIÁVEIS Vamos analisar um exemplo prático de uso dos padrões de crédito. Suponha que, na Cia XYZ, seu produto seja vendido por R$ 10,00 a unidade. No último ano as vendas a prazo totalizaram 60.000 unidades. O custo variável por unidade é R$ 6,00 e o custo total por unidade é R$ 8,00. A diferença - R$ 2,00 - entre custos representa o custo fixo por unidade. A empresa pretende afrouxar seus padrões de crédito, esperando-se um aumento de 5% nas vendas, um aumento dos custos com inadimplências de 1% para 2% sobre as vendas e um aumento do Período Médio de Cobrança de 30 para 45 dias. O retorno exigido pela empresa é de 15%. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ADICIONAL CF = R$ (8 - 6) x 60.000 = R$ 120.000,00 (não variam com o volume de vendas). Vendas: Atuais = 60.000 Previstas = 60.000 x 1,05 = 63.000 Margem de Contribuição = R$ (10 - 6) x 3.000 = R$ 12.000,00 CÁLCULO DO CUSTO DO INVESTIMENTO MARGINAL EM DUPLICATAS A RECEBER É calculado pela diferençaentre o custo de manter as duplicatas antes e após a introdução dos padrões de crédito mais liberais (mais frouxos). DETERMINAÇÃO DO VALOR DAS VARIÁVEIS CÁLCULO DO CUSTO DA INADIMPLÊNCIA MARGINAL AVALIAÇÃO Para decidir se a empresa deve adotar os novos padrões de concessão de crédito (+ frouxos) é preciso comparar a margem de contribuição adicional (R$ 12.000,00) com a soma dos custos do investimento marginal em duplicatas a receber e dos custos previstos por inadimplência. Se a margem de contribuição adicional exceder os custos marginais, os padrões de crédito devem ser afrouxados, em caso contrário, devem ser mantidos os atuais. Observe o quadro resumo dos cálculos. ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES Os estoques são os ativos que permitem a manutenção do processo "produção-venda", sendo a base para execução da atividade fim da empresa, devendo-se manter o sincronismo entre matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados para que a empresa mantenha a dinâmica do seu ciclo operacional. Os estoques representam um investimento significativo por parte da maioria das empresas. Girar os estoques rapidamente é uma forma de minimizar os investimentos, já que a frequência de cobertura dos dispêndios em estoques com as vendas aumentará. Entretanto, muitas vezes, a decisão de manter um nível de estoques suficiente, conflita com os objetivos financeiros. Assim, a empresa precisa manter um nível ótimo de estoques que minimize as faltas e que concilie com os objetivos financeiros. Características básicas dos estoques . Tipos de estoques - Matéria-prima - Produtos em processamento - Produtos acabados . Pontos de vistas funcionais em relação aos níveis de estoques Conheça os pontos de vista funcionais de diferentes áreas da empresa em relação à administração dos estoques. • Gestão financeira: A função básica da gestão financeira é manter os fluxos de caixa da empresa. Desta forma, precisa-se controlar os níveis de estoques de todos os ativos em função desse objetivo global, certificando-se que a empresa está investindo seus fundos corretamente. Em geral, o gestor financeiro dispõe-se a manter um baixo nível de estoques, minimizando a aplicação de recursos nesses ativos. • Marketing: O departamento de Marketing está preocupado com o nível de estoques de produtos acabados. Isso assegura o atendimento de todas as vendas e evita a perda ou o cancelamento de vendas por falta de estoques. • Produção: O departamento de produção preocupa-se com o nível de estoques de matérias-primas e produtos em processamento. Suas ações em relação a esses estoques afetam diretamente o nível de produtos acabados. A preocupação desse departamento é com a implementação do plano da produção, resultando num nível adequado de produtos acabados. Essa ótica exige, por parte do setor, uma visão de elevado nível de estoques de matérias-primas, a fim de evitar atrasos na produção, mantendo, assim, grandes estoques de produtos acabados e minimizando custos pela produção de grandes lotes, reduzindo o custo unitário do produto. • Compras: A única preocupação do departamento de compras é com os estoques de matérias-primas. A responsabilidade do setor é assegurar que esses materiais estejam à disposição em quantidade e qualidade, no momento requisitado pela produção, a baixo custo. Vamos analisar um exemplo prático de plano de administração de estoque. RELAÇÃO ENTRE O NÍVEL DE ESTOQUE E OS INVESTIMENTOS EM ESTOQUES Suponha que uma empresa está aumentando seus lotes de produção, a fim de reduzir os custos de preparação das máquinas. Com a implantação do novo plano de produção estima-se uma economia de R$ 20.000,00. Atualmente, a idade média dos estoques é de 60 dias e, com a implantação, a idade média dos estoques passará a 90 dias. Não se esperam alterações no volume de vendas cujo CPV, atualmente, é de R$ 1.200.000,00. A empresa exige um retorno de 25% sobre os investimentos de nível de risco semelhante. Veja os detalhes do cálculo. O giro mais lento dos estoques no novo sistema é devido ao fato da produção operar maiores lotes, devendo-se suprir maiores quantidades de matéria-prima ao mesmo tempo em que as quantidades de produtos em processo e produtos acabados também aumentam. Esse giro mais lento dos estoques resultará em maiores investimentos do que os investimentos exigidos no plano atual. Assim, o investimento marginal é de R$100.000,00, sendo que 25% desse montante será R$25.000,00. Comparando-se o custo anual de R$25.000,00 com a economia de custos de R$20.000,00, obtida com a redução dos custos de preparação, observa-se que o plano proposto deve ser rejeitado, já que acarretará um prejuízo líquido anual de R$5.000,00. RELAÇÃO ENTRE ESTOQUE E DUPLICATAS A RECEBER O nível dos estoques e das duplicatas a receber são intimamente relacionados. Nas empresas industriais, quando um item é vendido, esse move-se do Estoque de Produtos Acabados para D/R e, posteriormente, para o Caixa ou Bancos. Por força da íntima relação entre esses ativos circulantes, a função de administrar Estoques e D/R não são consideradas independentes. Por exemplo, a decisão de conceder crédito a um determinado cliente poderá resultar em maior nível de Vendas, que só pode ser patrocinada pelos níveis mais elevados dos Estoques e D/R. As condições para a concessão de crédito também afetarão os investimentos nesses itens, uma vez que se a empresa adotar uma estratégia que facilite as condições de crédito, aumentará também a transformação dos itens do estoque em duplicatas. Geralmente, há vantagem para a adoção de tal procedimento, pois o custo de manutenção de um item no Estoque inclui, além do retorno exigido sobre o investimento, os custos de armazenagem, manutenção, seguro etc., enquanto as duplicatas só levam no seu bojo os custos do investimento e os riscos embutidos no financiamento. Assim, os custos para se manter duplicatas são muito mais compensadores que os de manter estoques. RELAÇÃO ENTRE ESTOQUE E DUPLICATAS A RECEBER Uma Cia. estima que o custo anual de manutenção dos seus Estoques é de 25%, enquanto o de financiar e manter D/R é de 15%. A empresa, atualmente, mantém estoques médios de R$300.000,00 e um investimento médio em D/R de R$200.000,00. A empresa acredita que, alterando as condições de crédito, possa levar seus clientes a comprar maiores quantidades, reduzindo o estoque médio para R$150.000,00 e aumentando seu investimento médio em D/R para R$350.000,00. As condições de crédito não gerarão novos negócios, entretanto provocarão alterações nos padrões de compra e pagamento. Veja os detalhes deste cálculo Transferindo R$150.000,00 dos Estoques para Duplicatas a Receber a Cia. pode baixar seus custos de R$105.000,00 para R$90.000,00, refletindo na adição de R$15.000,00 aos lucros, sem reduzir o montante médio investido em Estoques e D/R do seu total de R$500.000,00. Fim
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