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Práticas Pedagógicas e Processos --Cognitivos

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Práticas Pedagógicas e Processos 
Cognitivos
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.2
2/241
Práticas Pedagógicas e Processos Cognitivos
Autoria: Luiza Cristina de Azevedo Ricotta
Como citar este documento: RICOTTA, Luiza Cristina de Azevedo. Práticas Pedagógicas e Processos 
Cognitivos. Valinhos: 2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Modalidades e Estilos de Aprendizagem 06
Unidade 2: Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utiliza-
ção da Informação 40
Unidade 3: Estratégias Cognitivas no Processo de Ensino-Aprendizagem 73
Unidade 4: Metacognição — Aprender a Ensinar em uma Perspectiva Metacognitiva 102
2/241
Unidade 5: Estratégias Metacognitivas no Processo de Ensino-aprendizagem 128
Unidade 6: Instrumentos Metacognitivos para Avaliação do Processo de Ensino-aprendizagem 153
Unidade 7: Estilos de Aprendizagem de Kolb. O Inventário de Estilos de Aprendizagem de Kolb (ILS) 178
Unidade 8: Teoria da Mobilidade Cognitiva Estrutural de Reuven Feuerstein. Fatores de Desenvolvi-
mento Cognitivo e Experiência de Aprendizagem Mediada 208
3/241
Apresentação da Disciplina
Esta disciplina visa apresentar aos profis-
sionais as Teorias de Aprendizagem que 
demonstram formas e estilos variados na 
maneira de aprender. Será determinante o 
modo como o indivíduo é capaz de processar 
suas informações e torná-las conhecimen-
to, desde a sua assimilação, observação, 
produção, compreensão até a formulação 
de novos saberes. A disciplina também ex-
põe como ocorrem os processos metacog-
nitivos, nos quais a consciência do conheci-
mento e a reflexão sobre o modo de pensar 
são capazes de possibilitar novas compre-
ensões e, consequentemente, a expansão 
do conhecimento. Com a formulação de Te-
orias de Aprendizagem, os estudos da psi-
cologia e o surgimento da psicologia cogni-
tiva nos trouxeram uma concepção amplia-
da do que é inteligência, seu processamen-
to e como pode ser estimulada, bem como 
as várias formas de aprender do indivíduo, a 
fim de atender aos interesses de aprendiza-
gem de cada um e ao conhecimento que se 
aplica a todos nós. 
O funcionamento cerebral, utilizando os 
hemisférios direito e esquerdo, produzem 
conexões pelas células nervosas que, ao se 
conectarem com outras, formam uma gran-
de rede por meio das sinapses, nas quais o 
indivíduo processa as informações que co-
lhe do ambiente. Com essas conexões, é 
possível comparar, pensar, se emocionar, 
fazer escolhas, memorizar, além de outras 
funções possíveis no universo vasto que é a 
mente humana. 
4/241
Essa grande rede de circuitos cerebrais são 
os registros das experiências que servem de 
estímulo para a ocorrência da aprendiza-
gem: o desenvolvimento linguístico, a fala, 
bem como a escrita e tudo o que envolve 
a produção do pensar (analisar, observar, 
comparar, refletir). O processamento da 
informação conta também com a memó-
ria, importante função que lhe permite ar-
mazenar vivências, experiências, emoções, 
conteúdos e articulá-los entre si a ponto de 
poder utilizá-la novamente quando for ne-
cessário, auxiliando na tomada de decisão e 
na capacidade de fazer escolhas. 
Veremos como a Teoria Experiencial de 
Aprendizagem de David Kolb, que em 1984 
publicou o livro “Aprendizagem Experiencial: 
Experiência Como A Fonte de Aprendizagem e 
Desenvolvimento”, aborda o comportamento 
da aprendizagem pelo modo como diferen-
tes pessoas podem aprender, reverencian-
do os autores que iniciaram os estudos da 
Teoria Experiencial de Aprendizagem, como 
Piaget, Rogers e Jung no período de 1900.
Os processos internos (mentais) cogniti-
vos e metacognitivos serão apresentados, 
já que passam a ter uma importância vital 
na compreensão de como o ser humano 
aprende. E, se este aprende, como elege o 
que quer aprender? Tudo que está diante de 
si é uma oportunidade para aprender? Es-
5/241
tes são questionamentos, como outros que 
este estudo suscitará: como associar aos 
estilos de aprendizagem presentes nos es-
tágios do sentir ou pensar, do observar ou 
fazer – tidos como a combinação de dois ei-
xos, conceituadas no Contínuo de Kolb:
a) Contínuo de Processamento (o modo 
como abordamos uma tarefa).
b) Contínuo de Percepção (o modo como 
nós nos sentimos a respeito do que nos 
interessa).
Temos a contribuição da Teoria das Inteli-
gências Múltiplas de Howard Gardner, o Mo-
delo de Estilo de Aprendizagem de VAK (am-
bas são influências da Teoria Experiencial) e 
a Teoria Cognitivista de Piaget, Vygotsky e 
Wallon. Veremos também o grande facilita-
dor da aprendizagem, a Teoria da Aprendi-
zagem Mediada de Feuerstein (no Tema 8), 
ao ressaltar que a mediação é consciente e 
direcionada para trocas e num fazer peda-
gógico que conta com a participação dire-
ta entre mediador (educador) que, com sua 
visão de mundo, contribui com leituras e 
auxilia o mediado (o educando) na tarefa de 
decifrar, pensar e aprender.
Aproveite! A prova maior é o fato de estar-
mos aqui sendo estimulados a entender 
todo esse processo que ocorre conosco e, 
certamente, por isso nos propomos ao es-
tudo: para que possamos aprender mais e 
sermos facilitadores da aprendizagem de 
outros.
6/241
Unidade 1
Modalidades e Estilos de Aprendizagem
Objetivo
1. As Metodologias Ativas.
2. Novas Compreensões da Inteligência.
3. Estilos de Aprendizagem
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem7/241
1. Introdução 
Os desafios contemporâneos no tocante às 
mais variadas formas de aprender passam 
pelas chamadas “metodologias ativas”, que 
envolvem o educando num ritmo e dina-
mismo maior. Envolvendo-os na mudança 
do padrão do pensamento e no aumento da 
capacidade de refletir e concluir posiciona-
mentos. A grande transformação coletiva, 
social e comportamental vem modificando 
as formas de desenvolver novas ações pe-
rante arealidade. O surgimento dessa abor-
dagem tem sido uma resposta necessária 
para acompanhar a modificação de interes-
ses e necessidades atuais. Alguns educado-
res são resistentes à adoção do uso de me-
todologias ativas nas práticas pedagógicas, 
receosos do rompimento com a tradição já 
que não tiveram acesso a tais conhecimen-
tos, e, no contexto atual, são surpreendidos 
com a inovação no ensino e aprendizagem. 
Certamente, irão buscar um meio de inte-
grar os conhecimentos, sem que seja neces-
sário abandonar ou substituir inteiramente 
práticas pedagógicas que funcionem, e que 
se relaciona com o estilo do próprio profis-
sional. É relevante que tenha acesso e possa 
compreender as repercussões práticas des-
sas metodologias para que possa integrar 
com o seu conhecimento já consolidado. 
Os estilos de aprendizagem apontam para 
variadas formas de aprender, portanto, não 
existe uma ideal. Podem, inclusive, atender 
ao estilo considerado o mais adequado ao 
educando. Isso representou uma grande 
inovação no âmbito da compreensão da in-
teligência, como veremos mais à frente. 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem8/241
A contextualização do saber, o desenvolvi-
mento das competências e das habilidades 
e a transposição de conhecimentos para 
outros tornaram o desafio de educar muito 
mais amplo. Um maior interesse por parte 
dos educadores em manter a motivação dos 
educandos, o próprio interesse e a agilida-
de do pensar atual, bem como as demandas 
que surgem em tempo real exigem do edu-
cador uma atuação não apenas dinâmica, 
mas “experienciada” (vivida), marcada no 
tempo presente, pois o tempo do aprender 
é também aquele que surge no momento do 
compartilhamento, com as contribuições 
dos educandos, num fazer pedagógico con-
junto, cocriado. 
2. As Metodologias Ativas
A Prática Pedagógica e os Processos Cogniti-
vos podem ser úteis na vida do profissional 
que faz uso do conhecimento na sua gestão 
e na da informação, bem como na condução 
do seu processo de aprendizagem, aplican-
do de forma criativa a cognição, com recur-
sos inovadores, permitindo que o aprender 
resulte na melhor destinação para os con-
ceitos a serem aplicados navida. As Meto-
dologias Ativas são um exemplo do geren-
ciamento dessas funções.
Reunir os melhores recursos cognitivos, 
inicia-se ao estimular a capacidade inova-
dora do conhecimento, que não é estáti-
ca e sim mobilizada a todo tempo, o qual 
deixa, necessariamente, de ser empregado 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem9/241
na sua forma habitual e tradicional, como 
aquisição específica, para ser incorporado 
a ações mais efetivas, eficazes e multifun-
cionais. Ampliando a posição tradicional 
de alteridade entre educador e educando, 
cuja interação se associava à posição de se 
colocar como promotor do saber e tendo o 
aprendiz na função passiva, que “aguarda-
va” o conteúdo, sem qualquer indagação ou 
reflexão, dos conhecimentos apresentados. 
Sendo unicamente assimilados. A mudança 
de uma postura passiva para uma ativa está 
associada a uma alteração central no papel 
dos dois agentes: educador e educando, as-
sumindo uma postura de interlocução, de 
facilitação e de construção conjunta. O que 
necessariamente assegura uma aprendiza-
gem. Diferente daquela postura passiva, de 
simples assimilação sem uma reflexão. De 
acordo com Moura (2014), as Metodologias 
Ativas são aquelas que apresentam as se-
guintes características: 
• Demandam e estimulam a participa-
ção do aluno, envolvendo-o em todas 
as suas dimensões humanas: sensó-
rio-motor, afetivo-emocional e men-
tal-cognitiva. 
• Respeitam e estimulam a liberdade de 
escolha do aluno diante dos estudos 
e atividades a serem desenvolvidas, 
possibilitando a consideração de múl-
tiplos interesses e objetivos. 
• Valorizam e se apoiam na contextua-
lização do conhecimento, imprimindo 
um sentido de realidade e utilidade 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem10/241
nos estudos e atividades desenvolvi-
das. 
• Estimulam as atividades em grupos, 
possibilitando as contribuições for-
mativas do trabalho em equipe. 
• Promovem a utilização de múltiplos 
recursos culturais, científicos e tecno-
lógicos que podem ser providencia-
dos pelos próprios alunos no mundo 
em que vivemos. 
• Promovem a competência de sociali-
zação do conhecimento e dos resulta-
dos obtidos nas atividades desenvol-
vidas.
 Tais metodologias têm o seu foco no de-
senvolvimento das competências técnicas 
necessárias para a sua formação profissio-
nal, mas consideram o desenvolvimento de 
valores pessoais essenciais no mundo con-
temporâneo, como: conduta ética, capaci-
dade de iniciativa, criatividade, atitude em-
preendedora, flexibilidade, autocontrole, 
comunicação, expressão oral e escrita etc.
a) Há duas Metodologias Ativas de apren-
dizagem propícias para jovens em 
período pré-universitário e univer-
sitário, como aponta Moura (2014): 
Aprendizagem baseada em proble-
mas (ABprob): os temas tratados são 
geralmente escolhidos pelo professor, 
que pode levar em conta os objetivos e 
os conteúdos de sua disciplina ou cur-
so. E estão mais próximas das aborda-
gens tradicionais.
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem11/241
b) Aprendizagem baseada em projetos 
(ABproj): o aluno tem grande liber-
dade de escolha do tema que estará 
contido em seu projeto, o qual, muitas 
vezes, não se enquadra exatamente 
nos conteúdos propostos para a disci-
plina. Os efeitos positivos da liberda-
de de escolha, como a motivação do 
aluno, são maiores.
Tanto uma quanto a outra propiciam e es-
timulam o desenvolvimento de habilidades 
importantes.
A destinação do conhecimento neste for-
mato metodológico tem como objetivo pre-
parar o educando para as suas atividades 
e realizações, tomar decisões e fazer esco-
lhas na vida. Sendo um acréscimo em sua 
história, aprendendo a pensar sobre o que 
se conhece, aprendendo a dar soluções e 
a criar conjuntamente com as situações às 
quais está exposto. As Metodologias Ativas 
também se conciliam com a abordagem ex-
periencial como veremos mais adiante ao 
estudar a Teoria Experiencial de Aprendiza-
gem de Kolb e seus estilos 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem12/241
3. Novas Compreensões da Inte-
ligência
Entre nossos objetivos, destaca-se a com-
preensão da inteligência, que passou por 
transformações importantes. Tal estudo 
contribui para a inovação e adoção de práti-
cas pedagógicas que venham a atender me-
lhor às necessidades dos educandos. A evo-
lução do conceito de inteligência nos trouxe 
modificações qualitativas na compreensão 
dos processos de cognição e de aprendiza-
do humano de modo a considerar os distin-
tos estilos de aprendizagem, atendendo aos 
mais variados interesses e formas de apren-
der. Isso representa um grande avanço, não 
havendo uma única maneira de ensinar e, 
consequentemente, apenas uma forma de 
aprender. São múltiplas as formas do uso da 
inteligência, consideradas as capacidades 
que cada indivíduo possui, empregando o 
conhecimento de formas distintas. 
A neurociência aplicada à educação tem 
sido um tema atraente para fundamentar 
o estudo do cérebro, especialmente sobre 
como obter melhores níveis de aprendiza-
gem e desenvolver capacidades intelectivas, 
como a memorização e o acesso ao próprio 
banco de memórias, dados e informações 
que são reunidos no decorrer da vida. Este 
aspecto contribui para que o indivíduo pos-
sa solidificar a sua base de experiências, ou 
seja, um repertório vivencial de aprendiza-
dos, e que, certamente, resultará em novos 
interesses. 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem13/241
A perspectiva da multi, trans e pluri disci-
plinas tem nos oferecido muitas possibili-
dades, pois admitimos, finalmente, que as 
ciências conversam entre si, que podemos 
obter e produzir mais conhecimento quan-
do nos propomos a considerar as contribui-
ções de uma e de outra, e, assim, compor 
uma estrutura, cuja visão é sistêmica, apro-
ximada da construção do saber. E que, desta 
forma, a inteligência se expande e amplia.
A compreensão do conceito de inteligência, 
a qual era vista pela abordagem tradicio-
nalista como score, sujeita a ser pontuada e 
classificada, visando determinar, portanto, 
se o indivíduo aprendia, foi muito modifi-
cada desde que o psicólogo francês, Alfred 
Binet, em 1905, junto com Thomas Simon 
formularam o primeiro teste de inteligên-
cia, o Coeficiente de Inteligência, QI. Este 
procurava quantificar o nível de inteligên-
cia do indivíduo e separava as pessoas em 
categorias: os que aprendiam e os que não 
aprendiam muito bem. Outros estudiosos 
também contribuíram com o estudo da in-
teligência, mas faltavam elementos para 
se pensar a inteligência como um processo 
mental que não fosse mensurável, mas qua-
litativo. Sendo possível avaliar que pessoas 
podem aprender determinados assuntos 
com mais facilidade e outras apresentarem 
mais dificuldade. 
Considerando a natureza dos processos 
cognitivos ser de ordem subjetiva e, por ve-
zes, abstrata, foi necessário acompanhar a 
evolução dos estudos de inteligência, que 
passou a incluir todo tipo de pessoa e toda 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem14/241
forma de aprendizado, inclusive, aque-
la que não estava teoricamente prevista e 
que poderia surgir como resultado extra do 
educando, como quem também produz co-
nhecimento conjuntamente com seu inter-
locutor: - o educador, pois foi vivenciada e 
observada. 
De um conceito singular, cujo coeficiente 
opera na instância concreta e objetiva, pas-
samos por uma evolução, para uma con-
cepção plural da inteligência pelas contri-
buições de Gardner (1995), apresentando-
-nos “A Teoria das Múltiplas Inteligências” 
no livro “Estruturas da Mente”, que revolu-
cionou a compreensão tradicional. 
Os constructos de Gardner (1995) nos fi-
zeram compreender que há um universo 
de habilidades, sendo estas distintas en-
tre uma pessoa e outra, o que, por sua vez, 
permitem meios de aprender diferenciados, 
bem como a possibilidade de cada indivíduo 
de forjar seus talentos próprios. 
Esses talentos são enaltecidos quando se 
percebe um tipo de inteligênciaque favore-
ce determinadas habilidades, já que as pes-
soas são diferentes e podem aprender mais 
e melhor algumas atribuições que sejam 
de sua necessidade. Compreendemos com 
isso que a cognição está associada aos inte-
resses da pessoa, ou seja, o conhecimento, 
o objetivo, a finalidade, o sentido e o sig-
nificado com que se relacionam com suas 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem15/241
demandas de aprendizado, de acordo com 
suas indagações que são curiosidades que 
partem de algo que se observou, sentiu, e, 
com isso, o moveu a buscar respostas e for-
mular conclusões. Tornando-se assim expe-
riências cognitivas importantes, e registros 
de aprendizados significativos. 
A dimensão que o conhecimento tomou as-
sumiu proporções grandiosas, partindo de 
uma consciência individual do que é apren-
dido, como as Teorias de Aprendizagem nos 
mostram, e seguindo para a contribuição 
em seu ambiente social e familiar. Assim, 
sua função maior é cumprida quando com-
partilhada na convivência em sociedade. O 
conhecimento e a aprendizagem tornaram-
-se pilares da sociedade da informação as-
sociados a um melhor uso da inteligência. 
A atualização é constante principalmente 
devido à velocidade da comunicação digi-
tal, expandindo o saber em escalas cada vez 
maiores. É nesta sociedade da informação 
atual, digital e contemporânea do século 
XXI, que muitos aprendizados ocorrem.
O que fazer com aqueles que pensam de 
forma diferente de outras pessoas que cap-
tam e analisam outros aspectos? E os que 
não se interessam pelo conteúdo que está 
sendo apresentado? Estão associados à fal-
ta de motivação e interesse? São menos in-
teligentes por isso? 
Ao observarem um número crescente de in-
divíduos que aprendiam coisas diferentes 
ou aplicavam o aprendido em outros usos, 
pode-se constatar a existência de outros 
interesses que não aqueles previstos. Ao 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem16/241
conceber que as pessoas são diferentes, foi 
possível avaliar que talvez a sua inteligên-
cia pudesse ser diversa das demais, dentro 
de uma diversidade de formas possíveis de 
apreensão, de registro de conteúdos e in-
formações com capacidade para serem uti-
lizadas de infinitas formas.
A noção do indivíduo inteligente se modi-
ficou a partir do momento em que Gardner 
(2000) redefine inteligência, à luz das ori-
gens biológicas da habilidade para a solu-
ção de problemas. Dando lugar a múltiplas 
constatações, muito diferentes do modelo 
tradicional: se o indivíduo não aprende do 
modo esperado, acaba aprendendo o que? 
De que forma? E para qual finalidade? E 
aqueles que não aprendem neste modelo, 
estão tendo dificuldade em que área? Ou 
em qual habilidade? 
Para Gardner (2000), o conteúdo e avalia-
ção “massificado” subestimam as variadas 
inteligências e estilos de aprendizagem dos 
alunos, afastando-os de suas experiências e 
realidade diária, tornando-se um fator alta-
mente desmotivador para a aprendizagem.
Gardner (2000) afirma que se mostrará mui-
to mais proveitoso ofertar uma variedade 
de abordagens e estratégias pedagógicas 
ao aluno, com múltiplas formas de apre-
sentar informações (texto, imagens, vídeo, 
multimídia interativa, entre outras) e ferra-
mentas para apoiá-las, respeitando as vá-
rias inteligências e estilos de aprendizagem 
dos alunos.
A inteligência foi pluralizada e ganhou no-
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem17/241
vos contornos que levaram em considera-
ção a sua marca pessoal. As pessoas apren-
dem de formas distintas em razão de de-
terminadas habilidades existirem em grau 
mais acentuado para uma e menos para ou-
tra, sem que isso represente que uma seja 
melhor ou pior, mas apenas diferentes. Com 
isso, a Teoria das Múltiplas Inteligências de 
Gardner (2001) ganhou expressiva adesão 
por parte dos educadores, uma vez que suas 
premissas consideraram o estudo da men-
te humana e suas correlações multidiscipli-
nares, oferecendo a ampliação do conceito 
de inteligência como sendo: “Um potencial 
biopsicológico para processar informações 
que pode ser ativado num cenário cultural 
para solucionar problemas ou criar produ-
tos que sejam valorizados por uma cultura”. 
(GARDNER, 2001, p. 46) 
A essas capacidades diversas de processa-
mento da informação Gardner chamou de 
inteligências, no plural. E o seu desenvolvi-
mento será definido por fatores genéticos, 
neurobiológicos e ambientais. E cada uma 
poderá se expressar em maior ou menor 
grau. A cultura também é base para a expli-
cação de sua teoria, pois o desenvolvimento 
ou a evolução dessas modalidades de inteli-
gências tem uma repercussão direta na for-
ma do indivíduo responder em seu ambiente. 
Os Tipos de Múltiplas Inteligências estrutu-
radas por Gardner (2000) são: 
• Inteligência linguística: sensibilida-
de para os sons, ritmos e significados 
das palavras, além de uma especial 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem18/241
percepção das diferentes funções da 
linguagem usando-as para conven-
cer, agradar, estimular ou transmitir 
ideias. 
• Inteligência musical: se manifesta por 
meio de uma habilidade para apreciar, 
compor ou reproduzir uma peça mu-
sical. 
• Inteligência lógico-matemática: os 
componentes centrais desta inteli-
gência são descritos como uma sensi-
bilidade para padrões, ordem e siste-
matização, característica de matemá-
ticos e cientistas. 
• Inteligência espacial: é a capacidade 
para perceber o mundo visual e es-
pacial de forma precisa. É a habilida-
de para manipular formas ou objetos 
mentalmente e, a partir das percep-
ções iniciais, criar tensão, equilíbrio e 
composição, numa representação vi-
sual ou espacial. 
• Inteligência cinestésica: se refere à 
habilidade para resolver problemas 
ou criar produtos por meio do uso de 
parte ou de todo o corpo. É a habili-
dade para usar a coordenação grossa 
ou fina em esportes, artes cênicas ou 
plásticas no controle dos movimentos 
do corpo e na manipulação de objetos 
com destreza. 
• Inteligência interpessoal: habilidade 
para entender e responder adequa-
damente a humores, temperamentos 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem19/241
motivações e desejos de outras pes-
soas. 
• Inteligência intrapessoal: Esta inteli-
gência é o correlativo interno da in-
teligência interpessoal, isto é, a ha-
bilidade para ter acesso aos próprios 
sentimentos, sonhos e ideias, para 
discriminá-los e lançar mão deles na 
solução de problemas pessoais.
Pode-se observar também a relevância dos 
estudos genéticos relacionados à capaci-
dade do aprender, tornando a Biologia im-
prescindível para a compreensão das mui-
tas indagações decorrentes da evolução das 
formas e estilos de aprendizagem. O estudo 
do cérebro tem tido destaque nas moder-
nas metodologias em como extrair um de-
sempenho maior e melhor. Este é o local no 
qual ocorrem os processamentos internos 
de aprendizagem, cognitivos e metacogni-
tivos. A capacidade de desenvolver correla-
ções e estabelecer associações que venham 
a contribuir com novas sinapses neuronais o 
que resulta na chamada expansão de cons-
ciência-visão ampliada acerca de um as-
sunto ou tema. 
As contribuições da neurociência associada 
à educação são inúmeras. Pode-se enten-
der que os circuitos cerebrais favorecem à 
movimentação de frequência mental, pelos 
neurônios, que são as células que compõem 
o sistema nervoso central, estabelecendo 
associações entre as informações, o que au-
menta a sua capacidade de compreensão.
O estudo da neurociência aplicada à edu-
cação, e especificamente à qualidade da 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem20/241
4. Estilos de Aprendizagem
A teoria de aprendizagem de Kolb na visão 
de Chapman (2008) no artigo intitulado: 
Kolb Learning Styles (tradução: “Os Estilos de 
Aprendizagem de Kolb”), apresenta quatro 
aprendizagem, tem seu propósito na com-
preensão das várias formas possíveis de 
aprender, na observação do comportamen-
to do educando em situação de aprendiza-gem, em conhecer a Biologia cerebral nas 
suas dimensões cognitivas, afetivas e mo-
toras. Estuda o Sistema Nervoso Central e 
suas complexidades, anatomia e fisiologia 
num cérebro capaz de aprender.
De que forma o cérebro aprende, de que for-
ma estimular o aluno a aprender e conhecer 
o que dificulta a aprendizagem são algumas 
das reflexões pertinentes. Atente logo mais 
para o sujeito cerebral abordado no vídeo 
sugerido “Neurociência na aprendizagem 
escolar”. 
Para saber mais
Faça as suas reflexões sobre o tema. Procure ano-
tar outras indagações que surjam no decorrer do 
vídeo e as ideias centrais que lhe serão úteis.
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem21/241
distintos estilos de aprendizagem, que são 
vivenciados em quatros estágios nos quais 
as experiências imediatas e concretas vão 
possibilitar suas observações e reflexões. 
Estas são assimiladas e tornam-se concei-
tos abstratos, entendidos numa concepção 
particular e até simbólica, influenciando a 
qualidade da ação que é concreta. Essa po-
derá ser ativamente testada, e, por sua vez, 
oferecerá meios para serem criadas novas 
experiências. Trata-se de uma sequência 
que o autor chama de círculo de aprendi-
zagem e até podemos entender como um 
ciclo, partindo de um e seguindo, necessa-
riamente, ao outro e assim por diante. Este 
círculo que inclui a experiência, a reflexão, 
o pensamento e a atividade, veremos em 
detalhe a seguir: 
Conforme o artigo de Chapman (2008), 
Kolb trabalha em dois níveis:
Pelo círculo de quatro estágios: 
 Estágio 1: Experiência Concreta. 
 Estágio 2: Observação Reflexiva. 
 Estágio 3: Conceituação Abstrata. 
 Estágio 4: Experimentação Ativa. 
E pelo outro nível que, em razão da passa-
gem por estes estilos de aprendizagem vi-
vidos sequencialmente, terá em cada um 
destes a combinação de dois estilos prefe-
ridos, ou melhor, uma matriz dois por dois 
dos estilos de círculo de quatro estágios, 
como veremos a seguir:
a) Divergência. 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem22/241
b) Assimilação. 
c) Convergência. 
d) Acomodação.
Chapman (2008) esclarece que conhecen-
do um estilo de aprendizagem de uma pes-
soa (e o seu próprio) é possível aprender e 
se orientar por esse método preferido. Isso 
representa também que cada um respon-
de e necessita de estímulos de outro estilo 
de aprendizagem, apesar de ter um ou outro 
como preferencial. Identificamos em segui-
da como se dá a junção de dois estilos em 
um.
• Divergência (sentir e observar): es-
tas pessoas são hábeis para observar 
as coisas de diferentes perspectivas. 
Elas são sensitivas, preferem obser-
var a fazer, tendendo a obter infor-
mação e usar a imaginação para re-
solver problemas. Elas são melhores 
para enxergar situações concretas 
sob diferentes pontos de vista. Kolb 
denominou esse estilo como ”Diver-
gência” porque essas pessoas apre-
sentam um desempenho melhor em 
situações que requerem geração de 
ideias, por exemplo, tempestade ce-
rebral. Pessoas com o estilo de apren-
dizagem ”Divergência” têm amplos 
interesses culturais e gostam de obter 
informação. Elas são interessadas em 
pessoas, tendem a ser imaginativas e 
emocionais e serem fortes nas artes. 
Pessoas como o estilo ”Divergência” 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem23/241
preferem trabalhar em grupos, escu-
tar com uma mente aberta e receber 
retorno pessoal. 
• Assimilação (observar e pensar): A 
preferência de aprendizagem “Assi-
milação” é para uma abordagem con-
cisa e lógica. Ideias e conceitos são 
mais importantes do que pessoas. Es-
tas pessoas requerem explanação boa 
e clara ao invés de oportunidade prá-
tica. Elas se sobressaem ao entender 
informação de amplo alcance e em 
organizá-la de forma clara e lógica. 
Pessoas com um estilo de aprendiza-
gem por “Assimilação” são menos fo-
cadas em pessoas e mais interessadas 
em ideias e conceitos abstratos. Pes-
soas com esse estilo são mais atraídas 
por teorias que soam logicamente do 
que abordagens baseadas em valores 
práticos. Essas pessoas desse tipo de 
aprendizagem são importantes para a 
eficiência na informação e nas carrei-
ras científicas. Em situações de apren-
dizagem formal, pessoas com esse es-
tilo preferem leituras, palestras e ex-
plorar modelos analíticos. 
• Convergência (fazer e pensar): pes-
soas com um estilo de aprendizagem 
por “Convergência” podem resolver 
problemas e usarão sua aprendizagem 
para encontrar soluções para ques-
tões práticas. Elas preferem tarefas 
técnicas e se relacionam menos com 
pessoas e com aspectos interpessoais. 
São as melhores para encontrar ques-
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem24/241
tões práticas para ideias e teorias. 
Elas podem resolver problemas e to-
mar decisões. São mais atraídas para 
tarefas técnicas e problemas ao invés 
de questões interpessoais ou sociais. 
Esse estilo capacita habilidades espe-
cialistas e de tecnologia. Gostam de 
experimentar novas ideias, simular e 
trabalhar com aplicações práticas. 
• Acomodação (fazer e sentir): O estilo 
de aprendizagem por “Acomodação” 
confia na intuição mais do que na ló-
gica. Essas pessoas usam análise de 
outras pessoas e preferem utilizar uma 
abordagem prática e experimental. 
São atraídas para novos desafios, ex-
periências e para executar planos. Elas 
comumente agem por instinto interno 
ao invés de análise lógica. Tenderão 
a confiar em outros para informação 
ao invés de desenvolver suas próprias 
análises. Este estilo de aprendizagem 
é predominante útil em papéis que re-
querem ação e iniciativa. Preferem tra-
balhar em equipe para completar tare-
fas. Elas fixam alvos e ativamente tra-
balham no campo tentando diferentes 
caminhos para atingir um objetivo.
A teoria de Walter Barbe aponta um modelo 
de aprendizagem no qual identifica pesso-
as que são mais visuais, outras que são mais 
cinestésicas e as que são mais auditivas. 
Reconhecida pela sigla VAC, cada indivíduo 
aprende ou se desenvolve melhor conside-
rando tal peculiaridade: 
• Visual: pelo que enxerga e visualiza.
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem25/241
• Auditivos: pelo que escutam.
• Cinestésicos: pelo que sente por meio 
dos órgãos dos sentidos e as sensa-
ções.
Os pesquisadores Peter Honey e Alan Mum-
ford (1970) criaram outro modelo em rela-
ção aos estilos de aprendizagem propostos 
por Kolb. Desenvolveram enquanto traba-
lhavam em um projeto para a corporação 
Chloride nos anos de 1970.
Eles dividiram os aprendizes em quatro ti-
pos: reflexivos, teóricos, pragmáticos e ati-
vos.
• Os  reflexivos  são aqueles que estão 
sempre perguntando o  porquê  das 
coisas. Eles precisam ter essa infor-
mação, caso contrário, se sentem per-
didos na aprendizagem.
• Os  teóricos  são aqueles que gostam 
de se aprofundar na teoria e conhecer 
todos os conceitos presentes nela, por 
isso, eles estão sempre perguntan-
do o quê.
• Os pragmáticos são aqueles que que-
rem saber a “receita do bolo”. Eles 
perguntam o como e gostam de rece-
ber o passo a passo para fazerem algo 
ou resolverem um problema prático.
• Os ativos estão sempre se perguntan-
do E se… “E se eu fizesse tal coisa?”, “E 
se acontecesse isso ou aquilo…?”. Esse 
é o tipo de aprendiz que precisa co-
locar a mão na massa para realmen-
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem26/241
te sentir que entendeu aquela nova 
informação e que pensa sempre em 
uma nova alternativa.
É possível observar, nos modelos e estilos 
apresentados pelos autores, como cada um 
deles faz sentido e corroboram com a pre-
missa de que existem maneiras diferentes 
em que as pessoas aprendem. E cada mo-
delo aponta a natureza da aprendizagem de 
pontos de vista diferentes. Entretanto, al-
guns neurocientistas dizem que esses mo-
delos não são válidos como teoria científica 
porque não podem ser testados de maneira 
rigorosa. No entanto, o que fortalece tais 
modelos é a experiência da aprendizagem, 
que é possível observar, seja por parte dos 
educadores, como dosaprendizes, cada 
qual em sua função a veracidade destes es-
tilos.
No círculo de aprendizagem proposto por 
Link
No artigo abaixo é possível ter acesso ao texto do 
Blog “Mais Aprendizagem” de Ana Lopes em que 
aborda alguns dos estilos de aprendizagem de 
forma bem clara, vale conferir e assistir ao exce-
lente vídeo referenciado a seguir sobre os Mode-
los de Estilos de Aprendizagem.
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem27/241
Kolb considera-se que haja a combinação 
de dois estilos num mesmo modelo. O edu-
cando aprende não somente por um atri-
buto, mas por dois ou mais. O processo de 
memorização acontece por vários canais 
de assimilação, por isso, quanto mais in-
dagamos sobre algo de nosso interesse, é 
melhor para que possamos dispor de várias 
formas e compreender a informação. Isso 
representa que podemos ser auditivos e vi-
suais, podemos ser reflexivos e pragmáti-
cos, como podemos passar pelo círculo de 
aprendizagem e agruparmos os modelos de 
“convergência” (fazer e pensar) e “acomo-
dação” (fazer e sentir). Sendo possível as-
sim efetivarmos uma série de conexões que 
vão consolidar o processo de memorização 
e retenção de conteúdos. 
Concluindo, a educação é um processo com 
repercussões amplas, oferecendo subsídios 
para que se permaneça criando novas con-
clusões. O ponto aprendido e assimilado 
torna-se recurso de viabilização na prática 
cotidiana, em suas ações, formas de pen-
sar e conviver em sociedade. Essa talvez 
tenha sido a maior contribuição que o con-
hecimento e a pedagogia tem tido até o 
momento: promovendo que mais pessoas 
aprendam, observem, analisem, reflitam, 
concluam e interfiram na realidade com no-
vas respostas para as situações conhecidas. 
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem28/241
Glossário
Neurociência voltada para a educação: área da ciência que estuda os neurônios, as células 
nervosas, que pelos estímulos provocam as sinapses que são geradoras de apreensão e registro 
dos fatos envolvidos em uma emoção, sentimentos e fenômenos bioquímicos do corpo huma-
no. Estuda o funcionamento do cérebro e da mente, extraindo daí níveis de compreensão do 
processo de aprendizagem. O que favorece e o que contribui para um melhor aprender (reter) e 
poder fazer uso destes conteúdos quando necessários.
Inteligências Múltiplas: conceito de Gardner (1995) que contribui para uma visão plural da 
inteligência, diferindo do modelo concreto para o termo como algo obtido por um coeficiente 
numérico que apontava que as pessoas eram mais ou menos inteligentes. A pluralidade da in-
teligência revoluciona o termo, pois constata a diversidade de formas de aprender e registrar o 
conhecimento que está exposto na vida.
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem29/241
Glossário
Metodologias Ativas: traduzindo-se do inglês para o português o conceito refere-se a “estu-
dantes passivos, nunca mais”. Sua metodologia apresenta as seguintes características: a par-
ticipação mais frequente do aluno; a liberdade de escolha do aluno com múltiplos objetivos e 
interesses; a contextualização do conhecimento; atividades em grupos, o trabalho em equipe; 
a utilização de múltiplos recursos culturais, científicos e tecnológicos; a socialização ou o com-
partilhamento do conhecimento e dos resultados obtidos nas atividades desenvolvidas.
Questão
reflexão
?
para
30/241
Pesquise mais a respeito da Teoria das Inteligências Múl-
tiplas e seus tipos, abrindo uma discussão com o grupo 
sobre a percepção que cada um tem de si no modo no 
qual é mais fácil de aprender, e a quais estímulos respon-
de melhor na situação de aprendizagem. Troque com os 
colegas essas impressões a fim de verificar as diferenças 
existentes.
31/241
Considerações Finais
• Uma mesma situação de aprendizagem pode levar a caminhos diferentes, 
podendo então conceber que cada aprendiz/educando possa cumprir a sua 
jornada de acordo com seu interesse, surpreendendo-se com as novas con-
tribuições que forem sendo geradas na situação de aprendizagem.
• O avanço dos estudos da inteligência possibilitou muitos ganhos ao aceita-
rem que as pessoas são diferentes e que não é só um índice que quantifica 
a capacidade do aprendiz aprender, mas também deve ser considerado o 
aspecto qualitativo que contribui com o acervo de registros memorizados. 
• Na adoção dos estilos de aprendizagem é possível associar ou mesclar dois 
ou mais estilos, pois a assimilação ocorre de várias formas simultâneas, o 
que facilita a memorização dos conteúdos.
• Existem preferências quanto ao seu próprio estilo de aprendizagem que é o 
produto de dois pares de variáveis ou duas ”escolhas” separadas.
Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem32/241
Referências
BEHRENS, Marilda A.; SANTOS, Gerson R. A Aprendizagem Colaborativa e As Inteligências Múl-
tiplas. Paraná: PUC PR. EDUCERE, 2006.
BATISTA, Gustavo Araújo: SILVA, Márcia R. Luis da. Estilos de Aprendizagem em kolb. Tradução 
do original CHAPMAN, Alan. Kolb Learning Styles, 2008 Disponível em: <http://www.fucamp.edu.
br/editora/index.php/cadernos/article/view/105> Acesso em: 5 ago. 2017.
COUTINHO, Clara; LISBOA, Eliana. Sociedade da Informação, do Conhecimento e da Aprendiza-
gem: Desafios para Educação no Século XXI. Revista de Educação. Vol. XVIII, nº 1, p. 5-22. 2011.
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a Teoria na Prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 
2000.
GARDNER, Howard. Inteligência: um Conceito Reformulado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
GARDNER, Howard. Estruturas da mente: Teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre: 
ArtMed. 1995.
MOURA, Dácio Guimarães de. Metodologias Ativas de Aprendizagem e os desafios Educacio-
nais da Atualidade. Palestra apresentada no XI Encontro Nacional de Dirigentes de Graduação 
das IES Particulares, Curitiba: Universidade Positivo, 2014.
http://www.fucamp.edu.br/editora/index.php/cadernos/article/view/105
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Unidade 1 • Modalidades e Estilos de Aprendizagem33/241
WERTHEIN, Jorge. A Sociedade da Informação e Seus Desafios. Ci. Inf., Brasília, v.29, n.2, p. 
71-77, mai/ago. 2000.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S010019652000000200009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt> Acesso em 19 de agosto de 2017.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010019652000000200009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010019652000000200009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
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1. As Metodologias Ativas podem ser definidas de forma breve como:
a) Tudo o que representa o universo digital e tecnologias em educação.
b) Recusa à passividade do aluno, considerando-o ativo, coparticipante de todo o processo de 
aprendizagem.
c) São resultados da neurociência aplicada à educação.
d) São recursos que empoderam o educador deixando-o livre para atuar.
e) É um método de aprendizagem propício ao estilo de aprendizagem de “acomodação”.
Questão 1
35/241
2. A Teoria Experiencial de Kolb tem como eixo central:
a) Baseia-se na experiência que está disponível no cotidiano, tudo é aprendizagem, a própria 
vida.
b) Os estilos: Divergência, Assimilação, Convergência e Acomodação.
c) O círculo de aprendizagem sequencial: Experiência Concreta, Observação Reflexiva, Concei-
tuação Abstrata e Experimentação Ativa.
d) Composto de uma mistura de dois ou mais estilos de aprendizagem.
e) Seus quatro estilos levam a outra sequência e todos eles são o foco central da teoria.
Questão 2
36/241
3. A característica central da aprendizagem baseada em projetos é:
a) O educador compartilha as suas ideias com os educandos a fim de que estes apontem como 
desejam que a apresentação da disciplina ocorra.
b) O educador é detentor de todo o plano de aula, se propõe e é cobrado a cumpri-lo.
c) O aluno aceita o que o professor propõe, contudo, é motivado pelos constantes estímulos de 
dinamismo dos temas envolvidos com a aprendizagem.
d) A liberdade de escolhados temas de interesse, sem necessariamente estar ligado ao curso e 
a uma maior motivação por parte do aluno.
e) Nenhuma delas.
Questão 3
37/241
4. A característica central da aprendizagem baseada em problemas é:
a) Mais próxima do método tradicional de ensino, no qual os temas são escolhidos pelo pro-
fessor de acordo com os objetivos e conteúdos da disciplina. 
b) Tem o seu foco no compartilhamento das ideias que surgem entre os aprendizes diante do 
tema exposto.
c) Propõe-se a resolver o problema que todos formulam relativo ao assunto em situação de 
aprendizagem.
d) Tanto o aluno quanto o professor buscam compreender qual a questão central a ser tratada.
e) Nenhuma delas está associada com a pergunta.
Questão 4
38/241
5. O modelo de aprendizagem baseado nos estilos Visual, Auditivo e Ci-
nestésico (VAC) foram estudados por qual pesquisador:
a) Hooward Gardner.
b) Walter Barbe.
c) David Kolb.
d) Munford & Honey.
e) Reuven Fuerstein.
Questão 5
39/241
Gabarito
1. Resposta: B.
Recusa à passividade do aluno, consideran-
do-o ativo, coparticipante de todo o pro-
cesso de aprendizagem.
2. Resposta: C.
O círculo de aprendizagem sequencial: Ex-
periência Concreta, Observação Reflexiva, 
Conceituação Abstrata e Experimentação 
Ativa.
3. Resposta: D.
A liberdade de escolha dos temas de inte-
resse, sem necessariamente estar ligado ao 
curso e a uma maior motivação por parte do 
aluno.
4. Resposta: A.
Mais próxima do método tradicional de en-
sino, no qual os temas são escolhidos pelo 
professor de acordo com os objetivos e con-
teúdos da disciplina.
5. Resposta: B.
Walter Barbe.
40/241
Unidade 2
Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da 
Informação
Objetivo
1. Discutir o incentivo da metacognição nas 
práticas pedagógicas. O uso do conheci-
mento e da informação. 
2. Entender as funções do professor/educa-
dor e aluno/ educando em uma propos-
ta de autonomia nas práticas de ensino–
aprendizagem. 
3. Mostrar que as pessoas aprendem de for-
ma diferente ainda que o conteúdo seja o 
mesmo.
4. Apresentar a Andragogia, da Heutagogia.
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação41/241
1. Introdução
A relevância deste tema a respeito das es-
tratégias de aprendizagem aplicadas ao 
processo de ensino-aprendizagem envolve 
a aquisição (assimilação), o armazenamen-
to (retenção de conteúdos) e o uso da infor-
mação (finalidade e objetivo). Veremos que 
as pessoas aprendem de forma diferente 
ainda que o conteúdo seja o mesmo, e que 
existem estilos de aprendizagem distintos. 
As diferenças entre as pessoas são marcan-
tes, principalmente, ao tratarmos do públi-
co adulto, que, como pessoas já constituí-
das, apresentam referenciais de identidade 
tais como psicológicos, sociais, culturais 
que as distinguem uma das outras. A apren-
dizagem voltada para os adultos é chama-
da de Andragogia, que envolve o estudo e 
os efeitos da aprendizagem em adultos. A 
metacognição na aprendizagem de adultos 
geram autonomia e autoconfiança, tornan-
do-se os próprios agentes da promoção do 
conhecimento e das suas formas de apli-
cação. Como detentor da eficiência de seu 
processo de aprendizagem, cabe a si mes-
mo escolher a melhor forma para tal, pois 
sabe que aprende melhor de determinada 
forma, e não de outra. 
A metacognição na aprendizagem de adul-
tos é geradora de autonomia e autocon-
fiança, tornando-os agentes da promoção 
do seu conhecimento bem como de sua 
aplicação. Desenvolvendo a habilidade de 
que forma utilizá-lo. Detendo a eficiência 
de seu próprio processo de aprendizagem, 
escolhem a melhor forma de aplicar a infor-
mação, e, sabendo reconhecer de que forma 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação42/241
aprende melhor. A metacognicão os auxi-
lia a aprender como se aprende, investindo 
maciçamente na independência de ação.
Este é um conceito muito importante para 
a psicologia cognitiva, fazendo com que 
os alunos planejem as suas ações futuras 
com base nos conhecimentos adquiridos, 
e que sejam capazes de identificar as suas 
próprias dificuldades e buscar meios efica-
zes de superá-las: compreender o que não 
deu acerto. Antes, tido como marcador de 
uma aprendizagem não bem-sucedida, é, 
em tempos atuais, transformada para uma 
visão de desafio: pensar em uma nova solu-
ção e como alcançá-la. Dar-se conta de es-
colher o que lhe interessa aprender e qual a 
melhor forma para que isso ocorra.
2. Aquisição, Armazenamento e 
Utilização do Conhecimento 
A metacognição é um recurso importante 
que deve ser incentivado pelo educador nas 
práticas pedagógicas, pois ela apontará ao 
educando de que forma fará uso da infor-
mação e do conhecimento. Possui três prin-
cípios básicos:
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação43/241
• O desenvolvimento de um plano de 
ação: eleger o que fazer primeiro, es-
tabelecendo a prioridade. Calcular 
quanto tempo para realizar a tarefa e 
verificar o conhecimento que já possui 
a respeito do tema.
• O monitoramento do plano de ação: 
perceber o caminho ou a estratégia: 
se está seguindo bem e se deve conti-
nuar por este caminho ou modificá-lo 
no meio do percurso. Dar-se conta do 
que especificamente precisa modifi-
car para executar a tarefa. 
• A avaliação do plano de ação: perce-
ber se está saindo-se bem e se con-
cluiu bem a tarefa e se é possível fa-
zer algo diferente. Observar o que não 
foi possível cumprir, e, em situações 
futuras, o que poderá fazer diferen-
te e elaborar finalmente em que esse 
aprendizado irá lhe ajudar.
Pelo modelo metacognitivo, o educador al-
meja promover a autonomia e estimular a 
tomada de decisões dos educandos, incen-
tivando-os a fazer seu próprio plano de es-
tudo e a desenvolver a capacidade de avaliar 
a si mesmo. Devem verificar se são capazes 
de perceber obstáculos, desafios e proble-
mas, superando-os e tornando possíveis as 
seguintes ações: 
• Refletir sobre o melhor modo para 
aprender, ou seja, desenvolver a me-
tacognição.
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação44/241
• Organizar e apresentar os conteú-
dos escolares de modo a favorecer a 
aprendizagem dos alunos 
• Avaliar seus alunos e seus próprios 
métodos de ensino, verificando se os 
métodos estão adequados para a sua 
finalidade, que é promover a aprendi-
zagem.
• Modificar os métodos para determi-
nados alunos/educandos. Isso será 
necessário, pois também deve-se 
aplicar ametacognição aos seus mé-
todos de ensino. Pensar a forma como 
eles são desenvolvidos e de que modo 
os atingem.
Os agentes dessa transformação, educador 
e educando, têm funções ou papéis distin-
tos. São os atores principais da construção 
do conhecimento, seja no modelo presen-
cial ou no ensino à distância (EaD), virtual, 
que atualmente cresce vertiginosamente, 
no cenário de uma pedagogia que aposta 
na autoaprendizagem, que falaremos mais 
adiante. É relevante ressaltar a interlocu-
ção existente entre estes dois agentes na 
atuação de um tutor/facilitador, por vezes, 
mediador junto a alguém que indaga, e o 
outro que é curioso quando motivado para 
o aprendizado e que participa construin-
do um saber e estabelecendo trocas entre 
o grupo. A participação do educando se 
modificou, sendo, portanto, mais atuante 
no seu próprio processo de aprendizagem. 
Como vimos no início, as pessoas aprendem 
de forma diferente e, por isso, suas contri-
buições são valiosas para o grupo exposto 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação45/241
ao conhecimento, pois as diferenças exis-
tentes marcam a importância dos variados 
pontos de vista e de compreensão e uso do 
conhecimento.
Vamos conhecer a Teoria de Independênciae Dependência de Campo criada por Whi-
tkin (1977). De acordo com Piconez (2002) 
apud Whitkin (1977) e seus colaboradores, 
realizaram vários experimentos para de-
monstrar como algumas pessoas são menos 
influenciadas pelo campo e outras, menos. 
Associado aos estudos relativos às estrutu-
ras da cognição, estabeleceram duas for-
mas de perceber a informação:
a) Dependente (global).
b) Independente (analítica). 
Sendo que as duas formas se referem à ex-
tensão que uma pessoa é capaz de perceber 
a parte de um campo (ambiente), distinta do 
campo mais amplo, o Todo. O termo “cam-
po” é utilizado para demonstrar o contexto 
(diferindo o Todo de suas partes que o com-
põem), de como as pessoas são mais ou me-
nos influenciadas pelo campo e pela forma 
como priorizam essa percepção variável. 
Recebendo a influência de fatores biológi-
cos, de seu histórico de vida individual e cul-
turais. Determinando-se assim dois estilos 
de aprendizagem: 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação46/241
• As práticas pedagógicas que apos-
tam na autonomia dos alunos: 
caracterizada pelo desenvolvimento 
do estilo de independência de campo.
• As práticas pedagógicas mais pater-
nalistas, mais conduzidas e guiadas: 
Caracterizada pelo estilo de depen-
dência de campo.
No estilo de aprendizagem “independente 
de campo” as seguintes características são 
percebidas:
• Percebem os elementos separados do 
seu contexto. 
• São menos influenciados pelo feedba-
ck e meio social. 
• Mais autoconfiantes.
• Resolvem problemas analíticos, ainda 
que não percebam o contexto organi-
zado e têm facilidade de estruturar o 
campo.
• Adaptam-se à abstração, que em nos-
sas ponderações podemos entender 
como “metacognição”.
• Buscam objetivos autodefinidos.
• Atuam bem com suas próprias estra-
tégias.
• Preferem interagir com o conteúdo a 
se relacionar com professores e cole-
gas.
• Aceitam ser corrigidos e possuem fa-
cilidade de corrigir os outros (base de 
troca).
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação47/241
No estilo de aprendizagem “dependente de 
campo” as seguintes características são no-
tadas: 
• Têm dificuldade em tratar dos pro-
blemas em que haja necessidade de 
separar algum ponto ou elemento do 
contexto mais amplo.
• Têm dificuldade em reorganizar as in-
formações para que seja utilizada num 
contexto diferente.
• Falta autoconfiança e segurança para 
modificar e criar no contexto.
• Preferem se apoiar em esquemas do-
minantes de referência para definir 
suas crenças, atitudes e sentimentos.
• Demonstram sensibilidade aos senti-
mentos.
• Habilidades interpessoais desenvolvi-
das.
• Preferem o direcionamento, ser guia-
das e obter feedbacks.
• Dão importância às referencias sociais.
• Se sentem bem resolvendo problemas 
em grupo.
• Aprendem de forma colaborativa.
• Têm dificuldade em lidar com mate-
riais desorganizados.
• Precisam de instruções mais explícitas.
• Na interação entre educador e edu-
cando apreciam a informalidade e a 
proximidade.
• Não apreciam dar e receber críticas. 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação48/241
Como o desenvolvimento da metacogni-
ção em aprendizagem ocorre tardiamente, 
a partir do 7-11 anos de idade, podemos 
explorar os recursos de aprendizagem apli-
cados ao Ensino Médio e Nível Superior, que 
pela vivência, histórico de vida, preferências 
e capacidade de escolha e decisão, já se en-
contram em pleno exercício com condições 
para a autoaprendizagem, automonitora-
ção e autoavaliação do seu aprendizado. 
Portanto, educador e educando são envol-
vidos conjuntamente no processo de ensi-
no-aprendizagem, cabendo ao educador 
formular os meios e métodos pelos quais irá 
criar contextos de aprendizagem e ao edu-
cando dar-se conta do que aprende, de que 
forma e quais são os desafios que enfrenta. 
O educador, como reiteramos, é um interlo-
cutor do desenvolvimento cognitivo, cons-
truindo maneiras para que pessoas apren-
dam, se conscientizem e possam pensar, 
refletir e agir. 
Sai a posição de um professor hierarquizado 
como ponto de partida da relação para assu-
mir uma postura de ora facilitador, ora par-
ticipante da produção de desdobramentos 
do saber, ora colaborador, ora estimulador 
e motivador de forças para cumprir deter-
minados pontos da evolução daqueles que 
navegam sob a condução de uma lideran-
ça. Sim, a função do professor é de lideran-
ça, de gestor, das várias situações que irão 
compor o conjunto, seja do seu aprendizado 
como do educando. Inúmeros aprendizados 
são incorporados, pois são experimentados 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação49/241
por meio de recursos que atendam aos an-
seios e às necessidades dos educandos, que 
os ajudam a buscar exemplos no dia a dia, 
fazendo-os refletir para que possam decidir 
e operar sobre suas escolhas de um modo 
mais aproximado dos seus valores pessoais. 
Na interação entre educador-educando, 
visando a coconstrução do conhecimento, 
o saber é aprendido, refletido e comparti-
lhado e não, necessariamente, encerrado 
em si como conhecimento estático e imu-
tável. Compondo uma grande teia que não 
cessa em aprender, fazer, pensar, elaborar, 
construir, edificar, formatar, tornar a pensar, 
aplicar, trocar, escutar, ser ouvido, decidir, 
empregar e utilizar. O processo cognitivo 
não cessa em se reinventar na forma de ler e 
compreender o mundo, pois ele é aprendido 
para ser aplicado na vida. É inserido na sua 
porção humana e não fora dela. 
Vamos abordar agora o ensino e aprendiza-
gem de adultos, a chamada Andragogia que 
etimologicamente provém do grego andros 
= adulto + agogus = guiar, conduzir e edu-
car. Foi conceituada em 1833 pelo profes-
sor alemão Alexander Kapp para descrever 
o método de ensino utilizado por Platão 
com pequenos grupos de adultos. Desen-
volveram técnicas para envolver os alunos 
adultos diante do interesse em um determi-
nado conhecimento. Já investiam no pensar, 
numa formulação que se dedicava à con-
dução do próprio educando e na sua com-
preensão. Não admitiam o saber como uma 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação50/241
mera transmissão de conteúdos, em que os 
educandos recebem de forma passiva, e sim 
de forma interativa.Já realizavam o estudo 
de caso, por meio de parábolas, em que os 
participantes do grupo (educandos) traziam 
uma situação prática e todos se agrupavam 
em torno desse caso para propor soluções.
O diálogo socrático, em que o líder ou 
membro do grupo propõe uma pergunta 
ou dilema e os membros do grupo reúnem 
suas ideias e experiências em busca de uma 
resposta ou solução (KNOWLES; HOLTON; 
SWANSON, 2009 apud FILATRO, 2014).
A Andragogia retoma o seu interesse de es-
tudo em 1921 pelo pesquisador Rosenstock 
(apud FILATRO, 2014) em um artigo no qual 
defende que a educação de adultos exige 
bases filosóficas e metodológicas próprias e 
peculiares ao seu grupo. Há também outra 
pesquisa intitulada “O significado da edu-
cação de adultos”, de 1926, por Eduard C. 
Linderman, que evidencia o valor da experi-
ência, que é pessoal e intransferível. 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação51/241
Linderman (apud ALMEIDA, 2009, p. 106) 
escreve que: “a fonte de maior valor na edu-
cação do adulto é a experiência do aprendiz 
(...) A experiência é o livro vivo do aprendiz 
adulto” (...) A educação do adulto terá ex-
periências muito distintas das experiências 
das crianças e a autonomia do adulto em 
seu processo de aprendizagem, pois adqui-
re contornos muito diferentes, embora seja 
necessário criar situações de aprendizagem 
que favoreçam o desenvolvimento da auto-
nomia nas crianças.Na década de 1970, nos Estados Unidos as 
ideias da Andragogia ganharam maior re-
percussão, inclusive com a publicação da 
obra “O aprendiz adulto: uma espécie ne-
gligenciada”, de 1973 e escrita por Malcolm 
Knowles, com o título original “The adult 
learner: a neglected species”, apontando 
como esse público estava sempre associa-
do aos temas da educação envolvidos com 
a pedagogia infantil. Delimitando assim a 
necessidade de separar a aprendizagem de 
crianças e jovens dos adultos. 
Para Knowles (1998 apud FRATILO, 2014), 
o aprendiz adulto se caracteriza pelo au-
todirecionamento decorrente de uma ma-
turidade orgânica e psicológica. Já atingiu 
um estágio de maturação física (prontidão), 
psicológica e emocional, que lhe permite 
assumir responsabilidades em sua própria 
vida, no âmbito social, profissional e fami-
liar, e conta também com seu histórico de 
vida, suas vivências. Podendo comparar ex-
periências e se aperfeiçoar mediante suas 
ponderações. 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação52/241
O ensino e aprendizagem de adultos requer 
métodos que estejam de acordo com o seu 
público, valorizando a experiência de vida, 
o autoconhecimento e sua autonomia para 
tomar decisões. 
Contudo, surge o conceito de Heutago-
gia, no ano de 2000, cuja nomenclatura faz 
menção ao grego, na qual Heuta significa 
“próprio” e agogus “guiar; conduzir; edu-
car”, representando a autoaprendizagem e 
a valorização do conhecimento comparti-
lhado, conforme definiram Hase e Kenyon 
(2000 apud FILATRO, 2014). Os pesquisa-
dores já apontam pelo uso das Tecnologias 
de Informação e Comunicação em Educa-
ção (TICs), tornando possível e disponível o 
conhecimento na medida do seu interesse: 
no local, horário e dedicação definidos pelo 
educando ou usuário (termo como já men-
cionado faz menção àquele que se utiliza do 
computador para o seu ensino-aprendiza-
gem, sendo necessário domínio do uso digi-
tal para poder acessar o conhecimento). Na 
Heutagogia, a gestão e o controle da apren-
dizagem estão sob as coordenadas do aluno 
adulto, o que remete ao “autodidatismo”. 
Porém, com o compartilhamento desses sa-
beres e a produção de novos conhecimen-
tos que crescem a medida em que ocorre a 
interação com o conteúdo e com as pessoas 
envolvidas – servindo inclusive de aprendi-
zagem para outras pessoas.
A Heutagogia é conhecida como “geração 
digital”, que surge a partir da década de 
1980, fazendo parte desta cultura, que vi-
gora até o presente momento, práticas pe-
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação53/241
dagógicas abertas e totalmente livres, sem 
especificamente destinar-se a uma faixa 
etária especifica. Há conhecimento e pro-
dução de novos conteúdos para todos os in-
teresses, preferências e idades. Assistimos a 
uma total emancipação do conhecimento, 
como sendo aquele necessário, na medida 
do próprio interesse e para usos variados. 
Com isso, o crescimento do ensino à distân-
cia (EaD) se deu, bem como a uma gama de 
linha de cursos voltados para a formação 
profissional.
Por fim, para ter a abrangência da perspec-
tiva andragógica, precisamos considerar as 
várias correntes teóricas que a fundamen-
tam de acordo com Filatro (2014):
• A aprendizagem autodirecionada.
• A aprendizagem centrada no aluno.
• A pedagogia crítica.
• A aprendizagem experiencial.
Quando se fala em inovação, estamos nos 
referindo ao que didaticamente existe e que 
passa a obter uma nova aplicação ou enten-
dimento pela ampliação ou expansão do seu 
sentido e pelas variadas formas adotadas 
diante de realidades diferentes, públicos e, 
objetivos específicos. Inovamos em contex-
tos já existentes e a busca pela excelência, 
que pressupõe qualidade com frequência, 
é uma pauta que persiste na formação do 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação54/241
profissional de educação atualmente, pois 
se o destino das práticas pedagógicas está 
direcionado para a sua funcionalidade, para 
um público específico e para um objeti-
vo proposto; a aproximação da psicologia 
nos temas da educação acabou se tornan-
do uma inovação na compreensão dos as-
pectos psicológicos e emocionais que são 
presentes na aprendizagem, e que serão 
responsáveis em qualificar o conhecimento 
aprendido em capacidade para melhor apli-
cá-lo. Também em aumento da capacidade 
em reter conteúdos para que estes sirvam 
de base para se atingir, além dos objetivos 
pedagógicos esperados, as novas respostas 
decorrentes deste processo. 
O que se compreendeu e tem sido inovador 
é o ponto de vista pelo qual se olha a edu-
cação. Necessariamente as funções ensino 
e aprendizagem vêm sendo ampliadas, ga-
nhando novos ares pela junção de demais 
ciências, que não podem ficar desarticula-
das da sua compreensão, como a sociolo-
gia, antropologia, a biologia.
É inovadora também pela sua aproximação 
com o Construtivismo, método em que as 
pessoas envolvidas compartilham suas re-
flexões e saídas para os desafios que criam 
com base no seu próprio conhecimento, 
interagindo com o ambiente e os colegas. 
Esse método traz a riqueza de compreender 
que o estudo pode ser construído por todos 
os atores do processo em funções especifi-
cas entre educador x educando, como entre 
os próprios colegas, entre os alunos quando 
dialogam, trocam experiências, comentam 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação55/241
e se expressam a partir de suas compre-
ensões distintas, podendo perceber o grau 
transformador e a riqueza advinda de que 
todas as compreensões são certas, pois não 
existe uma única posição correta. 
A experiência de aprender tem sido incenti-
vada pelo o que podemos desenvolver con-
juntamente. Desarticulado da posição na 
qual o professor possui o saber inquestioná-
vel. Diz-se assim para enfatizar a posição de 
alteridade existente do educador, como res-
ponsável em transmitir os conteúdos, sendo 
essa a sua primeira missão. Mas quando os 
pensadores da educação passaram a ques-
tionar o que deve ser feito com aqueles que 
não aprendem como a maioria, que questio-
nam, indagam e sugerem em sala de aula? 
Admitir que as contribuições dos educado-
res possam enriquecer é estabelecer uma 
nova ordem na qual tudo é compartilhado e 
não compreendido simplesmente como dar 
voz ao aluno e retirar o valor da função do 
professor. Essa e outras questões vêm sen-
do refletidas e modificadas de forma inova-
dora para atender à evolução do processo 
de aprender no qual o pensar é estimulado 
e incremento para as reflexões de um e de 
outro, alternando entre si o papel daquele 
que alcança o entendimento do tema o qual 
se deseja transmitir. 
O respeito às diferenças também é uma 
postura inovadora no contexto educacio-
nal, pois entende-se que todas as pessoas 
podem aprender e, com isso desenvolver 
nossos saberes para serem aplicados na 
vida. Essa condição se tornou maior na vida 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação56/241
daqueles que se beneficiam do aprendiza-
do. Cujos aprendizes, desenvolvem a ideia 
de que todo conhecimento sendo útil ofe-
rece algo de positivo, sabendo qualificá-lo, 
ampliá-lo. O novo aprender é diferente do 
propósito da educação formal, que aponta 
que o indivíduo possui informações como 
um banco de dados que pode ser medi-
do por uma nota e pela simples aprovação, 
mas que não dialoga com os resultados prá-
ticos da vida e na sua utilização, ressaltan-
do, com isso, o quanto pode gerar eficiência 
em tudo, desde que esteja articulada com a 
prática. O conhecimento também vem ad-
quirindo novas funções devido a sua aplica-
bilidade e a sua transposição em outras ci-
ências, criando a multidisciplinaridade. Este 
diálogo crescente entre as ciências quetem 
se direcionado para outro fator preponde-
rante: a visão sistêmica, que integra todos 
os elementos citados. São contribuições de 
várias ciências que, até então, permane-
ciam enraizadas em sua própria delimitação 
e campo de atuação. Entendemos que essa 
transformação é inovadora, pois abrange as 
ciências como um tecido único, integrado e 
sistematizado, no qual o indivíduo e a socie-
dade estão inseridos e o papel da educação 
remete ao que todos apreendem sobre a re-
alidade que os cercam. Com isso, o segmen-
to digital cresceu para cumprir o propósito 
da democratização do conhecimento. 
As Práticas Pedagógicas inovadoras são ins-
piradas pelo construtivismo, pela visão sis-
têmica da linguagem dialógica ao invés de 
monólogos, pela comunicação digital, pe-
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação57/241
las novas formas de evoluir o pensamen-
to quando este é contextualizado e pelas 
variadas formas de compreender quando 
se alia ao seu sentido prático. Que quando 
aplicado na prática Transforma os saberes 
em novas compreensões. 
O homem atual tem a sua disposição um le-
que de opções maior, seja para escolher, seja 
para resolver algo. O mesmo ocorre com a 
utilização das modalidades de mídia e in-
ternet na educação, que pode criar novos 
espaços de aprender que extrapolam a sala 
de aula presencial. As mídias destinadas à 
educação são criadas e utilizadas para um 
grupo específico. Há as plataformas fun-
cionam como base de dados de conteúdos 
com o propósito de aprendizagem, disponí-
veis para um número maior de beneficiários. 
Existem os repositórios de artigos científicos 
que oferecem maior facilidade de acesso 
em tempo real e no momento em que faze 
feito um questionamento, por exemplo. É 
possível fazer uma breve pesquisa em pou-
co tempo e depois selecionar o que lhe inte-
ressa, para poder se dedicar a movimentar 
o seu pensamento. As mídias são veículos e 
devem ser bem utilizadas, pois pelo fato de 
existirem, aumentam nossas possibilidades 
de aprender. Para que se possa fazer o seu 
uso, exige-se a atualização de informações. 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação58/241
“Com a Internet estamos começando a ter que modificar a forma de ensinar 
e aprender tanto nos cursos presenciais como nos de educação continuada, 
à distância. Só vale a pena estarmos juntos fisicamente - num curso empre-
sarial ou escolar - quando acontece algo significativo, quando aprendemos 
mais estando juntos do que pesquisando isoladamente nas nossas casas. 
Muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais. Perdemos tempo de-
mais, aprendemos muito pouco, nos desmotivamos continuamente. Tanto 
professores como alunos, temos a clara sensação de que em muitas aulas 
convencionais perdemos muito tempo” (MORAN, 2000, p. 1-2).
Surge também a utilização das plataformas de armazenamento de cursos a distância e semi-
presenciais cujos conteúdos são precisamente elaborados para produzir novos conhecimentos, 
apresentando objetivos bem delimitados. Existe o direcionamento quanto ao conteúdo e às ta-
refas a serem realizadas, porém, a forma de executar contará com a participação mais ativa do 
seu usuário (termo utilizado para associar o educando/aluno que por meio da tecnologia faz uso 
da plataforma de aprendizagem via internet e computador) podendo guiar-se e estudar em seu 
tempo, e inclusive escolher qual curso realizar.
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação59/241
Os recursos do processo de aprendizagem 
são bem interessantes, principalmente 
quando compreendemos que a sua fun-
ção é ampliar a nossa capacidade de forma 
dinâmica e variada. As pessoas possuem 
tempos de reflexão diferentes para respos-
tas diversas sobre um mesmo interesse ab-
sorvido por um grupo, por exemplo, e isso 
os diferencia das respostas de outras pes-
soas. O que torna o processo cognitivo pes-
soal e intransferível, pois aprende-se a to-
mar decisões conforme as escolhas feitas, 
que apontam caminhos, e fazem alcançar 
novas descobertas. Vale refletir sobre isso, 
pois estamos nos desprendendo da ideia de 
que o aprendizado é estático, com respostas 
prontas, como responder a um questionário 
objetivo no qual apenas uma única alterna-
tiva é a correta. Quando refletimos, abrimos 
o campo de percepção e podemos identifi-
car diversas formas de pensar para o mes-
mo conceito que, quando aplicado à prática 
pedagógica, apresenta variações, como po-
demos concluir dos argumentos expostos 
neste tema e no texto indicado para leitura 
complementar. 
• Desligando o automatismo, o “pensa-
mento e o fazer viciado”.
• Tendo uma “descoberta” (insight).
• Sabendo perguntar para ampliar a vi-
são.
• Compreendendo e podendo resolver 
alguma situação.
• Obtendo um aprendizado efetivo.
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação60/241
Assimilado esse aspecto entre a prática pedagógica e as peculiaridades das necessidades do 
aluno, podemos compreender a recusa por uma aprendizagem que se torna paralisada devido à 
falta de conexão entre as práticas pedagógicas pouco articuladas com o seu principal público, 
os alunos,que são pessoas diferentes entre si, ainda que o conteúdo seja o mesmo. 
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação61/241
Glossário
Práticas Pedagógicas Inovadoras: são estratégias pedagógicas criativas, contextualizadas, 
ativas ou dinâmicas que favoreçam à aquisição do conhecimento. São também consideradas 
como desafios de aprendizagem que favorecem à compreensão do aluno em níveis mais avan-
çados, seja da sua compreensão redimensionada pela mudança de contexto, até a sua compre-
ensão global. Associam-se a práticas que investem na autonomia do educando, na sua auto-
aprendizagem, automonitoração e autoavaliação.
Educador: a transformação da função do educador vem sendo atualizada para a de facilita-
dor, que, favorece o aprendizado de forma diferenciada, rica e de múltiplas formas para que o 
conhecimento se efetive. Tem postura ética, clara e de facilitador na interação e interlocução 
das reflexões necessárias para que se desenvolva o saber dos alunos/educandos. Estimula tam-
bém os elementos dos aspectos pessoais envolvidos na aprendizagem, os valores pessoais e 
sociais, implícitos na interação com o aluno/educando. Tem visão ampla para oferecer práticas 
pedagógicas inovadoras, pois sabe o valor de se enriquecer com essa variedade.
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação62/241
Glossário
Educando: aquele que na interação com o educador (seu interlocutor), vivencia os desafios que 
são apresentados pelo educador. Mantém o dinamismo intelectual e enriquece a apresentação 
do tema pelas perguntas, reflexões que irão satisfazer a sua pretensão de saber mais e poder 
fazer conexões com outros saberes.
Questão
reflexão
?
para
63/241
Você está com um tema para desenvolver com seus alu-
nos de curso de pós-graduação. Todos são profissionais 
críticos e bem formados, e você pretende surpreendê-
-los propondo uma atividade prévia para “aquecer”. Qual 
texto você indicaria como leitura prévia para iniciá-los 
no assunto “práticas pedagógicas inovadoras”. Pes-
quise, leia e verifique o que vem a complementar o 
conteúdo a respeito do Tema 2.
64/241
Considerações Finais 
• A efetividade da aprendizagem está na qualidade das respostas que os 
educandos, mediante a estratégia pedagógica, vivenciam e na riqueza de 
conclusões intelectuais que obtêm, enxergando a realidade e a aplicação 
do conhecimento de forma ampla. A inovação é um critério relevante na 
adoção das práticas pedagógicas, pois considera importante “criar” situa-
ções novas para as maisvariadas situações. O aprendizado é representati-
vo para a vida. Pode-se extrair um conhecimento que garanta ação prática 
no cotidiano
• O ensino-aprendizagem de adultos tem uma dinâmica diferente do ensi-
no de crianças e jovens em período escolar, a autonomia é preponderante, 
contando cada vez mais com o processo metacognitivo ocorrido, de acordo 
com a sua independência e direcionamento por suas preferências e senti-
do para o seu histórico de vida. Buscando a maneira de aprender e o que 
lhe interessa aprender. A auto-aprendizagem é o motor dessa modalidade, 
chamando-se a isso de Andragogia.
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação65/241
Referências
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AQUINO, Carlos Tasso Eira de. Como aprender: Andragogia e as Habilidades de aprendizagem. 
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Acesso em: 10 ago. 2017.
CARVALHO, Mariana. O; FRANÇA Sonia M. M. Novas Tecnologias de Informação e Comunicação 
na Educação Superior: A Visualidade como Recurso em Sala de Aula. UNOPAR. Londrina, PR. Re-
vista de Ensino, Educação e Ciência Humanas, v. 10, n. 1,p. 35-41, 2009.
Unidade 2 • Estratégias de Aprendizagem que Facilitam a Aquisição, o Armazenamento e a Utilização da Informação66/241
FILATRO, Andrea. Estilos de Aprendizagem. Brasília: ENAP, 2014.
MORAN, José. Mudar a Forma de Ensinar e de Aprender: Transformar as aulas em pesquisa e 
comunicação presencial-virtual. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/
tecnologias_eduacacao/uber.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2017.
PICONEZ, Stela. Educação escolar de jovens e adultos. São Paulo: Papirus, 2002.
RODRIGUES, Ana Maria. Psicologia da Aprendizagem e da Avaliação. São Paulo: Cengage, 2016.
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http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduacacao/uber.pdf
67/241
1. Conhecida como “geração digital”, que surgiu a partir da década de 1980, 
possui práticas pedagógicas abertas e totalmente livres. Assinale a alternativa 
que corresponde a definição de:
a) Heutagogia.
b) Andragogia.
c) Pedagogia crítica.
d) Aprendizagem autocentrada.
e) Aprendizagem.
Questão 1
68/241
2. O processo de ensino-aprendizagem da Andragogia refere-se ao:
Questão 2
a) Aprendizado de jovens a partir de 11 anos.
b) Aprendizado de crianças.
c) Aprendizado de adultos.
d) Aprendizado tanto de crianças, jovens, como de adultos.
e) Aprendizado de profissionais.
69/241
3. O estilo de aprendizagem “independente de campo” tem diversas carac-
terísticas, aponte qual delas “é contrária totalmente” ao conceito:
Questão 3
a) São pouco influenciados por feedbacks e meio social.
b) São menos autoconfiantes.
c) Preferem interagir com o conteúdo.
d) Atuam bem com suas próprias estratégias.
e) Vão em busca de objetivos autodefinidos.
70/241
4. O estilo de dependência de campo está associado a diversas características, 
entre as listadas abaixo, existe uma correta,aponte qual é:
Questão 4
a) Demonstram pouco sua sensibilidade aos sentimentos.
b) Aprendem de forma colaborativa.
c) Precisam de instruções breves sem muitos detalhes.
d) Apreciam a formalidade e a distância.
e) Não dão importância a influências sociais.
71/241
5. A autoaprendizagem, autoavaliação e automonitoração são resultados de 
uma aprendizagem:
Questão 5
a) Metacognitiva.
b) Centrada no aluno.
c) Construtivista.
d) Cognitivista.
e) Todas estão corretas.
72/241
Gabarito
1. Resposta: A.
A definição apresentada refere-se à Heuta-
gogia.
2. Resposta: C.
A Andragogia refere-se unicamente ao 
aprendizado de adultos, portanto, a letra 
“c” está correta.
3. Resposta: B.
O item “b” que menciona ser “menos auto-
confiantes”, não procede, portanto, é incor-
reta, sendo esta a resposta para a questão
4. Resposta: B.
A alternativa correta é a letra “b” e todas as 
outras estão incorretas.
5. Resposta: A.
Todas se referem a uma prática de meta-
cognição.
73/241
Unidade 3
Estratégias Cognitivas no Processo de Ensino-Aprendizagem
Objetivos
1. Apontar ao educador/professor que o uso de estraté-
gias surge como necessidade para estabelecer o su-
cesso da aprendizagem, na junção das melhores con-
dições possíveis em viabilizar o processo de ensino-
-aprendizagem de forma eficaz, efetiva e concreta.
2. Apontar que cada aluno mobiliza em si uma conduta 
cognitiva distinta, cujas estruturas do pensamento ati-
vam a inteligência e o nível de resposta será especifico.
3. Observar que as práticas de ensino variam de acordo 
com os modelos usados e o professor poderá auxiliar o 
aluno no processo de aprender e compreender.
Unidade 3 • Estratégias Cognitivas no Processo de Ensino-Aprendizagem74/241
1. Introdução
Saber que o conhecimento é relevante na 
vida do indivíduo é como constatar que céu 
e terra estão inteiramente ligados ainda 
que com funções distintas. O conhecimento 
é uma grande ferramenta estratégica a ser-
viço da evolução humana. É o que nos per-
mite mudar e acelerar o processo de apren-
dizagem, e, como consequência, gerar alte-
rações na conduta siginificativas que pro-
movem maior eficiência. 
O modo como os seres humanos se adap-
tam às transformações contemporâneas 
resultam em aprendizado. Isso exige das 
pessoas uma estrutura cognitiva ainda mais 
complexa. As estruturas do pensamento 
mobilizam a inteligência (função cognitiva). 
Conforme avançamos no desenvolvimento 
da nossa capacidade cognitiva, tivemos a 
necessidade de incluir novas compreensões 
por meio de estratégias que elevem a capa-
cidade de aprender, inovar e transformar.
A aquisição de saberes é capaz de modificar 
as pessoas e, com isso, permite-as se expres-
sarem com um nível de respostas potencial-
mente melhor em todas as áreas da sua vida. 
A experiência tem um papel muito importan-
te, pois denota o quanto é relevante a todos 
os estímulos pelos quais o aprendiz se permi-
te explorar, sejam influências internas, como 
suas reflexões e pensamentos, como fatos 
e eventos externos que lhe permitem com-
preender uma nova concepção da realidade. 
Portanto, experiência e aprendizagem estão 
intimamente ligadas, assim como a compre-
ensão e aprendizagem. Vamos compreender 
a função das estratégias.
Unidade 3 • Estratégias Cognitivas no Processo de Ensino-Aprendizagem75/241
A maneira pela qual o educador pode au-
xiliar na aprendizagem do educandoocorre 
por meio da adoção de estratégias, de modo 
a reunir condições favoráveis para uma ação 
bem-sucedida e eficiente diante de uma fi-
nalidade desejada. As estratégias cogniti-
vas no processo de ensino-aprendizagem 
apresentam dois pontos de vistas que po-
dem ocorrer: 
a) Quando o aluno aplica a estratégia 
para que ele mesmo possa aprender.
b) Quando o professor mobiliza o aluno 
para ensinar.
Devemos compreender que a utilização de 
estratégias no ensino-aprendizagem são 
ações de alta performance que se pautam 
no que há de melhor na atuação e na quali-
dade de resposta diante do desafio existen-
te, produzindo resultados efetivos. A estra-
tégia possibilita: eficiência com efetividade. 
Também tem como propósito a clareza de 
ideias, a lucidez do sujeito sobre a tarefa a 
ser realizada, seja por

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