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1 Este material é parte integrante do curso online "Administração e Organização dos Serviços Pediátricos e Neonatais" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Com certificado online 60 horas Atualização Em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa Crisângela Santos de Melo Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 1 Este material é parte integrante do curso online "Administração e Organização dos Serviços Pediátricos e Neonatais" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Atualização em Enfermagem - Terapêutica Medicamentosa Crisângela Santos de Melo 60 horas Com certificado online SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 5 CONCEITOS ....................................................................................................................... 6 2.1 CONCEITOS GERAIS ............................................................................................... 6 2.2 CONCEITOS SOBRE DOSAGEM ............................................................................ 7 LEGISLAÇÃO DIANTE DA TERAPIA MEDICAMENTOSA .................................... 8 3.1 DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ...................................................................... 8 3.2 DAS RESPONSABILIDADES ................................................................................... 8 3.3 DOS DEVERES .......................................................................................................... 9 3.4 DAS PROIBIÇÕES ..................................................................................................... 9 FARMACODINÂMICA ................................................................................................... 10 FARMACOCINÉTICA .................................................................................................... 12 5.1 CONCEITO ............................................................................................................... 12 5.2 FASES DA FARMACOCINÉTICA ......................................................................... 12 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS ....................................... 14 6.1 SÓLIDO .................................................................................................................... 14 6.2 LIQUÍDO .................................................................................................................. 15 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ............................................... 16 7.1 VIA NASAL .............................................................................................................. 16 7.2 VIA OCULAR ........................................................................................................... 16 7.3 VIA ORAL ................................................................................................................ 17 7.4 VIA RETAL .............................................................................................................. 17 7.5 VIA INTRADÉRMICA ............................................................................................ 18 7.6 VIA INTRAMUSCULAR ......................................................................................... 18 7.7 VIA SUBCUTÂNEA ................................................................................................ 18 7.8 VIA ENDOVENOSA ................................................................................................ 19 GRUPOS FARMACOLÓGICOS .................................................................................... 20 8.1 ANTIBIÓTICOS ....................................................................................................... 20 8.2 ANTIPARASITÁRIOS ............................................................................................. 23 8.3 ANTI-HIPERTENSIVOS ......................................................................................... 23 8.4 ANTIMICÓTICOS .................................................................................................... 25 8.5 ANTIVIRAIS ............................................................................................................ 25 8.6 ANTIPARASITÁRIOS ............................................................................................. 26 8.7 ANTI-HISTAMÍNICOS ............................................................................................ 26 8.8 ANTICOAGULANTES ............................................................................................ 26 8.9 BRONCODILATADORES ...................................................................................... 26 8.10 ANALGÉSICOS OPIOIDES E NÃO OPIOIDES .................................................. 26 8.11 ANTICONVULSIVANTES .................................................................................... 27 8.12 ANTIPARKINSONIANO ....................................................................................... 27 8.13 ANTIDEPRESSIVOS ............................................................................................. 27 8.14 ANSIOLÍTICOS ...................................................................................................... 27 8.15 ANTIEMÉTICOS .................................................................................................... 28 8.16 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS ................................................. 28 8.17 HIPOGLICEMIANTES .......................................................................................... 28 8.18 ANTIÁCIDOS ......................................................................................................... 28 8.19 DIURÉTICOS ......................................................................................................... 28 CÁLCULO DE MEDICAÇÃO ........................................................................................ 29 9.1 UNIDADES DE MEDIDA ....................................................................................... 29 9.2 REGRA DE TRÊS .................................................................................................... 30 9.3 REGRA DE TRÊS COMPOSTA .............................................................................. 30 9.4 DILUIÇÃO ................................................................................................................ 31 9.5 REDILUIÇÃO ........................................................................................................... 31 9.6 GOTEJAMENTO ...................................................................................................... 32 9.7 CÁLCULO DE INSULINOTERAPIA ..................................................................... 33 AVALIAÇÃO ....................................................................................................................34 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 38 Unidade 1 – Introdução 5 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 01 INTRODUÇÃO Antigamente vista como algo místico, acreditava-se que as doenças eram causadas por demônios e maus espíritos. Como ciência nasceu em meados do século XIX. A farmacologia é a ciência que estuda como as substâncias químicas interagem com os sistemas biológicos. A palavra farmacologia deriva do grego e, significa: pharmakós (fármaco) e logos (estudo). Ressalva-se que toda administração de medicamentos possui um efeito, dito eficaz ou não ao paciente. Portanto, é indispensável que profissionais de saúde possuam habilidades e conhecimentos quanto toda ação dos fármacos frente ao paciente. Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 6 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 02 CONCEITOS 2.1 CONCEITOS GERAIS Fármaco (pharmacon = remédio): estrutura química conhecida; propriedade de modificar uma função fisiológica já existente. Medicamento (medicamentum = remédio): fármaco com propriedades benéficas, comprovadas por meio cientifico. Todo medicamento é um fármaco (remédio), mas nem todo fármaco (remédio) é um medicamento. Droga (drug = remédio, medicamento, droga): substância que modifica a função fisiológica com ou sem intenção benéfica. Remédio (re = novamente; medior = curar): substância animal, vegetal, mineral ou sintética; procedimento (ginástica, massagem, acupuntura, banhos); fé ou crença; influência: utilizados em benefício da saúde. Placebo (placeo = agradar): O que feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento: fármaco/medicamento/droga/remédio (em concentração pequena ou mesmo na sua ausência), a figura do médico (feiticeiro). Efeito Adverso ou Indesejado - Ação diferente do efeito planejado. Potencialização - Efeito que ocorre quando um fármaco aumenta ou prolonga a ação de outro fármaco. Efeito Colateral - Efeito imprevisível que não está relacionado à principal ação do fármaco. Fórmula farmacêutica: é o conjunto de substâncias que compõem a forma pela qual os medicamentos são apresentados e possui os seguintes componentes: princípio ativo (agente químico), o corretivo (sabor, corantes, açúcares) e o veículo (dá volume, em forma de talco, pós). Unidade 2 – Conceitos 7 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Forma farmacêutica: é a maneira física pela qual o medicamento se apresenta. Ex: lasix comprimido, Binotal suspensão.... Remédio: Todo meio usado com fim de prevenir ou de curar as doenças. Prescrição medicamentosa: é o documento ou a principal fonte de informações. Deve ser autolimitada, nela deve constar o nome do paciente, a data da prescrição, o registro e o nome do medicamento, a dose, a frequência e horário da administração e a assinatura e carimbo do profissional. Só poderá ser verbal em situação de emergência. Princípio Ativo: é a substância isolada do órgão animal ou vegetal, que contém atividade farmacológica. 2.2 CONCEITOS SOBRE DOSAGEM Posologia: É o estudo das doses de administração dos medicamentos. Dose: é uma quantidade de uma droga que quando administrada no organismo produz um efeito terapêutico. Classificam-se em: 1. Dose mínima: é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir o efeito terapêutico. 2. Dose máxima: é a maior quantidade de um medicamento capaz de reproduzir o efeito terapêutico. Se esta dose for ultrapassada ocorrerá efeitos tóxicos ao organismo doente. 3. Dose tóxica: é a quantidade de medicamento que ultrapassa a dose máxima, causando perturbações, intoxicações ao organismo, até a morte. 4. Dose Letal; é a quantidade de um medicamento que causa a MORTE. Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 8 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 03 LEGISLAÇÃO DIANTE DA TERAPIA MEDICAMENTOSA 3.1 DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Artigo 1° A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde do ser humano e da coletividade. Atua na promoção, proteção; recuperação da saúde das pessoas, respeitando os preceitos éticos e legais. Artigo 14° Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência legal. 3.2 DAS RESPONSABILIDADES Artigo 16° Assegurar ao cliente uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência e imprudência. Artigo 17° Avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro de si e para a clientela. Artigo 18° Manter-se atualizado, ampliando seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais, em benefício da clientela, coletividade e do desenvolvimento da profissão. Unidade 3 – Legislação Diante da Terapia Medicamentosa 9 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 3.3 DOS DEVERES Artigo 24° Prestar à clientela assistência de Enfermagem livre dos riscos recorrentes de imperícia. Artigo 26° Prestar adequadas informações ao cliente e família a respeito de assistência de enfermagem, possíveis benefícios, riscos e consequências possam ocorrer. Artigo 33° Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da equipe da saúde. 3.4 DAS PROIBIÇÕES Artigo 47° Ministrar medicamentos sem certificar-se da natureza das drogas que compõe e da existência de risco para o cliente. Artigo 50° Executar prescrições terapêuticas quando contrárias à segurança do cliente. Artigo 71° Cumprir as normas do Conselho Federal e Regional de Enfermagem. Um profissional da equipe de enfermagem que administra uma medicação deve conhecer bem a Legislação que regulamenta o exercício de sua profissão e as normas da instituição em que trabalha o exercício de sua profissão e as normas da instituição em que trabalha, realizando assim a medicação conforme a prescrição médica. (DOS DEVERES DISCIPLINARES). Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 10 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 04 FARMACODINÂMICA É o estudo dos mecanismos relacionados às drogas, que produzem alterações bioquímicasou fisiológicas no organismo. A interação, a nível celular, entre um medicamento e certos componentes celulares – proteínas, enzimas ou receptores-alvo, representa a ação do fármaco. A resposta decorrente dessa ação é o efeito do medicamento. (FOTO DISPONIVEL EM GOOGLE) O antagonismo: Conceitua como a Redução do efeito de um fármaco pela ação de outro. Fármacos Antagonistas – Interage com um receptor, mas não estimula, impede as ações de um agonista. Podem ser competitivos (compete com o agonista pelos sítios receptores) ou não competitivos (liga-se aos sítios receptores e bloqueia os efeitos do agonista). Unidade 4 – Farmacodinâmica 11 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Tipos de Antagonismo: Fisiológico: Dois agentes, mecanismos diferentes, exibem efeitos opostos. Ex.: Histamina – Noradrenalina Farmacológico: Concorrentes por receptores ou sobre a mesma estrutura. Ex.: Atropina – Acetilcolina Físico: Mecanismo puramente físico Ex.: Carvão Ativado – Metais (Chumbo, Ferro) Químico: Agentes reagem entre si quimicamente. Ex.: Permanganato de Potássio – Alcaloides. Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 12 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 05 FARMACOCINÉTICA 5.1 CONCEITO É o caminho que o [[medicamento]] faz no organismo. Não se trata do estudo do seu mecanismo de ação mais sim as etapas que a [[droga]] sofre desde a administração até a excreção, que são: absorção, distribuição, bio-transformação e excreção. Note também que uma vez as a droga no organismo, essas etapas ocorrem de forma simultânea. 5.2 FASES DA FARMACOCINÉTICA Droga no local de administração 1. Absorção 2. Distribuição Drogas no Plasma Drogas no Tecido Metabólitos nos Tecidos Drogas e/ou Metabólitos na Urina, Fezes e Bile 3. Metabolismo (Biotransformação) 4. Eliminação Unidade 5 – Farmacocinética 13 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). ABSORÇÃO: processo que acontece com a droga até que ela entre na circulação sistêmica. Absorção farmacológica; A absorção é a primeira etapa que começa com a escolha da via de administração até o momento que a droga entra na corrente sanguínea. Vias de administração como intravenosa e intra-arterial não passam por essa etapa, entram direto na circulação sanguínea. Existem fatores interferem nessa etapa, dentre estes temos: o pH do meio, forma farmacêutica e patologias (úlceras por exemplo), dose da droga a ser administrada, concentração da droga na circulação sistêmica, concentração da droga no local de ação, distribuição da droga organicamente, as drogas nos tecidos de distribuição e a eliminação metabolizada ou excretada. Temos ainda um fator a ser relevado que é a característica química da droga, pois esta interfere no processo de absorção. DISTRIBUIÇÃO: dispersão da droga pelo organismo (do espaço intra vascular para o extra vascular). Nesta etapa a droga é distribuída no organismo através da circulação. O processamento da droga no organismo passa em primeiramente nos órgãos de maior vascularização (como SNC, pulmão, coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos de menos irrigação (tecido adiposo, por exemplo). É nessa etapa em que a droga chega ao ponto onde vai atuar. Nessa etapa poderá ocorrer: baixa concentração de proteínas plasmáticas (necessárias para a formação da fração ligada) como desnutrição, hepatite e cirrose, que destroem hepatócitos, que são células produtoras de proteínas plasmáticas, reduzindo assim o nível destas no sangue. BIOTRANSFORMAÇÃO: é a transformação da droga “mãe” em outros compostos. Droga A Droga B (mais polar) É observado duas etapas na biotransformação - Fase 1: etapas de oxidação, redução e hidrólise; Fase 2: conjugação com o ácido glicurônico. A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de droga para droga e diferente da fase 2, obrigatória a todas as drogas. O fígado é o órgão que prepara a droga para a excreção. Essa é a fase que prepara a droga para a excreção. EXCREÇÃO: da droga do organismo Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são filtrados nos glomérulos ou secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular, pois têm dificuldade em atravessar membranas. Excretam-se, portanto, na forma ativa do fármaco. Os sítios de excreção denominam-se emunctórios e, além do rim, incluem: Pulmões; Fezes; Secreção biliar; Suor; Lágrimas; Saliva; e Leite materno. Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 14 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 06 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 6.1 SÓLIDO Grânulos - São formas farmacêuticas composta de um pó ou uma mistura de pós umedecidos e submetidos a secagem para produzir grânulos de tamanho desejado. Cápsulas - São formas farmacêuticas sólidas, as quais uma ou mais substâncias medicinais e/ou inertes são acondicionadas em um invólucro à base de gelatina. As cápsulas gelatinosas podem ser duras ou moles. São administradas por via oral e possuem propriedades de desintegrarem-se e dissolverem-se no tubo digestivo. Tabletes ou comprimidos - São formas farmacêuticas sólidas de forma variável, cilíndrica ou discoide, obtidas por compressão de medicamentos mais o excipiente. Drágeas - São formas farmacêuticas obtidas pelo revestimento de comprimidos. Para este fim, se utiliza diversas substâncias, como: queratina, ácido esteárico e gelatina endurecida com formaldeído. Pastilhas - São formas sólidas destinadas a se dissolverem lentamente na boca, constituída por grande quantidade de açúcar e mucilagens associadas a princípios medicamentosos. Supositórios - São preparações farmacêuticas sólidas, à base de substância fundível pelo calor natural do corpo, destinado a ser introduzido no reto, gerando amolecimento ou dissolução do fármaco. Óvulos - São formas farmacêuticas obtidas por compressão ou moldagem para aplicação vaginal, onde devem se dissolver para exercerem uma ação local. O excipiente em geral é a glicerina. Unidade 6 – Formas de Apresentação dos Medicamentos 15 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Emplastros - Forma farmacêutica que se dissolve à temperatura do corpo, aderindo- se à pele. É usado como esparadrapo. 6.2 LIQUÍDO Soluções - São preparados líquidos obtidos por dissolução de substâncias químicas em água. Loções - São soluções que impregnam na pele; veículo é aquoso e usado sem fricção. Sua fluidez permite aplicação rápida e uniforme sobreuma ampla superfície. Emulsão - É uma forma farmacêutica líquida de aspecto cremoso feito com a mistura de um líquido em óleo. Como agentes emulsionantes utiliza-se a goma arábica e a gelatina. Suspensão - São formas farmacêuticas que contêm partículas finas de substâncias ativa em dispersão relativamente uniforme. Deve ser agitado antes do uso. Extratos fluidos (Elixir) - São soluções hidroalcóolicas de constituintes solúveis de drogas vegetais. Injeções - São preparações estéreis de soluções, emulsões ou suspensões destinadas à administração parenteral. Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 16 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 07 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 7.1 VIA NASAL CONCEITO - Instilação de medicamentos pelas narinas. Podem ser instilados em forma de gotas, spray (com a utilização de um atomizador), ou aerossol (com a utilização de um nebulizador). OBJETIVOS - Prevenir, proteger, aliviar sintomas e tratar; Facilitar remoção de secreções e corpo estranho; e/ou Promover anestesia local para exames rinológicos, laringoscopia, broncoscopia e intubação nasotraqueal. A instilação de medicamentos por via nasal está contraindicada: Clientes com obstruções nasais e traumatismos; Epistaxe, rinorragia ou rinorreia; Cirurgias de vias respiratórias superiores, no pós-operatório imediato. 7.2 VIA OCULAR CONCEITO - Consiste na aplicação de colírios e pomadas oftálmicas nos olhos. OBJETIVOS - Prevenir, proteger, aliviar sintomas e tratar; Anestesiar o olho para intervenções; Auxiliar na investigação diagnóstica; Lubrificar os olhos; Evitar ulceração da córnea; Provocar dilatação da pupila (midríase) ou constricção da pupila (miose). Unidade 7 – Vias de Administração dos Medicamentos 17 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Deve-se atentar - Não encostar o recipiente da medicação no olho do paciente; Medicação ocular é exclusiva de cada paciente; O preparo e acondicionamento das medicações são de responsabilidade da enfermagem, mantendo-a em locais limpos e secos e sem umidade; No caso do paciente ter que utilizar colírio e pomada no mesmo tratamento, pingar primeiro o colírio e, após 5 minutos, fazer uso da pomada. Nunca inverter a ordem, uma vez que a pomada adere à superfície ocular, promovendo uma barreira que impedirá o contato do colírio com a área tratada; Manter os frascos de colírio sempre bem fechados. 7.3 VIA ORAL A administração por via oral é o método mais seguro, mas conveniente e mais barato. Medicamentos para administração oral encontram-se disponíveis em várias apresentações: comprimidos, comprimidos com revestimento entérico, cápsulas, xarope, elixir, óleo, suspensão, pó e grânulos. São indicados nas seguintes situações - Para todos os clientes em que o tratamento por via oral seja considerado seguro e eficiente e que possam ingerir medicamentos pela boca, sem nenhum prejuízo para o cliente e nem para o tratamento; Clientes que não possuam dificuldade para engolir; Clientes orientados e lúcidos; Crianças pequenas. Ressalva-se - Alguns comprimidos podem ser macerados e misturados a água; Os comprimidos com revestimentos protetores estomacais devem ser tomados inteiros; As desvantagens desta via são - Pode acarretar irritação gástrica; Não é possível controlar totalmente a quantidade de medicamento absorvido pelo organismo; É uma via lenta, quanto à absorção; Está contraindicada em pacientes comatosos e com dificuldades de deglutição. Os medicamentos devem ser ingeridos de preferência fora do horário das refeições, para obter uma absorção mais rápida. 7.4 VIA RETAL Define como administração de medicamentos na mucosa retal através do orifício anal. Indicados para - Clientes com restrição por via oral e/ou vomitando; Clientes com constipação intestinal, febre, dor, prurido anal, retenção de gazes e outros; Clientes com afecções no cólon distal; Clientes com crise convulsiva; Clientes que se submeterão à exames radiológicos ou endoscópios de cólon; e Perioperatório. Essa via de medicação está contraindicada quando cliente estiver: Com diarreia; Lesões e perfurações no reto; Incapacidade de reter a medicação; Arritmias cardíacas e infartados (estimulação vagal); caso haja resistência na introdução do supositório, não forçar a entrada. Interromper o procedimento e comunicar a equipe médica. Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 18 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 7.5 VIA INTRADÉRMICA É a introdução de medicação diretamente na derme, por meio de punção. Possui como objetivos - Implementar a prescrição médica, obtendo uma resposta farmacológica adequada, através de pequenos volumes nas camadas mais externas da pele; Realização de teste de sensibilização (respostas para alergias) e/ou tuberculose (PPD) e, ainda como via de administração de vacinas (alergias e BCG). Essa via é indicada para a administração de vacinas e como auxiliares em testes diagnósticos e de sensibilidade. Salienta-se que deva evitar à aplicação próximos as áreas hiperemiadas, com cicatrizes, inflamações, herniações, feridas operatórias ou escoriações; usar sempre seringas e agulhas apropriadas e descartáveis; nunca reencapar agulha; e realizar rodízio de locais; 7.6 VIA INTRAMUSCULAR É a aplicação de medicamento no tecido muscular, devendo-se levar em conta: massa muscular suficientemente grande para absorver o medicamento, espessura do tecido adiposo, idade do paciente, irritabilidade da droga e distância em relação a vasos e nervos importantes, na escolha do local para a aplicação. Possui como objetivos - Promover a absorção sistêmica de medicamentos por via parenteral; - Obter uma absorção mais rápida do que pelas vias enteral e subcutânea; aplicar os medicamentos contraindicados por outra via. Ponto importante - Realizar rodízios dos locais para evitar lipodistrofias; não misturar medicamentos distintos na mesma seringa para serem administrados; em crianças, escolher os locais de aplicação, de acordo com a idade, o peso, o desenvolvimento muscular, a quantidade do tecido subcutâneo e o tipo do medicamento. Em crianças menores de 2 anos utilizar o músculo vasto lateral da coxa e nos maiores de 3 anos, que andam no mínimo há um ano, escolher o dorso glúteo e o ventro glúteo, preferencialmente; utilizar o método em “Z” em clientes que recebem injeções por período prolongado, idosos com massa muscular reduzida e para a aplicação de certos agentes, como o ferro. 7.7 VIA SUBCUTÂNEA Aplicação de medicamento no tecido subcutâneo. Objetivos - Absorção gradual e sistêmica de medicamentos por via parenteral; obter uma absorção mais rápida do que pela via enteral. Está indicada para clientes com necessidades de administração de insulina, anticoagulantes, vacinas ou outros medicamentos indicados por esta via. Unidade 7 – Vias de Administração dos Medicamentos 19 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD(www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Ressalta seguintes pontos - Evitar aplicação próxima à região inguinal, às articulações e à cicatriz umbilical, na cintura e na linha mediana do abdome e face anterior do antebraço; mudar diariamente o local de aplicação; observar estado geral do paciente antes, durante e após a aplicação; evitar áreas inflamadas, hipotróficas, com nódulos, paresias e plegias, pois podem dificultar a absorção do medicamento. Não aplicar em cicatrizes, locais com edema, manchas de nascença, membro superior do lado de cirurgia de mastectomia radical ou de fístula arteriovenosa, abdome gravídico e doenças vasculares periféricas oclusivas. Também está contraindicado em casos de situações emergenciais como: choque hipovolêmico, distúrbios graves de coagulação, grandes queimaduras e desidratação grave. 7.8 VIA ENDOVENOSA Consiste na introdução de medicamento e ou soluções diretamente na veia (corrente sanguínea), através de punção venosa com a finalidade de absorção rápida da substância em uso, sejam elas: soluções hipertônicas, isotônicas, hipotônicas, sais orgânicos, eletrólitos e medicamentos que deverão ter solubilidade sanguínea e estar livre de cristais ou qualquer outra partícula visível em suspensão. Indicativo - Sempre que houver indicação para que o medicamento ou solução seja absorvido de imediato e por completo, e nos casos de grandes doses de medicamentos por fluxo contínuo ou intermitente, por período determinado. Em casos de possíveis reações verificadas logo após o início de terapia endovenosa, devem cessar logo que interrompida. Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 20 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 08 GRUPOS FARMACOLÓGICOS 8.1 ANTIBIÓTICOS São substâncias produzidas por células vivas que inibem ou matam os microrganismos, podem ser feitas a partir de: fungos, bactérias, e leveduras e de forma sintética. Os antibióticos podem ser de amplo espectro ou de espectro (eficaz contra muitos microrganismos), ou podem ser de espectro limitado (eficaz contra alguns microrganismos). Podem ser ainda: Bactericidas, provocando a destruição das bactérias Bacteriostáticos bloqueando sua multiplicação. ß-Lactâmicos - Possui em comum no seu núcleo estrutural o anel ß-lactâmico, o qual confere atividade bactericida. Conforme a característica da cadeia lateral definem-se seu espectro de ação e suas propriedades farmacológicas. Pertencem a este grupo: Penicilinas Cefalosporinas Carbapenens Monobactans O mecanismo de ação dos antimicrobianos ß-lactâmicos resulta em parte da sua habilidade de interferir com a síntese do peptideoglicano (responsável pela integridade da parede bacteriana). Para que isto ocorra: 1. Devem penetrar na bactéria através das porinas presentes na membrana externa da parede celular bacteriana; 2. Não devem ser destruídos pelas ß-lactamases produzidas pelas bactérias; Unidade 8 – Grupos Farmacológicos 21 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 3. Devem ligar-se e inibir as proteínas ligadoras de penicilina (PLP) responsáveis pelo passo final da síntese da parede bacteriana. Quinolonas - utilizadas no início dos anos 60, com a introdução do ácido nalidíxico na prática clínica. No início dos anos 80, com o acréscimo de um átomo de flúor na posição 6 do anel quinolônico, surgiram as fluorquinolonas (principal representante: ciprofloxacina), com aumento do espectro, para os bacilos gram-negativos e boa atividade contra alguns cocos gram-positivos, porém, pouca ou nenhuma ação sobre Streptococcus spp., Enterococus spp. e anaeróbios. Este foi um dos principais motivos para o desenvolvimento das novas quinolonas: levofloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina e gemifloxacina. Recentemente, foram descritas alterações nos níveis de glicemia com o uso dessas quinolonas mais associadas com a gatifloxacina, sobretudo em pacientes idosos e diabéticos, motivo pelo qual essa quinolona foi retirada de mercado. Seu mecanismo de ação consiste na inibição da atividade da DNA girase ou topoisomerase II, enzima essencial à sobrevivência bacteriana. A DNA girase torna a molécula de DNA compacta e biologicamente ativa. Ao inibir essa enzima, a molécula de DNA passa a ocupar grande espaço no interior da bactéria e suas extremidades livres determinam síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas, determinando a morte das bactérias. Também inibem, in vitro, a topoisomerase IV, porém não é conhecido se este fato contribui para a ação antibacteriana. Glicopeptídeos - Os principais representantes deste grupo são: vancomicina, teicoplanina e ramoplanina. Diversos glicopeptídeos estão em fase de pesquisa clínica e não são disponíveis no mercado nacional. Vancomicina - Foi introduzida para uso clínico em 1958, mas sua utilização em maior escala iniciou-se nos anos 80, com o surgimento de infecções por estafilococos resistentes à oxacilina e redução da toxicidade por purificação das preparações disponíveis. Teicoplanina - É amplamente utilizada na Europa para o tratamento de infecções por germes Gram-positivos. Quimicamente similar à vancomicina, mas apresenta maior lipossolubilidade que resulta em excelente penetração tecidual e meia-vida prolongada, entretanto, tem pouca penetração na barreira liquórica. Apresentam um múltiplo mecanismo de ação, inibindo a síntese do peptideoglicano, além de alterar a permeabilidade da membrana citoplasmática e interferir na síntese de RNA citoplasmático. Desta forma, inibem a síntese da parede celular bacteriana. Macrolídeos - São um grupo de antimicrobianos quimicamente constituídos por um anel macrocíclico de lactona, ao qual ligam-se um ou mais açúcares. Pertencem a este grupo azitromicina, claritromicina, eritromicina, espiramicina, miocamicina, roxitromicina, etc. O espectro de ação é semelhante, diferindo apenas na potência contra alguns microrganismos. Sua ação ocorre através da inibição da síntese protéica dependente de RNA, através da ligação em receptores localizados na porção 50S do ribossoma, particularmente na molécula 23S do RNA, impedindo as reações de transpeptidação e translocação. Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 22 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Nitroimidazólicos - O principal representante deste grupo de drogas é o metronidazol, que foi introduzido em 1959 para o tratamento da tricomoníase vaginal. O metronidazol é um bactericida potente, com excelente atividade contra bactérias anaeróbicas estritas (cocos gram-positivos, bacilos gram-negativos, bacilos gram-positivos) e certos protozoários como amebíase, tricomoníase e giardíase. O mecanismo de ação consiste - Após a entrada na célula, por difusão passiva, o antimicrobiano é ativado por um processo de redução. O grupo nitro da droga atua como receptor de elétrons, levando à liberação de compostos tóxicos e radicaislivres que atuam no DNA, inativando-o e impedindo a síntese enzimática das bactérias. As bactérias aeróbicas não possuem enzimas que reduzam a droga, e não formam, portanto, os compostos tóxicos intermediários com atividade antibacteriana. Estreptograminas - São macromoléculas da mesma família dos macrolídeos e lincosaminas que embora não possuam relação química, apresentam algumas propriedades semelhantes, como mecanismo de ação, espectro antimicrobiano, características farmacocinéticas e farmacodinâmicas e indicações clínicas. A quinopristina e dalfonopristina são derivados da pristinamicina IA e IIB, respectivamente. Cada derivado tem atividade antibacteriana limitada, mas em conjunto apresentam um marcado aumento desta atividade, sendo, portanto, sinérgicos, sobretudo na razão de 30/70 (quinopristina e dalfonopristina) respectivamente. Sulfonamidas - A sulfacrisoidina foi o primeiro agente antimicrobiano utilizado clinicamente, em 1935, marcando o início da moderna era da quimioterapia antimicrobiana. São bacteriostáticos derivados da sulfanilamida, que têm estrutura similar à do ácido para- aminobenzóico. O grupo das sulfonamidas compreende seis drogas principais: sulfanilamida, sulfisoxazol, sulfacetamida, ácido para-aminobenzóico, sulfadiazina e sulfametoxazol, sendo as duas últimas de maior importância clínica. As sulfonamidas têm efeito bacteriostático e inibem o metabolismo do ácido fólico, por mecanismo competitivo. As células humanas conseguem aproveitar o folato exógeno para o metabolismo, enquanto as bactérias dependem da produção endógena. O sulfametoxazol é comumente empregado em associação com o trimetoprim, uma diamino-pirimidina, associação mais conhecida como cotrimoxazol. O efeito das duas drogas é sinérgico, pois atuam em passos diferentes da síntese do ácido tetra-hidrofólico (folínico), necessária para a síntese dos ácidos nucléicos. O sulfametoxazol inibe um passo intermediário da reação e o trimetoprim a formação do metabólito ativo do ácido tetra- hidrofólico no final do processo. Tetraciclinas - Antimicrobianos primariamente bacteriostáticos, quando em concentrações terapêuticas. Apresentam amplo espectro de ação, incluindo bactérias gram- positivas, gram-negativas aeróbias e anaeróbias, espiroquetas, riquétsias, micoplasma, clamídias e alguns protozoários. As tetraciclinas entram na célula por difusão, em um processo dependente de gasto de energia. Ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do ribossoma, bloqueando a ligação do RNA transportador, impedindo a síntese protéica. https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/macrolideos.htm https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/lincosaminas.htm Unidade 8 – Grupos Farmacológicos 23 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 8.2 ANTIPARASITÁRIOS São drogas que atuam sobre as parasitoses, provocando sua expulsão ou morte sem lesar de forma grave o hospedeiro. 1. Antiprotozoários Coroquina (Cloroquina) - plasmodium = malária Metronídazol (Flagyl) - giárdia tricomonas Tinidazol (Pletil) - giárdia e tricomonas 2. Anti-helmínticos Piperazina (Xarope de piperazina) - áscaris e oxiúros levamisol (Ascaridil) - ascaris mebendazol (Pantelmin) - ascaris. Oxiuros. Ancilotomideos, trjcocefalos. Teníase Tiabendazol (Helmiben) - estrongil6ides. Oxiuros. Ascaris e ancilostomideos praziquantel (Cisticid) - teníase e neurocisticercose niclosamida (Atenase) - teníase Albendazol (Zolben) - idem mebendazol 8.3 ANTI-HIPERTENSIVOS Substâncias capazes de diminuir a pressão sanguínea, por mecanismos diferentes. Classe - Diuréticos Mecanismo de ação - Efeito diurético e natriurético. Os diuréticos de alça são reservados para hipertensão associada a insuficiência renal com clearance de creatinina abaixo de 30ML/min e na insuficiência cardíaca com retenção de volume. Reações adversa - Hipopotassemia, hipomagnesemia, arritmias ventriculares, hiperuricemia, intolerância à glicose, aumento de triglicerídeos (evento transitório e de significância clínica não comprovada). Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 24 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Exemplos – Tiazídicos; Clortalidona; Hidroclorotiazida; Diuréticos de alça Furosemida; Poupadores de potássio Espironolactona. Classe - Inibidores adrenérgicos Mecanismo de ação - Bloqueiam os receptores alfa-adrenérgicos. Efeito discreto como monoterapia. Induzem tolerância. Melhora discreta no metabolismo lipídico e dos pacientes com hipertrofia prostática benigna. Reações adversa - Hipotensão postural no início do tratamento, palpitações, astenia Exemplos – Alfametildopa; Clonidina. Classe - Betabloqueadores Mecanismo de ação - Bloqueiam os receptores beta-adrenérgicos, causando diminuição inicial do débito cardíaco, redução da secreção da renina, readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. Reações adversa - Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução atrioventricular, vasoconstricção periférica, insônia, pesadelos, depressão psíquica, astenia e disfunção sexual, intolerância à glicose, hipertrigliceridemia, elevação do LDL e redução do HDL. Exemplos –Propranolol; Atenolol Classe - Alfa e betabloqueadores Mecanismo de ação - Bloqueiam os receptores alfa e beta- adrenérgicos, causando diminuição inicial do débito cardíaco, redução da secreção da renina, readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas, melhora discreta do perfil lipídico e dos sintomas dos pacientes com hipertrofia prostática benigna Reações adversa - Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução atrioventricular, vasoconstricção periférica, insônia, pesadelos, depressão psíquica, astenia e disfunção sexual, intolerância à glicose, hipertrigliceridemia, elevação do LDL e redução do HDL, astenia, hipotensão postural, mais evidente na primeira dose Exemplos - Carvedilol Classe - Bloqueadores dos canais de Cálcio Mecanismo de ação - Redução da resistência vascular periférica por diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas Reações adversa - Cefaleia, tontura, rubor facial e edema de extremidades, hipertrofia gengival, obstipação intestinal. Verapamil e diltiazem podem provocar depressão miocárdica e bloqueio atrioventricular. Exemplos - Fenilalquilaminas Verapamil; Benzatiazepinas Diltiazem; Diidropiridinas Anlodipina. Unidade 8 – Grupos Farmacológicos 25 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Classe - Inibidores da ECA Mecanismo de ação - Bloqueio da transformação da AT1 em 2 no sangue e nos tecidos. A longo prazo retardam o declínio da função renal em pacientes nefropatas Reações adversa - Tosse seca, alteração do paladar, erupção cutânea e edema angioneurótico, hiperpotassemia e aumento da uréia e creatinina na insuficiência renal (a longo prazo prepondera o efeito nefroprotetor). Não usar na gravidez e usar com cautela naadolescência e em mulheres em idade fértil Exemplos - Captopril Enalapril Classe - Bloqueadores dos receptores da AT1 Mecanismo de ação - Antagonizam a ação da AT1 por meio do bloqueio específico de seus receptores AT1. Tem efeito benéfico na ICC e nefroprotetor no paciente diabético. Reações adversa - Tontura, reação de hipersensibilidade cutânea. As precauções de uso são semelhantes aos dos inibidores da ECA Exemplos - Losartana Candesartan Classe - Vasodilatadores diretos Mecanismo de ação - Atuam sobre a musculatura da parede vascular, promovendo relaxamento muscular com consequente vasodilatação e redução da resistência vascular. Exemplo – Hidralazina 8.4 ANTIMICÓTICOS Também conhecido como antifúngicos, são utilizados no tratamento de infecções por fungos. Os mesmos são divididos em classes farmacêuticas (Morfolinas, Polienicos, Azolicos, Benzilaminas, Etanolaminas, Oxaspiros, Equinocandinas, Alilaminas). 8.5 ANTIVIRAIS São drogas úteis na profilaxia de vírus, utilizados nas infecções virais (herpes, meningites) e no controle do vírus da AIDS. Os antivirais são classificados de acordo com sua forma de ação (Inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa; inibidores não nucleosídicos; Inibidores de protease; Inibidores da DNA-polimerase; Inibidores da fusão do HIV; Imunomoduladores; Inibidores da liberação e desmontagem viral). Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 26 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 8.6 ANTIPARASITÁRIOS São drogas atuantes em parasitoses, sem prejuízo para o hospedeiro. As classes disponíveis são, protozoonoses, metazoários (helmintos), cestódeos (platelmintos), trematódeos (fascíolas). 8.7 ANTI-HISTAMÍNICOS Utilizados na terapia de processos alérgicos associados ao trato respiratório (rinite, resfriado), na cinetose e vertigem e nas alergias de pele (urticária, dermatite de contato e atópica). 8.8 ANTICOAGULANTES Drogas utilizadas no tratamento de disfunções da homeostasia. Atua na prevenção de acontecimentos tromboembólicos relacionados a condições clínicas como a fibrilação atrial, tromboembolismo venoso e pulmonar, próteses valvares, associadas a cardiopatias estruturais ou secundárias a complicações de um infarto, entre outras circunstâncias clínicas. 8.9 BRONCODILATADORES Promovem a dilatação brônquica, promovendo melhor oxigenação. Os medicamentos broncodilatadores pertencem a três grupos principais: agonistas beta-2 (ação curta e longa), as xantinas e os antagonistas dos receptores muscarínicos. 8.10 ANALGÉSICOS OPIOIDES E NÃO OPIOIDES Analgésicos opioides - Atuam no controle da dor. Utilizados nas dores severas. Analgésicos não opioides - controlam a dor leve a moderada. Unidade 8 – Grupos Farmacológicos 27 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 8.11 ANTICONVULSIVANTES Drogas utilizadas para a prevenção e tratamento das crises convulsivas e epiléticas, neuralgias e também no tratamento de transtornos de humor, como transtorno bipolar e ciclotimia. Os mesmos funcionam como um supressor rápido do excesso de sinapses, resfriando o corpo nas crises. 8.12 ANTIPARKINSONIANO Possuem o objetivo de reverter o tremor, a rigidez e a bradicinesia. (Usado para o controle da doença de Parkinson). 8.13 ANTIDEPRESSIVOS Com atuação em transtornos do estado do ânimo e do humor. A classe engloba não somente sintomas depressivos, mais, transtorno bipolar, transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, estresse pós-traumático, e até em doenças orgânicas, como a fibromialgia e tensão pré-menstrual. Existem 6 classes de antidepressivos - Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS); Inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSN ou SNRI); Antidepressivos tricíclicos; Antidepressivos tetracíclicos; Inibidores da MAO; e Antidepressivos atípicos. 8.14 ANSIOLÍTICOS Utilizados para problemas que vão desde problemas do sono até crises convulsivas. Possuem efeito sedativo (reduzindo a atividade, causando sonolência e induzindo à calma) ou hipnótico (induzindo ao sono). A maioria dos ansiolíticos atuam em um neurotransmissor denominado GABA, atuando sob seus receptores e melhorando sua afinidade. Os ansiolíticos se dividem entre benzodiazepínicos e barbitúricos. https://www.vittude.com/blog/insonia-quando-procurar-tratamento/ Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 28 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 8.15 ANTIEMÉTICOS Drogas destinada a promover o alívio dos sintomas relacionados às náuseas (enjoos) e êmese (vômito). 8.16 ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS Usadas no tratamento das dores de leve a moderada intensidade e nas inflamações, principalmente a nível osteoarticular. Todos os anti-inflamatórios apresentam três efeitos básicos: Antipirético (abaixa a febre); Analgésico (combate a dor); e Anti-inflamatório (reduz a inflamação). 8.17 HIPOGLICEMIANTES Com finalidade de regulação e controle da glicemia. Possui mecanismos de ação diferentes conforme classe divididas – Sulfoniluréias (umento do suprimento insulínico, os chamados secretagogos de insulina); Biguanidas e Tiazolidinadionas (Aumento da ação insulínica, também conhecidos como sensibilizadores da insulina); Inibidores da alfa-glicosidase (Inibidores da absorção rápida de carboidratos, pois atuam retardando a sua absorção). 8.18 ANTIÁCIDOS Utilizados para diminuir a acidez aumentando o pH do estômago. Agem interagindo com o ácido estomacal elevando o pH de (em média) 2,0 para valores entre 3,5 e 5,0. A ação é praticamente instantânea podendo chegar até um minuto, e dependendo do nível de acidez e a patologia apresentada seus efeitos podem chegar a durar até 1 hora. 8.19 DIURÉTICOS Qualquer substancia que promova a diurese. Possui mecanismos diferentes dentre as classes existentes (diuréticos de alça, diuréticos tiazídicos, poupadores de potássio), porém se tem como finalidade aumento da excreção de água pelos rins. Unidade 9 – Cálculo de Medicação 29 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 09 CÁLCULO DE MEDICAÇÃO 9.1 UNIDADES DE MEDIDA 1 mililitro 20 gotas 1 gota 1 grama 1 litro 1 colher de sopa 1 colher de sobremesa 1 colher de chá 1 colher de café = = = = = = = = = 20 gotas 60 microgotas 3 microgotas 1.000 miligramas (mg) 1.000 mililitros (ml) 15 mililitros (ml) 10 mililitros (ml) 5 mililitros (ml) 3 mililitros (ml) Líquidos De Para O que fazer? Microgotas Gotas Dividir por 3 Gotas Microgotas Multiplicar por 3 Microgotas Mililitros Dividir por 60 Mililitros Microgotas Multiplicar por 60 Gotas Mililitros Dividir por 20 Mililitros GotasMultiplicar por 20 Tempo e Peso De Para O que fazer? Minutos Horas Dividir por 60 Horas Minutos Multiplicar por 60 Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 30 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Gramas Miligramas Multiplicar por 1.000 Miligramas Gramas Dividir por 1.000 9.2 REGRA DE TRÊS Uma das formas mais utilizadas em prática, principalmente na obtenção de resultados entre grandezas proporcionais. A Regra de três direta ao aumentar um fator, aumenta-se também o outro, diferentemente da regra de três inversa que ocorre uma situação diferente. Exemplo - Tenho ampolas de (subs. X) com 2 ml de solução. Quantos ml existem em três ampolas? Forma direta: 2 ml x 3 ampolas = 6 ml nas três ampolas 2 ml -------- 1 ampola X ml ------- 3 ampolas 1x = 2x3 = X = 6 ml Como estruturar uma regra de três: 1º) Verificar se a regra é direta ou inversa: Neste caso é uma regra de três direta, pois ao aumentar a quantidade de ampolas a quantidade relativa ao volume também aumentará. 2º) Deve-se colocar na mesma fila as grandezas iguais, no caso abaixo, optou-se por escrever na mesma coluna as grandezas iguais. 3°) Na primeira linha coloca-se o que se sabe. Na segunda linha coloca-se o que se precisa descobrir, substituindo o valor que falta e o que se procura por x (conhecido como Incógnita). 9.3 REGRA DE TRÊS COMPOSTA Caracteriza onde se tem mais de duas variáveis. Exemplo: Quatro maquinas produzem 800 caps em 10hs. Quantas caps serão produzidas por 2 maquinas em 5 horas? Qtdade manipuladores Qtdade caps Horas de produção 4 --------- 800 ------------ 10 Unidade 9 – Cálculo de Medicação 31 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 2 --------- X ------------- 5 Resolução da equação: 800 = 10.4 X = 5. 2 X = 8000. 5. 2/ 10.4 X = 8000/40 X = 200 CPS. 9.4 DILUIÇÃO Temos um soluto (pó/cristal) e deve-se dissolver com um solvente (água destilada/água bidestilada/ água de injeção/ soros). 1º Exemplo: Prescrição Médica – 120 mg de Aminofilina Disponível: ampola de Aminofilina. 10 ml c/ 240 mg (240mg/10ml) 240mg – 10ml 120mg – x 240x = 1200mg/ml X = 5 ml R. Deve-se aspirar 5 ml desta ampola que corresponderá a 120 mg de Aminofilina. 9.5 REDILUIÇÃO É diluir mais ainda o medicamento, aumentando o volume do solvente (Água Destilada, SF, SG ou diluente para injeção), com o objetivo de obter dosagens pequenas, ou seja, concentrações menores de soluto, porém com um volume que possa ser trabalhado (aspirado) com segurança. Utiliza-se a rediluição quando se necessita de doses bem pequenas, como as utilizadas em: neonatologia, pediatria e algumas clínicas especializadas. Exemplo - Prescrito Aminofilina 15mg IV, tem-se na unidade, ampolas de 240mg/10 ml. 240mg – 10ml 240x= 30 3mg – X X = 0,125ml Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 32 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 9.6 GOTEJAMENTO Vol = Volume t = Tempo min = Minutos gts = gotas mgts = microgotas Volume a ser infundido em ml (V) Tempo podendo ser em horas e minutos (T) Gotas (gts) Microgotas (mgts) Então vamos demonstrá-las V = volume a ser infundido gts/min= V/Tx3 T = tempo estipulado para a infusão em horas 3 = constante V = Volume a ser infundido mgts/min= V/T T = tempo estipulado para a infusão em horas Estas fórmulas só poderão ser utilizadas para t (tempo) em “hora inteira”, isto é, 1h, 2h, 3h, 10h, etc... V = Volume a ser infundido gts/min= V.20/T 20 = Constante T = tempo estipulado para a infusão em minutos V = Volume a ser infundido mgts/min= V.60/T 60 = Constante T = tempo estipulado para a infusão em minutos Estas fórmulas só poderão ser utilizadas quando t (tempo) for em minutos, ou seja, 90 min., 30 min., 180 min, etc. Unidade 9 – Cálculo de Medicação 33 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 9.7 CÁLCULO DE INSULINOTERAPIA P: quantidade prescrita pelo médico S: graduação da seringa F: concentração do frasco Exemplo - Em uma unidade de saúde, foi prescrito a administração de 10 UI de insulina regular. No entanto, há apenas frascos de 40 UI e seringas de 80 UI. Portanto, quanto de insulina deverá ser aspirada do frasco? Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 34 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). AVALIAÇÃO Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site www.enfermagemadistancia.com.br. Você precisa atingir um aproveitamento igual ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado. 1. Durante seu turno de trabalho às 15 horas, o médico suspende a infusão de soroterapia do paciente. No rótulo informava o início da infusão às 9 horas com gotejamento a 40 gotas por minuto. Qual é o volume que foi infundido no paciente? a. 240 ml b. 840 ml c. 720 ml d. 600 ml 2. Foi prescrito 250mL de soro glicofisiológico para serem infundidos em 3 horas. Em microgotas, o gotejamento será de, aproximadamente: a. 27 – 28 microgotas/minuto. b. 31 – 32 microgotas/minuto. c. 71 – 72 microgotas/minuto. d. 83 – 84 microgotas/minuto. 3. Assinale a alternativa que indica quantos gramas de glicose há em uma ampola de 20 ml de glicose a 50%. a. 5 gramas. b. 10 gramas. c. 20 gramas. Avaliação 35 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). d. 50 gramas. 4. Foi prescrito 10 ui de insulina regular. Porém, há na unidade apenas frascos de insulina regular de 40 UI e seringa de insulina de 80 UI. Quanto de insulina deve aspirado para ser atendida a administração prescrita? a. 10 UI. b. 2,5 UI c. 15 UI d. 20 UI. 5. Foi prescrito 20 UI de insulina NPH para uma paciente que se encontra na enfermaria. Na unidade, há disponível frasco de insulina NPH de 100 UI/ml e seringas de 3 ml. Qual ovolume de insulina que deverá ser aspirado? a. 0,1 mL. b. 0,2 mL. c. 0,3 mL. d. 0,4 mL. 6. A unidade de saúde dispõe de frascos de Penicilina Cristalina de 5.000.000 UI e ampolas de diluentes de 8 mL. Após injetar 8 mL de diluente no frasco, para conseguir 4.800.000 UI de Penicilina, o técnico de enfermagem devem aspirar, da solução diluída, a. 9,6 mL. b. 9,8 mL. c. 8,8 mL. d. 9,0 mL. 7. Foi prescrito 500 ml de soro glicosado a 10%. No entanto no hospital há apensas soro glicosado a 5% 500 ml e ampolas de glicose a 50% 20 ml. Quantas ampolas de glicose serão necessárias adicionar no soro de 5% para transformá-lo em 10%, conforme a solicitação da prescrição? a. 4,5 ampolas Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 36 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). b. 1,5 ampolas c. 3,5 ampolas d. 2,5 ampolas 8. Um paciente de 56Kg, foi prescrito heparina SC de 12 em 12horas, durante 7 dias, na dose de 5.000UI, ou seja, uma ampola de 0,25ml a cada injeção. De quantas UI de heparina o paciente vai precisar para completar o tratamento? Qual o volume em ml que o paciente receberá considerando o tratamento completo? Quantas ampolas o paciente precisará para poder completar o tratamento? a. 1,25 ml / 5.000ui / 7 ampolas. b. 2,5 ml / 10.000ui / 14 ampolas. c. 3,5 ml / 70.000ui/ 14 ampolas. d. 5 ml / 100.000ui / 20 ampolas. 9. A prescrição médica é SF 7,5% 100 mL → Correr em 30 minutos O técnico de enfermagem constatou que na unidade estavam disponíveis frascos com 100 mL de soro fisiológico 0,9%, ampolas com 10 mL de NaCl a 20% e equipo de micro- gotas. Assim sendo, considerando--se a prescrição médica, para o preparo e administração da solução, o volume total (V) de NaCl a 20% a ser acrescentado ao frasco e a velocidade de gotejamento do soro (G) deverão ser, respectivamente, de: a. V = 3,3 mL; G = 200 microgotas por minuto b. V = 3,45 mL; G = 33 microgotas por minuto. c. V = 30,3 mL; G = 33 microgotas por minuto. d. V = 34,5 mL; G = 200 microgotas por minuto. 10. O auxiliar de enfermagem realiza a administração de medicamentos simples por via parenteral. Para tanto é imprescindível realizar cálculos matemáticos, pois nem sempre a dose prescrita é a que está disponível na Unidade. Considere o seguinte caso: 30/05/2013, 07 h, sr. A.B.C, 72 anos, internado na Clínica Médica Masculina. Apresenta- se consciente, lúcido e orientado. Relata dor contínua em região lombar. Prescrição: 125 mg de dipirona EV se necessário. A ampola contém 1 mL a 50% (500 mg/mL). Avaliação 37 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Para ministrar a dose correta, o auxiliar de enfermagem deve proceder da seguinte forma: a. Diluir a ampola inteira em 20 mL de SF0 9% e aplicar somente 2,5 mL da solução. b. Diluir a ampola inteira em 10 mL de SF0 9% e aplicar somente 2,5 mL da solução. c. Diluir a ampola inteira em 10 mL de SF0 9% e aplicar somente 2,75 mL da solução. d. Diluir a ampola inteira em 20 mL de SF0 9% e aplicar somente 2,75 mL da solução. Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa 38 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). REFERÊNCIAS Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda mais o seu conhecimento. ARAÚJO, M.J.B.de. Técnicas fundamentais de enfermagem. 9 Ed. Rio de Janeiro: MJB de Araújo, 1996. BOYER, MJ. Calculo de dosagem e preparação de medicamentos (trad. Carlos Henrique Cosendey e Alexandre Cabral de Lacerda). Rio de janeiro: Guanaba Koogan, 2010. BRASIL, Lei Nº 9.787, De 10 De Fevereiro De 1999. Brasília - DF Carvalho VT. 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Editora: Iátria, 3ª Edição, 2009. MOZACHI, NELSON. O Hospital: manual do ambiente hospitalar. Ed.10. Curitiba: Os Autores, 2005. PAGE, C; CURTIS, M; SURTER, M; WALKER, M; HOFFMAN, B. Farmacologia Integrada. São Paulo: Manole, 1999. RANG, H.P et al., Farmacologia. 5° ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Referências 39 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). SILVA, Marcelo Tardelli Da; SILVA, Sandra Regina L. P. Tardelli Da. Cálculo e administração de medicamentos na enfermagem. 2 ed. São Paulo: Martinari, 2009. SMELTZER, S.C. Tratado de enfermagem médico cirúrgica. 10 Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. STACCIARINI, T.S.G.; CUNHA.M.H.R. Procedimentos Operacionais Padrão em Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2014. 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Quer nos contar o que achou do curso ou tirar alguma dúvida sobre o material? Envie um e-mail para contato@enfermagemadistancia.com.br para que possamos melhorar nossos cursos cada vez mais. Aguardamos seu contato. . 41 Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conformea lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). GOSTOU DESTE CURSO? ACESSE MAIS NO WWW.ENFERMAGEMADISTANCIA.COM.BR CURSOS DE ATUALIZAÇÃO EM CURATIVOS, EMERGÊNCIAS, TRATAMENTOS NA UTI E OUTROS NA ÁREA DE ENFERMAGEM Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem – Terapêutica Medicamentosa “do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29).
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